Questões de Concurso Sobre concordância verbal, concordância nominal em português

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Q2320194 Português
A frase abaixo que foi pluralizada de forma correta, é:
Alternativas
Q2320189 Português
Em todas as frases abaixo há uma expressão sublinhada após o verbo da frase; a opção em que a pluralização dessa expressão modifica o verbo inicial, é:
Alternativas
Q2319316 Português
Brasil, paraíso dos agrotóxicos



         O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de tais commodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos do comércio internacional?
 
     “Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas. “Ao final das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e pela contaminação ambiental é a sociedade”, afirma Soares. Em seu melhor economês, ele garante que as “externalidades negativas” de nosso modelo agrário continuam de fora dos cálculos.

         Segundo o economista do IBGE, que estudou propriedades rurais no Paraná, cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos 1,28 dólar em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados. Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares contabilizou apenas os custos referentes a intoxicações agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acrescidos da contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os prejuízos podem atingir cifras assustadoramente maiores. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”, diz.

4          Seja na agricultura familiar, seja nas grandes propriedades rurais, “os impactos dos agrotóxicos na saúde pública abrangem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais”, afirma dossiê publicado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade que reúne pesquisadores de diversas universidades do país.

5          Não são apenas agricultores e suas famílias que integram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais envolvidos no comércio e na manipulação dessas substâncias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos nós, diariamente, a cada refeição, ingerimos princípios ativos de agrotóxicos em nossos alimentos”, garante uma médica da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Hoje, todo mundo come veneno”, afirma um agricultor.

       Produtores e especialistas alinhados ao modelo convencional de produção agrícola insistem: sem agrotóxicos seria impossível alimentar uma população mundial em constante expansão. Esses venenos seriam, portanto, um mal necessário, de acordo com esses produtores. Agricultores garantem que não há nenhuma dificuldade em produzir alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, para alimentar a população. Segundo eles, “a humanidade domina a agricultura há pelo menos 10 mil anos, e o modelo imposto no século 20 vem apagando a herança e o acúmulo de conhecimento dos métodos tradicionais.”

7        Mas a pergunta que não quer calar é: será que um modelo dito “alternativo” teria potencial para alimentar uma população que, até 2050, deverá chegar a 9 bilhões? Certamente tem muito mais potencial do que o agronegócio que, hoje, não dá conta nem de alimentar 7 bilhões, retrucam estudiosos. Sistemas de produção descentralizados têm muito mais condições de produzir e distribuir alimentos em quantidade e qualidade. Precisamos de outra estrutura agrária – baseada em propriedades menores, com produção diversificada, privilegiando mercados locais e contemplando a conservação da biodiversidade. A engenheira agrônoma Flávia Londres assina embaixo e defende que “Monoculturas são grandes desertos verdes. A agroecologia, portanto, requer uma mudança paradigmática no modelo agrário, que resultaria, na verdade, em uma mudança cultural”.


KUGLER, H. Revista Ciência Hoje, n. 296, v. 50. RJ: SBPC. set. 2012. Adaptado.
De acordo com as regras de concordância nominal da norma-padrão da língua portuguesa, a palavra destacada está empregada corretamente em: 
Alternativas
Q2319059 Português
Marque a sentença inadequada em relação à concordância verbal e nominal: 
Alternativas
Q2316298 Português

Julgue o item que se segue.


A palavra "amido" segue a regra geral de pluralização da língua portuguesa, ou seja, seu plural é "amidos". 

Alternativas
Q2316180 Português
Assinale a frase em que houve erro de concordância nominal.
Alternativas
Q2316179 Português
Assinale a frase em que o infinitivo admite dupla concordância.
Alternativas
Q2316177 Português
Assinale a frase que apresenta um erro de concordância verbal.
Alternativas
Q2316062 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

ONU divulga versão preliminar do Tratado Global de Plásticos

O Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) e a presidência do Comitê de Negociação Intergovernamental (INC) divulgaram o rascunho zero do Tratado Global de Plásticos no último mês. Este texto será objeto de discussão entre governos de todo o mundo em Nairobi, Quênia, de 13 a 19 de novembro deste ano, marcando a terceira rodada de negociações com o objetivo de criar um instrumento global de combate à poluição plástica até o final de 2024.

A versão inicial do documento, que será examinada por mais de 175 países, contém elementos significativos para reduzir o uso de plásticos. No entanto, muitos acreditam que ele não vai longe o suficiente e carece de metas mais ambiciosas, consideradas essenciais para a realização de um futuro livre de plástico.

Graham Forbes, líder da campanha global de plásticos do Greenpeace EUA, destaca a necessidade de mais progresso por parte dos governos para criar um tratado robusto que feche a "torneira tóxica do plástico". Ele enfatiza que o Tratado Global de Plásticos deve reduzir a produção de plástico em pelo menos 75% para limitar o aquecimento global a 1,5°C, bem como para proteger comunidades, a saúde humana e a biodiversidade.

O Greenpeace insta o tratado a priorizar uma transição justa para uma economia de baixo carbono baseada na reutilização e a desencorajar a exploração de petróleo e gás como matérias-primas para plásticos. A responsabilização da indústria que lucra com a poluição plástica também é essencial, com um apelo para que grandes marcas, varejistas e empresas de alimentos invistam em modelos de reutilização e reabastecimento.

Além disso, a organização exige que o tratado inclua ações e metas baseadas no respeito aos direitos humanos e no combate às desigualdades.

Há ainda tempo para agir, visto que a terceira rodada de negociações (INC3) ocorrerá em dois meses. Portanto, uma janela de oportunidade permanece aberta para pressionar os governos a comprometerem-se com um Tratado Global de Plásticos sólido e ambicioso.

Dado o impacto abrangente e crescente da poluição plástica em nossa saúde pública e no meio ambiente, a urgência é evidente. Se o setor de combustíveis fósseis conseguir influenciar o processo de elaboração do tratado para enfraquecê-lo, as consequências serão severas, conforme alertado em um relatório do PNUMA, que prevê um triplo aumento na produção de plásticos até 2060 se as tendências atuais persistirem.

Retirado e adaptado de: REDAÇÃO. ONU divulga versão preliminar do Tratado Global de Plásticos, mas ainda é necessário compor metas mais ambiciosas. Pensamento Verde.

Disponível em: https://www.pensamentoverde.com.br/agenda-verde/onu-divulga-versa o-preliminar-do-tratado-global-de-plasticos-mas-ainda-e-necessario-co mpor-metas-mais-ambiciosas/ Acesso em: 29 out., 2023.
Assinale a alternativa correta no que diz respeito à concordância: 
Alternativas
Q2315424 Português



Adaptado de CORRÊA, J. P. (In https://pvst.com.br/wp-content/uploads/2020/09/20_ANOS_DE_LICOES_DE_TRANSITO-NO-BRASIL.pdf). Acesso em 05 set 2023
Nesta oração “Líderes políticos, empresariais, religiosos, militares, comunitários, todos podem desempenhar funções de grande importância” (l. 19 e 20), com relação à sintaxe de concordância, o verbo poder concorda com:
Alternativas
Q2315423 Português



Adaptado de CORRÊA, J. P. (In https://pvst.com.br/wp-content/uploads/2020/09/20_ANOS_DE_LICOES_DE_TRANSITO-NO-BRASIL.pdf). Acesso em 05 set 2023
Com base nas regras de flexões nominal e verbal e no aspecto semântico, ao se colocar corretamente o seguinte excerto no plural “Quando comecei a me envolver com esse tema” (l. 05), tem-se qual oração?  
Alternativas
Q2315369 Português
Texto 1

A Doença de Alzheimer corresponde, atualmente, à forma mais comum de demência, sendo a grande causa de comprometimento cognitivo e comportamental no envelhecimento. Estudos realizados em 2010 apontam que existem cerca de 35 milhões de casos no mundo, e sua prevalência vem aumentando de forma significativa. Com base na expectativa de vida que aumenta em países em desenvolvimento, estima-se que, no mundo, em 2050, 22% da população seja composta por idosos. No Brasil, conforme estimativas para 2020, a expectativa de vida ultrapassará os setenta e cinco anos, chegando a 15% da população. Nesse contexto, o Brasil será o sexto país no mundo com pessoas idosas, existindo uma expectativa de aumento de doenças degenerativas, dentre elas o Alzheimer.

Dentre as 10 primeiras causas de óbitos nos Estados Unidos, a Doença de Alzheimer ocupa a 6ª posição no ranking, sendo a única que não tem como ser prevenida e tampouco curada. Além disso, a taxa de mortalidade das doenças que ocupam as primeiras posições, como as cárdio e cerebrovasculares tem diminuído, enquanto a taxa de óbito por Alzheimer tem aumentado. Embora a Doença de Alzheimer seja uma doença progressiva e incurável, muito já se avançou em benefício e melhoria da qualidade de vida dos portadores e cuidadores, com medicações que melhoram a cognição e diminuem as alterações comportamentais durante seu uso, além da criação de bons instrumentos de avaliação e de critérios diagnósticos mais claros.

Contudo, existe uma grande parcela de profissionais da área da saúde e cuidadores sem esclarecimentos norteadores sobre tal patologia, enfrentando, nas diversas fases da doença, a dúvida do que fazer, bem como sobre o tipo de apoio que necessitam para enfrentar a doença em todo o seu longo curso. Em se tratando de doença neurológica crônica-degenerativa, traz consigo dúvidas em relação ao manejo do doente, afetando aspectos de ordem pessoal, emocional, financeiro e social do paciente e seus familiares.

POLTRONIERE, Silvana; CECCHETTO, Fátima Helena; NOGUEIRA DE SOUZA, Emiliane. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ rgenf/a/3cYxYjqCSTd7dBDmT8P58cJ/>. Acesso em: 11 de out. 2023. Fragmento adaptado.
Assinale a frase extraída do texto 1 que contém erro de flexão de gênero.
Alternativas
Q2315105 Português
Assinale a frase que está de acordo com as normas da língua padrão.
Alternativas
Q2315104 Português
Por que as pessoas consomem álcool e cigarros?


Apesar de conhecerem os malefícios que o consumo de álcool e cigarro pode causar à saúde do organismo, muitas pessoas acabam aderindo a esse hábito ou não conseguem parar com ele.


Muitos fatores podem levar ao tabagismo e alcoolismo, sobretudo questões relacionadas à saúde mental. Ansiedade, depressão, baixa autoestima e estresse, entre outros problemas, afetam a maneira como o indivíduo lida com a vida, que pode se tornar pouco prazerosa.


As substâncias presentes no álcool e no tabaco aliviam esses sentimentos, devido aos efeitos neuroquímicos que causam. Após o consumo desses produtos, o cérebro libera substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação momentânea de prazer e bem-estar.


Tanto o álcool quanto o tabaco podem causar tolerância às suas substâncias. Ou seja, ao longo do tempo, serão necessárias quantidades cada vez maiores para se obter a mesma sensação de prazer. E isso pode levar à dependência química, caracterizada pela vontade incontrolável pela substância a qual se é dependente e pelo seu consumo abusivo. Além disso, está associada a sintomas de abstinência.


Entretanto, não apenas as condições emocionais podem influenciar o consumo de álcool e cigarro. Os fatores ambientais que aumentam o risco de tabagismo e alcoolismo incluem o ambiente familiar, contexto cultural, incentivo de amigos e o consumo precoce desses produtos.


Disponível em: < https://www.genera.com.br/blog/tabagismo-
alcoolismo-genetica/>. Acesso em: 16 de out. 2023. Fragmento adaptado.
“E isso pode levar à dependência química, caracterizada pela vontade incontrolável pela substância a qual se é dependente e pelo seu consumo abusivo.”

Sobre a frase, é correto afirmar que:
Alternativas
Q2314778 Português
Consumismo e baixa autoestima formam círculo vicioso


         Comprar faz você feliz? Ninguém consegue negar o prazer de entrar em uma loja e comprar um produto ou serviço muito desejado. Mas, será que, passada a euforia momentânea, esta satisfação vai de fato ajudar a sustentar a sua felicidade?
          Numa visão mais panorâmica, consumir não é sinônimo de bem-estar. Apesar de ter aumentado o seu poder de consumo nos últimos 50 anos, a população dos Estados Unidos não sente uma melhora no seu bem-estar, segundo uma pesquisa da American Psychological Association. Em comparação às condições da década de 50, hoje os norte-americanos podem ter o dobro de carros por pessoa e comer fora de casa com uma frequência duas vezes maior – mas esse conforto não veio acompanhado de uma maior felicidade.
        E o que explica esse aparente contrassenso? Cientistas vêm constatando uma relação muito próxima, praticamente de retroalimentação, entre consumismo e baixa autoestima, além de ser relacionado a patologias como depressão e ansiedade.
            A relação entre baixa autoestima e materialismo é relativamente fácil de entender: a autoestima pode ser definida como o apreço que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios atos e pensamentos. Uma pessoa com baixa autoestima tende a “externalizar” o seu processo de valorização, ou seja, superestimar fatores externos.
          Isso pode ser ainda mais pronunciado nesta era das redes sociais, quando é comum buscar reconhecimento na aprovação de terceiros, por meio de curtidas e compartilhamentos. Além disso, somos bombardeados com imagens superproduzidas de viagens, eventos e refeições maravilhosas a todos os momentos, que muitas vezes alimentam um sentimento de inferioridade em relação aos “amigos” da rede social.
               Será que só eu sou inadequado na sociedade?
              Somado a isso, propagandas e anúncios trazem essa vida perfeita retratada de maneira muito acessível – basta adquirir o produto que está sendo vendido e tudo está resolvido. Mas, a expectativa é frustrada e a viagem divertida com os amigos não se manifesta magicamente após a compra daqueles óculos de sol, não nos tornamos executivos de sucesso imediatamente após comprar “aquele” carro e não entramos em forma apenas por comprar o tênis mais leve do mercado, insatisfações provocadas pelo discurso da publicidade de que comprar vai nos deixar mais felizes. Mas, neste sonho delirante, a única coisa que se torna realidade são as contas, que nem sempre se fecham no fim do mês. E os sentimentos de inadequação e frustração continuarão, afinal, as pessoas das redes sociais e das propagandas seguem levando as suas vidas aparentemente perfeitas, diminuindo ainda mais a autoestima. Continuaremos navegando pelas redes sociais e estaremos expostos a propagandas. E então, o que podemos fazer?
               Em primeiro lugar, ter consciência de que este é o processo já é um grande passo. Passamos a ter elementos para entender melhor o que se passa, ao menos racionalmente. Depois, vem o mais difícil: apropriarmos, com a mente e o coração, um sentido para a vida que vá muito além do consumo, que responda ao que é realmente importante na vida de cada um.
               Nesse sentido, a pesquisa Rumo à Sociedade do Bem-estar, do Instituto Akatu, perguntou aos entrevistados o que eles consideravam ser felicidade. A resposta, para dois terços dos entrevistados, foi estar saudável e/ou ter sua família saudável.
            Conviver bem com a família e os amigos também foi apontado como fator de felicidade para 60% do público que respondeu à pesquisa. Isso mostra que a maior parte da sociedade brasileira compartilha a noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a felicidade é encontrada no que temos de mais humano, o bem-estar físico próprio e daqueles de quem gostamos e o afeto em si pelos amigos e pela família. Não inclui o caminho do consumismo.
             Um outro fator a ser trabalhado no dia a dia, de maneira a enfraquecer ou quebrar o círculo vicioso da insatisfação no consumo e da autoestima, é estimular um diálogo aberto sobre a nossa autoimagem, nossos valores e a importância da aceitação da diversidade nos círculos dos quais fazemos parte, abrindo espaço para a autorreflexão e, por meio da troca de sentimentos e experiências, criar espaço para a percepção de que todos vivemos essas mesmas emoções e, com isso, nos valorizarmos a nós mesmos e aos outros.
               Inicia-se outro círculo, dessa vez virtuoso, que tende a ficar mais forte conforme as pessoas se sintam mais à vontade de ser quem elas de fato são. E assim, podendo identificar com mais facilidade o que realmente faz feliz ou pelo menos traz contentamento suficiente, a cada um de nós. E quase que certamente descobriremos que isso está muito longe de ter o último modelo de smartphone.

(Folha de S. Paulo. HÉLIO MATTAR. Acesso em: outubro de 2023.)
Comprar faz você feliz?” (1º§) Considerando a primeira oração do texto, é possível reconhecer o estabelecimento adequado da concordância do verbo fazer na forma “faz”. A inadequação do emprego do verbo citado pode ser vista em (considerando o contexto das orações a seguir):
Alternativas
Q2314769 Português
A frase “foi desenvolvido vários projetos para a construtora, que rejeitou todos” está de acordo com as normas de concordância da gramática padrão (norma culta da Língua Portuguesa). 
Alternativas
Q2314593 Português
Consumismo e baixa autoestima formam círculo vicioso


         Comprar faz você feliz? Ninguém consegue negar o prazer de entrar em uma loja e comprar um produto ou serviço muito desejado. Mas, será que, passada a euforia momentânea, esta satisfação vai de fato ajudar a sustentar a sua felicidade?
       Numa visão mais panorâmica, consumir não é sinônimo de bem-estar. Apesar de ter aumentado o seu poder de consumo nos últimos 50 anos, a população dos Estados Unidos não sente uma melhora no seu bem-estar, segundo uma pesquisa da American Psychological Association. Em comparação às condições da década de 50, hoje os norte-americanos podem ter o dobro de carros por pessoa e comer fora de casa com uma frequência duas vezes maior – mas esse conforto não veio acompanhado de uma maior felicidade.
      E o que explica esse aparente contrassenso? Cientistas vêm constatando uma relação muito próxima, praticamente de retroalimentação, entre consumismo e baixa autoestima, além de ser relacionado a patologias como depressão e ansiedade.
        A relação entre baixa autoestima e materialismo é relativamente fácil de entender: a autoestima pode ser definida como o apreço que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios atos e pensamentos. Uma pessoa com baixa autoestima tende a “externalizar” o seu processo de valorização, ou seja, superestimar fatores externos.
      Isso pode ser ainda mais pronunciado nesta era das redes sociais, quando é comum buscar reconhecimento na aprovação de terceiros, por meio de curtidas e compartilhamentos. Além disso, somos bombardeados com imagens superproduzidas de viagens, eventos e refeições maravilhosas a todos os momentos, que muitas vezes alimentam um sentimento de inferioridade em relação aos “amigos” da rede social.
          Será que só eu sou inadequado na sociedade?
       Somado a isso, propagandas e anúncios trazem essa vida perfeita retratada de maneira muito acessível – basta adquirir o produto que está sendo vendido e tudo está resolvido. Mas, a expectativa é frustrada e a viagem divertida com os amigos não se manifesta magicamente após a compra daqueles óculos de sol, não nos tornamos executivos de sucesso imediatamente após comprar “aquele” carro e não entramos em forma apenas por comprar o tênis mais leve do mercado, insatisfações provocadas pelo discurso da publicidade de que comprar vai nos deixar mais felizes. Mas, neste sonho delirante, a única coisa que se torna realidade são as contas, que nem sempre se fecham no fim do mês. E os sentimentos de inadequação e frustração continuarão, afinal, as pessoas das redes sociais e das propagandas seguem levando as suas vidas aparentemente perfeitas, diminuindo ainda mais a autoestima. Continuaremos navegando pelas redes sociais e estaremos expostos a propagandas. E então, o que podemos fazer?
         Em primeiro lugar, ter consciência de que este é o processo já é um grande passo. Passamos a ter elementos para entender melhor o que se passa, ao menos racionalmente. Depois, vem o mais difícil: apropriarmos, com a mente e o coração, um sentido para a vida que vá muito além do consumo, que responda ao que é realmente importante na vida de cada um.
         Nesse sentido, a pesquisa Rumo à Sociedade do Bem-estar, do Instituto Akatu, perguntou aos entrevistados o que eles consideravam ser felicidade. A resposta, para dois terços dos entrevistados, foi estar saudável e/ou ter sua família saudável.
       Conviver bem com a família e os amigos também foi apontado como fator de felicidade para 60% do público que respondeu à pesquisa. Isso mostra que a maior parte da sociedade brasileira compartilha a noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a felicidade é encontrada no que temos de mais humano, o bem-estar físico próprio e daqueles de quem gostamos e o afeto em si pelos amigos e pela família. Não inclui o caminho do consumismo.
         Um outro fator a ser trabalhado no dia a dia, de maneira a enfraquecer ou quebrar o círculo vicioso da insatisfação no consumo e da autoestima, é estimular um diálogo aberto sobre a nossa autoimagem, nossos valores e a importância da aceitação da diversidade nos círculos dos quais fazemos parte, abrindo espaço para a autorreflexão e, por meio da troca de sentimentos e experiências, criar espaço para a percepção de que todos vivemos essas mesmas emoções e, com isso, nos valorizarmos a nós mesmos e aos outros.
        Inicia-se outro círculo, dessa vez virtuoso, que tende a ficar mais forte conforme as pessoas se sintam mais à vontade de ser quem elas de fato são. E assim, podendo identificar com mais facilidade o que realmente faz feliz ou pelo menos traz contentamento suficiente, a cada um de nós. E quase que certamente descobriremos que isso está muito longe de ter o último modelo de smartphone.

(Folha de S. Paulo. HÉLIO MATTAR. Acesso em: outubro de 2023.)
“Comprar faz você feliz?” (1º§) Considerando a primeira oração do texto, é possível reconhecer o estabelecimento adequado da concordância do verbo fazer na forma “faz”. A inadequação do emprego do verbo citado pode ser vista em (considerando o contexto das orações a seguir): 
Alternativas
Q2312038 Português
Leia as assertivas abaixo acerca de aspectos gramaticais diversos:
I. Na frase A Casa Branca anunciou uma nova política, tem-se o emprego de metonímia. II. Há erro de concordância nominal em A reunião dos diretores e gerentes foi marcado para amanhã. III. Os vocábulos descrição e discrição estabelecem entre si uma relação de homonímia.
Pode-se afirmar que: 
Alternativas
Q2311326 Português
Analise as afirmativas e assinale a alternativa que apresenta correta regência e concordância.
I. A nova tarifa do ônibus deve ser acessível aos moradores das cidades.
II. A maioria das escolas brasileiras precisam ser revistas e passarem por reformas.
III. Hoje os estudantes assistiram a um filme nacional para a realização da prova.
IV. Foram eles quem fez todas as atividades de matemática.
Estão corretas as afirmativas: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2023 - MPE-GO - Secretário Auxiliar |
Q2311230 Português
Assinale a assertiva que não segue a norma culta da língua portuguesa: 
Alternativas
Respostas
1261: D
1262: B
1263: A
1264: B
1265: C
1266: B
1267: A
1268: B
1269: C
1270: B
1271: D
1272: C
1273: B
1274: D
1275: D
1276: E
1277: D
1278: D
1279: A
1280: A