Questões de Concurso Sobre linguística

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Q2483023 Linguística

A organização estrutural de uma língua não está rigorosamente associada com homogeneidade; pelo contrário, a variação é presente em todas as línguas naturais.

Sendo assim, é incorreto afirmar que:

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Q2483022 Linguística

A Professora Kátia Bräkling, contribuindo para nossa compreensão sobre o que sejam as atividades de análise linguística, observa que são aquelas que implicam o estudo de todos os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem, ou seja, os recursos e os procedimentos utilizados nas situações de escuta, leitura, fala e escrita de discursos verbais.

Adaptado de BRAKLING, Kátia Lomba. Ensinar gramática: a que será que se destina?. In: Informes do projeto Araribá. São Paulo: Editora Moderna, 2005, p. 2. 

Com base no trecho, assinale a afirmativa que descreve corretamente o tipo de conhecimentos com os quais opera-se nas práticas de linguagens.


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Q2472507 Linguística
A vingança de uma Teixeira


      A troca da bola de meia para a bola de borracha foi uma importante evolução técnica do association em nossa rua. Nossa primeira bola de borracha era branca e pequena; um dia, entretanto, apareceu um menino com uma bola maior, de várias cores, belíssima, uma grande bola que seus pais haviam trazido do Rio de Janeiro. Um deslumbramento; dava até pena de chutar. Admiramo-la em silêncio; ela passou de mão em mão; jamais nenhum de nós tinha visto coisa tão linda.

       Era natural que as Teixeiras não gostassem quando essa bola partiu uma vidraça. Nós todos sentimos que acontecera algo de terrível. Alguns meninos correram; outros ficaram a certa distância da janela, olhando, trêmulos, mas apesar de tudo dispostos a enfrentar a catástrofe. Apareceu logo uma das Teixeiras, e gritou várias descomposturas. Ficamos todos imóveis, calados, ouvindo, sucumbidos. Ela apanhou a bola e sumiu para dentro de casa. Voltou logo depois e, em nossa frente, executou o castigo terrível: com um grande canivete preto furou a bola, depois cortou-a em duas metades e jogou-a à rua. Nunca nenhum de nós teria podido imaginar um ato de maldade tão revoltante. Choramos de raiva; apareceram mais duas Teixeiras que davam gritos e ameaçavam descer para nos puxar as orelhas. Fugimos.

       A reunião foi junto do cajueiro do morro. Nossa primeira ideia de vingança foi quebrar outras vidraças a pedradas.

       Alguém teve um plano mais engenhoso: dali mesmo, do alto do morro, podíamos quebrar as vidraças com atiradeiras, e assim ninguém nos veria. – Mas elas vão logo dizer que fomos nós! Alguém informou que as Teixeiras iam todas no dia seguinte para uma festa na fazenda, um casamento ou coisa que o valha. O plano de assalto à casa foi traçado por mim. A casa das Teixeiras dava os fundos para o rio e uma vez, em que passeava de canoa, pescando aqui e ali, eu entrara em seu quintal para roubar carambolas. Havia um cachorro, mas era nosso conhecido, fácil de enganar.

      Falou-se muito tempo dos ladrões que tinham arrombado a porta da cozinha da casa das Teixeiras. Um cabo de polícia esteve lá, mas não chegou a nenhuma conclusão. Os ladrões tinham roubado um anel sem muito valor, mas de grande estimação, com monograma, e tinham feito uma desordem tremenda na casa; havia vestidos espalhados pelo chão, um tinteiro e uma caixa de pó-de-arroz entornados em um quarto, sobre uma cama. Falou-se que tinha desaparecido dinheiro, mas era mentira; lembro-me vagamente de uma faca de cozinha, um martelo, uma lata de goiabada; isso foi todo o nosso botim.

       O anel foi enterrado em algum lugar no alto do morro; mas alguns dias depois caiu um temporal e houve forte enxurrada; jamais conseguimos encontrar o nosso tesouro secretíssimo, e rasgamos o mapa que havíamos desenhado.

      Durante algum tempo as famílias da rua fecharam com mais cuidado as portas e janelas, alguns pais de família saltaram assustados da cama a qualquer ruído, com medo dos ladrões; mas eles não apareceram mais.

       Nosso terrível segredo nos deu um grande sentimento de importância, mas nunca mais jogamos futebol diante da casa das Teixeiras. Deixamos de cumprimentar a que abrira a bola com o canivete; mesmo anos depois, já grandes, não lhe dávamos sequer bom dia. Não sei se foi feliz na existência, e espero que não; se foi, é porque praga de menino não tem força nenhuma.


(BRAGA, Rubem. A traição das elegantes. Editora Moderna. 9ª edição.)
Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a afirmativa correta.
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Q2472497 Linguística
LINGUÍSTICA



       Carta Educação: Há como mensurar o início das fake news? Vivemos uma ascensão das notícias falsas?

        Pollyana Ferrari: “As fake news sempre existiram. No meu livro eu cito relatos e resumos de jornais fake desde Roma Antiga. Então não é que a gente não tinha, sempre tivemos a imprensa marrom, o próprio Cidadão Kane, de 1941, é um exemplo, bem como a Guerra dos Mundos, de Orson Welles. Não estamos diante de um fenômeno novo, que começa em 2016. O que temos de considerar é a questão da escala.

         Com as redes sociais, basicamente as temos há 14 anos, todo mundo ganhou voz, temos produção de conteúdo via celulares, blogs, influenciadores digitais. E, veja, eu não sou contra esse movimento, é positivo termos outras vozes para além da grande mídia. A questão é que nos grandes veículos há etapas de apuração de informação, um mínimo de checagem, independentemente da linha editorial que sigam. Não estou falando de viés político, mas de etapas de apuração. Com a pulverização, isso se perde. E, sim, estamos em um momento de ascensão das fake news, o que é muito preocupante.

            Carta Educação: Qual a relação entre fake news e pós-verdade?

        Pollyana Ferrari: A pós-verdade aponta para uma sociedade informacional que compartilha personas digitais, desejos que não tem lastro com o real. Vejo que às vezes as pessoas até têm dimensão de que determinada informação é falsa, mas como isso vai ao encontro do seu desejo, ela compartilha.

       Carta Educação: Como isso ganha força e pode ser prejudicial no contexto digital da Internet e das redes sociais?

      Pollyana Ferrari: Vamos imaginar duas situações. Um jovem, adaptado à presença nessas plataformas e que acredita mais nos seus amigos e na sua timeline do que nos veículos e até em seu professor. Agora, o idoso que, por sua vez, não está acostumado com a presença digital e que vinha de uma relação com a informação em que se preservava uma checagem mínima. Isso parece inofensivo, mas quando consideramos que só no Facebook há dois bilhões de pessoas, é preocupante. Isso sem contar os aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, um dos mais utilizados pelos brasileiros e um dos disseminadores de fake news em potencial. O que estou querendo dizer é que, geralmente, o dedo é mais rápido que o cérebro, se compartilha muita coisa sem checar informação,sem questionar de onde vem a foto, o vídeo. É preciso ter senso crítico e questionar o que se recebe.


(Ana Luiza Basílio, Carta Capital. 2018.)
Dentre as características elencadas a seguir, NÃO pode ser identificada no texto em análise apenas: 
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Q2472487 Linguística
LINGUÍSTICA



       Carta Educação: Há como mensurar o início das fake news? Vivemos uma ascensão das notícias falsas?

        Pollyana Ferrari: “As fake news sempre existiram. No meu livro eu cito relatos e resumos de jornais fake desde Roma Antiga. Então não é que a gente não tinha, sempre tivemos a imprensa marrom, o próprio Cidadão Kane, de 1941, é um exemplo, bem como a Guerra dos Mundos, de Orson Welles. Não estamos diante de um fenômeno novo, que começa em 2016. O que temos de considerar é a questão da escala.

         Com as redes sociais, basicamente as temos há 14 anos, todo mundo ganhou voz, temos produção de conteúdo via celulares, blogs, influenciadores digitais. E, veja, eu não sou contra esse movimento, é positivo termos outras vozes para além da grande mídia. A questão é que nos grandes veículos há etapas de apuração de informação, um mínimo de checagem, independentemente da linha editorial que sigam. Não estou falando de viés político, mas de etapas de apuração. Com a pulverização, isso se perde. E, sim, estamos em um momento de ascensão das fake news, o que é muito preocupante.

            Carta Educação: Qual a relação entre fake news e pós-verdade?

        Pollyana Ferrari: A pós-verdade aponta para uma sociedade informacional que compartilha personas digitais, desejos que não tem lastro com o real. Vejo que às vezes as pessoas até têm dimensão de que determinada informação é falsa, mas como isso vai ao encontro do seu desejo, ela compartilha.

       Carta Educação: Como isso ganha força e pode ser prejudicial no contexto digital da Internet e das redes sociais?

      Pollyana Ferrari: Vamos imaginar duas situações. Um jovem, adaptado à presença nessas plataformas e que acredita mais nos seus amigos e na sua timeline do que nos veículos e até em seu professor. Agora, o idoso que, por sua vez, não está acostumado com a presença digital e que vinha de uma relação com a informação em que se preservava uma checagem mínima. Isso parece inofensivo, mas quando consideramos que só no Facebook há dois bilhões de pessoas, é preocupante. Isso sem contar os aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, um dos mais utilizados pelos brasileiros e um dos disseminadores de fake news em potencial. O que estou querendo dizer é que, geralmente, o dedo é mais rápido que o cérebro, se compartilha muita coisa sem checar informação,sem questionar de onde vem a foto, o vídeo. É preciso ter senso crítico e questionar o que se recebe.


(Ana Luiza Basílio, Carta Capital. 2018.)
Considerando os processos argumentativos na construção do discurso, entre os trechos destacados a seguir pode-se afirmar que um recurso argumentativo de exemplificação utilizado na primeira resposta dada pode ser evidenciado em: 
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Q2470972 Linguística

Leia o Texto 3 para responder à questão.


Texto 3


INTERVENÇÃO HUMANA


O homem como ser animal,

De todos é o mais perigoso,

Pelo seu diferencial.

É dotado de inteligência,

Tem o domínio da ciência,

É um ser sensacional,

Homem de grande sapiência.

Domina a fala e a escrita,

Constrói a morada onde habita,

Defensor da ética e da moral,

Faz o bem e faz o mal.

Mas destrói a natureza sem pena,

E nessa intervenção humana,

Contribui para um desastre total.

Não destrói com tua vida. Pensas que és imortal? 


KAMBEBA, Márcia Wayna. O lugar do Saber. São Leopoldo: Casa Leiria, 2020. p. 38.

No verso “Não destrói com tua vida.”, segundo a Gramática Normativa, o emprego da preposição “com” se deve à transferência da regência de um outro verbo cujo sentido aproxima-se do expresso por “destruir”. Esse verbo é
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Q2458390 Linguística
Um orador começou seu discurso no Parlamento do seguinte modo:
Um antigo professor meu dizia que um discurso deve ser como uma minissaia: quanto mais curto, melhor!
Nesse caso, a estratégia de atrair o público para a fala do orador, foi a de
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Q2458387 Linguística
Em cada opção abaixo há um tipo de texto frequente nos meios políticos.
Assinale o tipo de texto que mostra sua finalidade de forma adequada.
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Q2452696 Linguística
Sobre a concepção interacionista da linguagem, julgue os itens a seguir:

( )Os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais que constroem e produzem sentidos dialogicamente.
( )Vê a língua como um código pronto, à disposição dos usuários, os quais a utilizarão como mero instrumento de comunicação.
( )A atividade de linguagem é essencialmente social, ideológica, dialógica e não pode ser desvinculada das relações sociais.
( )Tem-se uma visão enunciativa e discursiva da linguagem, visto que ela é entendida não como uma categoria gramatical abstrata, mas sim como um fato social.

A sequência CORRETA é:
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Q2425309 Linguística

Floresça, fale, cante, ouça-se, e viva

A Portuguesa língua, e já onde for

Senhora vá de si soberba, e altiva.


(Antônio Ferreira, séc. XVI.)


O uso da língua envolve aspectos diversos como fonética, morfologia, sintaxe, semântica, além de elementos históricos e sociais. Alguns conceitos como sistema, uso e norma da linguagem – relacionados à língua – podem ser definidos, respectivamente, da seguinte forma:

I. A língua como estrutura abstrata, uma espécie de denominador comum de todos os seus usos.

II. O ato de escrever ou ler a língua excetuando -se sua manifestação oral devido às variadas possibilidades linguísticas.

III. Os variados usos históricos e sociais adotados coletivamente como padrão que se repete.


Está(ão) associado(s) corretamente apenas o(s) conceito(s)

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Q2423092 Linguística

Conforme TRAVAGLIA, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:


Os _____________ são um dos elementos que caracterizam a dimensão pragmática no uso da linguagem, dimensão esta que é dada pela relação dos elementos linguísticos e todos os componentes desta.

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Q2423091 Linguística

Conforme BAKHTIN, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:


A língua __________ – a composição de seu léxico e sua estrutura gramatical –, não a aprendemos nos dicionários e nas gramáticas, nós a adquirimos mediante enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos durante a comunicação verbal viva que se efetua com os indivíduos que nos rodeiam.

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Q2423090 Linguística

Em conformidade com SAUSSURE, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:


Enquanto a linguagem é __________, a língua assim delimitada é de natureza _________: constitui-se num sistema de _________ onde, de essencial, só existe a união do sentido e da imagem acústica, e onde as duas partes do _________ são igualmente psíquicas.

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Q2423087 Linguística

Em conformidade com SAUSSURE, sobre as tarefas da Linguística, marcar C para as tarefas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


(_) Fazer a descrição e a história de todas as línguas que puder abranger, o que quer dizer: fazer a história das famílias de línguas e reconstituir, na medida do possível, as Iínguas-mães de cada família.

(_) Procurar as forças que estão em jogo, de modo permanente e universal, em todas as línguas, e deduzir as leis gerais às quais se possam referir todos os fenômenos peculiares da história.

(_) Delimitar-se e definir-se a si própria.

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Q2423041 Linguística

De acordo com MOURÃO, Richard e Rodgers mencionam, pelo menos, três visões teóricas da linguagem, as quais dão suporte às abordagens e aos métodos de ensino de línguas. Sobre essas visões, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


(1) Visão estrutural.

(2) Visão funcional.

(3) Visão interacional.


(_) A mais tradicional. Defende a ideia de que a língua é um sistema de elementos estruturalmente relacionados para a codificação de significado.

(_) A linguagem é entendida como veículo para a expressão do significado funcional.

(_) A linguagem é vista como veículo para a realização das relações interpessoais e para o desenvolvimento das transações sociais entre indivíduos.

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Q2421806 Linguística

Segundo Marcos Bagno, a hipercorreção é um fenômeno sociolinguístico que se observa quando um falante ou uma comunidade de falantes, ao tentar se aproximar de um padrão ideal imaginário de língua “boa”, acaba se desviando tanto da gramática intuitiva da língua quanto da gramática normativa.


Para o autor, em sua “Gramática pedagógica do português brasileiro”, NÃO pode ser considerado um caso de hipercorreção a

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Q2421805 Linguística

Ao introduzir as classes das palavras e as categorias gramaticais, Evanildo Bechara explica que, quase sempre, a gramática engloba, numa mesma relação, palavras que pertencem a grupos distintos: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Segue o linguista afirmando que um exame atento mostrará que a relação junta palavras de natureza e funcionalidade bem diferentes, com base em critérios categoriais, morfológicos e sintáticos misturados – e que os elementos que as diferenciam são os diversos significados que lhes são próprios.


Dentre os significados elucidados por Bechara, é correto afirmar que o

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Q2421802 Linguística

Em “Dramática da língua portuguesa”, Marcos Bagno afirma que a ideologia linguística em vigor é tanto mais perversa na medida em que nem mesmo as classes dominantes acreditam falar bem o português, produzindo uma espécie de autoaversão linguística nos brasileiros. Fruto dessa ideologia é a situação de polarização diglóssica em vigor: no polo positivo, está a norma-padrão, associada à escrita mais monitorada; no polo negativo, está o português brasileiro de ponta, reunindo as características gramaticais compartilhadas por todas as variedades do português do Brasil.


O autor apresenta algumas propostas para a superação dessa ideologia linguística antidemocrática e do dilema que ela engendra. Dentre elas, a proposta INCORRETA é

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Q2421800 Linguística

L. A. Marcuschi define a linguística do texto como o estudo das operações linguísticas, discursivas e cognitivas reguladoras e controladoras da produção, construção e processamento de textos escritos ou orais em contextos naturais de uso.


A partir dessa definição, a linguística do texto, segundo Marcuschi, NÃO pressupõe

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Q2421789 Linguística

L. A. Marcuschi adota a perspectiva sociointerativa para o trabalho com o texto, percebendo a língua como uma atividade – variada e variável. Ou seja, ela contempla três aspectos em sua heterogeneidade: da comunidade linguística; de estilos e registros; e do próprio sistema.


Assim, para o autor, é correto admitir que a língua é

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Respostas
101: C
102: C
103: C
104: D
105: D
106: D
107: D
108: B
109: C
110: C
111: D
112: D
113: E
114: D
115: A
116: B
117: C
118: B
119: A
120: D