Questões de Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas para Concurso

Foram encontradas 47 questões

Q1911157 Literatura
Os poemas de Paulo Leminski estão associados ao seguinte movimento literário:
Alternativas
Q1884043 Literatura
Texto para a questão

Grande Sertão: Veredas


Disponível em https://bit.ly/3o5wGdj, consultado em janeiro de 2022. Com adaptações.

 A obra “Grande Sertão: Veredas” é um grande romance escrito por Guimarães Rosa, no qual Riobaldo, um exjagunço que, já envelhecido e afastado das funções, põe-se em prosa com um visitante, letrado e urbano, cuja voz não aparece, e que deseja conhecer o sertão mineiro. A obra é narrada em primeira pessoa e Riobaldo é aquele que conta a sua história e a trajetória dos seus pensamentos, refazendo as lembranças dos caminhos percorridos e trazendo à luz novas reminiscências.

De maneira não linear, como no fluxo da memória e das conversas ao pé da fogueira, o narrador conta a história da vingança contra Hermógenes, jagunço traidor, e envereda-se pelo labirinto dos sendeiros que o levaram à jagunçagem, aos recônditos do sertão e a espaços pouco conhecidos do Brasil.

As paisagens por onde transitou Riobaldo apontam marcadamente para os lugares geográficos correspondentes aos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Não obstante, o sertão de Rosa, ao mesmo tempo, é e não é real. Não é só sertão geográfico, mas projeção da alma: Grande Sertão: Veredas é a alma de Riobaldo.

Esse sertão é do tamanho do mundo — ali estão os problemas locais, o coronelismo, o jaguncismo, as diferenças sociais. A eles acoplam-se os problemas universais. O sertão de Riobaldo é o palco de sua vida e suas inquietações; todos os episódios que relata são permeados de reflexões sobre o bem e o mal, a guerra e a paz, a alegria e a tristeza, a liberdade e o medo — os paradoxos de que é composta sua própria história e, também, a história de toda a humanidade.

Como nomear e identificar o bem e o mal no sistema jagunço, em que impera a violência e a luta pelo poder? Pelas memórias de Riobaldo, surgem centenas de personagens e informações, inúmeras falas sertanejas, vozes do povo perante uma estrutura de heranças coloniais que não se soluciona.

Também central é o tema do amor, encarnado na personagem de Diadorim, que interpola as lembranças de Riobaldo e que também não se soluciona. Diadorim é colega jagunço de Riobaldo, e em meio a esse universo viril e estruturalmente machista, a homossexualidade não é tolerável. Assim, ao passo em que suscita o desejo de Riobaldo, levanta também o incômodo e a não aceitação do personagem com aquilo que sente. É o conflito, novamente, entre o bem e o mal, em que Diadorim representa o diabólico, aquilo que Riobaldo rejeita, e ao mesmo tempo deseja. 
Leia o texto 'Grande Sertão: Veredas' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. A obra “Grande Sertão: Veredas” traz ao leitor a história da vingança contra Hermógenes, um jagunço traidor, entre outros elementos e histórias da jagunçagem na voz de Riobaldo, afirma o texto.
II. Após a leitura do texto, é possível perceber que a diferença entre o bem e o mal no sistema jagunço não é totalmente clara e que a violência e a luta pelo poder estão bastante presentes no mundo do jaguncismo.
III. Uma ideia presente no texto em análise é a de que os episódios relatados por Riobaldo são permeados de paradoxos e reflexões sobre a alegria e a tristeza, a liberdade e o medo, o bem e o mal, a guerra e a paz.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1884042 Literatura
Texto para a questão

Grande Sertão: Veredas


Disponível em https://bit.ly/3o5wGdj, consultado em janeiro de 2022. Com adaptações.

 A obra “Grande Sertão: Veredas” é um grande romance escrito por Guimarães Rosa, no qual Riobaldo, um exjagunço que, já envelhecido e afastado das funções, põe-se em prosa com um visitante, letrado e urbano, cuja voz não aparece, e que deseja conhecer o sertão mineiro. A obra é narrada em primeira pessoa e Riobaldo é aquele que conta a sua história e a trajetória dos seus pensamentos, refazendo as lembranças dos caminhos percorridos e trazendo à luz novas reminiscências.

De maneira não linear, como no fluxo da memória e das conversas ao pé da fogueira, o narrador conta a história da vingança contra Hermógenes, jagunço traidor, e envereda-se pelo labirinto dos sendeiros que o levaram à jagunçagem, aos recônditos do sertão e a espaços pouco conhecidos do Brasil.

As paisagens por onde transitou Riobaldo apontam marcadamente para os lugares geográficos correspondentes aos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Não obstante, o sertão de Rosa, ao mesmo tempo, é e não é real. Não é só sertão geográfico, mas projeção da alma: Grande Sertão: Veredas é a alma de Riobaldo.

Esse sertão é do tamanho do mundo — ali estão os problemas locais, o coronelismo, o jaguncismo, as diferenças sociais. A eles acoplam-se os problemas universais. O sertão de Riobaldo é o palco de sua vida e suas inquietações; todos os episódios que relata são permeados de reflexões sobre o bem e o mal, a guerra e a paz, a alegria e a tristeza, a liberdade e o medo — os paradoxos de que é composta sua própria história e, também, a história de toda a humanidade.

Como nomear e identificar o bem e o mal no sistema jagunço, em que impera a violência e a luta pelo poder? Pelas memórias de Riobaldo, surgem centenas de personagens e informações, inúmeras falas sertanejas, vozes do povo perante uma estrutura de heranças coloniais que não se soluciona.

Também central é o tema do amor, encarnado na personagem de Diadorim, que interpola as lembranças de Riobaldo e que também não se soluciona. Diadorim é colega jagunço de Riobaldo, e em meio a esse universo viril e estruturalmente machista, a homossexualidade não é tolerável. Assim, ao passo em que suscita o desejo de Riobaldo, levanta também o incômodo e a não aceitação do personagem com aquilo que sente. É o conflito, novamente, entre o bem e o mal, em que Diadorim representa o diabólico, aquilo que Riobaldo rejeita, e ao mesmo tempo deseja. 
Leia o texto 'Grande Sertão: Veredas' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. A obra “Grande Sertão: Veredas” apresenta ao leitor problemas locais vivenciados por Riobaldo, como o jaguncismo, o coronelismo e as diferenças sociais, de acordo com as informações presentes no texto.
II. O texto em análise afirma que na obra “Grande Sertão: Veredas”, Riobaldo narra a sua história e a trajetória dos seus pensamentos em primeira pessoa. Ainda de acordo com o texto, esse personagem refaz as lembranças dos caminhos percorridos e traz à luz novas reminiscências.
III. O narrador de “Grande Sertão: Veredas” é um ex-jagunço já envelhecido e afastado das suas funções, de acordo com o texto. Na obra, ele se põe em prosa com um visitante que deseja conhecer o sertão mineiro, como fica claro na análise do texto.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1884024 Literatura
Analise as afirmativas a seguir:

I. A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes, como, por exemplo: “Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada” (a frieza está associada ao tato e não à visão).
II. A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional, como, por exemplo: quase morri de estudar.
III. A metonímia é a omissão de significados de palavras compostas, feita através da substantivação de um verbo no infinitivo. Um exemplo de metonímia pode ser visto em: costumava ler Shakespeare / aprecio a sua voz.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1853044 Literatura

    Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício.

Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. 

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item subsecutivo, relacionados ao Modernismo e a tendências contemporâneas da literatura brasileira. 


A obra Memórias do Cárcere pode ser concebida como um testemunho literário, construído na perspectiva do sujeito-autor, sobre a prisão a que Graciliano Ramos foi submetido durante o Estado Novo e, por conseguinte, sobre as agruras desse período, como a tortura, a vida em porões e as privações provocadas por um regime ditatorial. 

Alternativas
Respostas
21: D
22: D
23: D
24: C
25: C