Questões de Concurso Sobre crase em português

Foram encontradas 6.712 questões

Q773529 Português

 Leia o texto a seguir.


Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu ...... cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos que ...... cartomante restituiu-lhe ...... confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez.


(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio

de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)


Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 

Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2017 - IF-PE - Revisor de Texto |
Q773041 Português
Leia o TEXTO 15 para responder à questão.

TEXTO 15
O TRABALHO NA BALANÇA DOS VALORES 

 
Assinale o trecho do TEXTO 15 com problema relacionado à ocorrência da crase.
Alternativas
Q772916 Português
LÍNGUAS MUDAM
Por Sírio Possenti. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam Acesso em 13 jan 2017.
Que as línguas mudam é um fato indiscutível.O que interessa aos estudiosos é verificar o que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança. Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...].
Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos escrevem ou dizem sistematicamente “para fazer uma tese é preciso que...” e os mais jovens, “para se fazer uma tese...”, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e “para se fazer” será a forma única, pelo menos durante um tempo).
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração. Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre... [...] O caso “jogai” me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente “ele o/a viu, vou fazê-la sair”. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em debates na TV).
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Sírio Possenti Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas
 
Observe o emprego do sinal de crase nesse trecho: “Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança”. Agora assinale a única alternativa INCORRETA quanto ao emprego desse sinal.
Alternativas
Q772889 Português
Assinale a alternativa em que a crase foi empregada corretamente.
Alternativas
Q772884 Português
LER E ESCREVER NO PAPEL FAZ BEM PARA O CÉREBRO, DIZ ESTUDO
23 fev 2015 Adaptado de: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=116 Acesso em: 17 janeiro 2015
Há óbvias vantagens em ler um livro num smartphone, tablet ou e-reader em vez de lê-lo no papel. No livro digital, é fácil buscar uma palavra qualquer ou consultar seu significado num dicionário, por exemplo.
Um e-reader que pesa apenas 200 gramas pode conter milhares de livros digitais que seriam pesados e volumosos se fossem de papel. Além disso, um e-book é geralmente mais barato que seu equivalente impresso.
Mas a linguista americana Naomi Baron descobriu que ler e escrever no papel é quase sempre melhor para o cérebro. Naomi estudou os hábitos de leitura de 300 estudantes universitários em quatro países – Estados Unidos, Alemanha, Japão e Eslováquia. Ela reuniu seus achados no livro “Words Onscreen: The Fate of Reading in a Digital World” (“Palavras na Tela: O Destino da Leitura num Mundo Digital” – ainda sem edição em português). 92% desses estudantes dizem que é mais fácil se concentrar na leitura ao manusear um livro de papel do que ao ler um livro digital. Naomi detalha, numa entrevista ao site New Republic, o que os estudantes disseram sobre a leitura em dispositivos digitais: “A primeira coisa que dizem é que se distraem mais facilmente, eles são levados a outras coisas. A segunda é que há cansaço visual, dor de cabeça e desconforto físico.”
Esta última reclamação parece se referir principalmente à leitura em tablets e smartphones, já que os e-readers são geralmente mais amigáveis aos olhos.
Segundo Naomi, embora a sensação subjetiva dos estudantes seja de que aprendem menos em livros digitais, testes não confirmam isso: “Se você aplica testes padronizados de compreensão de passagens no texto, os resultados são mais ou menos os mesmos na tela ou na página impressa”, disse ela ao New Republic.
Mas há benefícios observáveis da leitura no papel. Quem lê um livro impresso, diz ela, tende a se dedicar à leitura de forma mais contínua e por mais tempo. Além disso, tem mais chances de reler o texto depois de tê-lo concluído.
Uma descoberta um pouco mais surpreendente é que escrever no papel – um hábito cada vez menos comum – também traz benefícios. Naomi cita um estudo feito em 2012 na Universidade de Indiana com crianças em fase de alfabetização. Os pesquisadores de Indiana descobriram que crianças que escrevem as letras no papel têm seus cérebros ativados de forma mais intensa do que aquelas que digitam letras num computador usando um teclado. Como consequência, o aprendizado é mais rápido para aquelas que escrevem no papel. 
Sobre as proposições a seguir, assinale a alternativa que contenha a análise correta das mesmas. I. A leitura correta do numeral presente no trecho: “Um e-reader que pesa apenas 200 gramas” é “duzentos”. II. A frase: “Naomi estudou os hábitos de leitura de 300 estudantes universitários em quatro países” está voz ativa. Na passiva, ficaria corretamente assim escrita: “Os hábitos de leitura de 300 estudantes universitários foram estudados por Naomi em quatro países”. III. “Quem lê um livro impresso tende a se dedicar à leitura de forma mais contínua”. Nesse trecho, a substituição de “tende a se dedicar” por “se dedica” dispensaria a crase. IV. A partícula “lo”, destacada no texto, é um pronome e está substituindo o termo “livro impresso”.
Alternativas
Q772854 Português
SMS NÃO PIORA ORTOGRAFIA DOS ADOLESCENTES, DIZ ESTUDO
19/03/2014 Fonte: zerohora.clicrbs.com.br. Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=78 Acesso em: 17 janeiro 2015
    As mensagens de texto não têm influência negativa sobre a ortografia dos estudantes e ainda oferecem uma oportunidade adicional para a prática da escrita, afirma um estudo realizado por pesquisadores franceses.
   "É o nível geral da ortografia dos alunos que determina o tipo de erros presentes no SMS, e não o contrário", resume o Centro de Pesquisa sobre a Cognição e a Aprendizagem (CNRS/ Université de Poitiers/Université François Rabelais de Tours) em um comunicado divulgado nesta terça-feira. O estudo se baseia em 4.524 mensagens escritas por 19 jovens de 12 anos que não possuíam telefone celular antes do início da pesquisa.
  As abreviações ou variações e aproximações ortográficas de uma palavra em relação à escrita tradicional utilizadas nos SMS são frequentemente apontadas pelos pais e professores como a causa das dificuldades de ortografia entre os estudantes.
   Esse estudo mostra que, quando os jovens começam a escrever SMS, "é o nível de escrita tradicional que determina a forma dos SMS enviados, e não os SMS que influenciam negativamente a ortografia tradicional". E quando a prática do envio de SMS já está enraizada, após um ano, "não há nenhuma ligação entre o nível de ortografia tradicional e a forma dos SMS", asseguram os pesquisadores.
  "Ao contrário dos temores muitas vezes expressados, são bons alunos os que fazem um monte de abreviações com o código ortográfico tradicional e os menos bons as praticam menos", segundo o CNRS. Longe de ser uma ameaça para o nível de ortografia da juventude, os SMS são, portanto, "uma chance nova e adicional para praticar a expressão escrita".
   Além disso, a escrita tradicional ensinada na escola e as mensagens de texto redigidas fora de qualquer quadro institucional "dependem das mesmas habilidades cognitivas", garantem os pesquisadores. Estudos recentes sobre a língua inglesa e finlandesa também demonstraram que não havia ligação entre o nível ortográfico dos alunos com idades entre 9 e 12 anos e os "erros" nos SMS.
  Uma vez que o celular e o SMS são usados com facilidade e entusiasmo por adolescentes, "eles poderiam ser usados como um suporte de aprendizado escolar, ideia que a Unesco já havia defendido em 2010", acreditam os pesquisadores. O trabalho foi publicado no Journal of Computer Assisted Learning. 
Avalie as alternativas a seguir e assinale a única correta.
Alternativas
Q772454 Português

NÃO IMPORTA O RITMO, O LUGAR, O HORÁRIO NEM OS OLHARES: DANÇAR FAZ BEM AO CORPO E À ALMA

    Além de manter o físico invejável, praticantes de qualquer que seja a modalidade da dança ganham em autoestima

    Com a dançarina Ana Cláudia Maldonado, o professor e empresário Welbert de Melo diz que a arte ensina a olhar e a respeitar o espaço do outro.

    Há alguém por aí que não goste de dançar? Mesmo no escuro do quarto? Não tem de ser bailarino, pode ser no seu estilo e ritmo. Não se preocupe com os olhares e se jogue na pista, seja lá onde ela for! No palco, na rua, debaixo do chuveiro ou em frente ao espelho. Não importa, arrisque seus passos, sacuda o corpo e tenha certeza de que a dança faz bem ao corpo e à alma. O espírito fica leve, se liberta.

    A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito, ela homenageava o deus Osíris. Na Grécia, fazia parte dos Jogos Olímpicos. Na era atual, ela existe como manifestação artística, diversão, entretenimento, atividade física e está presente no palco, na rua, na academia ou em casa, como forma de expressar os sentimentos e, de quebra, manter a silhueta na medida.

    Ela é tão importante e essencial para o ser humano que na próxima sexta-feira comemora-se o Dia Internacional da Dança, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) por meio do Comitê Internacional de Dança (CID), em 1982. A escolha é referente à data de nascimento do professor, bailarino e ensaísta Jean-Georges Noverre (29 de abril de 1727), considerado mestre do balé francês.

    A dança tem diferentes linguagens e provoca efeitos e sensações diversas. Sem se ater ao profissional, ela tem o poder de aumentar a autoestima, aproximar as pessoas, provocar romances, estimular o cérebro, tonificar, modelar e definir o corpo, ajudar a diminuir o estresse e a ansiedade. E, ainda, aumenta a capacidade sanguínea e faz bem ao coração, combate a depressão e, o melhor, é democrática, aceita pessoas de todas as idades e raças.

    O bailarino, coreógrafo e professor Welbert de Melo Nascimento, formado em pedagogia do movimento para o ensino da dança pela UFMG, diz que a dança é sociocultural, fundamental em um mundo cada vez mais individualista e de isolamento diante da tecnologia e da internet. “Ela aproxima as pessoas. Para os casais, possibilita o resgate da relação, define os papéis do homem e da mulher, além de trabalhar postura e equilíbrio.” Ele enfatiza que outro benefício é a música, “que é terapêutica, relaxa e faz esquecer os problemas, já que o foco estará no movimento. A dança se torna um ponto de encontro entre amigos para reunir, conversar e dançar”.

    Welbert, que é dono do Café com Dança, espaço que alia dança e gastronomia, diz que essa combinação é perfeita, já que um desperta interesse pelo outro. “Um feito raro e um novo conceito. No espaço, temos mais de 33 ritmos de dança de salão. Entre os mais comuns estão samba, bolero, forró, zouk, salsa, lindy hop, tango, valsa e muito mais.” Ele revela que, apesar de sempre ser um desejo feminino, os homens estão cada vez mais presentes. “Eles aderem, principalmente, para agradar às namoradas.”

    TIMIDEZ

    O professor destaca que a dança é bem-vinda, porque trabalha a desenvoltura. “Dançar com o outro atua no processo e ajuda com a timidez. Estimulamos a troca de casais e as pessoas são forçadas a conversar, interagir e, assim, soltam–se mais. Tenho alunos que chegam para dançar com indicação médica. Uma vez, uma me disse que é mais barato que a terapia e traz mais benefícios.”

    Welbert lembra que a dança faz bem à saúde. “Estimula e exercita a memorização, porque o dançarino tem de gravar os movimentos, a coreografia. Sem falar que ela proporciona conexão entre as pessoas e as ensina a olhar e a respeitar o espaço do outro, a ter cuidado ao tocá-lo, não ser invasivo. Enfim, é tudo de bom!”

Fonte: http://tvitape.com.br/noticia/saude/dancar-faz-bem-a-saude. html

Observe a expressão a seguir e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma sobre crase: “Welbert lembra que a dança faz bem à saúde.”.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771374 Português
Leia o texto e, a seguir, responda à questão.

O PIOR DOS MALES

Baixando à Terra, o cofre em que guardados
Vinham os Males, indiscreta abria
Pandora.E eis deles desencadeados
À luz, o negro bando aparecia.

O Ódio, a Inveja, a Vingança, a Hipocrisia,
Todos os Vícios, todos os Pecados
Dali voaram. E desde aquele dia
Os homens se fizeram desgraçados.

Mas a Esperança, do maldito cofre
Deixara-se ficar presa no fundo,
Que é última a ficar na angústia humana...

Por que não voou também? Para quem sofre
Ela é o pior dos males que há no mundo,
Pois dentre os males é o que mais engana.

(OLIVEIRA, Alberto de. O pior dos males. In: Parnasianismo. Seleção e prefácio de Sânzio de Azevedo.
ão Paulo: Global, 2006. p. 23.)
Considerando a primeira estrofe do texto, assinale a alternativa que justifica CORRETAMENTE o fenômeno da crase nos versos 1 e 4, respectivamente:
Alternativas
Q770740 Português
Leia o texto “Chega de desculpas”, do jornalista português João Pereira Coutinho, para responder à questão.
A herança ibérica é causa dos problemas do Brasil? A pergunta é recorrente. A convite de uma associação de estudantes, estive em São Paulo para uma conversa sobre o assunto.
Não foi fácil: entrei no auditório, e estavam ali talvez umas 300 pessoas para escutar e, quem sabe, pedir a minha pele. No fim, saí ileso e ninguém comprou a ideia de que os portugueses são responsáveis pela situação do Brasil. É verdade. O país pode estar em crise, mas as novas gerações enchem o meu coração de otimismo.
Mas vamos ao que interessa: a colonização foi coisa boa ou coisa má? A pergunta, pelo seu maniqueísmo, já é falha. Nenhuma colonização é totalmente boa ou totalmente má. Existiram bons legados e maus legados.
Começo pelos bons: a ausência de uma “superioridade de raça”. Sérgio Buarque de Holanda sabia do que falava. Gilberto Freyre também. Como dizem ambos, os portugueses que chegaram em 1500 já eram um povo “mestiço” – uma salada de latinos, africanos, árabes, etc. Isso é importante?
É. Porque não foram apenas os portugueses a colonizar o Brasil. Os nativos também colonizaram os portugueses – e essa “plasticidade”, para usar um termo caro a esses estudiosos, impediu a rigidez cultural, social e até sexual, que outros povos colonizadores espalharam por seus domínios.
Sim, sei: você gostaria de ter sido colonizado por holandeses, ingleses, quem sabe franceses. Coisa chique, mas foram eles que colonizaram a África do Sul, a Índia e a Argélia…
Está no seu direito. Mas, como diz um amigo, você consegue imaginar a “Garota de Ipanema” cantada em holandês? A musicalidade dos brasileiros precisou de semente mestiça para florescer.
Pena que nem tudo tenha florescido – e aqui mergulho no lado lunar. Os portugueses não foram exemplares na educação da colônia. No século 18, afirma Sérgio Buarque, milhares de livros eram publicados no México. Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipografias dos trópicos porque temia que ideias subversivas pudessem corromper a estabilidade do Brasil.
E quem fala em livros fala em educação: Sérgio relembra que, entre os anos de 1775 e 1821, 7850 bacharéis e 473 doutores e licenciados saíram com diploma da Universidade do México. Em igual período, só 720 brasileiros conseguiram a proeza (pela Universidade de Coimbra, claro).
Finalmente, existe uma herança pesada da colonização portuguesa: esse patrimonialismo que atribui ao Estado o papel de “baby-sitter” do cidadão. Isso significa que um homem assume a mentalidade de uma criança que tudo espera do Estado, desde o berço até a sepultura.
Os portugueses deixaram o Brasil há quase 200 anos, e qualquer pessoa adulta sabe que o presente do Brasil é um produto das escolhas dos brasileiros, portanto chega de desculpas.
(Folha de S.Paulo, 20.10.2015. Adaptado)
Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: O leitor tem direito
Alternativas
Q770179 Português
Este texto é referente à questão.

BRUXAS NÃO EXISTEM 

  Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de “bruxa”.
  Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!".
  Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.
  - Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.
  E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
  Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente.
  - Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.
  Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
  Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.

(SCLIAR, Moacyr. In: revista Nova Escola, seção Era uma vez. São Paulo: Abril, agosto de 2004).
Na frase “Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar”, a crase da palavra em negrito está certa, pois:
Alternativas
Q770107 Português
A síndrome das pernas inquietas
A cena é conhecida: a pessoa está se preparando para deitar, depois de um longo dia, e, neste exato momento de descanso, as pernas começam a doer, e há uma intensa vontade de balançar os membros inferiores. Trata-se da síndrome das pernas inquietas, a SPI, um problema neurológico que acomete de 5 a 10% da população, mas é pouco reconhecido.
A denominação “pernas inquietas” se refere ao fato de o indivíduo ter que movimentar as pernas para aliviar os sintomas desconfortáveis, como dor, formigamento e ardor nas pernas, do joelho para baixo, especialmente no final do dia, e que pode piorar em períodos de repouso prolongado.
Outra pista para o diagnóstico de síndrome das pernas inquietas são os movimentos periódicos dos membros, que ocorrem à noite durante o sono, e são involuntários. É bastante percebido no dia seguinte, quando se nota o excesso de bagunça nos lençóis.
Em relação a fatores que podem agravar a síndrome, destaca-se o consumo abusivo de cafeína, um dos vilões de quem sofre desta síndrome. Por outro lado, movimentar-se (caminhar ou correr) e fazer massagem nas pernas são dicas boas para aliviar estes sintomas, e muitos dos que sofrem da síndrome das pernas inquietas, nesta hora, podem contar com os parceiros de cama para auxiliar com massagens ou outras técnicas de relaxamento.
Ainda não há formas de prevenção para a síndrome das pernas inquietas, até porque uma parte grande dos casos é hereditária. A boa notícia é que há algumas medicações que podem amenizar bastante os sintomas, como remédios das seguintes classes: agonistas dopaminérgicos, anticonvulsivante e benzodiazepínico. Como sempre, o ideal é buscar orientação de um médico familiarizado com este problema, que irá sugerir a melhor opção de tratamento ao paciente, após confirmar o diagnóstico.
FELÍCIO, André. A síndrome das pernas inquietas. Blog da Saúde. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2017 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir. “Outra pista para o diagnóstico de síndrome das pernas inquietas são os movimentos periódicos dos membros, que ocorrem à noite durante o sono, e são involuntários.” Em relação ao acento indicativo de crase, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q769193 Português

Dadas as sentenças:

1. Eu me refiro à Amanda.

2. A rua vai até à praia.

Em relação ao emprego do acento indicador de crase:

Alternativas
Q769117 Português
Assinale a alternativa incorreta quanto à ocorrência ou não da crase:
Alternativas
Q768503 Português

Leia o TEXTO 05 para responder à questão a seguir.


TEXTO 05

ANDORINHA


Andorinha lá fora está dizendo:

-Passei o dia à toa, à toa.


Andorinha, andorinha, minha canção é mais triste:

-Passei a vida à toa, à toa.


BANDEIRA, M. Andorinha.José Olympio, Rio de Janeiro, 1966.


No poema de Manuel Bandeira, foi utilizado um acento grave indicativo da crase entre a preposição “a” e o artigo “a”. Assinale, entre as alternativas a seguir, a única em que a utilização do acento grave seria obrigatório na palavra sublinhada

Alternativas
Q768252 Português

Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CB2A1AAA, julgue o item a seguir.

O emprego do sinal indicativo de crase em “à capacidade dessa ciência” (l. 10 e 11) é facultativo.

Alternativas
Q768163 Português

Para responder à questão, leia a tirinha a seguir.



No primeiro quadrinho, o acento indicativo de crase em "à biblioteca" justifica-se:

Alternativas
Q767932 Português

Texto CB1A1AAA


Julgue o próximo item, referente a aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA e à sua tipologia.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal grave indicativo de crase no “a” em “fuja a determinações” (Imagem associada para resolução da questão. 22 e 23).
Alternativas
Q767804 Português

Texto CB1A1BBB



Com relação às ideias do texto CB1A1BBB e aos seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.

A supressão do acento grave, indicativo de crase, no trecho “que Claparède compara à que Copérnico realizou na astronomia” (l. 5 e 6), prejudicaria a correção gramatical do texto, dada a impossibilidade de omissão do artigo definido no contexto.

Alternativas
Q767571 Português
Atenção: A questão a seguir refere-se ao texto que abaixo.

Uma variedade de motes antigos proclama que nenhum princípio estético é capaz de especificar o belo e o feio de modo a todos contentar. “A beleza”, dizem-nos, “está nos olhos de quem a contempla.” Gosto não se discute, em suma – uma observação suficientemente antiga para possuir um original em latim e suficientemente universal para hoje contar com versões mais atualizadas no jargão popular.

A ciência, em contraste, seria supostamente um empreendimento objetivo, dotado de critérios comuns de procedimentos e padrões de evidenciação que deveriam levar todas as pessoas de boa vontade a aceitar uma conclusão documentada. Evidentemente, não nego que há uma diferença genuína entre estética e ciência nesse aspecto, pois nós descobrimos efetivamente – como um fato do mundo exterior, não como uma preferência de nosso psiquismo – que a Terra gira em torno do Sol e que a evolução ocorre, mas jamais chegaremos a um consenso acerca de Bach ou Brahms ter sido o melhor compositor (e nenhum profissional do campo da estética faria uma pergunta tão tola).

Por outro lado, também não refutaria a possibilidade de que a preferência pessoal, o cerne do juízo estético, desempenha um papel-chave na ciência. Sim, é verdade que o mundo é indiferente às nossas esperanças – o fogo arde quer queiramos ou não. Mas os nossos modos de apreender o mundo são altamente influenciados por nossos preconceitos sociais e pelas maneiras de pensar que cada ciência aplica a qualquer problema. O estereótipo do “método científico” plenamente racional e objetivo, segundo o qual os cientistas são individualmente tão lógicos (e intercambiáveis) quanto robôs, não passa de um mito criado em interesse próprio.

(Adaptado de Stephen Jay Gould. Dinossauro no palheiro. Trad. de Carlos Afonso Malferrari. S.Paulo: Cia. das Letras, 1997. p.123) 
... maneiras de pensar que cada ciência aplica a qualquer problema.
Poderia ocorrer corretamente crase depois do verbo aplica, no caso da substituição do segmento destacado por:
Alternativas
Q767341 Português
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinho e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava, na relação com as pessoas, a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade, falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.
Graciliano Ramos - Vidas Secas - excerto
Identifique abaixo as afirmativas corretas ( C ) e as erradas ( E ).
( ) A frase: “O personagem interviu na fala do companheiro” apresenta um vício de linguagem.
( ) Em: “Prefiro isso àquilo” temos um desvio da norma culta no uso da crase.
( ) Polissemia consiste em agrupar em uma palavras sensações vindas dos vários órgãos do sentido, como em “O sol de outono caía com uma luz pálida e macia”.
( ) Há a presença de parônimos na frase: “O cumprimento foi dado ao rapaz que tinha o comprimento exato daquelas paragens”.
( ) Na redação oficial, os pronomes de tratamento requerem o verbo na terceira pessoa do plural. Assim, está certa a seguinte oração: “Aguardamos que Vossa Senhoria se manifeste a respeito do nosso pedido”.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Respostas
4701: A
4702: E
4703: B
4704: C
4705: A
4706: A
4707: A
4708: A
4709: B
4710: C
4711: D
4712: B
4713: B
4714: D
4715: E
4716: A
4717: C
4718: C
4719: D
4720: C