Questões de Concurso Sobre história
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I. A agricultura e a pecuária foram atividades importantíssimas para os Fenícios, porém, entre as suas principais atividades econômicas, destacou-se o comércio e o artesanato. II. Sem um governo e uma capital centralizada, configurou-se um conjunto de cidades-estados, independentes, mas unidos pela mesma cultura. III. O país dos Fenícios era cortado geograficamente por grandes rios, oferecendo água apenas para os grandes proprietários de terras. IV. Com um sistema de governos oposto à monarquia, desenvolveu-se a composição do poder pertencente às famílias mais ricas, que transmitiam os cargos de maneira hereditária.
Quais estão corretas?
( ) Quanto à religião, o povo egípcio possuía um conhecimento empírico, acreditava que o mundo tinha sido governado por deuses. ( ) No que se refere à cultura, não existiam privilégios entres as classes sociais, em razão da organização de acesso à cultura ser de incumbência dos escribas, possibilitando o acesso igualitário ao conhecimento. ( ) A Matemática e a Astronomia foram conhecimentos usados para o cultivo da agricultura e para prevenir as cheias do Rio Eurotas no período de cheia. ( ) No Egito antigo, existiam vários deuses ligados aos animais e representados nas cidades em forma de humanos; em outras palavras, os deuses egípcios tinham uma função mística, na qual as imagens em forma de animais e humanos representavam os antepassados.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
1. A ocupação do território brasileiro é homogênea.
2. O primeiro período de formação do território do Brasil consistiu na ocupação do litoral.
3. Com uma economia exploradora voltada para a remessa de mercadorias para a Europa, as cidades se desenvolveram rapidamente nas áreas mais internas do território e muito distantes do litoral onde o desenvolvimento foi muito lento.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Se “a interatividade é o pão cada vez mais cotidiano” das sociedades, nas palavras de Edmond Couchot (1997, p. 143), um dos caminhos em sala de aula é tentar “matar essa fome” reconhecendo as inúmeras possibilidades que a linguagem da internet nos propicia. (...) Nas palavras de Juliana Xavier de Araújo, os memes não são somente reproduzidos, mas sim reelaborados de acordo com a situação e o contexto social vivido pelo sujeito. É um processo criativo de receber e dar sentido a essas formas, contextualizando-as, ou seja, cada indivíduo utiliza o sentido do meme e o ressignifica continuamente em cada replicação, a fim de compartilhar novos enunciados e adquirir um determinado capital social.
LAMARÃO Luisa Quarti. O uso de memes nas aulas de história, p. 182-184. Disponível em https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/periferia/article/view/36442/28114
Se o professor, usando dos memes para o ensino crítico sobre a escravidão, estabelecesse conexão do conteúdo ministrado com a atualidade vivida pelos seus alunos, a alternativa CORRETA seria
“baseado numa história real, das guerreiras do Reino de Daomé, o exército de Agoji. O Reino de Daomé é o atual Benin, e as suas guerreiras formavam um exército que chegou a ter oito mil mulheres, responsáveis por proteger o rei, o Estado e lutar contra a força colonial. (...) um filme predominantemente focando no exército guerreiro feminino, mas que não se omite do fato de como algumas nações africanas, incluindo Daomé, foram culpadas de participar do tráfico de escravizados com invasores europeus, oferecendo seus próprios compatriotas em troca de bens materiais. O filme não foge desta ligação, não apenas mencionando, mas fazendo da questão parte do drama de sua história.”
Disponível em https://www.omelete.com.br/filmes/criticas/a-mulher-rei
Articulando o filme ao período histórico que representa, é CORRETO afirmar que
Observe a charge abaixo, publicada no jornal Baltimore Sun em 1957
Na imagem, um avião chamado “A Complacência Americana” é ultrapassado por um objeto marcado com a foice e o martelo, assustando um dos passageiros.
A que fato histórico a imagem se refere?
Assinale a alternativa que melhor sintetiza o que essa guerra representou.
Disponível em https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/08400602122015Historia_Contemporanea_I_Aula_5.pdf
Esse texto descreve um período da Revolução Francesa. Assinale a alternativa que o indica.
Leia com atenção o poema que se segue: Padrão, de Fernando Pessoa.
O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
Este poema é uma referência às chamadas Grandes Navegações portuguesas. Sua perspectiva sobre esse fato é
Após a morte e o funeral de uma pessoa no Antigo Egito, acreditava-se que a sua alma (ka) iniciaria a sua jornada pelo mundo dos mortos e, num determinado momento, chegaria ao Tribunal de Osíris, ou Sala das Duas Verdades ou Sala das Duas Maats, também definida como a Cena da Psicostasia, na qual o defunto – o réu – era julgado de acordo com as suas ações em vida pelo magistrado do mundo dos mortos – o rei Osíris – a fim de se avaliar se era merecedor de entrar no Paraíso e viver eternamente ou ser devorado e perecer.
LOPES, Beatriz Sales. REINTERPRETAÇÃO DE MITOS: As Divindades do Tribunal de Osíris, 2021, p. 67.
Esse trecho mostra como a religião egípcia era
Observe bem a imagem abaixo:
Trata-se de exemplo de arte rupestre encontrado na Caverna Manda Guéli, no Chade (África Central). Um painel
como esse reafirma:
“No seu aspecto mais irredutível, o Cinema – incluindo todo o imenso conjunto das obras cinematográficas que já foram produzidas e também as práticas e discursos que sobre elas se estabelecem – pode ser considerado nos dias de hoje uma fonte primordial e inesgotável para o trabalho historiográfico. A partir de uma fonte fílmica e a partir da análise dos discursos e práticas cinematográficas relacionados aos diversos contextos contemporâneos, os historiadores podem apreender de uma nova perspectiva a própria história do século XX e da contemporaneidade. De igual maneira, como se verá mais adiante, os historiadores políticos e culturais podem examinar os diversos usos, recepções e apropriações dos discursos, práticas e obras cinematográficas.”
BARROS, José d’Assunção. Cinema e história – as funções do cinema como agente, fonte e representação da história. Disponível em https://journals.openedition.org/lerhistoria/2547#tocto1n1
Diante do colocado, sobre a relação história e cinema, é CORRETO afirmar que
A Revista Piauí, no ano do Bicentenário da Independência do país, revisita a história brasileira de acordo com uma perspectiva afrocentrada. O trecho da reportagem a seguir integra o Projeto Querino, liderado pelo jornalista Tiago Rogero.
Durante décadas, milhões de mulheres, sobretudo negras, viveram nos quartos de empregadas no Brasil, às vezes com um filho ou uma filha. Muitas ainda vivem. [...]
O quarto da revolta
folha de papel branco sobre a mesa da sala de uma casa simples na Baixada Fluminense, João Miguel Araújo, de 41 anos, desenha de memória o quartinho de empregada em que viveu por quase vinte anos com a mãe. “Devia ter 1,80 por 2 metros. Dá o quê? [...]”, ele calcula, enquanto risca o papel. “Cabia um beliche, um armário pequeno e a máquina de lavar da família.
E não tinha janela, só um basculante”, conta, agora desenhando o mobiliário. [...] À medida que o garoto crescia, o quartinho ficava menor. Ainda hoje, Araújo se lembra de quando ficava sentado entre a cozinha e a área de serviço, vendo a mãe trabalhar. “Sempre que sinto cheiro de água sanitária, eu me lembro de minha mãe. Ela estava sempre com esse cheirinho”. No pedaço de chão que sobrava para circular no quartinho, ele se divertia com os brinquedos que tinha: pedaços de madeira, caixas de fósforo vazias e outros materiais descartados na casa.
Piauí, ed. 191, ago. 2022 (fragmento).
Com base no texto apresentado, é correto afirmar que
O historiador Eric Hobsbawm, na sua obra intitulada “Nações e nacionalismo desde 1780”, ao estudar o fenômeno do nacionalismo, procurou explicar o surgimento deste fenômeno na Europa do século XIX, ligado, entre outras razões, a uma presença mais efetiva dos poderes do Estado na sociedade daquele período.
Cada vez mais o Estado detinha informações sobre cada um dos indivíduos e cidadãos através do instrumento representado por seus censos periódicos regulares (que só se tornaram comuns depois da metade do século XIX), através da educação primária teoricamente compulsória e através do serviço militar obrigatório, onde existisse.
HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismo desde 1780. Rio de
Janeiro: Paz e Terra. 1990. p.102.
Com base nas abordagens históricas acerca do controle do Estado sobre a sociedade civil no século XIX, é correto afirmar:
Um visitante francês em sua estada no Rio de Janeiro, em 1748, sintetiza seus juízos sobre o comportamento social dos portugueses:
[…] para dar uma ideia clara da sua futilidade, a seguinte nota: uma espada e uma roupa elegante os seduzem enormemente e a aparência é tudo que consideram ao avaliar a importância de alguém. […] Os habitantes comuns que querem satisfazer a sua vaidade aos olhos do povo, na impossibilidade de utilizar o castão de prata, escondem a sua inferioridade exagerando no brilho das suas roupas e das de seus acompanhantes. […]
PIERRE Sonnerat. In: FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Outras visões
do Rio de Janeiro colonial: antologia de textos (1582-1808). Rio de
Janeiro: José Olympio, 2000. p. 207-208.
O texto acima revela que cada indivíduo membro da sociedade colonial brasileira, do século XVIII, deveria mostrar-se, no trajo, nos adereços e mesmo nas cores portadas, de acordo com o seu estado socioeconômico.
Com base nessas considerações podemos afirmar:
1. A impossibilidade ou dificuldade no discernimento entre livre e cativo pelo modo ou riqueza nas roupas era uma questão posta, a qual não incomodava a sociedade da época, sendo uma questão acolhida pela legislação em vigor no Brasil do período colonial.
2. Riqueza e pobreza são fios de uma trama que pouco a pouco passam a compor o complexo e misto código de vestimenta nos trópicos, um código que deveria traduzir a hierarquia e a distinção social.
3. As pompas e rococós, sinal mais imediato e efetivo do poder econômico naquele ambiente extremamente visual, acabavam por perder sua função de distinção quando “qualquer um” podia trajá-las.
4. Aos olhos de diversos legisladores e camarários, permitir que os pretos circulassem vestidos com requinte prejudicava, portanto, o firmamento de uma verdadeira barreira entre os de cor – e os demais agentes sociais que, mesmo pobres, eram brancos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.