Questões de Português - Análise sintática para Concurso
Foram encontradas 8.836 questões
Muita lógica para nada?
1 Muitas pessoas, ao longo da história, já esbravejaram contra a tentativa de racionalização e organização do pensamento por meio da lógica. Desde Sócrates, que via os sofistas como um grupo que se aproveitava da argumentação para confundir o povo e distorcer a verdade, até os pós-modernos (que desacreditam da própria noção de verdade e da lógica), temos visto todo tipo de argumentação contra a argumentação. E dentre os muitos exemplos que existem nesse sentido, talvez uma das mais espirituosas seja essa frase de Dostoiévski:
2 O homem tem tal predileção por sistemas e deduções abstratas que está disposto a distorcer intencionalmente a verdade, a negar a evidência dos seus sentidos só para justificar sua lógica. (Dostoiévski)
3 Por mais que pareça estranho esse tipo de desapreço pelo racional, especialmente se o que nos define como seres humanos é justamente a capacidade de organizar o pensamento, é importante considerar que a descrença na lógica decorre muitas vezes da observação do uso da racionalização para distorcer a realidade ou ganhar debates fingindo a verdade a que não se tem. Uma das coisas que Nietzsche criticava na filosofia era justamente a quantidade gigantesca de autores que, fingindo agir em nome da razão, lutavam impiedosamente para defender suas paixões. Nada de errado com as paixões, obviamente, o problema é não assumir a real intenção da filosofia: se esconder atrás de argumentos lógicos apenas para convencer os leitores de crenças e desejos muito particulares.
4 Não acho que a lógica é um problema. Mas concordo que devemos ponderar sobre sua utilização, pensando especialmente sobre o fato de que, muitas vezes, a ausência de argumentos sistematizados pode trazer benefícios evidentes (e a arte é o melhor exemplo disso). Por outro lado, vale ponderar também sobre o fato de que a lógica por si só não é sinal de verdade. Afinal, um bom argumento é aquele que tem a forma correta, não o conteúdo. E quem estuda lógica (olha só a utilidade dela aqui) geralmente consegue perceber essa diferença.
Extraído de: https://marcosramon.net/posts/muita-logica-para-nada/
Texto para o item.
Os bancos contam histórias
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item abaixo.
Na construção de “É uma arquitetura hostil” (linha 24),
ao se substituir a forma verbal “É” por Trata‑se e ao se
fazer as adaptações necessárias em razão dessa troca,
o termo “arquitetura” passaria a integrar o sujeito.
Texto para o item.
Morar
Ivan Illich. No espelho do passado. São Paulo: n‑1 edições, 2024.
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item abaixo.
O último período do primeiro parágrafo é composto
por coordenação, e a relação entre as orações é
de adição.
Ditado para o professor: uma possibilidade de escrita na alfabetização
(Disponível em: novaescola.org.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
Sobre as funções sintáticas das orações adjetivas, analise as assertivas que seguem, conforme descreve Bechara, e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) As orações adjetivas iniciam-se por pronome relativo que, além de marcar a subordinação, exerce uma função sintática da oração a que pertence.
( ) A função sintática do pronome relativo nada tem a ver com função de seu antecedente; ela é indicada pelo papel que desempenha na oração subordinada a que pertence.
( ) O pronome relativo “que”, quando não precedido de preposição necessária, pode exercer as funções de objeto indireto, complemento relativo e nominal, adjunto adverbial e agente da passiva.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: