Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q2510616 Português
Para a coesão textual são utilizados alguns recursos essenciais que contribuem para a harmonia dos elementos textuais. Entre estes podemos destacar todas as alternativas abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q2510615 Português
Os mecanismos linguísticos são os recursos disponíveis na linguagem que os falantes utilizam para construir significado e alcançar diferentes objetivos comunicativos. Acerca dos tipos de coesão textual, assinale a que consiste na menção de elementos que já apareceram ou ainda vão aparecer no texto:
Alternativas
Q2509903 Português
Observe as frases a seguir:

1. O orçamento é uma conta que o governo faz para saber onde vai investir o dinheiro que já gastou;
2. Se seus pais não tiveram filhos, é bem provável que você não venha a ter;
3. Encontrei Roma como uma cidade de tijolos e a deixei como uma cidade de mármore.

Assinale a observação correta sobre as frases, no que diz respeito às marcas de textualidade: coesão, coerência e intertextualidade.
Alternativas
Q2509578 Português
Um amor conquistado

    Encontrei Ivan Lessa na fila de lotação do bairro e estávamos conversando, quando Ivan se espantou e me disse: olhe que coisa esquisita. Olhei para trás e vi, da esquina para a gente, um homem vindo com seu tranquilo cachorro puxado pela correia. Só que não era cachorro. A atitude toda era de cachorro, e a do homem era a de um homem com o seu cão. Este é que não era. Tinha focinho acompridado de quem pode beber em copo fundo, rabo longo e duro – poderia, é verdade, ser apenas uma variação individual da raça. Ivan levantou a hipótese de quati, mas achei o bicho muito cachorro demais para ser quati, ou seria o quati mais resignado e enganado que jamais vi.

    Enquanto isso, o homem calmamente vindo. Calmamente, não; havia uma tensão nele, era uma calma de quem aceitou luta: seu ar era de um natural desafiador. Não se tratava de um pitoresco; era por coragem que andava em público com o seu bicho. Ivan sugeriu a hipótese de outro animal de que na hora não se lembrou o nome. Mas nada me convencia. Só depois entendi que minha atrapalhação não era propriamente minha, vinha de que aquele bicho já não sabia mais quem ele era, e não podia, portanto, me transmitir uma imagem nítida.

    Até que o homem passou perto. Sem um sorriso, costas duras, altivamente se expondo – não, nunca foi fácil passar diante da fila humana. Fingia prescindir de admiração ou piedade; mas cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho.

    – Que bicho é esse? Perguntei-lhe, e intuitivamente meu tom foi suave para não feri-lo com uma curiosidade. Perguntei que bicho era aquele, mas na pergunta o tom talvez incluísse: “por que é que você faz isso? Que carência é essa que faz você inventar um cachorro? E por que não um cachorro mesmo, então? Pois se os cachorros existem! Ou você não teve outro modo de possuir a graça desse bicho senão com uma coleira? Mas você esmaga uma rosa se apertá-la com força!”. Sei que o tom é uma unidade indivisível por palavras, sei que estou esmagando uma rosa, mas estilhaçar o silêncio em palavras é um dos meus modos desajeitados de amar o silêncio, e é assim que muitas vezes tenho matado o que compreendo. (Se bem que, glória a Deus, sei mais silêncio que palavras.)

    O homem, sem parar, respondeu curto, embora sem aspereza. E era quati mesmo. Ficamos olhando. Nem Ivan nem eu sorrimos, ninguém na fila riu – esse era o tom, essa era a intuição. Ficamos olhando.

    Era um quati que se pensava cachorro. Às vezes, com seus gestos de cachorro, retinha o passo para cheirar as coisas, o que retesava a correia e retinha um pouco o dono, na usual sincronização de homem e cachorro. Fiquei olhando esse quati que não sabe quem é. Imagino: se o homem o leva para brincar na praça, tem uma hora que o quati se constrange todo: “mas, santo Deus, por que é que os cachorros me olham tanto?”. Imagino também que, depois de um perfeito dia de cachorro, o quati se diga melancólico, olhando as estrelas; “que tenho afinal? Que me falta? Sou tão feliz como qualquer cachorro, por que então este vazio, esta nostalgia? Que ânsia é esta, como se eu só amasse o que não conheço?”. E o homem, o único a poder livrá-lo da pergunta, esse homem nunca lhe dirá para não perdê-lo para sempre.

    Penso também na iminência de ódio que há no quati. Ele sente amor e gratidão pelo homem. Mas por dentro não há como a verdade deixar de existir: e o quati só não percebe que o odeia porque está vitalmente confuso.

    Mas se ao quati fosse de súbito revelado o mistério de sua verdadeira natureza? Tremo ao pensar no fatal acaso que fizesse esse quati inesperadamente defrontar-se com outro quati, e nele reconhecer-se, ao pensar nesse instante em que ele ia sentir o mais feliz pudor que nos é dado: eu... nós... Bem sei, ele teria direito, quando soubesse, de massacrar o homem com o ódio pelo que de pior um ser pode fazer a outro ser – adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo. Eu sou pelo bicho, tomo o partido das vítimas do amor ruim. Mas imploro ao quati que perdoe o homem, e que o perdoe com muito amor. Antes de abandoná-lo, é claro.

(LISPECTOR, Clarice. Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.)
Levando-se em consideração os mecanismos de coesão sequencial empregados na construção da articulação entre as partes do texto e para determinar relações entre as informações, indique, a seguir, a transcrição literal em que tal mecanismo pode ser identificado.
Alternativas
Q2508799 Português
Desafios educacionais para 2024 moldarão
o futuro da aprendizagem



Com a chegada de 2024, surge a necessidade de analisar as perspectivas educacionais e debater os desafios que moldarão o cenário educacional brasileiro ao longo deste ano.


Em 2023, foi possível constatar desafios significativos na educação brasileira, especialmente em relação à reorganização do Ensino Médio e à necessidade de uma gestão mais eficaz da aprendizagem e das emoções dos estudantes.


Além disso, apesar das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para um currículo mais aberto e relevante, muitas escolas ainda seguem atreladas aos concursos e vestibulares, o que pode dificultar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais cruciais para a formação integral dos estudantes.


Dessa forma, algumas falhas educacionais ainda persistem, mostrando a preponderância do sistema educacional por aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos, em que a busca pela média muitas vezes leva à negligência do que não foi aprendido, criando obstáculos para uma aprendizagem contínua.


Por este motivo, para superar os desafios educacionais, é preciso inovar e repensar a dinâmica escolar, alinhando as expectativas entre família e escola, além de adotar abordagens mais individualizadas, como o trabalho em pequenos grupos e a incorporação de metodologias ativas, capazes de oferecer autonomia e formar estudantes mais engajados em sua própria aprendizagem.


RANGEL, Rita. Desafios educacionais para 2024 moldarão o
futuro da aprendizagem. Hoje em Dia. Disponível em: https://
www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/desafios-educacionaispara-2024-moldar-o-o-futuro-da-aprendizagem-1.1000174. Acesso
em: 16 fev. 2024. [Fragmento]
Releia o trecho a seguir.

“[...] muitas escolas ainda seguem atreladas aos concursos e vestibulares, o que pode dificultar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais cruciais para a formação integral dos estudantes.”

Qual recurso é utilizado nesse trecho para estabelecer uma relação coesiva?
Alternativas
Respostas
61: D
62: A
63: E
64: D
65: B