Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q519690 Português
TEXTO I:
O fim do mundo
    A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessavam nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
      Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.
       Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.
      Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?
    Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.
     Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.
     O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos ou tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos votos de pobreza ou assaltamos os cofres públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas.          Tudo isso saberemos e muito mais dos que cabe enumerar numa crônica.
     Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, um rito de adoração.
     Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, um rito de adoração.
    Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.
   Ainda há uns dias para a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...
(Meireles, Cecília, 1901-1964. Escolha o seu sonho: (crônicas) – 26ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2005)
Prosopopeia é uma figura de linguagem que consiste na atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Assinale a alternativa que contém um exemplo de prosopopeia:
Alternativas
Q519686 Português
TEXTO I:
O fim do mundo
    A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessavam nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
      Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.
       Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.
      Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?
    Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.
     Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.
     O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos ou tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos votos de pobreza ou assaltamos os cofres públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas.          Tudo isso saberemos e muito mais dos que cabe enumerar numa crônica.
     Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, um rito de adoração.
     Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, um rito de adoração.
    Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.
   Ainda há uns dias para a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...
(Meireles, Cecília, 1901-1964. Escolha o seu sonho: (crônicas) – 26ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2005)
Metáfora é uma figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra fora do seu sentido normal, por efeito de analogia. Assinale a alternativa que contém uma metáfora:
Alternativas
Q518687 Português
                                                                TEXTO 1

                                              HORA DE MUDAR HÁBITOS

                                                                                                                    Elian Guimarães.

      O mundo de hoje é um grande desafio. Para vencer num meio competitivo é preciso ser jovem, não necessariamente de idade, mas de mente, de cabeça. São pessoas dispostas a mudar, a trazer coisas novas e a engajar em novos nichos e mercados. É importante entender que ocorre uma situação sui generis no mercado, em que são percebidos três tipos distintos de consumidor. A geração acima de 45 anos, formada por consumidores dos quais já se conhecem hábitos de compra. São mais tradicionalistas, mas já têm a certeza do que querem e vão comprar.

      Há o consumidor geração “X”, na faixa de 25 a 45 anos. É aquele que encontrou um período de transição política e cultural, de inflação alta, novos hábitos e valores. Esse consumidor, que surpreende a todo momento, já está habituado a mudanças e transformações no mercado. Hoje, há a identificação de novo consumidor, o geração “Y”, de 18 a 25 anos, totalmente diferenciado. Já nasceu num país diferente. É essencialmente tecnológico. Lida desde cedo com computador, foi alfabetizado em idade diferente das outras gerações. É consumidor que exige novos produtos e serviços dentro desse novo mercado.
   
      Quando se fala de hábito de consumo é preciso falar do consumidor. São eles que pressionam a criação e concepção de novos serviços e produtos no mercado. E o empreendedor precisa saber a hora de mudar e essas transformações precisam ser percebidas pelo consumidor. Algumas empresas persistem no modelo do passado e, com isso, vão perdendo mercado. Para não exagerar na dose, o empreendedor precisa acompanhar as tendências do momento. Transformar o pensamento em ideia. Ousar.

                                                                                     (Jornal Estado de Minas, 16/5/2010. Texto adaptado).


                                                                     TEXTO 2
                                         BRASIL: NEM X, NEM Y. GERAÇÃO XY


      A chegada da geração Y ao mundo corporativo americano já suscitou centenas de análises no Brasil sobre os melhores métodos para atrair e reter os talentos dessa safra. Não abriu, contudo, espaço para uma questão essencial e anterior: temos no País realmente contingente significativo de profissionais da geração Y, da mesma maneira característica que há nos EUA? A resposta é não.
      Jovens entre 20 e 30 anos com grande potencial de liderança, os Y, são ambiciosos, buscam dedicar-se a projetos que representem suas causas, reconhecimento e evolução rápida na carreira. Ao mesmo tempo, não lidam bem com restrições e se pautam pelo imediatismo: sem resultados palpáveis para seus projetos, tendem a dispersar.
      As características têm fundamento na própria formação dos indivíduos Y. Eles contam com um perfil diferenciado frente à média: têm fluência em diversos idiomas, foram educados para desenvolver espírito empreendedor, contam com boa formação escolar e contabilizam períodos de vivência no exterior. São muitos. Nos EUA e em algumas regiões do Brasil.
      Marcada por profissionais extremamente pragmáticos, a safra dos X reúne executivos cujas ações são orientadas pelo senso de oportunidade. São ágeis no aprendizado e bons empregados, daquele tipo que, em alguns segmentos, merecem o chamamento de “pé de bois”. Não é à toa. Eles têm como foco construir uma carreira sólida, para isso, dedicam-se ao trabalho e ao crescimento econômico, acumulam riquezas, planejam suas previdências – em grande parte por temer que seu futuro fique à mercê de incertezas econômicas que abalaram a vida daqueles que foram seus exemplos.
      Foi em meio à dedicação ao trabalho e ao crescimento econômico dos profissionais da geração X que nasceram os jovens que hoje formam a safra dos Y. Eles são, em muitos casos, os filhos que assistiram aos pais trabalharem demais, sofrer com estresse, dedicar pouco tempo a temas não-corporativos e acumular riquezas para financiar a estabilidade e a elevada qualidade de educação dos herdeiros.
      Em resumo, é possível dizer que boa parte da relação dos X com trabalho e dinheiro é o que molda hoje a postura dos Y frente à carreira, assim como o desejo deles por algo atrelado a valores, crenças e mais qualidade de vida. 

           <Disponivel em http://www.usinadoconhecimento.com.br/Acesso em 16/05/10>(Texto adaptado)
Alguns elementos de conteúdo do TEXTO 1 são retomados no TEXTO 2 sob a perspectiva da:
Alternativas
Q517784 Português
Leia o recorte do texto de Guimarães Rosa abaixo:



“Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam."

Assinale a única afirmação correta:


Alternativas
Q517730 Português
Texto I

      “Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores,  repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício : porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os  Alexandres.
                                                                       (...) 
       O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta esfera; os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento distingue muito bem São Basílio Magno. Não só são ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com mancha, já com forças roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam." (O Sermão do Bom Ladrão – Padre Antônio Vieira).
                                              Disponível em: > http://www.passeiweb.com/estudos/livros/sermao_do_...<. 
                                                                                                                              Data da consulta: 06/09/2014.

Analise os comentários a respeito de cada fragmento abaixo.



I - “Repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício'' (parte marcada no Texto I), o pronome oblíquo “o" que acompanha o verbo “repreendeu-o" retoma coesivamente a palavra ALEXANDRE.
II.Ainda com relação ao texto I, no fragmento “os outros, se  furtam, são enforcados,  estes furtam e enforcam" a parte sublinhada refere-se aos grandes ladrões, de acordo com o contexto.
III - A partir da denúncia da charge, no texto II, o voto consciente é prescindível para resolver, por exemplo, o problema da corrupção e desmandos das autoridades constituídas. IV - No fragmento do texto I “O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres" apresenta-se uma figura de linguagem bastante conhecida, intitulada antítese.

Concluímos que:
Alternativas
Q517259 Português

Leia o texto “O Retrato”, de Adélia Prado, para responder a pergunta seguinte.


Eu quero a fotografia,

os olhos cheios d´água sob as lentes;

caminhando de terno e gravata,

o braço dado com a filha.

Eu quero a cada vez olhar e dizer:

Estava chorando. E chorar.

Eu quero a dor do homem na festa do casamento,

seu passo guardado, quando pensou:

a vida é amarga e doce?

Eu quero o que ele viu e aceitou corajoso,

os olhos cheios d´água sob as lentes. 


O recurso de estilo que consiste em repetir parte da estrutura frasal, como ocorre no poema, em “Eu quero....”, quatro vezes, chama-se _______________. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
Alternativas
Q517256 Português

Leia o texto “O Retrato”, de Adélia Prado, para responder a pergunta seguinte.


Eu quero a fotografia,

os olhos cheios d´água sob as lentes;

caminhando de terno e gravata,

o braço dado com a filha.

Eu quero a cada vez olhar e dizer:

Estava chorando. E chorar.

Eu quero a dor do homem na festa do casamento,

seu passo guardado, quando pensou:

a vida é amarga e doce?

Eu quero o que ele viu e aceitou corajoso,

os olhos cheios d´água sob as lentes. 


“Amargo e doce” são sensações aplicadas à vida. Trata-se de uma figura de linguagem, conhecida como :


Alternativas
Q516958 Português

Para responder à questão , leia o trecho extraído do conto Minha gente, de Guimarães Rosa.


“Pelo rego desciam bolas de lã sulfurina: eram os patinhos novos, que decerto tinham matado o tempo, dentro dos ovos, estudando a teoria da natação. E, no pátio, um turbilhão de asas e bicos revoluteava e se embaralhava, rodeando a preta, que jogava os últimos punhados de milho [...]”

Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1972.


Para dizer que os patinhos novos eram “bolas de lã”, o autor se apoiou em aspectos comuns aos patinhos e às bolas de lã. A figura de linguagem presente nesse caso é uma:

Alternativas
Q516957 Português

Para responder à questão, leia o trecho extraído do conto Minha gente, de Guimarães Rosa.


“Pelo rego desciam bolas de lã sulfurina: eram os patinhos novos, que decerto tinham matado o tempo, dentro dos ovos, estudando a teoria da natação. E, no pátio, um turbilhão de asas e bicos revoluteava e se embaralhava, rodeando a preta, que jogava os últimos punhados de milho [...]”

Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1972.


Coloque V ou F , conforme sejam verdadeiras ou falsas as proposições abaixo, sobre os recursos expressivos empregados no texto:


( ) Metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.

( ) Denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.

( ) Metonímia, recurso expressivo em que a palavra que designa o todo é substituída pela que indica uma parte desse todo.

( ) Hipérbole, que se caracteriza por ser um exagero intencional, visando impressionar o interlocutor.

Alternativas
Q516787 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









“Os  países  que  podem  espionam  uns  aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente  democráticos  espionam  seus  próprios  cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional,  eufemismo  para  proteção  do  sistema  de  poder vigente e dos interesses econômicos  a ele atrelados." (§ 2º.) 

No  excerto  em  destaque,  o  autor  lança  mão  do  termo  “eufemismo"  porque  tal  figura de linguagem se caracteriza:


Alternativas
Q515155 Português
A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa denominada:

Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q514555 Português
Texto I

                                    Também tem de ser verde
                                          (Jennifer ann Thomas)

            A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da eficiência passou a rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia, a exemplo do petróleo, pelas renováveis. A energia solar, em especial, foi alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas que rondam as baterias: a eficiência e a sustentabilidade. Se toda a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível sustentara humanidade por 27 anos. Na prática, o que falta hoje para a adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de consumidores, para implantá-la. A startup alemã Changers achou uma boa forma de incentivo.
            A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados dentro de uma bolsa. Após quatro horas carregando no sol, uma dessas baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente para recarregara bateria de um smartphone duas vezes no dia.
            Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa postura (mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas). [...] A fundadora da Changers, Daniela Schiefer, afirma: “Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos começar de algum lugar’ e mostrar quanto é fácil adotar posturas mais conscientes”.

                                                                                                                                                  (Revista Veja, de 15/04/15 - adaptado)

Embora seja um texto informativo, é possível perceber a presença da linguagem figurada em algumas passagens da notícia acima. Assinale a única opção em que NÃO se perceba um exemplo de figura de linguagem.
Alternativas
Q514208 Português
Texto

                                       Os pobres homens ricos



      Um amigo meu estava ofendido porque um jornal o chamou de boa‐vida. Vejam que país, que tempo, que situação! A vida deveria ser boa para toda gente, o que é insultuoso é que o seja apenas para alguns.

     “Dinheiro é a coisa mais importante do mundo.” Quem escreveu isso não foi nenhum de nossos estimados agiotas. Foi um homem que a vida inteira viveu de seu trabalho, e se chamava Bernard Shaw. Não era um cínico, mas um homem de vigorosa fé social, que passou a vida lutando, a seu modo, para tornar melhor a sociedade em que vivia – e em certa medida o conseguiu. Ele nos fala de alguns homens ricos:

      “Homens ricos e aristocratas com um desenvolvido senso de vida – homens como Ruskin, Willian Morris, Kropotkin – têm enormes apetites sociais… não se contentam com belas casas, querem belas cidades… não se contentam com esposas cheias de diamantes e filhas em flor; queixam‐se porque a operária está malvestida, a lavadeira cheira a gim, a costureira é anêmica, e porque todo homem que encontra não é um amigo e toda mulher não é um romance… sofrem com a arquitetura do vizinho…”

      Esse “apetite social” é raríssimo entre os nossos homens ricos; a não ser que “social” seja tomado no sentido de “mundano”. E nossos homens de governo têm uma pasmosa desambição de governar. Vi, há tempo, um conhecido meu, que se tornou muito rico, sofreu horrorosamente na hora de comprar um quadro. Achava o quadro uma beleza, mas como o pintor pedia tantos contos ele se perguntava, e me perguntava, e perguntava a todo mundo se o quadro “valia” mesmo aquilo, se o artista não estaria pedindo aquele preço por sabê‐lo rico, se não seria “mais negócio” comprar um quadro de fulano.

      Fiquei com pena dele, embora saiba que numa noite de jantar e boate ele gaste tranquilamente aquela importância, sem que isso lhe dê nenhum prazer especial. Fiquei com pena porque realmente ele gostava do quadro, queria tê‐lo, mas o prazer que poderia ter obtendo uma coisa ambicionada era estragado pela preocupação do negócio. Se não fosse pelo pintor, que precisava de dinheiro, eu o aconselharia a não comprar.
  
      Homens públicos sem sentimento público, homens ricos que são, no fundo, pobres‐diabos – que não descobriram que a grande vantagem real de ter dinheiro é não ter que pensar a todo momento, em dinheiro…

                             (BRAGA, Rubem. 200 Crônicas escolhidas. 31ª Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.)
“Vi, há tempo, um conhecido meu, que se tornou muito rico, sofreu horrorosamente na hora de comprar um quadro.”
(5º§) Essa frase contém um exemplo de figura de linguagem denominada
Alternativas
Q513195 Português
Considerando as palavras no seu contexto específico, assinale as assertivas a seguir com V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) A palavra “magrelas” (l. 12) foi usada no seu sentido denotativo.

( ) Em “Na terra dos contos de fadas de Andersen” (l. 37) há um exemplo de perífrase.
( ) O segmento “a cidade mais populosa da Alemanha” (l. 31 e 32) é especificador de “Berlim”.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q511380 Português
Jovial

            Só em teoria podemos falar no sentido “verdadeiro” das palavras. Na prática, um vocábulo terá o significado que os falantes de uma determinada época atribuírem a ele- é simples e trágico assim. Vejam o que vem acontecendo com jovial, que significava precisamente “alegre, folgazão, divertido, espirituoso”. Derivado de Júpiter (ou Jovis), (o mesmo Zeus dos gregos), este adjetivo entrou na língua por meio das duas irmãs, a Astrologia e a Astronomia, que eram muito mais próximas na Antiguidade Clássica do que hoje. Os astrônomos romanos só conheciam, além da Terra, os cinco planetas observáveis a olho nu, todos batizados com nomes do panteão divino: Júpiter, Mercúrio, Marte, Vênus e Saturno. Ao que parece, o batismo desses planetas seguiu mais ou menos um critério de comparação de sua aparência e de seu comportamento com as características de cada divindade. Mercúrio ganhou o nome do veloz mensageiro dos deuses por causa da rapidez com que se move; Júpiter recebeu o nome do deus supremo do Olimpo por seu brilho intenso e por sua trajetória peculiar, mais lenta e majestosa que a dos planetas mais próximos. E assim por diante.
            Para os romanos, as pessoas nascidas sob a influência de um planeta deveriam apresentar as características do deus correspondente. Júpiter era visto como uma divindade feliz, exuberante, alegre- daí o adjetivo jovialis, do Latim Tardio, pai de nosso jovial e avô de jovialidade e jovializar. Apreciem, prezados leitores, a clareza do bom Morais, cujo dicionário é de 1813: “Jovial- amigo de rir, e fazer rir”! E o Machado, então? O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário: “Isidoro não se podia dizer triste, mas estava longe de ser jovial”.
            Este vocábulo e seus descendentes nada têm a ver com jovem e juventude, que vêm de família completamente diferente; no entanto, a grande semelhança entre os dois radicais (e o desconhecimento da origem mitológica de jovial) está fazendo muita gente usar um pelo outro. Todo santo dia, deparo com artigos que falam de pele jovial, roupa jovial, corte de cabelo mais jovial, onde há uma clara referência a jovem. Evolução? Não acho; a perda de uma diferença na língua sempre será um momento de luto, porque nos empobrece.

                                                                                                                        (MORENO, Claúdio. O Prazer das Palavras. p. 74)


“O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário”. 

Figura de linguagem presente no trecho transcrito na questão anterior:

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Q510757 Português
Considere o texto a seguir.

                          Pequenos tormentos da vida

De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, o azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas, como quem vai inventando preguiçosamente uma história sem fim... Sem fim é a aula: e nada acontece, nada... Bocejos e moscas. Se ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avião entrasse por uma janela e saísse pela outra!

                                                                                  (Mario Quintana. Sapato florido, 1994, p. 115)

A respeito das figuras de linguagem presentes no texto, é correto afirmar que:
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Q510498 Português
Identifique a figura de linguagem do enunciado a seguir.
“Minha vizinha é um anjo.”
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Q510172 Português
Texto 1
                              O barquinho que se tornou "O Barquinho"
                                                                                          Roberto Menescal


            Com 14 anos, ganhei um material para mergulho. Coisa muito simples, uma máscara de mergulho, um pé de pato e um canudo para respirar na superfície. Como sou capixaba, mesmo morando no Rio de Janeiro, era no Espírito Santo que passava todas as férias.
Fiquei apaixonado pelo mar e pela caça submarina, tornando-me um terrível predador, querendo caçar todos os grandes peixes que via.
            Aos 17 anos, comecei em Vitória a tocar violão, e no fim dessas férias, voltando ao Rio com essa novidade, descobri que Nara Leão, minha namoradinha nessa época, também tinha começado a tocar o instrumento em suas férias em Campos do Jordão.
            Foi uma maravilha, pois quase todas as noites eu ia a seu apartamento para tocarmos. Sempre aparecia alguém para cantar e tocar com a gente, e assim foi-se armando um grupo que em dois anos começou a compor suas músicas e se tornou o que foi chamado de "a turma da bossa nova".
            A turminha da gente de vez em quando ficava chateada comigo, pois várias vezes fugi de entrevistas e mesmo de alguns shows porque tinha pescaria marcada.
            Claro que minhas histórias de pescador, comprovadas por fotos, faziam sucesso nos nossos encontros e cada vez mais minhas músicas nasciam do mar.
            Um dia em 1961 resolvi levá-los para um passeio de fim de semana. Pegamos um barco alugado em Arraial do Cabo (RJ) e começamos nossa aventura. O dia estava lindíssimo, com águas claras e quentes, e as poucas ondas, apesar de assustarem a moçada, não prejudicaram nosso passeio.
            Comecei a mergulhar e a pegar lagostas, badejos e outros peixes, deixando de boca aberta a turma, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, o pessoal do Tamba Trio, algumas das meninas que nos acompanharam e minha futura mulher, Yara.
            Levei-os para um lugar mais raso onde todos desajeitadamente fizeram o batismo no fundo do mar. Lá pelas 15h, desligamos o motor e fomos fazer um lanche, deixando que o barco deslizasse à vontade por aquele lindo dia.
            Quando fomos ligar o motor para continuarmos o passeio, ele não quis pegar de jeito nenhum, apesar das dezenas de tentativas que fizemos, até acabar a bateria.
Claro que o pavor crescia cada vez que víamos o quanto estávamos longe da ilha. Fiquei tentando acalmar a turma enquanto tentava fazer o motor pegar, girando uma manivela.
            Para tentar mostrar que tudo ia correr bem, eu cantarolava junto ao barulho que o motor fazia nessas tentativas de funcionamento.
            De repente, perto das 18h, vimos uma grande embarcação de pesca vindo do horizonte em direção a Cabo Frio. Amarramos algumas roupas coloridas aos remos e fizemos sinais para que nos vissem.
            Em poucos minutos eles mudaram o rumo. Os pescadores vindo da Bahia nos deram todo o apoio e começaram a nos rebocar em direção ao Arraial do Cabo.
            Neste mesmo momento, Bôscoli e eu fizemos de brincadeira o verso: "O barquinho vai, e a tardinha cai", refrão que fomos cantando até nossa chegada ao cais, enfim são e salvos! No dia seguinte, no apartamento de Nara Leão em frente ao mar de Copacabana, Bôscoli me perguntou: "Beto, como foi aquela melodia que você fez ontem no barco?". Respondi cantando: "O barquinho vai, a tardinha cai".
            Ele me disse "não, essa eu me lembro, estou falando daquela quando você tentava fazer o motor pegar". "Ronaldo", falei, "não me lembro exatamente, mas foi uma coisa meio sincopada, igual ao barulho de um motor falhando, tá, tá, tá, tá...".
            Então começamos a compor esse que se tornaria nosso maior sucesso, "O Barquinho".

Disponível em:<www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/> . Acesso em: 6 de jan. 2014.  




A construção metafórica “deixando de boca aberta a turma” é usada pelo autor para enfatizar suas
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Q510079 Português
TEXTO 1

O homem, um ser criativo

Os homens, para sobreviverem em grupos tribais, tiveram que ampliar a produção de bens econômicos, tendo que buscá-los em locais cada vez mais distantes, e em números cada vez maiores. Ou então, tiveram que atender às necessidades de migração e conquista de novas terras. Para tanto, tiveram que desenvolver os meios de transporte, aplicando os conhecimentos adquiridos. Dessa forma, foram também construindo e ampliando seus territórios.

Nesses territórios, fonte de vida, os homens passaram a dominar o fogo, utilizar a fertilidade do solo, abrigar-se do frio, da chuva, do sol, construindo habitações específicas, que lhes permitissem morar nas condições próprias de cada lugar.

Disso tudo, podemos concluir que o animalzinho, frágil na visão de outros animais maiores, como o mamute, não somente sobreviveu mas, com o progresso da ciência e da técnica, ele conquistou a Terra. Tão surpreso o mamute ficaria hoje ao ver o homem deslocando toneladas de mercadorias pelos ares em gigantescos “pássaros metálicos" ou, então, enviando suas imagens pelo espaço, captadas em todos os lugares pelas fantásticas telinhas de televisão.

É tão maravilhoso ver duas pessoas frente a frente através da imagem da TV conversando uma com a outra, ao pensarmos que as mesmas muitas vezes estão separadas por quilômetros de oceanos e continentes. O mamute concluiria que esse homem é essencialmente um animalzinho criador.

Muitos e grandiosos foram os inventos da ciência e da técnica realizados pelo homem. Porém, gostaríamos de destacar aqueles que, para nós, mais diretamente contribuíram para a integração do homem com seu território: as comunicações e os transportes.

(Francisco Capuano Scarlato & Sueli Ângelo Furlan. Aldeia global. Rio de Janeiro: Editora Nacional, p. 15).

Podemos perceber uma espécie de ‘comparação’ (ou de metáfora) na expressão:
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Q509509 Português
No texto, o trecho “Nenhum de nós pode se lisonjear de não ser um criminoso relativamente a um estado social dado, passado, futuro ou possível” (linhas 8-9) é um exemplo de
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Respostas
2941: E
2942: D
2943: A
2944: A
2945: D
2946: D
2947: C
2948: E
2949: E
2950: D
2951: C
2952: C
2953: B
2954: A
2955: D
2956: C
2957: C
2958: B
2959: B
2960: C