Questões de Concurso Comentadas sobre história
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I Os ideais iluministas e as práticas de cidadania durante a Revolução Francesa; as práticas de cidadania a partir da independência dos Estados Unidos
II Processo de formação, expansão e dominação do capitalismo no mundo: a industrialização e a concentração urbana, as políticas econômicas liberais
III As declarações dos Direitos Universais do Homem e os contextos de suas elaborações, os direitos das mulheres, dos jovens, das crianças, das etnias e das minorias culturais
A(s) assertiva(s) correta(s) é(são) apenas:
Observe o gráfico a seguir:
Disponível em: Banco Mundial, apud https://eleuterioprado.blog/tag/crise-economica/. Acesso: 09 abr. 2024.
Ele expressa a chegada, já em 1973, da grande crise do modelo econômico do pós-guerra. O mundo capitalista mergulha em uma profunda recessão. Desde então, ganham bastante terreno as ideias neoliberais.
As ideias neoliberais podem ser
compreendidas como aquelas que
I Não apenas os Maias, mas os Astecas e Incas desenvolveram complexos sistemas de escrita e registro de dados
II Diferentes povos, em diferentes regiões e épocas construíram cidades e desenvolveram técnicas agrícolas de alto rendimento
III Constituíram comunidades com hierarquias sociais e estruturas de poder definidas, mas desconheciam o uso da roda
E assinale
Como esclarece Arruda, quando o processo de mecanização ocorre em um dos ramos da produção, ele se difunde para outros ramos, especialmente naqueles setores industriais nos quais haja isolamento em virtude da divisão social do trabalho, de tal modo que cada um produz uma mercadoria independente, mas que constituem, no conjunto, um processo global de produção. O exemplo característico é o da tecelagem, que envolve o aprimoramento na produção de fios, o avanço das indústrias mecânicas para a produção de máquinas, o progresso da metalurgia para produzir o ferro, o desenvolvimento da mineração para extrair carvão mineral, o progresso das experiências químicas (para o aprimoramento das técnicas de branqueamento ou tinturaria) etc.
BEAUCLAIR, G. Raízes da indústria no Brasil. Rio de Janeiro: Studio F&S Editora, 1992. p. 13-14.
De acordo com o autor, a pré-indústria deve ser entendida como uma etapa em que a(o)
Não havia na época local instituído para apresentações públicas de música de tradição oral. Sabe-se dos cortejos populares que eram acompanhados de música, como os que aconteciam durante os dias de carnaval no Rio de Janeiro. A poesia e a música populares eram percebidas pelos intelectuais como práticas coletivas e anônimas de propriedade do “povo”, nasciam e cresciam tão naturalmente como uma planta ou uma árvore e eram apreciadas em praça pública ou nas ruas. Tal concepção fazia parte da mentalidade que predominava no final do século XVIII. Pensava-se que a autoria não era importante em se tratando de uma “arte popular”, porque ela pertenceria a todos, a todo o “povo” (das Volk dichtet, o povo produz a poesia).
MERHY, S. As transcrições das canções populares em Viagem pelo Brasil de Spix e Martius. Revista Brasileira de Música. Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 23/2, 2010. p. 177.
A expedição de Spix e Martius foi finalizada pouco antes dos eventos determinantes para a Independência do Brasil, e a análise de Silvio Merhy aponta características constitutivas de nossa formação social.
Nesse sentido, o texto aponta aspectos da cultura de época compatíveis com um(a)
Documentos da época, hoje guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, revelam como a composição do campo brasileiro foi planejada. Os próprios senadores e deputados eram, em grande parte, senhores de terras. O senador Costa Ferreira (MA), por exemplo, discursou:
— Isso de repartir terras em pequenos bocados não é exequível. Só quem nunca foi lavrador é que pode julgar o contrário. São utopias. Ninguém vai para lá [o interior do país]. Ninguém se quer arriscar. [...] Os senadores afirmaram que o governo deveria fixar altos preços para as terras públicas colocadas à venda. O Visconde de Abrantes opinou:
— O preço deve ser elevado para que qualquer proletário que só tenha a força do seu braço para trabalhar não se faça imediatamente proprietário comprando terras por vil preço. Ficando inibido de comprar terras, o trabalhador de necessidade tem de oferecer seu trabalho àquele que tiver capitais para as comprar e aproveitar.
HÁ 170 anos, Lei de Terras [...]. Agência Senado. Disponível em https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/ha-170-anos-lei-de- -terras-[...]. Acesso em: 5 mar. 2024. Adaptado.
A análise feita pela reportagem sobre a Lei de Terras de 1850 tangencia uma característica brasileira praticamente inalterada nos últimos 200 anos de nossa história.
Trata-se da
Com a aclamação do príncipe regente D. Pedro como imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, começou a ser construída no imaginário político dos povos, outrora irmãos, a ideia de um império autônomo em terras americanas. [...] O processo de emancipação política representou o ponto de partida para a construção de uma ideia moderna de nação. [...] Essa polarização que exprimia um difuso sentimento antilusitano e antibrasileiro em imagens e escritos dos dois povos, agora reinos e nações separados, terminava por demonstrar em que se constituiu, em parte, o processo de emancipação política do Brasil. [...] À medida que se aprofundava a incompreensão recíproca, a possibilidade de manter-se a união entre Portugal e o Brasil tornou-se cada vez mais distante para ambos os lados. Incompatibilidade que se resolveu, como costuma ocorrer, pelo divórcio, talvez não tão amigável, como muitas vezes supôs a historiografia, pois envolveu lutas e disputas não só entre os dois lados do Atlântico, como também no próprio interior do Brasil. Mais difícil, porém, era a tarefa que restava, de construir e definir o Brasil: não mais como continuação de Portugal, mas dotado de identidade própria, que foi procurada pelo menos ao longo de todo o Oitocentos, em oposição ao ser português.
NEVES, L. M. P. B. Estado e política na independência. In: GRINBERG, K.; SALLES, R. (org.). O Brasil Imperial, 1808-1830. vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p. 129-131. Adaptado.
Segundo a autora, o processo de independência do Brasil
Considerando esse amplo período e seus efeitos para estruturação dos direitos sociais e políticos em nosso país, Vargas
Ilê desfilou pela primeira vez no Carnaval de 1975, causando espanto entre as elites da Bahia e um despertar para a pauta racial em uma das cidades mais negras do país. “Fomos escoltados pela polícia e fomos vaiados pela população, com alguns aplausos tímidos em meio às vaias. Fomos considerados negros rebeldes que estavam espalhando racismo na cidade”, lembra Arany [Santana, 72, diretora licenciada do bloco]. [...] O jornal A Tarde, um dos mais tradicionais da cidade, publicou na época a nota “Bloco racista, nota destoante”, afirmando que o Ilê Aiyê havia proporcionado “um feio espetáculo” com uma “imprópria exploração” do tema do racismo no Carnaval. Anos depois, o jornal se retratou.
PITOMBO, J. P. Ilê Aiyê, 50, afrontou ditadura com bloco-manifesto e foi levante da Bahia negra no Carnaval. Folha de São Paulo, São Paulo, 07 fev. 2024. Adaptado. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/cotidiano/2024/02/ile-aiye-50-afrontou-ditadura- -com-bloco-manifesto-e-foi-levante-da-bahia-negra-no-carnaval. shtml#comentarios. Acesso em: 8 fev. 2024.
Ao longo de nossa história, a relação entre racismo e democracia no Brasil
Essa sensação de intimidade da marchinha sintetiza o(a)
A ruptura democrática aí deflagrada
“A relação entre o Ocidente e o Oriente é uma relação de poder, de dominação, de graus variáveis de uma hegemonia complexa”.
SAID, E. W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1996. p.33.
O Orientalismo é expresso ideologicamente, em um modo de discurso baseado em instituições, vocabulário, erudição, imagens, doutrinas e burocracias. Assim definido, o Orientalismo está situado em uma aplicação de conceitos-chave que foram construídos atrelado à noção da
“a memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje (...)”
LE GOFF, J. História e Memória. São Paulo: UNICAMP,1992. p.410.
Segundo Le Goff, o registro da memória possibilita o exercício de reconhecimento das permanências, sendo possível identificá-la em vários locais. Assim pode-se afirmar, EXCETO:
Finalmente, passou-se a tentar ver a Idade Media como os olhos dela própria, não com os daqueles que viveram ou vivem noutro momento. Entendeu-se que a função do historiador é compreender, não a de julgar o passado. Logo, o único referencial possível para se ver a Idade Média é a própria Idade Média. Com base nessa postura, e elaborando, para concretizá-la, inúmeras novas metodologias e técnicas, a historiografia medievalística deu um enorme salto qualitativo. Sem risco de exagerar, pode-se dizer que o medievalismo se tornou uma espécie de carro-chefe da historiografia contemporânea, ao propor temas, experimentar métodos, rever conceitos, dialogar intimamente com outras ciências humanas.
FRANCO JUNIOR, H. A idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988
Ao se olhar a Idade Média por si mesma, pode se afirmar marcando V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Foi um período marcado por um rico pensamento filosófico ligado, principalmente, à teologia cristã. ( ) Foi predominante dominado pelo feudalismo, sendo a composição entre manso senhorial e servil a constância de todo o período. ( ) Chama-se de Baixa Idade Média seu início, sendo a Alta Idade Média seu período final. ( ) Estão entre os seus eventos a Dinastia Carolíngia, as Cruzadas e a Escolástica.
A sequência CORRETA é
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência. A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência — a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra — e não tentava ampliá-la com o uso de força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: breve século XX. 1914-1991. São Paulo.
Sobre as forças militares na Guerra Fria é CORRETO afirmar que, respectivamente, representavam o bloco americano e o bloco soviético:
“Houve uma ampliação de objetos de pesquisa, de paradigmas interpretativos, mas, o que não é menos importante, houve uma significativa ampliação do universo social dos historiadores do mundo antigo. O caráter aristocrático da História, e da História Antiga, em particular, foi superado pela inclusão de estudiosos não oriundos das elites, cuja formação intelectual e acadêmica não era de berço, mas aprendida, tanto no Brasil como, de maneira crescente, também no estrangeiro. Os paradigmas interpretativos tradicionais, que enfatizam a homogeneidade social e o respeito às normas, foram, de forma crescente, contrapostos às visões multifacetadas e atentas aos conflitos.:
Funari, P.P.A.; Silva, G.J.; Martins, A.L. (Orgs). História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: Annablume, 2008. Pág. 9.
A partir do trecho apresentado, é CORRETO afirmar que são exemplos de “visões multifacetadas” a apresentação, para uma turma do sexto ano do ensino fundamental, da:
Leia o trecho a seguir:
O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade.
CARVALHO, J. M. de. Os Bestializados.O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Nesse trecho da obra de Carvalho, demonstra-se que a chamada República Velha de fato constituiu, prioritariamente, sua estabilidade política a partir da
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
Agora relembre as seguintes Leis:
I. Lei Eusébio de Queirós (1850): que pôs fim ao tráfico de escravos transportados nos “navios negreiros”. II. Lei do Ventre Livre (1871): a qual libertou, a partir daquele ano, as crianças nascidas de mães escravas. III. Lei dos Sexagenários (1885): que beneficiou os escravos com mais de 65 anos. IV. Lei Bill Aberdeen (1845): que, feita pela Inglaterra, proibia o tráfico de escravos africanos.
Pode-se citar como lei que antecedeu à Abolição que vai de encontro a ideia defendida no trecho de que “negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte” apenas a lei