Questões de Concurso
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
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O Século XIX foi marcado por várias transformações sociais, políticas e científicas com o aparecimento da máquina, auxiliando o homem no trabalho, com o surgimento da eletricidade, substituindo o processo a vapor. Essa característica levou o pesquisador Rene Remond a definir esse período histórico como o século:
Considerando a visão do historiador Leandro Karnal, sobre o conceito de História, processo histórico e temporalidade, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Pode ser definido como processo linear, com o objetivo de explicar verdades históricas, conhecimento histórico verdadeiro, eventos históricos inquestionáveis, regularidades históricas assimétricas.
II. Buscar explicar a história para além de uma menção factual e linear, observando as rupturas e as diferenças; em outras palavras, são problemas colocados constantemente na indeterminação do social.
III. Tem como objetivo compreender o processo histórico, do sujeito histórico, as relações dos grupos humanos em diferentes espaços e tempos.
IV. Pode ser considerado como uma categoria do conhecimento histórico, levando os alunos, educadores e pesquisadores da área a compreender, significar e ressignificar, situando e configurando a cultura histórica no espaço e no tempo.
Analise as afirmativas abaixo acerca da relação estabelecida entre a História e as representações culturais.
1. Aquilo que os historiadores da cultura têm chamado de campo das representações pode abarcar tanto as representações produzidas no nível individual (as artísticas, por exemplo), como as representações coletivas, os modos de pensar e de sentir (a que se referia à antiga noção de “mentalidades”), certos elementos que já fazem parte do âmbito do imaginário e, com especial importância, os “símbolos”, que constituem um dos recursos mais importantes da comunicação humana.
2. As “práticas” e “representações” têm possibilitado novas perspectivas para o estudo historiográfico da Cultura. Juntas, elas permitem abarcar um conjunto maior de fenômenos culturais, além de chamarem a atenção para o dinamismo destes fenômenos.
3. As representações podem ainda ser apropriadas ou impregnadas de uma direção socialmente motivada, situação que remete a outro conceito fundamental para a História Cultural, que é o de “ideologia”.
4. A ideologia, por vezes, aparece como um projeto de agir sobre determinado circuito de representações, no intuito de produzir determinados resultados sociais.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Se podemos dizer que, em todos os níveis, a memória é um fenômeno construído social e individualmente, quando se trata da memória herdada, podemos também dizer que há uma ligação fenomenológica muito estreita entre a memória e o sentimento de identidade. (…) Podemos portando dizer que a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual como coletiva, na medida em que ela é também um fator extremamente importante do sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua reconstrução de si.
POLLACK, Michael. Memória e Identidade Social. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, nº 10, 1992. p. 204.
Acerca da relação estabelecia entre História, Memória, Cultura e Identidade Social, é correto afirmar:
Não obstante, a contribuição decisiva de Roger Chartier para a História Cultural está na elaboração das noções complementares de “práticas” e “representações”. De acordo com este horizonte teórico, tanto os objetos culturais seriam produzidos “entre práticas e representações”, como os sujeitos produtores e receptores de cultura circulariam entre estes dois polos, que de certo modo corresponderiam respectivamente aos “modos de fazer” e aos “modos de ver”.
BARROS José D’Assunção. O Campo da História – Especialidades e Abordagens. Petrópolis: Vozes, 2004.
Analise as afirmativas abaixo acerca da relação estabelecida entre a História e as representações culturais.
1. As práticas culturais devem ser pensadas não apenas em relação às instâncias oficiais de produção cultural, às instituições várias, às técnicas e às realizações (por exemplo os objetos culturais produzidos por uma sociedade), mas também em relação aos usos e costumes que caracterizam a sociedade examinada pelo historiador.
2. São consideradas “práticas culturais”, pela historiografia contemporânea, não mais aspectos tradicionais materiais, como a feitura de um livro, uma técnica artística ou uma modalidade de ensino, mas sim, pontualmente, os modos como, em uma dada sociedade, os homens falam e se calam, comem e bebem, sentam-se e andam, conversam ou discutem, solidarizam- -se ou hostilizam-se, morrem ou adoecem, tratam seus loucos ou recebem os estrangeiros.
3. As noções complementares de “práticas e representações” são bastante úteis, porque através delas podemos examinar tanto os objetos culturais produzidos como os sujeitos produtores e receptores de cultura, os processos que envolvem a produção e difusão cultural, os sistemas que dão suporte a estes processos e sujeitos, e por fim as normas a que se conformam as sociedades quando produzem cultura, inclusive mediante a consolidação de seus costumes.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A relação estabelecida entre a cultura e a identidade está ligada diretamente às características do grupo social no qual o indivíduo está inserido. Alguns fatores, tais como costumes locais, religiosidade, história, idioma, são importantes para que um grupo compartilhe elementos identitários.
Analise as afirmativas abaixo acerca da relação estabelecida entre a cultura e a identidade.
1. Os elementos simbólicos que constituem um país formam o que chamamos de identidade nacional.
2. A moeda, a língua, as fronteiras, o sistema político, a Constituição são elementos dessa identidade, pois em conjunto permitem que percebamos como o país está estruturado.
3. Festividades religiosas regionais, festividades seculares locais podem ser consideradas elementos identitários.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A origem etimológica do termo “patrimônio”, em dicionários linguísticos e especializados, usualmente está associada à ideia de herança, de legado. Quando associada a um contexto sociopolítico e cultural, a ideia de patrimônio, por meio dos bens culturais reconhecidos pela sociedade e legitimados por órgãos de preservação, justifica-se pela importância da conservação e salvaguarda das referências culturais para as gerações futuras.
Acerca dos aspectos conceituais e metodológicos relacionados ao Patrimônio Cultural, é correto afirmar:
O patrimônio cultural corresponde ao conjunto de bens, materiais e imateriais, que são considerados de interesse coletivo, suficientemente relevantes para a perpetuação no tempo. O patrimônio faz recordar o passado; é uma manifestação, um testemunho, uma invocação, ou melhor, uma convocação do passado. Tem, portanto, a função de (re)memorar acontecimentos mais importantes; daí a relação com o conceito de memória social. A memória social legitima a identidade de um grupo, recorrendo, para isso, do patrimônio cultural.
Acerca da relação estabelecida entre patrimônio cultural, história e memória social, é correto afirmar:
Em contraste à história humanista influenciada pela antiguidade e pela retórica, a história perfeita buscou estabelecer critérios de averiguação e confiabilidade de seu relato pelo recurso a dois campos de conhecimento e de prática muito importantes da época: a filologia e a retórica.
Acerca das contribuições da filologia para a Teoria e a Metodologia a História, é correto afirmar:
A História teve influências de diversas tradições, como a alemã e a italiana. O pensamento francês influenciou bastante a formação da História como disciplina na modernidade.
Dentre as principais contribuições francesas para a escrita da História, é correto considerar:
Observando a relação estabelecida entre o historiador e as fontes documentais, o literato e jurista francês Étienne Pasquier aplicou os métodos da dita História Perfeita francesa ao escrever sua obra “Pesquisas da França”, publicada no século XVI. Ele buscou “dizer somente aquilo que se pudesse provar” e buscou as origens da França, não entre os gregos e troianos, mas entre os antigos gauleses.
Assinale a alternativa correta, observando a relação estabelecida entre o historiador e as fontes documentais.
No arquivo da Biblioteca do Congresso Nacional, um historiador encontra cartas pessoais, panfletos, fotografias, jornais da época e registros de reuniões de organizações sufragistas, como a Associação Nacional de Mulheres Sufragistas, para a sua pesquisa sobre a participação das mulheres na luta pelo direito ao voto nos Estados Unidos no início do século XX. Sobre esses materiais de pesquisa, é correto afirmar que:
É um erro conceitual que ocorre quando algo é colocado fora de seu contexto temporal, ou seja, quando elementos, ideias, eventos ou conceitos que pertencem a épocas diferentes são misturados ou aplicados de maneira inconveniente. É frequentemente considerado um erro na pesquisa histórica e na narrativa histórica.
O texto faz referência ao conceito de:
Analise as informações a seguir:
I. A oposição entre ‘mística fabular’ e ‘historiografia’ é a principal característica dos textos “analíticos” no século XIII. A razão é o fato de que a historiografia era “uma operação definida pelas regras e os modelos elaborados por uma disciplina [metódica] do saber [científico]”, assim como a literatura mística “valia pelo que tornava possível e não pelo que provava”.
II. Quando se fala em sentido de mundo e análise social, no século XIII, não era só a literatura mística que funcionava segundo as engrenagens da oralidade e da linguagem simbólica, mas também a literatura historiográfica, como se verifica, por exemplo, na associação, já feita desde a Antiguidade romana, entre ‘historiografia’ e ‘oratória’. Ou seja, ao mesmo tempo em que se falava e dialogava com outras pessoas, formulavam-se hipóteses e reflexões sobre o passado e o presente.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as informações a seguir:
I. A prática de se trabalhar com vestígios de sociedades pretéritas conduz, não raro, a uma interpretação falaciosa de que a História é uma disciplina dedicada ao passado. Walter Benjamin, por exemplo, ao afirmar que “Articular historicamente o passado não significa conhecê-lo ‘como ele de fato foi’. Significa apropriar-se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo”, corrobora com a associação da História como uma ciência do passado, mas não menos importante que outras disciplinas.
II. A Egiptologia é marcada por uma excessiva crença no discurso das fontes e foi beneficiada assim como os estudos da Antiguidade europeia, pela adoção de novos métodos a partir do diálogo interdisciplinar de observação de realidades histórico-sociais. Os Egitptólogos, em geral, coadunando com novas frentes de pesquisas, modernizaram o passado faraônico a partir de interpretações circunscritas à realidade atual, indo ao encontro de uma observação voluntária e controlada, mas reforçando a impregnação instintiva.
Marque a alternativa CORRETA:
A história social nunca pode ser mais uma especialização, como a história econômica ou outras hifenizadas, porque seu tema não pode ser isolado. (...) O historiador das ideias pode (por sua conta e risco) não dar a mínima para a economia, e o historiador econômico não dar a mínima para Shakespeare, mas o historiador social que negligencia um dos dois não irá muito longe.
(Hobsbawm, 1998, p. 87.)
Assinale a alternativa que rechaça o texto de Hobsbawm.
Os processos que compõem o caminho didático para permitir que o aluno seja capaz de indagar, elaborar explicações, produzir conhecimento histórico, são:
Atualmente, todos os vestígios deixados pelas gerações passadas são fontes históricas que podem ser analisadas pelos historiadores para produzir conhecimento histórico, constituindo um amplo campo documental constituído por diferentes tipos de registros (1ª parte). No século XIX, com o reconhecimento da História como uma disciplina acadêmica, assim como da profissão de historiador, as fontes históricas consideradas pelos historiadores constituíam apenas os registros escritos, especialmente aqueles de cunho cotidiano como cartas e diários (2ª parte). A partir da segunda metade do século XX, o conceito de fonte histórica mudou consideravelmente, passando-se a admitir toda a produção realizada pelos seres humanos como acervo documental, incluindo diferentes tipos de vestígios arqueológicos, monumentos, fotografias, pinturas, instrumentos de trabalho, vestimentas, entre outros (3ª parte).
Quais partes estão corretas?
I. Os mitos e as lendas sobre a origem do homem, que trazem a crença de que a humanidade foi criada por um ser superior, fazem parte de uma corrente de pensamento chamada criacionismo.
II. Com o desenvolvimento das ciências, a partir do século XVIII, surge o racionalismo, uma linha de pensamento que explica a origem humana através de explicações racionais, sendo a obra “A origem das espécies”, de Alfred Russell Wallace, uma das principais referências.
III. O criacionismo no mundo ocidental é baseado na tradição judaico-cristã. As teorias dessa interpretação criacionista são encontradas no Livro do Gênesis, no Antigo Testamento da Bíblia.
Quais estão corretas?
A partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais e sua abordagem acerca da História, marque a alternativa INCORRETA.