Questões de Português - Análise sintática para Concurso
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Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo daqui a cinco anos
Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista "Five to five" da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico, tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho- pode ser personalizado.
A transformação mais radical pode ser na medicina, área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para males como doenças cardiovasculares.
Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. "A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante", revela a IBM.
Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve seguir.
O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e conhecerá suas preferências: "Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor".
Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na "polícia pessoal online". Portais como o Google já avisam o usuário quando suas mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM, com a "permissão" do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.
(O Globo - Caderno Ciência - 19/12/2013, p. 45.)
Nos trechos transcritos abaixo, os termos em destaque foram substituídos por pronome pessoal.
I. " ... que podem mudar NOSSO COTIDIANO ... " / que podem mudá-lo.
Il. " ... algumas empresas pretendem fornecer AOS MÉDICOS o mapeamento genético de cada paciente." / pretendem fornecer-lhes.
IIl. " ... o smartphone poderá recomendar A SEU USUÁRIO que saia de casa alguns minutos mais cedo ... "/ poderá recomendá-lo.
IV. " ... mas o comércio da vizinhança também atrairá AS PESSOAS." /também lhes atrairá.
V. "A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará AS PROMOÇÕES ... " / a lojinha da esquina divulgá-las-á.
Estão de acordo com as normas de regência e de colocação somente as substituições feitas nos itens:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo daqui a cinco anos
Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista "Five to five" da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico, tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho- pode ser personalizado.
A transformação mais radical pode ser na medicina, área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para males como doenças cardiovasculares.
Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. "A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante", revela a IBM.
Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve seguir.
O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e conhecerá suas preferências: "Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor".
Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na "polícia pessoal online". Portais como o Google já avisam o usuário quando suas mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM, com a "permissão" do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.
(O Globo - Caderno Ciência - 19/12/2013, p. 45.)
" ... fora de locais ONDE o dono da conta costuma acessar a internet.. ."(§ 6)
Considere o pronome relativo em destaque no trecho acima. Pode-se afirmar que está adequada ao padrão culto da língua portuguesa a seguinte alteração feita no pronome:
Texto para responder às questões de 01 a 10.
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca-—o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. Da terceira vez que se encontraram — pois não é que estava chovendo? — o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
— Você também só sabe é mesmo chover!
— Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
— Eu não entendo o seu nome — disse ela. — Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido: — Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário” e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30 jan. p. 43-45. (Fragmento)
Com base no sentido das classes gramaticais ou de suas funções sintáticas, empregadas no período “Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura.”, é correto afirmar que:
Texto para responder às questões de 01 a 10.
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca-—o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. Da terceira vez que se encontraram — pois não é que estava chovendo? — o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
— Você também só sabe é mesmo chover!
— Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
— Eu não entendo o seu nome — disse ela. — Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido: — Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário” e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30 jan. p. 43-45. (Fragmento)
Assinale a alternativa em que a oração subordinada destacada, transcrita do texto, é um efeito da oração principal.
Texto para responder às questões de 01 a 10.
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca-—o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. Da terceira vez que se encontraram — pois não é que estava chovendo? — o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
— Você também só sabe é mesmo chover!
— Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
— Eu não entendo o seu nome — disse ela. — Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido: — Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário” e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30 jan. p. 43-45. (Fragmento)
“Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele QUE ELA nunca entendia TUDO muito bem e que ISSO era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-SE todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder.”
Nesse período do texto há alguns elementos que estabelecem relações com termos anteriores; o elemento anafórico que se refere a uma oração anterior é:
Texto para responder às questões de 01 a 10.
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca-—o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. Da terceira vez que se encontraram — pois não é que estava chovendo? — o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
— Você também só sabe é mesmo chover!
— Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
— Eu não entendo o seu nome — disse ela. — Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido: — Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário” e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30 jan. p. 43-45. (Fragmento)
Sobre os elementos destacados do trecho “E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.” é correto afirmar que:
Texto para responder às questões de 01 a 10.
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca-—o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. Da terceira vez que se encontraram — pois não é que estava chovendo? — o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
— Você também só sabe é mesmo chover!
— Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
— Eu não entendo o seu nome — disse ela. — Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido: — Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário” e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30 jan. p. 43-45. (Fragmento)
Sobre os elementos destacados do fragmento “— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte”, leia as afirmativas.
I. O uso do pronome em BOTOU ELE atende ao padrão culto da língua.
Il. O modo das formas verbais ACHO e BOTOU é determinado sobretudo pelas hipóteses que se verificam entre o conteúdo das orações.
III. A palavra MAS é uma conjunção coordenativa. Está correto apenas o que se afirma em:
Texto para as questões de 1 a 5.
O ano era 1860 e pouco, e a cidade, o Rio de Janeiro, capital da corte imperial. Caía a tarde. Os sinos chamavam para as ave-marias. [...]
Nos sobrados, via-se um movimento por trás das janelas. Eram as mulheres que tinham tomado a fresca e, agora, iam rezar. Nos oratórios domésticos, era tempo de acender as velas e puxar um terço. Vez por outra se ouviam acalantos. As crianças da casa iam dormir com medo de bichos infernais: o caipora ou o lobisomem. O choro mais triste de um deles era sinal de que o papa-figo devorava um malcriado ou respondão. Nas cozinhas, nos fundos de quintal ou no último andar dos sobrados, as escravas se atarefavam em preparar os pratos da ceia. Comentavam que o negro Manuel caminhava sobre brasas no dia de São João sem sentir dor. Ou que um espelho rachara: sinal de morte na casa. As badaladas das torres das igrejas anunciavam as horas. À meia-noite, ouviam-se nas pedras da rua ruídos de patas de cavalos, de rodas e até a voz áspera do boleiro. Era o carro de alma penada que passava. Quem cruzasse perto da Igreja de Santa Rita ouviria gemidos, veria almas penadas.
(DEL PRIORE, Mary. Do outro lado. São Paulo: Editora Planeta, 2014, p. 15-16.)
Considerando o texto dado, assinale a alternativa em que a classificação sintática da oração destacada está CORRETA.
AS FLORES
Há dois meses que lracema recebia flores, sem cartão. Colocava tudo nas jarras, vasos, copos; mesas, janelas, banheiro e até na cozinha . Quando o marido lhe perguntava por que tantas flores , todos os dias, ela sorria:
- Deixe de brincadeira, Epitácio.
Ele não percebia bem o que ela queria dizer, até que um dia:
- Epitácio, acho bom você parar de comprar tantas flores, já não tenho mais onde colocar.
Foi ai que ele compreendeu tudo:
- O quê? Você quer insinuar que não sabia que não sou eu quem manda essas flores?
Foi o diabo, ela não sabia explicar quem mandava, ele não conseguia convencê-la de que não era ele.
- Um de nós dois está mentindo - gritou, furioso.
- Então é você - rebateu e la .
No dia seguinte, de manhã, ele decidiu não sair, pra desvendar o mistério. Assim que as flores chegassem, a pessoa que as trouxesse seria interpelada. Mas não veio ninguém :
- Já são duas horas da tarde e as flores não chegaram, Epitácio. É muita coincidência. Vai me dizer que não era você.
Ele não tinha por onde escapar. Insinuou muito de leve que a mulher devia ter conhecido algué m na sua ausência. Ela chegou a chorar e se trancou no quarto. A discussão entrou pela noite até o dia seguinte. Epitácio saiu cedo, sem mesmo tomar café. Bateu a porta com força e levou o mistério para o trabalho. Meia hora depois, a mulher saiu e foi ao florista.
- Como vai, Dona lracema? A senhora ontem não veio, heim? Aconteceu alguma coisa?
À noite, Epitácio viu as flores e não disse uma palavra, mas a mulher não parou:
- Seu cínico. Bastou você sair para as flores aparecerem e ainda tem coragem de dizer que não foi você. Nessa noite ele teve insônia .
Leon Eliachar, texto extraído do livro "O homem ao zero", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968.
"Há dois meses que lracema recebia flores, sem cartão".
Na frase acima, o verbo "haver" foi utilizado em conformidade com a norma culta. Agora, analise o emprego do verbo "haver", nas sentenças a seguir.
I. Nas praias de Santos, houveram muitas pessoas presentes na queima de fogos em comemoração ao Ano Novo.
II. Elas haviam chegado cedo, para que pudessem assistir ao espetáculo o mais confortavelmente possível.
III. Felizmente, os festejos correram bem e não houve incidentes graves.
Podemos afirmar que o verbo "haver" também foi empregado corretamente em:
Releia o seguinte fragmento extraído do texto, para responder às questões 13, 14 e 15.
"Como os motoristas andavam estressados, o plano foi colocar psicólogos nos pontos de engarrafamento. Enquanto os carros estavam parados, esses psicólogos deveriam abordar os motoristas e fazer com eles uma rápida terapia."
No fragmento, os elementos de coesão "como" e "enquanto" atribuem às orações que iniciam, respectivamente, circunstância de
O texto a seguir servirá de base para responder às questões propostas.
Texto 2
O carro como divã
No final do ano de 1996, o Automóvel Clube da Grã-Bretanha resolveu revolucionar o trânsito de Londres. Como os motoristas andavam estressados, o plano foi colocar psicólogos nos pontos de engarrafamento. Enquanto os carros estavam parados, esses psicólogos deveriam abordar os motoristas e fazer com eles uma rápida terapia. O próprio Automóvel Clube garantiu que tal sessão de análise, apesar de curtíssima duração, poderia trazer resultados positivos - entre eles, o de entusiasmar os motoristas a procurarem regularmente o apoio de psicólogos para resolverem os problemas do dia a dia.
(Disponível em: www.dicasbamboobox:com.br/J
Seja o seguinte período:
"Como os motoristas andavam estressados, o plano foi colocar psicólogos nos pontos de engarrafamento."
Considerando a relação de dependência estabelecida entre os verbos do período e seus complementos, pode-se afirmar.
I. "andavam" tem a função de um verbo de ligação, pois liga um predicativo ao seu sujeito.
lI. "foi" funciona como verbo transitivo direto e tem, como objeto direto "pontos de engarrafamento".
IlI. "colocar" é transitivo direto e tem como objeto o termo "psicólogos".
Está correto o que se afirma em
Com base no texto a seguir, responda às questões de 01 a 07
Texto 1
Seu próximo trabalho
Com tantas tendências redefinindo as relações de trabalho, surgem também conceitos de carreira. Identificada ainda nos anos 1970, a "carreira proteana" derruba as tradicionais barreiras para a prestação de serviços, sem limite de lugar físico nem de exclusividade com o cliente. O profissional é remunerado pelo conhecimento transmitido e pelo resultado gerado.
Já a "carreira inteligente" valoriza a forma de atuar de cada indivíduo. Como o conhecimento técnico todo mundo tem, passam a contar mais a experiência de vida de cada um e as competências que desenvolveu em prol da sua carreira. O profissional se torna uma espécie de mentor e é remunerado por isso.
Na "carreira sem fronteiras", por sua vez, os profissionais são completamente independentes e trabalham para diferentes países: os pagamentos são feitos por cartão de crédito. Se a concorrência é globalizada, as oportunidades laborais também são.
[...] a legislação brasileira, ainda muito engessada, não está preparada para esses novos formatos. O que a atual reforma trabalhista propõe aponta nesse sentido, mas ainda deixa questões sem resposta e assusta a concepção mais tradicional de emprego. Além disso, é preciso pensar em um plano de migração para pessoas que estão sendo substituídas por robôs.
[...]
Revista Planeta, out. 2016, p.33-34
Releia o seguinte parágrafo para responder às questões 06 e 07.
"Na 'carreira sem fronteiras', por sua vez, os profissionais são complemente independentes e trabalham para diferentes países: os pagamentos são feitos por cartão de crédito. Se a concorrência é globalizada, as oportunidades laborais também são."
A alternativa em que a oração destacada possui a mesma função da oração grifada no período é:
Para responder às questões de 6 a 10, leia os quadrinhos abaixo.
(www.salademergencia.com.br)
Releia o seguinte trecho:
"Receio que ele passará a maior parte dos seus primeiros
anos usando termos como 'perdeu playboy' e 'lelek'"
Sobre as formas verbais “passará” e “usando” pode-se afirmar, respectivamente, que:
Para responder às questões de 6 a 10, leia os quadrinhos abaixo.
(www.salademergencia.com.br)
Considerando a organização sintática e a seleção lexical nos quadrinhos, pode-se afirmar corretamente que:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
O zika vírus e a microcefalia
Deu zica. Este ano o Brasil enfrenta um surto de recém-nascidos com microcefalia que é alarmante. Ao que tudo indica, essa epidemia está relacionada a um vírus emergente, o zika vírus, que está se espalhando rapidamente pelo país e pode ser o responsável por uma das piores catástrofes na área de saúde de todos os tempos. São mais de mil casos suspeitos de microcefalia em diversos estados, principalmente no Nordeste. A microcefalia é uma malformação incurável que causa redução do volume cerebral, com consequências graves e permanentes para o desenvolvimento do indivíduo. É grave porque afeta fetos em formação e o comprometimento é para a vida toda.
O zika vírus é um patógeno conhecido e identificado inicialmente em 1947 na floresta de Zika (Uganda), mas que desde 2007 estava restrito a África e Ásia. Esse vírus pertence ao gênero dos flavivírus, que inclui os vírus da dengue, febre amarela e do Nilo, e pode ser transmitido por um artrópode. No Brasil, são mais de 84 mil pessoas infectadas. No indivíduo adulto, o Zika pode passar despercebido, em alguns casos causando somente sintomas leves, como febre e dores pelo corpo. Não existe vacina para esse vírus.
Após alguns meses de silêncio, o governo federal finalmente se manifestou sobre o problema. Com ajuda da Organização Mundial da Saúde e do CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA, que se preocupa com uma eventual contaminação no continente americano, resolveram montar uma operação de emergência. De acordo com nosso atual ministro da Saúde, Marcelo Castro, o caos pode ser consequência direta de um descaso com o programa de combate ao mosquito Aedes aegypti – o mosquito da dengue, e potencial agente transmissor do zika vírus.
Resolvi escrever sobre o assunto, refletindo sobre quais seriam as atitudes científicas mais óbvias a serem tomadas. Isso não só seria uma oportunidade única para os cientistas brasileiros (pois o mecanismo de ação do vírus é ainda desconhecido), como permitiria que o governo investisse em soluções definitivas (ao invés de investir em evitar mosquitos). Os experimentos científicos descritos abaixo têm um baixo custo em comparação ao orçamento destinado ao extermínio de mosquitos e custos com futuros tratamentos para os afetados ao longo da vida.
A primeira coisa a fazer seria buscar uma relação causal do vírus com o fenótipo dos pacientes, algo inédito na literatura mundial. Até agora, temos apenas uma correlação entre o vírus e material biológico dos pacientes. E essa evidência não é robusta: apenas dois fetos infectados com o vírus e com o diagnóstico de microcefalia por ultrassom existem até o momento. O vírus também foi encontrado em tecidos de um outro bebê com microcefalia que morreu ao nascer. Existem outras evidências circunstanciais vindas de outros países e que, juntas, tornam essa alternativa plausível. É possível que a versão do zika vírus brasileiro seja uma variante ou linhagem genética mais patogênica, selecionada através de algumas características da população nordestina, como exposição ao vírus da dengue ou ao mosquito transmissor.
Mas a pergunta mais importante seria: como o zika vírus causa microcefalia? Uma hipótese atraente seria que o zika vírus atravessasse a placenta, atingindo o feto em momentos críticos do desenvolvimento neural na gestação. O vírus poderia, por exemplo, infectar células do sistema nervoso central, causando a morte ou alterando o ciclo de células progenitoras neurais. Experimentos com modelos animais poderiam ajudar a confirmar essa correlação, mas o tempo de gestação humano é diferente da maioria dos animais em laboratório e ainda não sabemos se o vírus infectaria células nervosas de outras espécies. [...]
(g1.globo.com)
Veja:
“É possível que a versão do zika vírus brasileiro seja uma
variante ou linhagem genética mais patogênica,
selecionada através de algumas características da
população nordestina, como exposição ao vírus da dengue
ou ao mosquito transmissor.”
Sobre a passagem citada, assinale a afirmação correta.
Em “João comprou o carro de Pedro”. O verbo comprar possui:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Palavras e Ideias
01---------Há alguns anos, o Dr. Johnson Oconor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston,
02---e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu ____ um teste de vocabulário
03---100 alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais. Cinco anos mais
04---tarde, verificou que os 10% que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de
05---direção, ao passo que dos 25% mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.
06---------Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário;
07---outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias.
08---------Mas parece não haver dúvidas de que, dispondo ____ palavras suficientes e adequadas
09---___ expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições
10---de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja
11---insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação.
12---------Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o
13---revestimento das ideias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que
14---“amanhã tenho uma aula ____ 8 horas”, se não figuro mentalmente essa atividade por meio
15---dessas ou de outras palavras equivalentes? Do mesmo modo que um vocabulário escasso e
16---inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento
17---mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender
18---e até mesmo de sentir.
19---------Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto
20---mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso
21---e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunido, do grito ou do gesto, formas
22---rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas as expansões instintivas dos primitivos,
23---dos infantes e dos irracionais.
(Texto adaptado: Garcia, Othon Moacir. Comunicação em Prosa Moderna. 27ª edição, FGV editora, 2011)
Sobre as vírgulas empregadas nas linhas 04, 05 e 14, analise as assertivas que seguem:
I. Ocorre vírgula devido a um adjunto adverbial de modo deslocado (l.04).
II. Ocorre vírgula por introduzir uma oração adverbial subordinada proporcional (l.05).
III. Ocorre vírgula devido a um adjunto adverbial de tempo deslocado (l.04).
IV. Ocorre vírgula por introduzir uma oração subordinada substantiva objetiva direta (l.14).
V. Ocorre vírgula por introduzir uma oração subordinada adverbial condicional (l.14).
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Palavras e Ideias
01---------Há alguns anos, o Dr. Johnson Oconor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston,
02---e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu ____ um teste de vocabulário
03---100 alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais. Cinco anos mais
04---tarde, verificou que os 10% que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de
05---direção, ao passo que dos 25% mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.
06---------Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário;
07---outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias.
08---------Mas parece não haver dúvidas de que, dispondo ____ palavras suficientes e adequadas
09---___ expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições
10---de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja
11---insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação.
12---------Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o
13---revestimento das ideias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que
14---“amanhã tenho uma aula ____ 8 horas”, se não figuro mentalmente essa atividade por meio
15---dessas ou de outras palavras equivalentes? Do mesmo modo que um vocabulário escasso e
16---inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento
17---mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender
18---e até mesmo de sentir.
19---------Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto
20---mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso
21---e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunido, do grito ou do gesto, formas
22---rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas as expansões instintivas dos primitivos,
23---dos infantes e dos irracionais.
(Texto adaptado: Garcia, Othon Moacir. Comunicação em Prosa Moderna. 27ª edição, FGV editora, 2011)
Considerando a regência verbal e nominal, preencha, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 02, 08, 09 e 14.
Quem tem boas práticas?
Um dos temas recorrentes na educação brasileira é a busca de otimizar a gestão. Uma gestão inteligente faz mais com menos, tem criatividade, enfrenta dificuldades com altanaria, suscita emulação saudável e exercita o empreendedorismo. Neste momento da vida brasileira, é urgente multiplicar as boas práticas de gestão e verificar que há muita gente que não para com vistas a apreciar a crise ou a lamentar a situação, mas encontra alternativas superadoras.
(Adaptado. Disponível em : http://www.odiarioonline.com.br/noticia/50178/QUEM-TE M-BOAS-PRATICAS)
Com base no texto 'Quem tem boas práticas?', marque a opção CORRETA
(Leia o texto abaixo para responder as próximas 08 (oito) questões:
1 A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou
"categoricamente" a ideia da organização no
território da Alemanha de uma eventual
campanha para o referendo sobre o retorno
5 da pena de morte na Turquia. Ela diz que
pais não é obrigado a realizar votação à qual
se opõe categoricamente.
"A pena de morte é algo que rejeitamos
categoricamente. Por que existiria uma
10 autorização quando não somos obrigados?
Não o faremos", declarou Merkel à rádio
regional WDR
O governo alemão já havia indicado na sexta-
feira que se a Turquia decidir organizar um
15 referendo sobre a pena de morte, a
Alemanha não permitiria que a consulta
acontecesse em seu território, onde vivem
1,4 milhão de eleitores turcos. "Politicamente
não é concebível que autorizemos tal consulta
20 sobre uma medida em clara oposição a
nossa Constituição e nossos valores
europeus", disse o porta-voz do governo,
Steffen Seibert.
(Adaptado de O Globo, 09/05/2017)
Acerca da partícula “se” presente no período abaixo, é correto afirmar que: “Ela diz que país não é obrigado a realizar votação à qual se opõe categoricamente.”