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Sobre história do brasil em história
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Considerando a análise da figura acima, é correto afirmar que
“Nos séculos XVIII e XIX, não havia dúvida quanto à hierarquização social que devia traçar uma linha de escala intelectual que começava com os brancos europeus, os indígenas abaixo dos brancos e os negros abaixo de todos os outros (WESOLOWSKI, 2014)”.
GOES, Emanuelle Freitas; SOUSA, Diogo. Raça, Gênero, Etnia e Direitos Humanos. UFBA: Faculdade de Direito. ebook, 2020, p.9.
Com base no excerto acima e no conhecimento acerca do tema, analise as seguintes afirmações:
I. Essa concepção de superioridade de uma etnia sobre as demais, originada de uma ideologia racista, só apareceu após o fim da monarquia no Brasil.
II. As relações sociais e de poder estabelecidas no Brasil desde tempos coloniais foram baseadas nessa concepção racista que contribuiu para a grande desigualdade social no país.
III. Essa percepção racista da sociedade brasileira é um equívoco, pois no Brasil sempre se praticou a democracia racial que prega a harmonia entre os grupos étnicos
IV. Essa percepção sobre a hierarquização das raças foi essencial para a escravidão ter durado tanto no Brasil e para ainda haver discriminação contra negros e indígenas.
Está correto somente o que se afirma em
“[...] a população neobrasileira teria atingido uns 500 mil habitantes, dos quais 200 mil representados por indígenas integrados ao sistema colonial, e havia dobrado sua área de ocupação. Os negros seriam, talvez, 150 mil, concentrados principalmente nos engenhos de açúcar, mas também nas zonas recentemente abertas à mineração. [...] A população “branca”, que seria de 150 mil habitantes, formada majoritariamente por mestiços de pais europeus e mães indígenas, falava principalmente o nheengatu como língua materna [...]”.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 151.
Considerando o que diz Darcy Ribeiro, é correto concluir-se que
“Os [indígenas] se envolveram em conflitos bélicos durante a Independência do Brasil. Várias tropas indígenas foram recrutadas para proteger o território contra uma possível invasão da antiga metrópole, como no litoral cearense entre setembro e novembro de 1822. Outras foram convocadas para combater agrupamentos fiéis a Portugal, como a que veio da serra da Ibiapaba, no Ceará, para um Piauí que ainda lutava contra tropas lusitanas em março de 1823”.
João Paulo Peixoto Costa. Povos indígenas e a independência do Brasil. Blog das Independências. Disponível em: https://bicentenario2022.com.br/povos-indigenas-e-ambro%20e%20novembro%20de%201822.
A partir das informações apresentadas pelo autor no texto e do conhecimento sobre o ensino de História do Brasil na Educação Básica, analise as seguintes afirmações:
I. A participação de grupos indígenas e quilombolas na independência do Brasil é bastante conhecida, pois a história apresentada nos livros didáticos inclui esse fato com detalhes.
II. A participação indígena e a de outros grupos minoritários no processo de independência do Brasil ainda é pouco conhecida, pois não é explanada adequadamente nos livros didáticos.
III. A luta dos indígenas pela independência do Brasil em 1822, liderados por Felipe Camarão ou Potiguaçu, é conhecida e destacada no ensino de história na Educação Básica.
Está correto somente o que se afirma em
LIMA, Rodrigo Esteves. O Estado de São Paulo, 27/10/2017. 120 anos após fim da guerra [...], participação indígena no conflito ainda é menosprezada..
Assinale a opção que corresponde ao evento a que o texto acima se refere
Índios civilizados trazendo de volta prisioneiros. Gravura de Jean Debret, 1846. Disponível em: https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/258
Com base na gravura e nas informações sobre ela, assinale a afirmação FALSA.
Cena de Carnaval. Gravura de Jean Baptiste Debret (1823).
A análise da gravura foi proposta por um docente como atividade didática sobre a sociedade e a cultura brasileira em perspectiva histórica, tendo o carnaval como objeto de estudo.
A respeito dessa atividade, é correto afirmar que
I. §1º Os ditos filhos menores ficarão em poder o sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, ou de receber do Estado a indemnização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor, e lhe dará destino, em conformidade da presente lei.
Lei Nº 2.040, de 28 de setembro de 1871
II. § 10. São libertos os escravos de 60 anos de idade, completos antes e depois da data em que entrar em execução esta Lei; ficando, porém, obrigados, a título de indemnização pela sua alforria, a prestar serviços a seus ex-senhores pelo espaço de três anos.
§ 13. Todos os libertos maiores de 60 anos, preenchido o tempo de serviço de que trata o § 10, continuarão em companhia de seus ex-senhores, que serão obrigados a alimentá-los, vesti-los, e tratá-los em suas moléstias, usufruindo os serviços compatíveis com as forças deles, salvo si preferirem obter em outra parte os meios de subsistência, e os Juízes de Órfãos os julgarem capazes de o fazer.
Lei Nº 3.270, de 28 de setembro de 1885
Com base nos trechos citados, assinale a opção que interpreta corretamente a legislação brasileira sobre o tema da escravidão entre 1871 e 1885.
I. Entre 1822 e 1831 ou, melhor, de 1808 até 1831 - a rigor até 1836 - é que se assinala uma fecunda transação - não se queira muito mais - entre o nosso passado colonial e as nossas instituições nacionais. Só depois, e mesmo durante o gabinete conciliador de Paraná, é que teremos a verdadeira reação monárquica.
Fonte: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História geral da civilização brasileira t. II v.1: o processo de emancipação. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 46.
II. A transferência da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 veio dar à nossa emancipação política um caráter que singulariza no conjunto do processo histórico da independência das colônias americanas. Enquanto nas demais a separação é violenta e se resolve nos campos de batalha, no Brasil é o próprio governo metropolitano quem vai lançar as bases da autonomia brasileira.
Fonte: PRADO JR., Caio. A evolução política do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, P. 45
III. De modo seguro, a Independência do Brasil se apresenta contextualizada nos quadros da história ocidental entre as últimas décadas do século XVIII e as primeiras do XIX, emparelhada com acontecimentos que, na historiografia brasileira, poucos desconsiderariam como revolucionários (no sentido moderno do termo).
Fonte: PIMENTA, João Paulo. A independência do Brasil como uma revolução: história e atualidade de um tema clássico. História da historiografia, n. 03, 2009, p.68.
A respeito das diferentes interpretações sobre o evento histórico refletidas nos trechos citados, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) I e III compreendem a independência do Brasil enfatizando o seu caráter revolucionário.
( ) I e II incorporam uma visão processual do evento da independência, que rechaça o ano de 1821 como seu início e fim.
( ) II e III associam a ruptura entre Portugal e Brasil ao contexto internacional.
As afirmativas são, respectivamente,
Fonte: Ruíz Gómez, L. Juan Bautista Maíno, 1581-1649. Madrid: Museo Nacional del Prado, 2009, p.180-192.
As afirmativas a seguir descrevem corretamente aspectos do episódio histórico retratado na obra, à exceção de uma. Assinale-a.
Fontes primárias, tais como relatos de cronistas e de jesuítas, têm sido reinterpretados de forma a revelar, em suas entrelinhas, toda a complexidade das relações de alteridade.
Adaptado de: CELESTINO, Maria Regina. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013, pp.4-11.
Com base no texto, assinale a afirmativa que identifica corretamente a contribuição da antropologia para a pesquisa e a escrita da história dos índios do Brasil.
( ) A Conjuração Baiana, também conhecida como Conjuração dos Alfaiates, ocorrida na Bahia em 1798, reuniu diferentes camadas sociais ligadas ao meio urbano, como artesãos, soldados, escravos ou negros libertos.
( ) Podemos apontar como uma das causas da revolta as condições de vida dos moradores de Salvador, como a pobreza e a escassez de alimentos.
( ) Os conspiradores defendiam a Proclamação da República, mas assim como em outras revoltas coloniais, o fim da escravidão não era uma das pautas dos revoltosos.
( ) A principal inspiração da revolta foi a Revolução Francesa, por isso aliaram as aspirações de independência com as reivindicações sociais.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Sobre o Levante dos Malês, de 1835, analisar os itens abaixo:
I. Foi uma rebelião realizada por quase metade da população africana que residia no Brasil, que conseguiu acesso às armas de fogo por meio de um acordo com grupos amigos.
II. Foi uma rebelião isolada, em um contexto de pouca agitação social na Bahia, que havia apaziguado os ânimos nos anos de 1830.
III. Foi uma rebelião principalmente de africanos de religião islâmica, o que por si só já se caracterizava como uma rebeldia, pois desde 1824 a constituição proibia a celebração de outras fés.
IV. Foi uma rebelião que teve como consequência uma grande perseguição aos africanos, em que a posse de objetos como amuletos e papéis escritos em árabe, por exemplo, gerava suspeita.
Estão CORRETOS:
(_) Apesar do aumento da organização trabalhadora, os movimentos eram esparsos, e os esforços para a sindicalização eram pequenos ou nulos. (_) Até 1930, nenhuma lei de regulamentação do trabalho foi aprovada no Brasil. (_) Houve, no início do século XX, uma tentativa de criação do Código de Trabalho – com previsão de jornada de oito horas, limites de trabalho para mulheres e menores. No entanto, não foi aprovada. (_) A onda de greves entre 1917 e 1920 deu muita visibilidade para o movimento operário. Os movimentos se iniciaram pela indústria têxtil e tiveram mais notoriedade em São Paulo, mas existiram em outras localidades.
I. Durante o período imperial, os indígenas brasileiros eram vistos como povos organizados, e caberia não ao Estado, mas sim aos líderes indígenas a tarefa de regular as suas relações com os brasileiros. II. Os indígenas atuais são muitas vezes incorretamente classificados como “aculturados”, pois teriam perdido suas culturas originais; porém, com o avanço da antropologia, podemos constatar que, na verdade, esses grupos são compostos por indivíduos que perderam sua identidade étnica devido ao contato forçado e violento com culturas diferentes das suas. III. Em 1500 ocorre o contato entre Cabral e os Tupiniquins, da grande nação Tupinambá, que ocupava grande parte da costa, do Pará ao Rio Grande do Sul.
Está(ão) CORRETO(S):