Questões de Concurso Sobre categorias de análise da geografia em geografia

O raciocínio geográfico, segundo a BNCC, é uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas.
Assinale a alternativa que NÃO representa um princípio do raciocínio geográfico:

No texto de Ruy Moreira, 1979, no qual propõe que a Geografia serve para desvendar máscaras sociais, o autor relata que a formação espacial é um conceito de totalidade que pode ajudar os geógrafos em sua tarefa de analisar as formas de organização das sociedades nos diferentes tempos da história, o que propõe a construção de uma teoria do espaço que se baseia em três categorias, sendo as três facetas de uma mesma realidade, todas orientadas no sentido do arranjo espacial: a formação econômico-social, o modo de produção e a formação espacial.
MOREIRA, R Pensar em ser em Geografia. São Paulo: Contexto, 2007, p. 76.
Tal proposta reforça e é concordante com a Geografia 

“Segundo Oliveira (2004), a Geografia, além de científica, deverá ser considerada uma disciplina escolar básica nos diferentes níveis de ensino.”
(OLIVEIRA, L. O ensino/aprendizagem de geografia nos diferentes níveis de ensino. In: Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa / organizadores: Nídia Nacib Pontuschka, Ariovaldo Umbelino de Oliveira. 2 ed. – São Paulo: Contexto, 2004).

Sobre o processo de ensino-aprendizagem de Geografia considerando tais níveis de ensino, é correto afirmar que 

Em passagem de um livro de Milton Santos (um dos maiores geógrafos brasileiros), relata-se que "_________ é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. _________ são essas formas mais a vida que as anima".
(SANTOS, 2006, pag. 62. Em: A natureza do espaço)
O autor conceitua duas categorias de análise da geografia, marque a opção que preenche CORRETA e respectivamente as lacunas.

“O território é o chão e mais a população, isto é, uma identidade, o fato e o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre as quais eu influí. Quando se fala em território, deve-se, pois, de logo, entender que se está falando em território usado, utilizado por uma população”.
SANTOS, M. Por outra globalização – do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2003, 174p.
O texto cita um conceito muito difundido e discutido na Geografia, que é o de “território”. Entre as divisões políticoadministrativas que mais se relacionam com o conceito de território está a(o)

Sobre o ensino da Geografia, analise as afirmativas abaixo:

I. A inserção de conceitos geográficos, no currículo de Geografia na Educação Básica, deve ser recomendada a partir do ensino médio.

II. Modelos de estratégias didáticas que se limitam à repetição mecânica e memorização contribuem para o desenvolvimento do senso crítico do estudante.

III. A utilização de mapas nas séries iniciais não é recomendada, uma vez que o estudante, muitas vezes, não está alfabetizado.

IV. Trabalhar os conteúdos pedagógicos da Geografia de forma contextualizada com o universo de conhecimento do estudante pode favorecer a aprendizagem.

Está CORRETO o que se afirma apenas em 

Sobre o espaço geográfico e sua dinâmica, assinale a alternativa INCORRETA.

Analise as afirmativas abaixo sobre o espaço geográfico e a geografia.
1. A Geografia busca compreender o que acontece no espaço a nossa volta.
2. Desde que o homem surgiu na Terra foi fundamental entender a localização espacial, pois era importante ter essa noção a fim de retornar ao abrigo ou localizar fontes de alimentos e o homem pré-histórico já tinha essa necessidade essencial à sua sobrevivência.
3. Por meio do trabalho humano os recursos naturais permanecem estáticos para atender às necessidades das pessoas.
4. As técnicas de transporte utilizadas numa determinada região alteram a relação espaço-tempo, e lugares que antes eram distantes tornaram-se mais distantes ainda.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

O espaço geográfico resulta da atuação do homem sobre o meio natural. Analise as afirmativas abaixo sobre esses espaços em transformação.
1. O espaço geográfico reflete a evolução da sociedade que deixou marcas visíveis sobre a natureza, como por exemplo, as estradas, as cidades, os edifícios, as pontes construídas ao longo dos rios, entre outros.
2. As primeiras sociedades organizadas viviam em harmonia com a natureza e suas técnicas e ferramentas utilizadas no trabalho com a terra deixavam-na descansar (pousio), a fim de recuperar seus nutrientes, como a rotação de culturas e a agricultura itinerante que permitiam preservar a natureza e reutilizá-la.
3. Com a evolução das técnicas de plantio, como o uso de equipamentos e máquinas, surgiram formas de acumulação de riqueza que acabaram por propiciar o aparecimento de cidades mais complexas baseadas em relações políticas e econômicas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 

Talvez uma das mais antigas fake news brasileiras diga respeito à fertilidade de nossos solos. A ideia generalizada de que no Brasil “em se plantando tudo dá”, impregnada no imaginário coletivo nacional, é equivocada e já era superada no meio científico no início do século XX.
Acerca dos solos no Brasil, é correto afirmar que 

O centro de Teresina é repleto de edificações que são marcas do passado desta cidade, a exemplo do prédio da figura abaixo:

A construção observada na foto constitui o resultado do trabalho do passado que sobrevive, lado a lado,com as novas formas espaciais da cidade. Na perspectiva teórica do geógrafo Milton Santos, a edificação acima, sendo resultado das condições técnicas e sociais do passado que permanece no presente, é definida como  

“O Papa João Paulo II, que faleceu em 2005, entendeu, como nenhum outro, as possibilidades de comunicação na era da globalização. Aprendeu diversos idiomas e usou o gesto de beijar o chão de cada país visitado para mostrar que considerava preciosa a terra de cada povo. Dois poderosos valores simbólicos das nações, a língua e o solo, eram utilizados por ele para difundir a fé e reforçar as bases institucionais da Igreja Católica.”

(CASTRO, I. E. Geografia e Política: território, escalas de ações e instituições. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005, p. 106-107)

Língua e solo, como valores identitários das sociedades, foram assimilados pelos aparatos institucionais que constituem o(a)  

Nas últimas décadas, propostas curriculares para a Educação Básica vêm provocando alterações no funcionamento da escola e motivando estudos e pesquisas sobre a concepção e construção do currículo escolar. A esse respeito, Vitiello & Cacete afirmam que o currículo, a partir de uma diversidade de sentidos, pode ser sintetizado por um 

Pensando o multiculturalismo enquanto corpo teórico e campo político que apresenta um caráter polissêmico, com heterogeneidade de enfoques e fundamentos epistemológicos também distintos, a Educação Antirracista na vertente crítica pode significar algumas ações por parte do professor de Geografia. Entre elas, assinale a alternativa que melhor descreve as ações desta vertente: 

O processo de formação da sociedade brasileira é marcado pela diversidade étnico-racial, múltiplas formas de uso do território e pela desigualdade social. Uma questão importante a ser trabalhada na disciplina de Geografia é a forma como as chamadas populações tradicionais vem (re)produzindo sua territorialidade no espaço geográfico brasileiro. Nesse sentido, o conceito de territorialidade nos permite compreender o viver das comunidades quilombolas: 

Segundo o professor Manuel Correia de Andrade, para efetuar estudos geográficos seria necessário obedecer aos chamados princípios científicos da geografia. Durante as aulas de geografia, tais princípios são muito utilizados como instrumento no processo de ensino-aprendizado. Um desses princípios afirma que o fato geográfico está em constante reorganização, devido à ação de diferentes atores. Esse princípio é denominado de princípio da: 

Na aula seguinte de Geografia, o Professor Pedro pediu que os alunos descrevessem suas observações em campo, e que abordassem conceitos de paisagem. Uma aluna levantou a mão e colocou que para ela, “a paisagem são os morros e as colinas, são os solos, é o riacho que corria no fundo daquele vale... São também as árvores, o ar puro e os pássaros voando.” Assinale a alternativa que apresenta o conceito de paisagem descrito pela aluna, de forma correta:

“Em meio aos desdobramentos do processo de redemocratização após a Ditadura Militar no cenário brasileiro, Estados e municípios construíam suas propostas curriculares. Em 1988, no Estado de São Paulo é publicada a proposta curricular criada pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP). Na Geografia, a proposta contou com uma equipe de professores que visava realizar uma reorientação metodológica com base em princípios fundadores da disciplina, iniciativa conhecida, na época, como Geografia Crítica” (CABRAL; CECIM, STRAFORINI, 2021). No que concerne ao movimento de renovação do ensino de Geografia no fim dos anos 1980, baseado na Geografia Crítica, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Buscava desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar a realidade visando sua transformação.
( ) Visava levar ao aluno a compreensão do espaço geográfico produzido pela sociedade, suas desigualdades e contradições.
( ) Apontava para a ênfase na formação do cidadão e em sua capacidade de transformação social a partir de uma visão crítica da realidade.
( ) A realidade do aluno não importava em um ensino crítico, pois era fundamental analisar apenas a sociedade como um todo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

Leia o texto a seguir.
Sem Facebook
Das minhas relações mais próximas, só três comungam comigo não ter facebook. Não pensem que tenho críticas, sou um entusiasta, apenas não quero usar. Pouco dou conta dos meus amigos, onde vou arranjar tempo para mais? Minha etiqueta me faz responder a tudo, teria que largar o trabalho se entrasse na rede social. Só recentemente minhas filhas me convenceram que se não respondesse um spam ninguém ficaria ofendido. A cidade ganhou a parada. Acabou o pequeno mundo onde todos se conheciam, onde não se podia esconder segredos e pecados. Viver na urbe é cruzar com desconhecidos, sentir a frieza do anonimato. Essa é a realidade da maioria. Meu apreço com as redes sociais é por acreditar que elas são um antídoto para o isolamento urbano. São uma novidade que imita o passado, uma nova versão, por vezes mais rica, por vezes mais pobre, da antiga comunidade. Detalhe: não quero retroceder, a simpatia é pelo resgate da nossa essência social. Vivemos para o olhar dos outros, essa é a realidade simples, evidente. Quem pensa o contrário vai à conversa da literatura de autoajuda, que idolatra a autossuficiência e acredita que é possível ser feliz sozinho. É uma ilusão tola. Nascemos para vitrine. Quando checamos insistentemente para saber como reagiram às nossas postagens, somos desvelados no pedido amoroso. O viciado em rede social é obcecado pela sociabilidade. Está em busca de um olhar, de uma aprovação, precisa disso para existir. Ou vamos acreditar que a carência, o desespero amoroso e a busca pelo reconhecimento são novidades da internet? Sei que o facebook é o retrato da felicidade fingida, todos vestidos de ego de domingo, mas essa é a demanda do nosso tempo. Critique nossos costumes, não o espelho. Sei também que as redes são usadas basicamente para frivolidades, é certo, mas isso somos nós. Se a vida miúda de uma cidadezinha fosse transcrita, não seria diferente. Fofoca, sabedoria de almanaque, dicas de produtos culturais, troca de impressões e às vezes até um bom conselho, além de ser um amplificador veloz para mobilizações. Também apontam que amigos virtuais não substituem os presenciais. Todos se dão conta, e justamente usam a rede na esperança de escapar dela. O objetivo final é ser visto e conhecido também fora. Usamos esse grande palco para ensaiar e se aproximar dos outros, fazer o que sempre fizemos. O facebook é a nostalgia da aldeia e sua superação.
CORSO, Mário. Sem Facebook. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/ blogs/. (adaptado) 30
Em suas aulas, o professor de Geografia pode utilizar o conteúdo do texto como ponto de partida para abordar, EXCETO: 

Considerando que a paisagem é uma categoria fundamental para o conhecimento geográfico, avalie as afirmativas a seguir:
I. A paisagem é forma, ou seja, um conjunto de objetos que revelam a realidade sem deformá-la, uma vez que, independentemente de quem seja o observador, a realidade revelada é a mesma.
II. A paisagem é a parte visível do espaço que pode ser descrita através dos elementos ou objetos que a compõem.
III. As paisagens são formadas por elementos naturais, isto é, criados pela natureza e por elementos humanos ou sociais, ou seja, construídos pelos homens operando em sociedade.
É CORRETO o que se afirma em: