Questões de Português - Análise sintática para Concurso
Foram encontradas 8.818 questões
Leia o texto a seguir para responder as questões de 1 a 6.
ENCONTRADO ESQUELETO HUMANO DE 3.000 ANOS COM CÂNCER
É o mais antigo exemplo de restos mortais com a doença. Esqueleto foi descoberto em 2013 no Sudão
Publicado em 18/03/2014. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/encontrado-esqueleto-humano-de3-mil-anos-com-cancer Acesso em 18 de abril de 2014
Arqueólogos britânicos anunciaram ter descoberto o mais antigo exemplar completo de um ser humano com câncer metastático. Os pesquisadores encontraram evidências de tumores por todo corpo em um esqueleto de mais de 3.000 anos de idade [...]. A equipe espera que a descoberta, publicada nesta segunda-feira na revista científica Plos One, possa fornecer novas pistas sobre a evolução da doença.
Os especialistas responsáveis pelo estudo são da Universidade Durham e do British Museum. De acordo com a pesquisa, o esqueleto em questão é de um adulto do sexo masculino com idade estimada entre 25 e 35 anos quando morreu. Ele foi encontrado no sítio arqueológico de Amara Oeste, na parte norte do Sudão, a 750 quilômetros da capital, Cartum.
A análise do esqueleto foi feita por meio de radiografias e de um microscópio eletrônico de varredura. Os pesquisadores conseguiram obter uma clara imagem que mostrou tumores nos ossos da clavícula, escápulas, braços superiores, vértebras, costelas, bacia e coxa. Não foi possível, porém, identificar o local no qual a doença se originou.
Segundo os autores do estudo, praticamente não há registros arqueológicos do câncer em comparação a outras doenças. Isso deu origem à ideia de que o câncer é causado principalmente pelo estilo de vida moderno e pelo fato de, hoje, as pessoas viverem durante mais tempo.
"O conhecimento adquirido em restos humanos como esses pode realmente nos ajudar a compreender a evolução e a história das doenças modernas", diz Michaela Binder, pesquisadora da Universidade Durham que coordenou o trabalho. Ela espera que seu estudo ajude outros cientistas a explorar as causas do câncer em populações antigas.
Releia: “Segundo os autores do estudo, praticamente não há registros arqueológicos do câncer em comparação a outras doenças. Isso deu origem à ideia de que o câncer é causado principalmente pelo estilo de vida moderno e pelo fato de, hoje, as pessoas viverem durante mais tempo”.
Analise as afirmações sobre esse trecho e assinale a única INCORRETA:
O texto a seguir é referência para as questões de 01 a 04:
ESPERANÇA NA UNIVERSIDADE
O mundo, em inícios do século XXI, passou por uma imensa desarticulação ideológica, que incluiu uma enorme dissociação política e uma desigualdade social maciça. Frente a essas transformações radicais, a universidade ainda representa patrimônio intelectual, independência política e crítica social. Graças a essas características, a universidade é a instituição mais bem preparada para reorientar o futuro da humanidade.
As últimas décadas do século XX causaram grande desorientação:
• a economia, que foi o orgulho do século XX, entrou em desaceleração;
• essa economia, que, a princípio, aumentou o número dos que se beneficiavam do progresso, passou a ser instrumento da mais brutal desigualdade entre os seres humanos já vista na história;
• os partidos políticos, quer de direita quer de esquerda, deixaram de gerar esperança;
• a democracia, que havia sido criada para os estados-cidade, tendo resistido por mil anos, passou a se mostrar saturada e incompetente. Isso se deu num tempo em que um presidente eleito em um país, pequeno ou grande, tem poder sobre todo o planeta e sobre os séculos futuros, em termos das decisões tomadas por ele;
• as religiões, que sempre foram guardiãs da cultura, sentem-se agora incapazes de frear o avanço brutal do individualismo;
• as empresas, que antes criavam empregos, passaram a destruir empregos;
[...]
Resta pouca esperança de que um novo sistema global de ideias venha a ser criado para renovar a crença na utopia de um mundo em que o sonho humano de progresso tecnológico se alie à liberdade e à igualdade. Essa crença implicava confiança nos políticos, nos líderes religiosos e nos juízes, de quem se esperava a invenção de meios para a criação de coalizões entre os seres humanos. No entanto, se examinarmos as instituições que sobreviveram ao longo desses últimos mil anos, podemos ainda nos permitir ter esperanças, se voltarmos nosso olhar para a universidade.
Para que a universidade seja um instrumento de esperança, entretanto, é necessário que ela recupere esperança nela própria. Isso significa compreender as dificuldades e as limitações da universidade, bem como formular uma nova proposta, novas estruturas e novos métodos de trabalho. Lutar pela defesa da universidade significa lutar pela transformação da universidade.
(Cristovam Buarque. A Universidade numa encruzilhada) FONTE: Ministro da Educação do Brasil. Trabalho apresentado na Conferência Mundial de Educação Superior + 5, UNESCO, Paris, 23-25 de junho de 2003. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000035.pdf. Acesso em: 20/02/2014
Na frase: “Lutar pela defesa da universidade significa lutar pela transformação da universidade”, podemos afirmar, em relação à análise sintática:
I. “Lutar pela defesa da universidade” funciona como sujeito da oração;
II. Oração sem sujeito
III. O verbo “significar” é um verbo intransitivo.
IV. O verbo “lutar” é um verbo transitivo indireto.
Estão corretas:
TEXTO I
(trecho)
Os que não são idiótes (no sentido grego: os que se voltam para a vida privada menosprezando completamente a vida pública) jamais podem ignorar como a grande mídia mistifica a realidade e manipula a opinião pública.
– partidárias, eleitorais, ideológicas e, sobretudo, pecuniárias. Já sabemos que nas democracias venais contemporâneas o dinheiro deslavadamente gera poder e que o poder desavergonhadamente gera dinheiro. A mídia, na medida em que filtra e manipula conteúdos, apresenta-se como uma das pontes privilegiadas de ligação dessa política institucionalmente argentária.
Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunistas/como-a-grande-midia-mistifica-e-manipula-a-realidade/
TEXTO II
(trecho)
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/politica-do-pao-e-circo/
“A mídia, na medida em que filtra e manipula conteúdos, apresenta-se como uma das pontes privilegiadas de ligação dessa política institucionalmente argentária.” A conjunção que liga as duas orações do período denomina-se:
Leia o texto a seguir para responder às próximas seis questões.
(Fonte: Piadas engraçadas. Disponível em: https://sites.google.com/site/wwpiadasengracadascom/caipiras. Acesso em: 17 mar 2016.)
No segundo balão, vemos, na resposta do rapaz, o emprego do período composto na frase: “Mais si ela fô vai fazê uma falta danada pra nóis”. Sobre o trecho e a partir dos conhecimentos sobre sintaxe do período composto, assinale a alternativa verdadeira:
Questões de 01 a 05
Texto para as questões 01 a 05
Era uma vez, uma Agulha, que disse a um novelo de Linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa, neste mundo?
— Deixe-me, Senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, Senhora? A Senhora não é alfinete, é Agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas, por quê?
— É boa! Porque coso. Então, os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a Costureira chegou à casa da Baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma Baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a Costureira, pegou do pano, pegou da Agulha, pegou da Linha, enfiou a Linha na Agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da Costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a Agulha:
— Então, Senhora Linha, ainda teima no que dizia, há pouco? Não repara que esta distinta Costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A Linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela Agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A Agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a Costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a Baronesa vestiu-se. A Costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a Agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a Linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da Baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com Ministros e Diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a Agulha não disse nada; mas um Alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre Agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
—Também eu tenho servido de Agulha a muita linha Ordinária!
(Assis, Machado de.
www.releituras.com/machadodeassis_apólogo.asp)
Assinale a estrutura que possui um desvio gramatical, relacionado à regência verbal: