Questões de Concurso Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história

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Q3223430 História
Marc Bloch, ao falar sobre as características gerais da observação histórica, pronunciou o seguinte enunciado:

Estamos, a esse respeito, na situação do investigador que se esforça para reconstruir um crime ao qual não assistiu; do físico, que, retido no quarto pela gripe, só conhecesse os resultados de suas experiências graças aos relatórios de um funcionário de laboratório.

Com base no fragmento acima, é possível concluir que o conhecimento histórico, por natureza, é:
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Q3219349 História

O que caracterizava a arquitetura do Período Omíada?

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Q3219345 História

Qual característica define a arquitetura da Basílica de Santa Sofia em Constantinopla?

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Q3219335 História

O poema épico de Gilgamesh é significativo por

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Q3219334 História

A 'Escola dos Annales' revolucionou a historiografia do século XX com qual dos seguintes conceitos?

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Q3195817 História
A abordagem das relações étnico-raciais, no campo da educação, requer a superação das narrativas hegemônicas. Com base nessa perspectiva, qual das alternativas a seguir representa um dos desafios para a construção de uma história contra-hegemônica?
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Q3184471 História
O patrimônio cultural brasileiro abrange edificações (isoladas ou em conjuntos), cidades, sítios e coleções arqueológicos, objetos e elementos integrados a edificações, acervos de museus, coleções de arte, acervos arquivísticos e bibliográficos, paisagens, saberes e ofícios tradicionais, formas de expressão, celebrações, lugares que abrigam práticas culturais coletivas.
(PORTA, Paula. Política de preservação do patrimônio cultural no Brasil: diretrizes, linhas de ação e resultados: 2000/2010. Brasília, DF: Iphan/Monumenta, 2012. 344 p.)
Em relação às políticas públicas relacionadas especificamente ao patrimônio cultural em nosso país:
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Q3184470 História
A história se faz com documentos escritos, sem dúvida, quando eles existem. Mas ela pode ser feita, ela deve ser feita com tudo o que a engenhosidade do historiador lhe permitir utilizar.
(Febvre, L. - Combates pela História, Ariel, Barcelona, 1971.in.; FONSECA, T. N. L. História e ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.)

Não se produz conhecimento histórico sem referência às fontes históricas, mas essas fontes não têm que constituir, necessariamente, documentos escritos. No entanto, em se tratando de documentos escritos, especificamente:
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Q3184469 História
10 de maio: Dia da Memória do Poder Judiciário
A memória dos Tribunais e o legado das personalidades que fizeram a Justiça brasileira ganharam um marco histórico com a instituição do Dia da Memória do Poder Judiciário por meio da Resolução CNJ 316/2020. O dia 10 de maio entra no calendário para celebrar o Patrimônio Cultural construído pelo Poder Judiciário desde o Brasil Colônia para as gerações presentes e futuras. A celebração da data visa dar maior visibilidade à Memória da Justiça brasileira e à importância de resgate, preservação, valorização e divulgação do seu patrimônio histórico, além de contribuir para consolidar a memória institucional do Poder Judiciário.
(Disponível em: https://www.trt6.jus.br/portal/noticias/. Acesso em: novembro de 2024.)

A proposta da criação do Dia da Memória do Poder Judiciário foi realizada a partir da votação de datas representativas da história do Poder Judiciário do país, tendo sido vencedora a alternativa do dia 10 de maio, pois: 
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Q3184468 História
A Gestão de Memória, disciplinada nos artigos de 37 a 42, da Resolução CNJ nº 324/2020, é definida, no artigo 2º, inciso II, como:

[...] conjunto de ações e práticas de preservação, valorização e divulgação da história contida nos documentos, processos, arquivos, bibliotecas, museus, memoriais, personalidades, objetos e imóveis do Poder Judiciário, abarcando iniciativas direcionadas à pesquisa, à conservação, à restauração, à reserva técnica, à comunicação, à ação cultural e educativa.
(CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2020.)

No escopo da gestão da memória, tarefa por si só bastante complexa, o Manual de Gestão de Memória do Poder Judiciário preconiza diretrizes e princípios, dentre os quais podemos destacar:
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Q3184466 História
Contínuos avanços tecnológicos permitem a geração de imagens de maneira rápida pelo uso da inteligência artificial. É possível manipular uma obra de arte, criar vídeos e imagens realistas, de pessoas reais ou não, e até mesmo substituir rostos pela sincronização de expressões faciais, como acontece nos deep fakes. Em casos como esses, o que é apresentado em uma imagem torna-se questionável. [...]
(Disponível em: https://www.eca.usp.br/noticias/. Acesso em: novembro de 2024.)

Filmes e fotografias constituem documentos históricos que instigam os historiadores – e, de maneira mais geral, os profissionais das ciências humanas. Na atualidade, principalmente:
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Q3184465 História
Os arquivos conservam a memória e permitem fazer a história no confronto com as mais diversas fontes e testemunhas. Mas, a preservação, por si só, não tem sentido se não for dirigida para o uso. Por isso, as discussões em torno do recolhimento, guarda, tratamento técnico, recuperação e acessibilidade da informação arquivística deve ser ampliada, em prol do resgate da memória documentada e para ações futuras da nossa sociedade [...]
(RIBEIRO, Fernanda. Gestão da Informação / Preservação da Memória na Era PósCustodial: um equilíbrio precário? Disponível em: http://ler.letras.up.pt/revistas/ documentos/revista_73/artigo8871.PDF. Acesso em: novembro de 2024.)

Na atualidade, em relação ao acesso aos arquivos, documentos, obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural comprovados e reconhecidos oficialmente: 
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Q3184463 História
Para Berwanger e Leal, a paleografia “pode ser considerada arte ou ciência. É ciência na parte teórica. É arte na aplicação prática. Porém, acima de tudo, é uma técnica”.
(BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de Paleografia e de Diplomática. Santa Maria: Editora UFSM, 2008. p. 16.)

Em relação à paleografia, assinale a afirmativa INCORRETA.
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Q3184462 História
Em relação ao tempo histórico, analise as afirmativas a seguir.

I. Enquanto o tempo histórico é uma medida linear e quantitativa do tempo; o tempo cronológico é qualitativo e interpretativo, buscando entender o significado e o contexto dos eventos.

II. O tempo histórico é a interpretação qualitativa dos eventos passados, que vai além das datas e busca entender o contexto, as causas e as consequências dos acontecimentos.

III. A história é dividida em períodos específicos, como Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea, facilitando a análise e compreensão dos eventos e processos históricos.

IV. Além do tempo histórico e cronológico, existem outras formas de medir o tempo, como o geológico, biológico, psicológico, cultural e cósmico, cada um oferecendo perspectivas únicas sobre a história e a existência humana.

V. O tempo histórico é crucial para compreender a continuidade e a mudança nas sociedades humanas, identificando padrões, causas e consequências dos eventos passados. Além disso, ele contextualiza o presente e auxilia na tomada de decisões informadas.


Está correto o que se afirma apenas em
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Q3184461 História
A História Serial e a História Quantitativa são abordagens historiográficas que surgiram no contexto do movimento dos Annales e ganharam destaque na historiografia europeia, especialmente entre os séculos XX e XXI. Ambas abordagens frequentemente se complementam, permitindo aos historiadores estudar processos históricos com maior precisão e em diferentes escalas, especialmente em áreas como História Econômica, demografia e estudos sociais. Qual alternativa melhor descreve a relação entre a História Quantitativa, a História Serial e a contribuição de Ernest Labrousse, no contexto do movimento dos Annales?
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Q3184460 História
A história oral tem se consolidado como uma metodologia relevante nas ciências humanas, especialmente pela possibilidade de acesso a memórias e perspectivas de indivíduos e grupos. Sobre a história oral, assinale a afirmativa correta.
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Q3184459 História
Entretanto, tendo começado sua colaboração nos Quaderni storici, em 1978, ele (Carlo Ginzburg) não havia participado diretamente das primeiras discussões sobre a microanálise, ainda que tenha encontrado aí, como já reconheceu mais de uma vez, um eco familiar das suas próprias preocupações intelectuais. Essas preocupações foram intensamente exploradas em um artigo também publicado em 1979, intitulado “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”, no qual Ginzburg discutia a emergência de um “paradigma científico” alternativo nas ciências humanas no século XIX, que ele recuperava em um conjunto diverso de contribuições que iam desde as observações metodológicas do crítico de arte italiano Giovanni Morelli até a psicanálise de Sigmund Freud, passando pela semiótica de Charles S. Pierce e as aventuras detetivescas de Sherlock Holmes, personagem de Conan Doyle. Esse paradigma, cujas origens remontariam ao saber venatório primitivo, apresentava elementos comuns com a medicina e com outras formas de conhecimento que se baseavam na leitura de indícios, pistas, fragmentos e sintomas. A história, com sua salutar incapacidade de se desvencilhar dos elementos singulares, individuais e irrepetíveis, disciplina indiciária por excelência, encontrava seus próprios fundamentos epistemológicos nesse paradigma, que se contrapunha àquele triunfante da física e da ciência moderna, para quem não há outro conhecimento científico possível senão o das regularidades e das universalidades.

(CARDOSO, Ciro Flamarion Santana; VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da história. Elsevier, 2012. p. 214. Adaptado.)

“Surgiu, na Itália, e se tornou cada vez mais popular no Brasil e na América Latina. É uma metodologia da ciência histórica que leva em consideração fontes e narrativas alternativas:”
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Q3184458 História
A respeito da Escola dos Annales, analise as afirmativas a seguir.

I. Os dois principais nomes envolvidos na criação da Escola dos Annales foram os historiadores Lucien Febvre e Marc Bloch, e seus principais objetivos consistiam no combate ao positivismo histórico.

II. Os historiadores da Escola dos Annales entendem que a história deve buscar entender o processo de desenvolvimento de forças produtivas e relações de produção com o trabalho como fator fundamental.

III. Este nome, Escola dos Annales, ficou conhecido porque tal grupo se organizou em torno do periódico francês Annales d'histoire économique et sociale (Anais de história econômica e social), no qual eram publicados seus principais trabalhos.

IV. Foi um movimento histórico francês que surgiu no final do século XIX, com o objetivo de dar à História o status de ciência. Para isso, buscava-se afastar a História da literatura e da filosofia, utilizando métodos científicos.

V. Por positivismo histórico, que era o alvo dos “annales”, entende-se um tipo de visão do trabalho do historiador típico de uma corrente histórica também francesa, dominante no século XIX. Essa corrente entendia que ao historiador bastava expor as fontes escritas, sem necessidade de questionar os documentos, de interpretá-los nas entrelinhas e de confrontá-los com outras fontes, como vestígios materiais arqueológicos etc.

Está em conformidade com os princípios representados pela Escola dos Annales o que se afirma em
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Q3184457 História
Segundo Karl Marx, “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Marx (1818-1883) foi um filósofo, ativista político alemão e um dos fundadores do socialismo científico e da sociologia. A historiografia foi influenciada pelo marxismo. Nesse sentido, é possível afirmar que a historiografia marxista:
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Q3184456 História
O oceano da historiografia acha-se hoje povoado por inúmeras ilhas, cada qual com a sua flora e a sua fauna particular. Ou, para utilizar uma metáfora mais atual, podemos ver a Historiografia como um vasto universo de informações percorrido por inúmeras redes, onde cada profissional encontra a sua conexão exata e particular.
(BARROS, José D’Assunção. Os Campos da História – uma introdução às especialidades da História. Campinas: Revista HISTEDBR On-line, nº 16; dez. 2004.)

No tocante à produção historiográfica, cabe observar as seguintes considerações; analise-as.

I. A História das Mentalidades, a História do Imaginário e a História Antropológica, por exemplo, foram enfoques que de certo modo se desprenderam há algumas décadas da História da Cultura.

II. Há dimensões que são constituídas pelo contato da História com outras disciplinas, como a Geo-História, que surgiu de uma interface do trabalho historiográfico com a Geografia.

III. A historiografia contemporânea adota uma abordagem que busca nas narrativas tradicionais escrever sobre o passado. Ela busca enfatizar as fontes oficiais, o que influencia o historiador a incluir perspectivas antes negligenciadas para enriquecer a compreensão histórica.

IV. A História da Cultura Material organizou-se a partir de um certo setor da História Econômica, que estava diretamente voltado para o consumo e que passou a se conectar com certos aspectos enfatizados pela História Cultural, ao mesmo tempo em que se beneficiava das preocupações crescentes com a vida cotidiana que surgiram no decurso do século XX.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
61: A
62: C
63: C
64: A
65: C
66: A
67: E
68: E
69: D
70: E
71: B
72: B
73: A
74: E
75: E
76: E
77: A
78: C
79: E
80: E