Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q3036828 Português

Texto CB1A2


        A expressão racismo ambiental foi criada na década de 80 do século passado pelo Dr. Benjamin Franklin Chavis Jr., em meio a protestos contra o depósito de resíduos tóxicos no condado de Warren, no estado da Carolina do Norte (EUA), onde a maioria da população era negra.


        De acordo com a pensadora negra brasileira Tania Pacheco, o racismo ambiental é constituído por injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre etnias e populações mais vulneráveis. Não se configura apenas por meio de ações que tenham uma intenção racista, mas, igualmente, por meio de ações que tenham impacto “racial”, não obstante a intenção que lhes tenha dado origem.


        No Brasil, nas cidades e nos centros urbanos, o racismo ambiental tem um impacto significativo na população que vive em favelas e periferias, onde historicamente a maioria da população é negra. A falta de acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, de estrutura urbana e de condições de moradia digna afeta a saúde e a qualidade de vida dos moradores e agrava ainda mais os impactos das mudanças climáticas, ocasionando enchentes e deslizamentos.


        Algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir o racismo ambiental incluem a criação de políticas públicas que levem em conta as desigualdades sociais e econômicas, a garantia do direito à participação das comunidades afetadas na tomada de decisão, a promoção da educação ambiental e a valorização do conhecimento tradicional das comunidades.


Internet: <www.gov.br/secom> (com adaptações).



A respeito de aspectos linguísticos do texto CB1A2, julgue o próximo item. 


No último parágrafo, o deslocamento da oração “para diminuir o racismo ambiental” para o início do período não prejudicaria a correção gramatical nem os sentidos originais do texto, desde que feitos os devidos ajustes de letra inicial maiúscula e minúscula no período.

Alternativas
Q3036822 Português

Texto CB1A2


        A expressão racismo ambiental foi criada na década de 80 do século passado pelo Dr. Benjamin Franklin Chavis Jr., em meio a protestos contra o depósito de resíduos tóxicos no condado de Warren, no estado da Carolina do Norte (EUA), onde a maioria da população era negra.


        De acordo com a pensadora negra brasileira Tania Pacheco, o racismo ambiental é constituído por injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre etnias e populações mais vulneráveis. Não se configura apenas por meio de ações que tenham uma intenção racista, mas, igualmente, por meio de ações que tenham impacto “racial”, não obstante a intenção que lhes tenha dado origem.


        No Brasil, nas cidades e nos centros urbanos, o racismo ambiental tem um impacto significativo na população que vive em favelas e periferias, onde historicamente a maioria da população é negra. A falta de acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, de estrutura urbana e de condições de moradia digna afeta a saúde e a qualidade de vida dos moradores e agrava ainda mais os impactos das mudanças climáticas, ocasionando enchentes e deslizamentos.


        Algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir o racismo ambiental incluem a criação de políticas públicas que levem em conta as desigualdades sociais e econômicas, a garantia do direito à participação das comunidades afetadas na tomada de decisão, a promoção da educação ambiental e a valorização do conhecimento tradicional das comunidades.


Internet: <www.gov.br/secom> (com adaptações).



A respeito de aspectos linguísticos do texto CB1A2, julgue o próximo item. 


A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas caso a oração “onde a maioria da população era negra” (primeiro parágrafo) fosse reescrita da seguinte forma: cuja população era majoritariamente negra. 

Alternativas
Q3036817 Português

Texto CB1A1


        Um projeto de lei que determina critérios mínimos de qualidade para escolas públicas de educação básica foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, em abril deste ano. Conforme estabelece o projeto de lei, o poder público deverá equipar todas as unidades do ensino básico com bibliotecas, laboratórios de ciências e informática, acesso à Internet, quadras poliesportivas cobertas, instalações com condições adequadas de acessibilidade, energia elétrica, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos.


        “As condições listadas não constituem luxo ou privilégio, mas requisitos necessários ao estabelecimento de um padrão mínimo de qualidade nas escolas brasileiras e garantia do exercício digno do direito público subjetivo à educação básica”, justifica o autor da proposta.


        “O que há no projeto é o mínimo para que uma escola funcione, atendendo os estudantes e os profissionais da educação com dignidade. A ausência de laboratórios, de Internet, de bibliotecas e de uma estrutura física adequada é algo que impacta diretamente na qualidade da educação oferecida aos estudantes, uma vez que a educação não é uma transmissão de conhecimento, mas sim a construção deste”, considera a secretária de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade.


        “Um ar-condicionado, por exemplo, em algumas regiões do país, não é questão de luxo. É uma condição que faz parte dessa estrutura mínima e digna para que a educação aconteça... A falta disso traz prejuízos drásticos tanto no aprendizado dos estudantes quanto no cotidiano dos profissionais da educação”, reforça Guelda Andrade.


Internet: <https://cnte.org.br> (com adaptações).



Julgue o próximo item, a respeito dos sentidos e aspectos linguísticos do texto CB1A1. 


A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso fosse eliminado o trecho ‘é algo que’ (segundo período do terceiro parágrafo).

Alternativas
Q3034444 Português
        Há relativamente pouco tempo, na década de 1960, as vidas humanas não eram um objeto de estudo muito comum, principalmente em seu contexto social e histórico, e os pesquisadores não relacionavam o desenvolvimento infantil com o que acontece depois da infância. Os estudos do ciclo vital mudaram tudo isso.
        A presente consciência da necessidade de observar a trajetória de vida em seu contexto social e histórico deve-se, em parte, a Glen H. Elder Jr. Em 1962, Elder chegou ao campus da Universidade da Califórnia para trabalhar no Estudo de Crescimento de Oakland, uma abordagem longitudinal do desenvolvimento social e emocional de 167 jovens urbanos nascidos em torno de 1920, sendo aproximadamente a metade deles de classe média. O estudo tinha começado no início da Grande Depressão dos anos de 1930, quando os jovens, que haviam passado suas infâncias no boom dos formidáveis anos de 1929, estavam entrando na adolescência.
        Comparando os dados sobre os dois grupos de participantes — os de famílias fortemente atingidas e aqueles cujas famílias sofreram relativamente poucas privações após o colapso da economia — Elder observou como as mudanças na sociedade podem alterar os processos familiares e, por meio deles, o desenvolvimento das crianças. Ao mudar a vida dos pais, a pressão econômica mudou também a vida dos filhos. As famílias afetadas (aquelas que perderam mais do que 35% de sua renda) redistribuíram as funções econômicas. As mães foram em busca de empregos fora de casa. As moças assumiram diversas tarefas de casa, e muitos rapazes foram procurar empregos de turno parcial.
        As mães assumiram maior autoridade parental. Os pais, preocupados com a perda do emprego e ansiosos com a perda de status dentro da família, às vezes bebiam muito. As discussões entre os pais aumentaram de frequência. Os filhos adolescentes, por sua vez, tendiam a mostrar dificuldades de desenvolvimento. Isso não ocorria tanto nos jovens cujos pais eram capazes de controlar suas emoções e suportar a tormenta econômica com menos discórdia familiar.

Desenvolvimento humano. Diane E. Papalia. 
O pronome “isso”, sublinhado abaixo, tem como referência anterior:
Isso não ocorria tanto nos jovens cujos pais eram capazes de controlar suas emoções [...] (último parágrafo). 
Alternativas
Q3034247 Português
Meias facilitam o sono

Minha esposa é fetichista de meias. São seus esquis de pano pela casa. Ela não abdica de um bom par felpudo para adormecer. E não é que ela tem razão?

Não posso mais reclamar das suas peças encardidas.

Pesquisas de neurociência indicam que dormir de meias facilita o sono. Nosso organismo está mais quente durante a tarde, especialmente entre 16h e 20h, nos períodos de hiperatividade.

A partir do anoitecer e do desacelerar das atividades profissionais, seguindo os ponteiros do nosso relógio biológico, nossa temperatura começa a cair e passamos a experimentar dormência, a bocejar, a pedir uma pausa. Nesse instante, as meias ajudam o esfriamento equilibrado do corpo.

Proteger as extremidades nos deixa anestesiados das preocupações e eleva o nosso bem-estar. Pés aquecidos são amigos da paz e da tranquilidade. São aliados do relaxamento. Além da proteção térmica, é um conforto emocional equivalente a uma xícara de chá quente, ou um copo de leite morno, ou roupas de cama lavadas.

O que explica por que Beatriz é uma pedra ao meu lado, uma pedra sonhando oceanos. Não acorda por nada, nem pelo meu ronco − aquelas meias também devem funcionar como protetores auditivos.

Eu não sou adepto das meias na cama. Não suporto a ideia de ter meus pés presos. Um simples tecido aperta a minha circulação como grilhões na hora de me encontrar com Morfeu.

Durante o dia, não tenho problema nenhum. Sou bem gaúcho, combino as meias com os chinelos. Meu trauma é no momento de me deitar.

Acho que, para contrabalançar, vou dormir de luvas. Assim também corrijo o defeito da intimidade dos dedos absolutamente gelados.

Sempre que tento fazer um carinho de boa-noite nas suas costas, minha esposa diz:

— Parece morto. Aqueça suas mãos antes.

Fabrício Carpinejar - Texto Adaptado

Acesso em: https://tinyurl.com/yu4ekz8f
No trecho "Nesse instante, as meias ajudam o esfriamento equilibrado do corpo" o pronome demonstrativo (Em + esse) foi incorretamente empregado uma vez que deveria ser utilizado "NESTE" pois está se referindo a uma informação que foi dita anteriormente "A partir do anoitecer".
Alternativas
Respostas
46: E
47: C
48: C
49: D
50: E