Questões de História - História do Brasil para Concurso
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No fim do século XVII, a primitiva área do município de
Tacaratu era ocupada por uma maloca ou ajuntamento
de índios Pankararus, do grupo linguístico Cariri. Essa
maloca denominava-se “Cana-brava”. Posteriormente, os
índios foram aldeados no lugar chamado Brejo dos
Padres, onde fora organizada uma missão dirigida por
padres da Congregação de São Felipe Nery. A partir daí,
iniciou-se o povoamento da antiga vila de Tacaratu.
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O Tratado de Rio Branco foi um acordo firmado entre o
Brasil e a Bolívia em 1933, que definiu os limites entre os
dois países na região do atual estado do Acre. O tratado
estabeleceu que a Bolívia renunciaria às suas
reivindicações territoriais sobre a região em troca de uma
compensação financeira por parte do Brasil.
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A teoria defendida pela arqueóloga brasileira Niede
Guidon, sugere que os primeiros humanos a habitar o
continente americano chegaram há cerca de 10 mil anos,
muito antes do que se acreditava anteriormente. Guidon
baseia sua teoria em descobertas arqueológicas
realizadas em sítios brasileiros, como a Serra da Capivara
localizada no Piauí.
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Em 1979, ante a iminência de nova derrota eleitoral,
Geisel fechou temporariamente o Congresso e editou um
conjunto de regras eleitorais conhecido como Pacote de
Abril. Entre as principais mudanças, estavam a ampliação
das bancadas do Sul e Sudeste na Câmara dos
Deputados – o que garantia maioria parlamentar à Arena
–, o aumento do quórum para mudar a Constituição de
50% dos parlamentares para mais de dois terços, medida
que seria decisiva, em 1984, para a não aprovação da
emenda das Diretas Já.
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O Convênio de Taubaté foi uma resposta à crise
econômica que atingiu a economia cafeeira brasileira na
virada do século XX. No entanto, apesar dos esforços
empreendidos pelos cafeicultores, não conseguiu
estabilizar os preços e a produção de café.
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O Conde Maurício de Nassau realizou diversas
benfeitorias em Pernambuco durante o período de
domínio holandês, incluindo a construção de pontes,
canais de irrigação e estradas. Essas medidas agradaram
bastante a Companhia das Índias Ocidentais, pois
pacificou os colonos insurgentes.
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Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961),
foram implementadas diversas medidas econômicas
para modernizar e desenvolver a economia brasileira.
Nesse contexto, foi criado um grupo de estudos
econômicos chamado "Grupo Executivo da Indústria
Automobilística" (GEIA), em 1956.
Um dos textos historiográficos mais conhecidos acerca da formação da nação brasileira é como se deve escrever a história do Brasil, do viajante e biólogo Phillipe Von Martius. Este opúsculo, como bem sabemos, é de suma importância para o projeto de escrita da história do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) na medida em que responde às inquietações decorrentes do processo de constituição do Estado nacional. A fórmula de Martius, narrativa, permeada pelo “encontro” entre as três raças, abriu um campo representativo da nacionalidade, sob o domínio da estética romântica.
SANDES, Noé Freire; ARRAIS, Cristiano Alencar. História e memória em Goiás no século XIX uma consciência da mágoa e da esperança. VARIA HISTÓRIA, Belo Horizonte, vol. 29, nº 51, p.847-861, set/dez 2013, p. 03.
O texto se refere a uma historiografia que forjou uma suposta convivência pacífica entre
1) Muito embora os setores relacionados direta ou indiretamente a exportação do café fossem politicamente hegemônicos, oligarquias ditas de segunda ou terceira grandeza (elites fluminenses, gaúchas, baianas, etc.) tiveram importância significativa nos processos de decisão política em curso;
2) Muito embora a aliança entre Minas e São Paulo tenha sido hegemônica, ela não impediu a construção de eixos alternativos de poder por parte de outros setores a ela não vinculados;
3) A despeito do Estado Nacional ter a sua sustentação vinculada ao contínuo fluxo de capital estrangeiro para o país - cujo principal meio era a exportação do café - a política econômica implantada visava também garantir a estabilidade das finanças públicas e o atendimento a compromissos financeiros junto aos credores internacionais, o que muitas vezes fez com que os interesses corporativos dos cafeicultores fossem contrariados.
VISCARDI, Cláudia Maria Ribeiro. O federalismo oligárquico brasileiro: uma revisão da "política do café-com-leite". In: Anuario IEHS: Instituto de Estudios histórico Sociales. n. 16, 2001, p. 74
Considerando as reflexões de Viscardi, pode-se observar que, nas primeiras três décadas do século XX,
As oposições simbólicas construídas ou reinterpretadas nos processos de ritualização (de um lado, verde e amarelo = massas = democracia = sociedade melhor; de outro, preto = elites políticas = autoritarismo = sociedade injusta) impactaram fortemente sobre os padrões dominantes de classificação que informavam as estruturas políticas e relações sociais. Questionou-se o discurso incrustado na sociedade brasileira que associava as “massas” à desordem e à falta de autoridade e que fazia da tutela política sobre a sociedade um princípio básico dos regimes políticos (categorias essas que foram centrais às reivindicações de legitimidade do golpe militar de 1964). Por outro lado, erigiu-se a praça pública como lugar fundamental da luta política e da constituição autônoma de atores coletivos.
BERTONCELO, E. R. E. "Eu quero votar para presidente": uma análise sobre a Campanha das Diretas. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 76, 2009, p. 191.
À luz da interpretação contida nesse fragmento textual e nas informações sobre o tema, o movimento pelas “Diretas já”
o sucesso do projeto político estatal – do trabalhismo – pode ser explicado pelo fato de ter tomado do discurso articulado pelas lideranças da classe trabalhadora, durante a Primeira República, elementos-chave de sua autoimagem e de os ter investido de novo significado em outro contexto discursivo.
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1987. p. 24)
Fundamentado no raciocínio contido nesse fragmento textual e nas informações sobre o período Vargas, deve-se concluir que a classe operária aderiu ao trabalhismo varguista
É pau é pedra é o fim do caminho É um metro é uma légua é um pobre burrinho É um caco de vida é a vida é o sol É a dor é a morte vindo com o arrebol É galho de jurema é um pé de poeira Cai já, bambeia é do boi a caveira É pé de macambira invadindo a cachoeira É vaqueiro morrendo é a reza brejeira É angico é facheiro é aquela canseira É farelo é um cisco é um resto de feira É a fome na porta é um queira ou não queira Na seca de março é a fuga estradeira É o pé é o chão é a terra assadeira É menino na mão e mais dez na traseira É um Deus lá no céu Padre Cíço no chão É romeiro rezando dentro dum caminhão É o filho disposto partindo sozinho [..] QUIRINO, Jessier. Prosa Morena. Recife: Bagaço, 2001, p. 89-90.
Após a leitura dos versos, a professora explicou aos alunos que a relação entre paisagem e história se faz presente, uma vez que, no texto,
Ao discutir a sociedade brasileira durante o século XIX, a historiadora Lilia Schwarcz analisa:
A valorização do pitoresco da paisagem e das gentes, do típico em vez de genérico, encontrava no indígena o símbolo privilegiado. [...] Por oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma origem mítica e unificadora. [...]
A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar, possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. [...] Por mais que tenha partido de d. Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar – junto com Debret e outros participantes da Missão Francesa – uma ritualística local, foi com d. Pedro II e seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico de representação política do Estado.
SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.140.
Considerando esse fragmento, percebe-se que a identidade nacional brasileira, no século XIX, foi
construída