Questões de Concurso
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
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Pela divisão clássica da História, marcada pelo eurocentrismo, a Idade Média corresponde a um período de cerca de 1.000 anos, compreendido entre a queda de Roma (século V) e a tomada de Constantinopla (século XV).
Usando-se uma linguagem da Física, e sendo coerente com o texto, é correto afirmar que a melhor imagem que define a História é a do movimento retilíneo uniforme e que, das cavernas aos arranha-céus, a marcha da História é de contínuo progresso.
Não existe História sem documento. Assim, povos que não dominam a escrita não têm história, justamente porque não conseguem produzir documentos escritos.
Muito mais do que mero estudo do passado, a História busca compreender as ações humanas no tempo, de tal modo que o passado possa ser útil para a melhor compreensão do presente.
Fonte: BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2002, p. 51.
A análise do discurso pode ocorrer pela semântica, através da teoria do conteúdo e das significações, ou pela semiótica, que trata da expressão das significações e de sua produção (1ª parte). Considerar o conteúdo histórico do texto não significa reduzir a história ao texto, pois ocorre uma teia de relações entre texto e contexto, uma vez que se buscam os nexos entre as ideias contidas nos discursos e o conjunto de determinações extratextuais que presidem a produção (2ª parte). Em contrapartida, negar a redutibilidade da história ao texto não significa admitir que haja uma história independente do texto, uma vez que a história é sempre discurso, independente do seu formato ou de sua apresentação, sendo trabalho do historiador decifrar os discursos que exprimem ou contêm a história (3ª parte).
Quais partes estão corretas?
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
1. (__) Documentos textuais, tais como as crônicas, memórias, registros cartoriais, processos criminais, cartas legislativas, obras de literatura, correspondências públicas e privadas, podem ser consideradas fontes históricas.
2. (__) Todas as ossadas antigas de animais são vestígios arqueológicos e, portanto, fontes históricas, tais como as de dinossauros.
3. (__) A cultura oral, como os testemunhos de pessoas acerca de histórias do passado, podem ser ricas fontes históricas.
A sequência CORRETA é:
I. A história da sociedade é história real, portanto, a preocupação maior é apenas com as estruturas e seus mecanismos de persistência e mudança e não com o que de fato aconteceu.
II. A história da sociedade humana é, entre outras coisas, a história de unidades específicas de pessoas que vivem juntas, unidades essas que são definíveis em termos sociológicos.
III. A pesquisa e a investigação dentro da história social apresentam-se mais simples que os demais campos, bastando definir o critério metodológico, o qual pode ser externo: territorial, étnico, político ou similar.
IV. São questões abordadas dentro da história social: as classes e os grupos sociais, a transformação das sociedades, a história das “mentalidades”, ou consciência coletiva, ou da “cultura” na acepção dos antropólogos.
Quais estão INCORRETAS?
Dizer que o processo histórico é contínuo não significa que ele obedeça a um desenvolvimento linear: não é uma linha reta com tendência constante, inclui idas e vindas, desvios, avanços e recuos, inversões etc. Há mesmo transformações que podem ser vistas como rupturas, pois alteram toda uma forma de viver da sociedade. É, porém, uma ruptura que foi lentamente preparada, que está sempre ligada com algo que já existia, pois não se pode admitir o surgimento de uma situação nova sem ligação com as anteriores.
Vavy Pacheco Borges. O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1980, p. 49 (com adaptações)
Dizer que o processo histórico é contínuo não significa que ele obedeça a um desenvolvimento linear: não é uma linha reta com tendência constante, inclui idas e vindas, desvios, avanços e recuos, inversões etc. Há mesmo transformações que podem ser vistas como rupturas, pois alteram toda uma forma de viver da sociedade. É, porém, uma ruptura que foi lentamente preparada, que está sempre ligada com algo que já existia, pois não se pode admitir o surgimento de uma situação nova sem ligação com as anteriores.
Vavy Pacheco Borges. O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1980, p. 49 (com adaptações)
As fontes históricas possuem uma verdade concreta, sendo vedada a sua intepretação por parte dos historiadores.
Relatos orais podem ser utilizados como fontes para a construção de uma narrativa historiográfica.