Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso
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Quem folheia um daqueles velhos álbuns de fotografias
logo nota que as pessoas fotografadas prepararam-se longamente
para o registro solene. As roupas são formais, os corpos
alinham-se em simetria, os rostos adotam uma expressão sisuda.
Cada foto corporifica um evento especial, grava um momento
que aspira à eternidade. Parece querer garantir a imortalidade
dos fotografados. Dificilmente alguém ri nessas fotos:
sobra gravidade, cerimônia, ou mesmo uma vaga melancolia.
Nada mais opostos a esse pretendido congelamento do
tempo do que a velocidade, o improviso e a multiplicação das
fotos de hoje, tiradas por meio de celulares. Todo mundo fotografa
tudo, vê o resultado, apaga fotos, tira outras, apaga, torna
a tirar. Intermináveis álbuns virtuais desaparecem a um toque
de dedo, e as pouquíssimas fotografias eventualmente salvas
testemunham não a severa imortalidade dos antigos, mas a
brincadeira instantânea dos modernos. As imagens não são feitas
para durar, mas para brilhar por segundos na minúscula tela
e desaparecer para sempre.
Cada época tem sua própria concepção de tempo e sua
própria forma de interpretá-lo em imagens. É curioso como em
nossa época, caracterizada pela profusão e velocidade das
imagens, estas se apresentem num torvelinho temporal que as
trata sem qualquer respeito. É como se a facilidade contemporânea
de produção e difusão de imagens também levasse a
crer que nenhuma delas merece durar mais que uma rápida
aparição.
(Bernardo Coutinho, inédito)
Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.
A respeito da organização do texto, julgue os itens a seguir.
Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas linguísticas e
do desenvolvimento argumentativo do texto acima.
I - Só 46 delegados compareceram ao Parlamento, o que os tinha deixado em minoria. - o que tinha deixado-os
II - Um historiador acredita que o Brasil poderia ter se desintegrado em três diferentes países. - se poderia ter desintegrado
III - Antes da mudança da corte portuguesa, os conflitos regionais da colônia estavam se aprofundando. - se estavam aprofundando
IV- As colônias no Brasil estariam perdidas para Portugal, pois os ingleses queriam ocupá-las. - os ingleses as queriam ocupar
Tais mudanças são possíveis APENAS em
No trecho "e que se tornaram imperceptíveis no espaço homogêneo da escrita" (l.7-8), seria admissível, de acordo com o padrão escrito da língua portuguesa, a colocação do pronome "se" após a forma verbal "tornaram".
Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos
do texto, uma alternativa de colocação pronominal. Com base na
prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta apresentada.
Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos
do texto, uma alternativa de colocação pronominal. Com base na
prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta apresentada.
Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos
do texto, uma alternativa de colocação pronominal. Com base na
prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta apresentada.
1 O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
chega a Pernambuco disposto a fomentar ainda mais a
rica produção cultural do estado. Música, teatro,
4 literatura, cinema e artes plásticas se unem para formar
um pólo criativo que alia tradição e modernidade em um
precioso equilíbrio. Além de receber o talento local de
7 braços abertos, na antiga estação ferroviária central do
Recife, o CCBB pretende, enfim, transformar em
realidade o tão sonhado caminho de mão dupla entre o
10 Nordeste e as demais regiões brasileiras. Erguida desde
sempre, essa ponte imaginária insiste até hoje em
bloquear o tráfego em um dos sentidos.
Rodrigo Alves. Veredas — Revista de Cultura do Banco
do Brasil, n.º 90, jun./2003, p. 21 (com adaptações).
No que se refere ao texto acima, julgue os itens a seguir.
de lacunas do texto, mantendo sua coerência textual e sua
correção gramatical.
Tendo _____ unidade de análise o gênero humano no
tempo, Morgan dispõe ______ sociedades humanas
na história segundo graus de complexidade crescente
_________ se aproximam da civilização. Diferentes
organizações sociais sucedem-se porque se superam
______ desenvolvimento de sua capacidade de ______ e
de dominar a natureza, identifi cando vantagens biológicas
e econômicas em certas formas de comportamento que
são, então, instituídas ________ modos de organização
social.
(Sylvia G. Garcia, Antropologia, modernidade, identidade. In:
Tempo Social, vol. 5, no. 1 – 2, com adaptações)
Levei minha moto para ser consertada em uma
pequena oficina no centro de Genebra. O mecânico abriu
uma agenda (como as de médico) e me instruiu para
que em oito dias voltasse com a moto às 2h e que fos-
se buscá-la às 3h15min. E assim foi. Ainda naquela re-
gião, procurei um carpinteiro. Sem olhar a agenda, ele
foi logo dizendo que estava ocupado pelos próximos três
meses. Contudo, havia uma chance no fim de sema-
na seguinte. Se chovesse, nada feito, não se abre telha-
do com chuva. Se fizesse sol, ele ia escalar um pico
próximo. Mas, se o tempo estivesse nublado, aí talvez
fosse possível. As cartas estavam na mesa, com toda a
sinceridade.
Um professor chinês em Yale, segurando a xícara
de café, ficava olhando o ponteiro de segundos do
relógio da sala de aula. Quando marcava 8h em ponto,
começava a aula.[...]
Nos Estados Unidos, é prática corrente lojas e
oficinas darem um prazo máximo para a entrega dos
serviços. Em geral, terminam antes. Mas o cliente
planeja sua vida para o prazo máximo.
Aqui em Pindorama vivemos numa sociedade que
mescla o melhor e o pior do respeito pelo tempo. Eu tinha
um amigo radicado nos Estados Unidos. Na época em
que morou no Rio, ele costumava marcar com seus
colegas de tênis partidas para o dia seguinte.
Não apareciam ou chegavam atrasados. Voltando a
Washington, passou a marcar partidas com mais de três
meses de antecedência. Na hora aprazada, estavam
todos lá.
Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a
conferência marcada para as 10h começará em
horas diferentes, dependendo do ministério.
N o Itamaraty, começa na hora. Na área econômica,
cabem alguns minutos de tolerância. Na área social,
estão todos muito ocupados, e meia hora de atraso não
é incomum. Curioso, os ministérios mais eficazes são
aqueles em que as reuniões começam na hora.
Quem marca com o consertador do computador,
da televisão, da pia ou da máquina de lavar terá uma
surpresa se a criatura vier – e mais ainda se chegar na
hora marcada. Já nas empresas modernas, a chance
de andar no horário é bem maior.[...]
Tais exemplos dizem o que todos já sabem, pelo
menos na teoria: tempo é dinheiro. A riqueza é resultante
do trabalho. O trabalho é a aplicação do tempo em
atividades produtivas. Quanto mais tempo se perde por
desorganização ou esperando pelos outros, menos
tempo se utiliza produzindo e menos riqueza é gerada.
E isso sem ganhar em lazer.[...]
O respeito pelo tempo dos outros aumenta a
produtividade social, pois o tempo de todos não é
desperdiçado pelas esperas. Aliás, fazer com antece-
dência é mais rápido e mais barato. Planejamento é
isso. O tempo do desenvolvimento é o aprendizado
social de estruturar o tempo de cada um e cada um não
atrapalhar o tempo dos outros.
O QUE É... DECISÃO
No mundo corporativo, há algo vagamente conhecido
como "processo decisório", que são aqueles insondáveis
critérios adotados pela alta direção da empresa
para chegar a decisões que o funcionário não consegue
entender. Tudo começa com a própria origem da palavra
"decisão", que se formou a partir do verbo latino caedere
(cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra
assume um significado diferente: "incisão" é cortar para
dentro, "rescisão" é cortar de novo, "concisão" é o que já
foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde
veio "decisão", significa "cortar fora". Decidir é, portanto,
extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e
ficar só com o que interessa.
E, por falar em cortar, todo mundo já deve ter
ouvido a célebre história do não menos célebre rei
Salomão, mas permitam-me recontá-la, transportando
os acontecimentos para uma empresa moderna. Então,
está um dia o rei Salomão em seu palácio, quando duas
mulheres são introduzidas na sala do trono. Aos berros
e puxões de cabelo, as duas disputam a maternidade
de uma criança recém-nascida. Ambas possuem
argumentos sólidos: testemunhos da gravidez recente,
depoimentos das parteiras, certidões de nascimento.
Mas, obviamente, uma das duas está mentindo: havia
perdido o seu bebê e, para compensar a dor, surrupiara
o filho da outra. Como os testes de DNA só seriam
inventados dali a milênios, nenhuma das autoridades
imperiais consultadas pelas litigantes havia conseguido
dar uma solução satisfatória ao impasse.
Então Salomão, em sua sabedoria, chama um
guarda, manda-o cortar a criança ao meio e dar metade
para cada uma das reclamantes. Diante da catástrofe
iminente, a verdadeira mãe suplica: "Não! Se for assim, ó
meu Senhor, dê a criança inteira e viva à outra!", enquanto
a falsa mãe faz aquela cara de "tudo bem, corta aí". Pronto.
Salomão manda entregar o bebê à mãe em pânico, e a
história se encerra com essa salomônica demonstração
de conhecimento da natureza humana.
Mas isso aconteceu antigamente. Se fosse hoje,
com certeza as duas mulheres optariam pela primeira
alternativa (porque ambas teriam feito um curso de Tomada
de Decisões). Aí é que entram os processos decisórios
dos salomões corporativos. Um gerente salomão
perguntaria à mãe putativa A: "Se eu lhe der esse menino,
ó mulher, o que dele esperas no futuro?" E ela diria:
"Quero que ele cresça com liberdade, que aprenda a cantar
com os pássaros e que possa viver 100 anos de felicidade".
E a mesma pergunta seria feita à mãe putativa B, que de
pronto responderia: "Que o menino cresça forte e obediente
e que possa um dia, por Vossa glória e pela glória
de Vosso reino, morrer no campo de batalha". Então, sem
piscar, o gerente salomão ordenaria que o bebê fosse
entregue à mãe putativa B.
Por quê? Porque na salomônica lógica das
empresas, a decisão dificilmente favorece o funcionário
que tem o argumento mais racional, mais sensato, mais
justo ou mais humano. A balança sempre pende para os
putativos que trazem mais benefício para o sistema.
GEHRINGER, Max. Revista Você S/A, jan. 2002.
Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos
do texto, uma alternativa de colocação pronominal. Com base na
prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta apresentada.
Texto 2 para responder as questões de 5 a 8.
História do rock brasiliense contada por Irlam
Rocha Lima, repórter do Correio Braziliense
1 Confesso que cheguei atrasado ao rock de Brasília.
Quando desci ao porão do Cafofo, bar que Rênio Quintas
e sócios tinham na comercial da 407 Norte, para assistir
4 a um ensaio do Aborto Elétrico, o barulho já se espalhava
por vários pontos da cidade. Eu era ligado à MPB de
Caetano, Chico, Gil, Milton, Gal, Bethânia, Elis, Nara e
7 Novos Baianos e achava muito tosco aquele som que os
roqueiros brasilienses faziam.
Depois que Renato Russo veio à redação do
10 Correio para divulgar o festival que ia acontecer no teatro
da Associação Brasiliense de Odontologia (ABO), na 916
Sul, e me mostrou a letra de algumas de suas músicas,
13 inclusive Geração Coca-Cola, despertou-me grande
curiosidade. Desde então, passei a acompanhar de perto
tudo o que ele e seus companheiros de movimento
16 vinham fazendo.
Assisti aos shows do Temporada de Rock, na ABO,
e tomei conhecimento do trabalho das bandas que se
19 apresentaram no festival: Legião Urbana, Plebe Rude,
Capital Inicial (ainda sem Dinho Ouro Preto nos vocais),
XXX e Banda 69. À época, a Plebe era a mais falada. Depois
22 “descobri” Escola de Escândalo e passei a ouvir o que o
vocalista Bernardo Mueller tinha a dizer. Fui a alguns
shows do Escola, inclusive no Circo Voador (Rio de
25 Janeiro), e ficava impressionado com a guitarra do
“Fejão”, para muitos o melhor guitarrista da história do
rock brasiliense. Frustrei-me por não ver o Escola, com
28 seu trabalho original, seguir a trajetória da Legião, do
Capital e da Plebe, gravando disco e sendo reconhecido
30 nacionalmente.
Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/brasilia-capital-do-rock/2013/03/07/InternaBSBCapitalRock,353299/historia-do-rock-brasiliense-contada-por-reporter-do-correio-braziliense.shtml >. Acesso em: 21/3/2014, com adaptações.
De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola” (linha 27), é correto afirmar que