Questões de Concurso
Comentadas sobre história geral em história
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Após a primeira guerra mundial, os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão. De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Tal crise ficou conhecida como:
Período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
O texto acima faz referência a:
Sobre a escravidão no Brasil é incorreto afirmar que:
(Guernica, 1937 – Pablo Picasso.)
A obra Guernica, de Pablo Picasso, pode ser relacionada a qual conflito ocorrido no mundo?
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde 1991, como Sítio Histórico e Patrimônio Cultural. Esse reconhecimento é importante porque
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Os livros didáticos produzem a mágica de fazer aparecer e desaparecer os índios na história do Brasil. O que parece mais grave neste procedimento é que, ao jogar os índios no passado, os livros didáticos não preparam os alunos para entenderem a presença dos índios no presente e futuro. E isto acontece, muito embora as crianças sejam cotidianamente bombardeadas pelos meios de comunicação com informações sobre os índios hoje. Deste modo, elas não são preparadas para enfrentar uma sociedade pluriétnica, onde os índios, parte de nosso presente e também de nosso futuro, enfrentam problemas que são vivenciados por outras parcelas da sociedade brasileira. |
GRUPIONI, L. D. Imagens contraditórias e fragmentadas: sobre o lugar dos índios nos
livros didáticos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.77, p.422-37,
1996. p.425.
O texto apresentado critica o ensino que cristaliza a história e as culturas indígenas no passado e reforça a importância de se trabalhar essa temática também na história recente e do tempo presente. Buscando superar essa lacuna em sala de aula, um professor pode analisar com seus alunos, entre as diversas questões envolvendo povos indígenas atualmente no Brasil,
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Nós, que sobrevivemos aos Campos, não somos verdadeiras testemunhas. Esta é uma ideia incômoda que passei aos poucos a aceitar, ao ler o que outros sobreviventes escreveram – inclusive eu mesmo, quando releio meus textos após alguns anos. Nós, sobreviventes, somos uma minoria não só minúscula, como também anômala. Somos aqueles que, por prevaricação, habilidade ou sorte, jamais tocaram o fundo. Os que tocaram, e que viram a face das Górgonas, não voltaram, ou voltaram sem palavras. |
LEVI, Primo. Apud HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 11.
O texto de Primo Levi (1919/1987), sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, levanta importante questão para a escrita da história:
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Justamente agora que a nação alemã está em colapso, espezinhada por todo mundo, é que mais se faz necessária aquela confiança em si mesma. Essa confiança deve ser cultivada na juventude, desde a meninice. Toda a sua educação, todo o seu treinamento devem ser dirigidos no sentido de dar-lhe a convicção da sua superioridade. Certa da sua força e da sua habilidade, a mocidade deve readquirir a fé na invencibilidade da sua nação. |
HITLER, Adolf. Minha luta. 8a. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1962. p. 253-260.
Em 2016, o livro Minha luta, escrito por Adolf Hitler, entrou em domínio público, o que tem gerado preocupação em relação à propagação de seu conteúdo por grupos neofascistas. Contudo, a leitura contextualizada e crítica da obra permite ao historiador analisar aspectos do discurso nazista. Dentro desta perspectiva, o trecho destacado indica a ideologia que orientou a
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PICASSO, P. Autorretrato (1905),. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/ noticia/2014/01/20/1076200/cubismo-autorretrato-pablo-picasso.html#>. Acesso em: 4 maio de 2016.
MÁSCARA FANG. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/influenciaafro- a-arte-africana-e-o-cubismo.htm>. Acesso em: 4 maio de 2016.
Ao comparar as duas imagens, percebe-se que a arte tradicional africana, mais precisamente as máscaras ritualísticas de Fang, entre máscaras de outras etnias, inspirou Pablo Picasso e o advento de sua obra cubista. O pintor modernista europeu aproximou-se da arte tradicional africana ao
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Tudo o que foi possível saber de M.J., 29 anos, branca, brasileira, casada, provém de sucintas observações anotadas em sua ficha de observação. Internada na Casa de Saúde Dr. Eiras em 27 de maio de 1896, foi submetida a observação do Dr. Vicente Maia. Os principais sintomas de sua doença foram buscados pelo psiquiatra nos “antecedentes pessoais” da paciente. Revelando uma “vivacidade precoce”, durante a infância, apresentou sensíveis melhoras do estado psicopático depois de ter se casado, revelando “extrema dedicação ao marido”, ao qual, contudo, repudiaria mais tarde, abandonando o “lar doméstico” e entregando-se “sucessivamente a três homens de baixa classe”. |
ENGEL, Magali. Psiquiatria e feminilidade. In: DEL PRIORE, Mary (Org.) & BASSANEZI, Carla (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto/Ed. UNESP, 1997. p. 323. [Adaptado].
No final do século XIX, o discurso médico direciona-se para a mulher, inclusive no Brasil. O caso destacado, a partir das observações médicas e do diagnóstico clínico, indica a
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MELO, F. A. de F. e Martírio de Tiradentes (1893). Óleo sobre tela. Disponível em:<http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria26/g26a005g.jpg>.
WASTH J. A. Alferes Joaquim José da Silva Xavier (1940), o Tiradentes. Óleo sobre tela Rodrigues.
Disponível em: <http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/e330n-04g.jpg>. Acesso em: 4 maio 2016.
Ao analisar a construção da representação heroica de Tiradentes, um professor realiza em sala a comparação didática dos dois documentos visuais. Tal comparação revela uma relação de:
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Razão tinham os antigos quando estabeleceram os juízos dos mortos; porque necessário é que desapareçam o homem da superfície da terra para que se lhe faça justiça, para que com imparcialidade se julgue os seus atos. Pairam ainda por algum tempo em derredor dos túmulos o espectro das paixões e releva que se haja ele ausentado para que sua final sentença profira a história. |
OLIVEIRA, M. da G., Brasileiros ilustres no tribunal da posteridade. Varia Historia, v. 26, n. 43, jan./jun. 2010, p. 295.
O texto, que se refere ao projeto historiográfico do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil no século XIX, apresenta uma concepção em que a escrita da história é foro de
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As duas raças, latina e saxônia, neste país, hão de produzir alguma coisa melhor [...] quero ir gradualmente, isto é, trazendo o estrangeiro precipitadamente para a província de São Paulo, porque eu, primeiro que tudo, sou paulista. Venha, pois, o estrangeiro, sr. presidente, façamos tudo quanto estiver ao nosso alcance para chamá-lo, e mais tarde teremos a restauração de nossos foros. |
AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites do século XIX. São Paulo: Annablume, 2004. p. 121.
Com este discurso, o deputado Aguiar Witaker saudou a chegada de imigrantes ao seu estado, em 1869. Da fala do deputado depreende-se a
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50$000 DE GRATIFICAÇÃO Fugio huma escrava de nome Benedita altura baixa, cor de formiga com dois dentes tirados na frente, com nica cicatriz debaixo do queixo e com um dedo da mão direita aleijado por ter soffrido de um panarisço, quem della der noticia pegalla, metella na cadeia, ou entregala nesta cidade ao Sr. Antonio Francisco Ribeiro, será gratificado com a quantia acima. ATTENÇÃO Vende-se para o mato uma preta da costa de idade de quarenta e tantos annos, muito sadia e bastante robusta, sebe bem lavar e cozinhar o diário de uma casa, vende-se em conta por haver precisão, NO BECO lARGO, N. 2. |
FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2010. p. 85 e 91.
Os anúncios de jornais apresentados podem ser trabalhados como documentos históricos em sala de aula. No entanto, o professor deve ser cauteloso ao proceder a análise documental, buscando não usar as fontes como mera descrição do real. Um exemplo dessa precaução é:
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DEBRET, J. B. Coleta de esmolas para a Igreja do Rosário, 1828. Disponível em: <http://www.turismo-rs.com/imagens/irmandade-negra.jpg>. Acesso em: 4 maio 2016.
Parte dos livros didáticos de história privilegiam obras de Debret que representam o trabalho escravo e a violência sofrida por eles. Contudo, o artista francês também representou aspectos da cultura dos africanos e dos afrodescendentes na América portuguesa, como as irmandades. A representação da irmandade indica que ela se constituía como um espaço de:
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Houve informação que o réu falando no Paraíso Terrenal afirmou que estava no Brasil, no meio das serranias; afirmou que Deus criara o mundo no Brasil; afirmou que Adão que significa vermelho era como o gentio do Brasil e de lá se passara a pé enxuto para Jerusalém e hoje se conservavam os vestígios das passadas junto à Bahia; afirmou que a língua portuguesa, correta e pura, há de ser a que se há de falar no Quinto Império dos portugueses que está próximo e há de ser no Brasil no lugar do Paraíso Terrenal e que há de ser de judeus. |
Acusações a Pedro Rattes Hannequin, português cristão velho que viveu por vinte anos nas Minas do Brasil, garroteado no Auto da Fé de 21/06/1744 em Lisboa. Apud DINES, Alberto. Vínculos do Fogo: Antônio José da Silva, o Judeu, e outras histórias da Inquisição em Portugal e no Brasil. v. 1, São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 14. [Adaptado].
A cosmologia de Pedro Rattes Hannequim foi condenada pela Igreja, no século XVIII, porque
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Mães, filhas, irmãs, mulheres representantes da nação reivindicam constituir-se em uma assembleia nacional. Considerando que a ignorância, o menosprezo e a ofensa aos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção no governo, resolvem expor em uma declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados da mulher. [...] Artigo 1º A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum. Artigo 2º O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão. |
Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html >. Acesso em: 4 maio 2016.
Este documento foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a Revolução Francesa (1789-1799) por Olympe de Gouges (1748-1793). A sua formulação
Leia o fragmento a seguir.
Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo [...]. O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. […] Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. |
NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777- 1808). São Paulo: Hucitec, 1979. p. 105. [Adaptado].
Ao discorrer sobre a imposição da mão de obra de africanos escravizados na América Portuguesa, Novais
Leia o fragmento a seguir.
Qualquer que arrenegar, descrer, ou pezar de Deos, ou de sua Santa Fé, ou disses outras blasfemias, pola primeira vez, sendo Fidalgo, pague vinte cruzados, e seja degredado hum anno para a Africa. E sendo Cavalleiro, ou Scudeiro, pague quatro mil reis, e seja degradado hum anno para Africa. E se fôr peão, dem-lhe trinta açoutes ao pé do Pelourinho com baraço e pregão, e pague dous mil reis. E póla segunda vez, todos os sobreditos incorram nas mesmas penas em dobro. E póla terceira vez, além da pena pecuniaria, sejam degradados trez annos para Africa, e se fôr peão, para as Galés. |
ORDENAÇÕES FILIPINAS, liv. 5.º, tit. II. Disponível em: <http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/l5ind.htm >. Acesso em: 4 maio 2016.
As chamadas Ordenações Filipinas foram um conjunto de normas que constituíram a base do direito português do início do século XVII até meados do século XIX. O trecho destacado do enunciado da lei evidencia uma característica típica da sociedade absolutista ao
Leia o fragmento a seguir.
Os huguenotes da cidade entraram furiosamente nas igrejas, sem nenhuma exceção. E, chegando lá em grandes bandos, armados e munidos de bastões, atiraram abaixo os crucifixos e as imagens dos santos, com muitas blasfêmias e muitas palavras infames, depois destruíram e quebraram as tribunas, órgãos, cercados das capelas, altares, assentos, fontes batismais, vitrais, depois queimaram os ornamentos das ditas igrejas, de tal modo que o ouro fundido dali fluía em várias igrejas. |
DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 29. [Adaptado].
O fragmento apresenta um relato, do ponto de vista católico, de um episódio ocorrido em 1566. Esse episódio se insere no contexto dos conflitos entre católicos e