Questões de História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo para Concurso
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( ) Pode-se classificar os dois grandes grupos étnicos presentes no Brasil em Sudaneses e Bantos. Os bantos, influenciados pela cultura árabe, eram, na maioria das vezes, islamizados. Sua presença foi maior na Bahia. Os Sudaneses, que na África povoavam o sul do continente, vieram predominantemente para o Rio de Janeiro e para Pernambuco. ( ) Muitos ex-escravos retornaram do Brasil à África e lá, em Gana, no Togo, em Benim e na Nigéria, formaram importantes comunidades de “brasileiros” que, de algum modo, modificaram certas cidades da costa, como Lagos, Porto Novo, Agüe e Anexo. As relações entre o Brasil e a África, dessa forma, não se restringiram ao tráfico de escravos, foram mais complexas e apresentaram trocas efetivas, comerciais, culturais e mesmo ideológicas, que se mantiveram nos séculos de escravidão.
Leia o texto abaixo:
“Anteontem, ao ser conhecida, nesta cidade, a notícia de que fora sancionada a lei de extinção do cativeiro, o povo manifestou o mais profundo e entusiástico júbilo de que se achava possuído. Subiram ao ar girândolas de foguetes e grandes multidões enchiam a cidade do rumor dos vivas e das grandes aclamações. Este movimento acentuou-se, extraordinariamente, à noite. Organizaram-se várias passeatas que percorreram as ruas desta cidade, a qual apresentava um aspecto festivo.
(...)
O préstito compunha-se de numerosíssimos cavaleiros, grande massa de povo e carros de comissões de sociedades abolicionistas conduzindo retratos dos vultos mais salientes da campanha em prol dos cativos.”
Jornal Diário da Bahia, 15 de Maio de 1888, p. 1. In: BRITO, Jailton Lima. A Abolição na Bahia: Uma história política – 1870-1888. Dissertação de Mestrado –Salvador, PPGH-UFBA, 1996, p. 6. Adaptado.
Sobre a Abolição da escravatura, é correto
afirmar que:
Texto I Na verdade, a escravidão no Brasil agrário-patriarcal pouco teve de cruel. O escravo brasileiro levava, nos meados do século XIX, quase vida de anjo, se compararmos sua sorte com a dos operários ingleses do mesmo período.
(Gilberto Freyre, 1964[1922]:98. Em: Flávio R. Versiani. Escravidão “suave no Brasil: Gilberto Freyre tinha razão? P. 167. Adaptado. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0101-31572007000200001. Acesso em 02.10.2016)
Texto II Uma constante durante a vigência da escravidão no Brasil foi a equiparação do corpo do cativo ao dos animais. Em face disso, era usada constantemente a mutilação, algumas vezes por castigo, com o ferro em brasa, ou pelo corte da orelha do fujão, outras vezes como símbolo de propriedade. Além disso, não se pode esquecer as marcas de instrumentos de tortura, como o tronco, os açoites, os sinais de queimaduras. Raramente um escravo não apresentava uma das marcas de violação no seu corpo. (Clovis Moura. Dicionário da Escravidão. Adaptado)
Analisando-se os dois textos, pode-se concluir corretamente que
A IMAGEM ACIMA CARACTERIZA
(Sérgio Ricardo)
Este verso se reporta à sociedade brasileira constituída de senhores e escravos que existiu no Brasil até a abolição da escravatura em 1888. Nele o autor denuncia que os valores socioculturais dos negros eram ocultados para dar vida aos valores da sociedade “branca”.
EM RELAÇÃO À HISTÓRIA DO BRASIL, O PENSAMENTO DO POETA: