Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso

Foram encontradas 2.761 questões

Q1706288 Português
Imposturas intelectuais: algumas reflexões

    A história é conhecida, mas convém relembrá-la. Em 1996, um professor de Física da Universidade de Nova York, Alan Sokal, publicou, na revista de estudos culturais Social Text, um artigo com o suspeito título “Transgredindo as fronteiras: em direção a uma hermenêutica transformativa da gravitação quântica”. Social Text é uma revista simpática ao ideário pós-moderno, o que significa dizer que, para ela, alguns dos pressupostos mais basilares das ciências naturais, como a existência de uma realidade independente e a possibilidade de se obterem verdades objetivas a seu respeito, não passam de instrumentos ideológicos a serviço de interesses mais ou menos escusos.

    O artigo de Sokal acenava na direção de uma nascente ciência pós-moderna livre dos conceitos de verdade e realidade objetivas e a serviço de fins e interesses progressistas. Na busca afoita desses objetivos, o autor desse artigo supostamente sério massacra a ciência e o bom senso todas as vezes que pode, colocando em pé de igualdade teorias científicas e pseudocientíficas. Sokal temperou esse caldo indigesto de modo a torná-lo apetecível ao gosto pós-moderno com uma quantidade enorme de citações e referências bibliográficas – sempre verídicas –, cuja função precípua era substituir o argumento e a lógica pela força da autoridade, além do uso frequente de termos “pós-modernos”, como complexidade, não-linearidade, não-localidade, descontinuidade e tais.

    Social Text aceitou o artigo e publicou-o. Ato contínuo, Sokal escreveu outro artigo revelando que tudo não passara de uma paródia escrita com a finalidade de desmascarar absurdos pós-modernistas que passam por reflexão séria. Pega com as calças nas mãos, a Social Text decidiu não publicar esse segundo artigo. Mas a confissão da farsa foi publicada, ainda em 1996, em outras revistas. No ano seguinte, em associação com o professor de Física Teórica da Universidade de Louvain, Jean Bricmont, Sokal publica na França o livro Impostures Intellectuelles (Imposturas Intelectuais), em que a paródia de “Transgredindo as fronteiras” adquire os contornos de uma crítica articulada às claras. E, principalmente, dão-se nomes aos bois, todos gordos bois franceses.
    A reação dos criticados e seus seguidores (inclusive no Brasil) foi irada. Sokal e Bricmont foram acusados de tudo o que há de mau e pior. Mas quem quer que leia com atenção e sem partido o seu livro há de reconhecer que os autores são extremamente cautelosos com suas críticas, sempre muito bem focadas e substanciadas, evitando generalizações indevidas e extrapolações indesejadas.

(Jairo José da Silva. Natureza Humana. http://pepsic.bvsalud.org. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a frase está reescrita em conformidade com a norma-padrão da língua com a expressão sublinhada substituída por um pronome
Alternativas
Q1706231 Português
Os perigos de estar sempre conectado

    Quem acha que o comportamento dos jovens – e de muitos adultos – que não desgrudam os olhos e os dedos da tela de um celular quando estão em grupo é apenas sinal de falta de educação ou de respeito com quem está em volta pode começar a se preocupar com outras questões mais sérias.
    Um novo estudo da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, mostra que mesmo os alunos mais inteligentes podem piorar seu desempenho acadêmico quando o uso de celulares, tablets ou notebooks torna-se frequente em sala de aula. Foram avaliados 500 alunos de psicologia. Todos eles (mesmo aqueles com melhores habilidades intelectuais) tiveram uma queda de rendimento e notas, à medida que crescia o uso de internet durante as aulas – olhando notícias, respondendo a e-mails ou publicando nas redes sociais.
    Se o fenômeno ocorre com os mais jovens – em teoria, mais bem adaptados a administrar múltiplas tarefas ao mesmo tempo –, não é difícil imaginar que os mais velhos enfrentem o mesmo tipo de problema em seu trabalho, quando pulverizam sua atenção em estímulos vindos do celular e dos computadores. Os resultados desse trabalho da Universidade de Michigan sugerem que as atividades extremamente envolventes da internet podem tirar até os mais “brilhantes” do rumo.
    Outro estudo, em Atlanta, nos Estados Unidos, investigou o fenômeno das mensagens pelo celular. O resultado mostrou que 41% dos jovens que já dirigem admitiram ter mandado um texto ou um e-mail enquanto guiavam seu carro. Em alguns Estados, esse índice ultrapassou 60%. Trata-se, claramente, de um comportamento cada vez mais comum entre eles. A questão aqui é a habilidade em conduzir um veículo de maneira segura quando o foco de atenção do motorista, além dos olhos e das mãos, está longe do volante. Os jovens, que tendem a ter comportamentos mais impulsivos, correm maior risco de acidentes.
    Como não é possível imaginar um mundo e uma escola sem celulares e internet, o importante é saber qual o momento mais adequado e seguro para usar essas tecnologias. Que tal desligar o aparelho e prestar um pouco mais de atenção à aula e ao trânsito?

(Jairo Bouer. Época, 30 de junho de 2014. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase do texto, ao ser reescrita, está de acordo com a norma-padrão quanto à pontuação e à colocação pronominal.
Alternativas
Q1705940 Português

Leia o texto para responder à questão.


Uma noite no mar Cáspio

   Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um estudo sobre a literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a América Latina. Veio entrevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.

   Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei minha incompetência para titular qualquer coisa.

   Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Garruchas e punhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os meninos da rua Lins de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião a soldo de uma ou de outra. O que no fundo era verdade, considerava idiotas os dois lados.

   A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra sugestão: “O mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então para uma terceira via, por sinal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente recusou. Olhou bem para mim e aprovou: “Uma noite no mar Cáspio”. Para meu espanto, ela aceitou.

   Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde fica o mar Cáspio, embora também não saiba onde fica o Brasil.

(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 26.01.2016. Adaptado)

________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que____________ de roteiro para o trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Mas não __________ .
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, com: 
Alternativas
Q1705555 Português
''Hão de jogá-lo na lixeira se todas as tentativas falharem.”
Com base na colocação pronominal, assinale a alternativa que apresenta a reescrita correta do período, mantendo-se o tempo e o modo verbal:
Alternativas
Q1705415 Português
Lhe passo os documentos do processo hoje à tarde.”
Sobre a colocação pronominal acima, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Respostas
1186: D
1187: C
1188: C
1189: C
1190: B