Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q1332652 Português
Leia o texto para responder a questão.

Sou um evadido
Fernando Pessoa
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

Disponível em:http://almadepoeta.blogspot.com.br/2009/09/sou-um-evadido-poema-de-fernando-pessoa.html. Acesso: 25 de maio de 2015.
No primeiro verso da estrofe abaixo há um recurso criativo e linguístico que confere ao usuário da língua a possibilidade de se expressar com mais eficácia nos diversos contextos comunicativos. De acordo com essa afirmação, o verso destacado na estrofe apresenta qual figura de linguagem?

“Sou um evadido
Logo que nasci
Fecharam me em mim,
Ah, mas eu fugi.”
(...)
Alternativas
Q1332381 Português

Quando a tarefa de ensinar vira caso de polícia

O que era para ser uma simples reprimenda pela bagunça no corredor da escola, tornou-se caso de polícia após uma aluna partir para a agressão física contra a professora. Glaucia Teresinha da Silva bateu com a cabeça no chão, teve traumatismo craniano, ficou 15 dias no hospital e seis meses em casa até se recuperar. Isso aconteceu em 2009, numa escola pública de Porto Alegre.

Glaucia deu a volta por cima, enfrentou o medo da sala de aula, e hoje desenvolve um projeto de alfabetização que é exemplo no Rio Grande do Sul. Mas passados quatro anos do caso que ganhou repercussão nacional, a violência contra professores nas escolas se multiplicou.

Segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) em maio deste ano, 44% dos professores da rede estadual já sofreram algum tipo de violência na escola. A agressão verbal é a forma mais comum de ataque, tendo atingido 39% dos docentes, seguida de assédio moral (10%), bullying (6%) e agressão física (5%). O estudo mostra ainda que quem mais sofre violência escolar são os professores do sexo masculino que lecionam no ensino médio: 65% deles foram agredidos de alguma forma.

Professores sem autoridade e desmotivados com o quadro de abandono da carreira, pais que repassam para a escola a tarefa de educar, alunos inquietos uma sala de aula que parece ter parado no tempo e governos omissos formam a bomba-relógio da violência.

Para contar o drama de quem precisa conviver com a violência física e psicológica, o Terra ouviu relatos de educadores de todo o Brasil. Eles já levaram tapas, socos, chutes, foram ofendidos por alunos e pais. Alguns superaram o trauma, outros não conseguem voltar para a escola. Eles não querem assumir o papel de vítimas, e reconhecem que a escola precisa mudar. Mas pedem respeito, e principalmente, querem ser valorizados como professores. (Angela Chagas, para especial Terra)

“Professores sem autoridade e desmotivados com o quadro de abandono da carreira, pais que repassam para a escola a tarefa de educar, alunos inquietos uma sala de aula que parece ter parado no tempo e governos omissos formam a bomba-relógio da violência.”


No trecho sublinhado, podemos dizer que se trata de qual figura de linguagem?

Alternativas
Q1331197 Português
TEXTO 1

A publicidade sempre está um passo além.

(1) Não são poucas as vezes que, diante da televisão, dá vontade de gritar. Por exemplo, nos últimos tempos, parece que a publicidade tem-se esmerado em produzir, a cada intervalo comercial, muitos momentos desse tipo.

(2) Por pior que seja a televisão em termos de programação, a publicidade sempre consegue ser um pouco pior, sempre está a alguns passos além na direção da barbárie. E não estamos aqui falando da cafajestagem malandra dos comerciais de cerveja.

(3) Mas há um tipo de mensagem publicitária que só se pode classificar como violenta mesmo que não haja nenhuma cena que explore situações de violência. Ao contrário, são propagandas em tom “científico” ou “bem-humoradas”, cujas mensagens representam ataques graves a valores que ainda deveriam se sobrepor ao consumo.

(4) A educação das crianças é um dos alvos prediletos das ideias geniais dos publicitários. Eles sabem que a maioria dos pais não tem tempo de assumir a parte árdua da educação dos filhos. É exatamente aí que eles entram.

(5) Uma propaganda recente da marca mais conhecida de iogurte infantil, por exemplo, começa avisando que a falta de nutrientes essenciais nos primeiros estágios do crescimento pode causar sérios danos estruturais. Em seguida, um pediatra aparece em meio a seus filhos. Com a dupla autoridade de pai e de médico, informa que o produto em questão supre perfeitamente as necessidades nutricionais de uma criança em fase de crescimento. A imagem final é uma construção de blocos de madeira, cuja base é substituída por uma embalagem vazia do produto. Logo, pais, desistam da batalha árdua de fazer as crianças comerem arroz, feijão, bife e verdura. Podem dar um desses iogurtes e ir malhar!

(6) Em outra, mais engraçadinha, uma professora avisa que, antes de sair, os alunos devem entregar o trabalho “de” Pitágoras. Os alunos vão deixando sobre a mesa os trabalhos, todos impecavelmente impressos, com ilustrações coloridas, até que um deposita uma pedra chata e lisa com um diagrama do triângulo retângulo. A professora olha com espanto para o menino, que está vestido como o personagem Bambam, dos “Flintstone”, clava ao ombro, cabelos desgrenhados, rosto sujo. E ouve-se a mensagem do comercial de um provedor de conexão rápida com a internet. “Não deixe seu filho na Idade da Pedra. Relaxe: ele vai ter um jeito fácil e cômodo de dar conta de seus trabalhos escolares copiando da internet, é claro. Vocês vão poder ver tranquilos a sua série predileta de TV”.

(7) Jogando duplamente com a infantilidade – das crianças, mas também dos pais que resistem a assumir a parte “chata” da educação – a publicidade mostra sua face mais brutal.

                                                (Folha de S. Paulo, 3 de abril de 2005. Adaptado)
Considerando o contexto global em que o Texto 1 se desenvolve, é coerente o seguinte comentário:
Alternativas
Q1330091 Português

E a bolsa masculina?


    Vou a um encontro formal. Boto paletó e gravata. E começo a encher os bolsos: chaves, celular, caneta, cartões de crédito e de visita, carteira, documentos pessoais e do carro, talão, óculos de sol, lenço, iPod — ninguém é de ferro. Em minutos meu terno estufa. O botão do paletó não fecha por causa do celular. Meu traseiro fica quadrado devido aos documentos acomodados nos bolsos de trás. A calça, por causa do peso, escorrega pela barriga, que salta sobre o cinto! E minha elegância desaparece! Pior: dali a pouco tudo se confunde. Para achar algum desses itens, vasculho o interior de minhas roupas com os dedos. Vou pegar a caneta e retiro as chaves.

    O vestuário masculino tornou-se obsoleto, essa é a verdade. As sortudas das mulheres têm as bolsas. A bolsa feminina equivale à caixa-preta do avião. Só se sabe o que há lá dentro após uma investigação minuciosa. São itens variados, que vão de maquiagem a tíquetes de passagens antigas e fotos de entes queridos amassadas. Mas é confortável. A proprietária de uma bolsa enfia o que quiser lá dentro. Resgata quando houver necessidade. Mesmo se for preciso espalhar o conteúdo no sofá. E, em casos extremos, chamar o Corpo de Bombeiros!

    A bolsa masculina já esteve em moda. Não me refiro à época dos hippies barbudões com horrendos artefatos de couro cru e sandálias nos pés. Houve um tempo em que homens usavam bolsas elegantes. Recheadas de inutilidades, mas, apesar dessa contradição, úteis. Grandes grifes ainda produzem bolsas masculinas. Poucos as usam.

    As pochetes são práticas, mas ganharam fama de cafonas. Confesso: tenho horror! Existe imagem mais brega do que a de um barrigudo com o botão aberto no umbigo e uma pochete estufada no cinto?

    Os executivos preferem as pastas. Elas costumam oferecer compartimentos para laptop, documentos variados, bloco de notas, remédios, três ou quatro celulares, enfim... tudo! Tais quais as bolsas femininas, abrigam mistérios. Só são esvaziadas de tempos em tempos, diante de uma ameaça de divórcio, por exemplo. Com frequência, moscas, vespas e até aranhas secas são encontradas entre a papelada.

    Pastas são sérias demais. Não combinam com um jeans informal, uma camiseta leve e tênis. E o pior: é muito fácil esquecê-las. Ou vê-las arrebatadas pelas mãos de um larápio. Hoje em dia, perder um laptop ou celular pode se transformar em prejuízo irremediável. Vão embora os contatos comerciais, endereços, enfim... a vida toda!

    Alguns preferem mochilas. Executivo de terno e gravata com mochilinha de lona nas costas é uó. Livros, laptop, documentos, perfumes, desodorantes, cuecas limpas e até sujas no caso de viagens rápidas lutam para se acomodar dentro da lona. Eu já imagino: o executivo marca uma reunião com o presidente de um banco para pedir um empréstimo. Vai pegar o laptop para mostrar o projeto. E retira uma cueca, a escova e a pasta de dentes!

    Os papas da moda masculina vivem discutindo o número de botões de paletós, a largura das lapelas, se as barras são para dentro ou fora. Redesenham relógios que se tornam cada vez mais inúteis em um mundo onde se veem as horas no celular. Mas ninguém propõe uma solução radical para a roupa do homem.

    A volta da bolsa é apenas um item. Enquanto a moda feminina evolui e se transforma a cada ano, a masculina marca passo. Olho as vitrines dos shoppings e tudo é semelhante ao ano passado. Fico pensando: quando algum estilista oferecerá uma mudança radical, capaz de fazer a cabeça de todos nós e tornar o traje masculino realmente prático e confortável?  



(Walcyr Carrasco)

Observe as proposições seguintes:


I. A linguagem do texto divide-se em culta (de acordo com normas gramaticais) e coloquial (conforme o estilo do texto).

II. Quanto à função, predomina a Emotiva (ou Expressiva), pois são enfatizadas as impressões e as emoções de quem escreve, centralizando a linguagem no “eu”.

III. Sobre as figura de linguagem, estão presentes uma Catacrese (“A bolsa feminina equivale à caixa-preta do avião.”) e uma Sinestesia (“Vão embora os contatos comerciais, endereços, enfim... a vida toda!”).

IV. De acordo com a Reforma Ortográfica, a palavra “veem” (grifada no texto) obedece às regras gramaticais em vigência.


Pelo proposto acima, temos como CORRETA(S):

Alternativas
Q1329843 Português

Texto para a questão


O AÇÚCAR

Ferreira Gullar


O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro

e afável ao paladar

como beijo de moça, água

na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.


Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

dono da mercearia.

Este açúcar veio

de uma usina de açúcar em Pernambuco

ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.


Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso

no regaço do vale.


Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos

plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.


Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. 

A última estrofe do poema estabelece relações entre o açúcar, as usinas e os homens que nelas trabalham. Assinale a alternativa que contém a figura de linguagem predominante nessa estrofe:
Alternativas
Q1329540 Português
Todo texto é uma sequência de informações: do início até o fim, há um percurso acumulativo delas. Às informações já conhecidas, outras novas vão sendo acrescidas e estas, depois de conhecidas, terão a si outras novas acrescidas e, assim, sucessivamente. A construção do texto flui como um ir-e-vir de informações, uma troca constante entre o dado e o novo.

(Ubirajara Inácio de Araújo) 
Em relação à função da linguagem, a leitura apresentada caracteriza-se como:
Alternativas
Q1327064 Português
Texto para a questão
A vida e as estações


Eu queria que a vida fosse dividida em quatro estágios, mas que não acabasse nunca.
A infância é como a primavera. É pura novidade e um calor que não sufoca nem faz pensar bobagens. Tem uma inocência quase cafona, uma singeleza clássica, e traz no íntimo a certeza de que pela frente vem coisa boa. A gente quer que passe logo, mas sabe que nunca mais será tão protegido, a mordomia não será
eterna. É quando as coisas acontecem pela primeira vez, é quando num arbusto verde vemos surgir alguns vermelhos, é surpresa, a primeira de uma série. A adolescência é como o verão. Quente, petulante, libidinosa.
Parece que não vai haver tempo para fazer tudo o que se quer e o que se teme. É musical e fotogênica. Dúvidas, dúvidas, dúvidas em frente ao mar.
Mergulha-se no profundo e no raso. Pouca roupa, pouca bagagem. Curiosidade. Vontade que dure para sempre, certeza de que passa.
Noção do corpo. Festas e religião. Amor e fé.
A maturidade é como o outono. Um longo e instável outono,
que alterna dias quentes e frios, que nos emociona e nos gripa. Há mais beleza e o ar é mais seco, porém é quando se colhem os melhores abraços. Ficar sozinho passa a não ser tão aterrorizante. Fugimos para a praia, fugimos para a serra, as ideias aprendem a se movimentar, a fazer a mala rápido, a trocar de rota se o desejo se impuser, e não é preciso consultar o pai e a mãe antes de errar. É o outono que tentamos conservar.
O inverno é como a velhice. Tem sua beleza igualmente, exige lã, bolsa de água quente, termômetro e uma janela bem vedada. O que não queremos que entre? Maus presságios. O inverno é frio como despedida de um grande amor, mas sabemos que tudo voltará a ser ameno. Queremos que passe, temos medo que termine. Ficar sozinho volta a ser aterrorizante. O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho. E, de repente, também passa.
Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite.
Eu queria.
Martha Medeiros
No parágrafo em que fala sobre a velhice, Martha Medeiros declara: “O inverno é como a velhice. (...) é frio como despedida de um grande amor (...). O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho. E, de repente, também passa”. Considerando esse contexto, é possível perceber que a autora suaviza as características da velhice no tom poético do inverno. Isso confirma que o parágrafo em questão é marcado por uma figura de linguagem, denominada:
Alternativas
Q1327063 Português
Texto para a questão
A vida e as estações


Eu queria que a vida fosse dividida em quatro estágios, mas que não acabasse nunca.
A infância é como a primavera. É pura novidade e um calor que não sufoca nem faz pensar bobagens. Tem uma inocência quase cafona, uma singeleza clássica, e traz no íntimo a certeza de que pela frente vem coisa boa. A gente quer que passe logo, mas sabe que nunca mais será tão protegido, a mordomia não será
eterna. É quando as coisas acontecem pela primeira vez, é quando num arbusto verde vemos surgir alguns vermelhos, é surpresa, a primeira de uma série. A adolescência é como o verão. Quente, petulante, libidinosa.
Parece que não vai haver tempo para fazer tudo o que se quer e o que se teme. É musical e fotogênica. Dúvidas, dúvidas, dúvidas em frente ao mar.
Mergulha-se no profundo e no raso. Pouca roupa, pouca bagagem. Curiosidade. Vontade que dure para sempre, certeza de que passa.
Noção do corpo. Festas e religião. Amor e fé.
A maturidade é como o outono. Um longo e instável outono,
que alterna dias quentes e frios, que nos emociona e nos gripa. Há mais beleza e o ar é mais seco, porém é quando se colhem os melhores abraços. Ficar sozinho passa a não ser tão aterrorizante. Fugimos para a praia, fugimos para a serra, as ideias aprendem a se movimentar, a fazer a mala rápido, a trocar de rota se o desejo se impuser, e não é preciso consultar o pai e a mãe antes de errar. É o outono que tentamos conservar.
O inverno é como a velhice. Tem sua beleza igualmente, exige lã, bolsa de água quente, termômetro e uma janela bem vedada. O que não queremos que entre? Maus presságios. O inverno é frio como despedida de um grande amor, mas sabemos que tudo voltará a ser ameno. Queremos que passe, temos medo que termine. Ficar sozinho volta a ser aterrorizante. O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho. E, de repente, também passa.
Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite.
Eu queria.
Martha Medeiros
Em: “A maturidade é como o outono”, registra-se a presença de uma figura de linguagem que também se repete em outras passagens do texto. O nome dessa figura de linguagem é:
Alternativas
Q1326559 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto abaixo e responda à questão.


Tempos modernos ?

O que acontece quando uma pessoa que vive à caça da informação em tempo real, cidadã de Nova York, se vê completamente desconectada, presa entre dunas do maior deserto do mundo?

    O Sahara talvez seja como a própria tristeza: aqui não há começo nem fim. Não se sabe onde nasce o céu ou onde morre o horizonte. E para mim, que moro em Manhattan, aquela ilha apertada, com começo, meio, fim e gente, muita gente, passar uma noite aqui, nesta imensidão, é como pousar na Lua. No deserto, quem manda é o silêncio. Ele nos cala. E é ele que nos faz sentir o quão longe estamos de tudo o que conhecemos e o quão perto estamos do que somos. [...].
     Sahara, em árabe, quer dizer deserto. Aqui, sente-se a vida mais longa, estirada – e as noites mais curtas. Imponentes e magistrais, as dunas nos intimidam. São gigantes de areia cujo tamanho não conseguimos decifrar. Dizem, porém, que algumas chegam a 159 metros de altura. [...].
     Esta vastidão faz parte de poemas, lendas e batalhas dos tuaregs, povos tribais que até hoje fazem daqui a sua terra. É impressionante como eles sabem onde é norte, sul, e como calculam as distâncias, guiando-se pelas estrelas. É como se, para eles, tudo fosse sinalizado, como se houvesse placas por todos os lados neste mar de areia. [...] Nesta noite, aqui no deserto, celebro dez anos do dia em que cheguei a Nova York. Dez anos. O tempo voou e eu nem percebi. Agora, ele está congelado, petrificado. Ironicamente, foi preciso um deserto para tamanha façanha.
(MENAI, T. Trip. Ano 19, n.º 140.) 
Na composição de um texto, as figuras de linguagem são recursos estilísticos muito importantes. Sobre figuras presentes nesse texto, assinale a alternativa que apresenta correta correlação entre a figura dada e o trecho do texto.
Alternativas
Q1326127 Português
Leia com atenção: I – A cidade amanheceu sob um dilúvio; II – Ela come como um elefante. Sobre os itens acima:
Alternativas
Q1326051 Português
Leia o texto “Lembrança Rural”, de Cecília Meireles e responda a pergunta seguinte:
Chão verde e mole. Cheiros de selva. Babas de lodo.  A encosta barrenta aceita o frio, toda nua.  Carros de bois, falas ao vento, braços, foice.  Os passarinhos bebem do céu pingos de chuva.  Casebres caindo, na erma tarde; nem existem na história
do mundo. Sentam-se à porta as mães descalças. É tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é
triste.  A roupa da noite esconde tudo, quando passa...  Flores molhadas. Última abelha. Nuvens gordas.  Vestidos vermelhos, muito longe, dançam nas cercas.  Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de
bronze.  Debaixo da ponte, a água suspira, presa...  Vontade de ficar neste sossego toda a vida:  Bom para ver de frente os olhos turvos das palavras,  para andar à toa, falando sozinha, enquanto as formigas
caminham nas árvores...

Podemos notar que no poema, o eu-lírico descreve uma paisagem, usando recursos diferentes para isso, um deles são chamados de figuras de linguagem. Observe os trechos grifados no texto e identifique a figura de linguagem utilizada nessas marcações. 
Alternativas
Q1325616 Português

Gastei uma hora pensando um verso

Que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro

Inquieto, vivo.

Ele está cá dentro

E não quer sair.

Mas a poesia deste momento

Inunda minha vida inteira.

Carlos Drummond de Andrade. “Poesia”, In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.

É exemplo de metonímia o verso “Que a pena não quer escrever”. O mesmo recurso expressivo aparece em:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2019 - IF-PE - Nível Médio |
Q1325442 Português

O TEXTO 5 está inserido no movimento literário Poesia Marginal. Leminski, como outros poetas, substituíram os meios tradicionais de circulação por meios alternativos, ficando à margem do mercado editorial, o que os deixou conhecidos como “poetas marginais”. Eles abordam, comumente, temas cotidianos com sarcasmo, humor e ironia, e utilizam uma linguagem coloquial e espontânea. Considerando essa explicação, leia o TEXTO 5 para responder a questão.

TEXTO 5

BEM NO FUNDO

Paulo Leminski

No fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto


a partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela

— silêncio perpétuo


extinto por lei todo o remorso,

maldito seja quem olhar pra trás,

lá pra trás não há nada,

e nada mais


mas problemas não se resolvem,

problemas têm família grande,

e aos domingos

saem todos a passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas.


RIBEIRO NETO, A. (Org.) Poesia Marginal – Antologia Poética: Geração Mimeógrafo – Anos 1970. Universidade Federal da Paraíba, PB, 2018. Disponível em:<http://www.cchla.ufpb.br/dlcv/contents/documentos/banco-de-textos/amadorrnetoorgantpoesia-marginal.pdf> . Acesso em: 26 out. 2019

Assinale a alternativa que contém a figura de linguagem utilizada para caracterizar os problemas na última estrofe.
Alternativas
Q1325356 Português
INSTRUÇÃO: Leia o Texto 01, com atenção, e responda à questão.

texto1.png (732×437)
texto2.png (729×664)
QUINTANILHA, Leandro. Vida a dois. Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/capa/vida-a-dois.phtml#.WZbfuj6GMdU>. Acesso em: 18 ago. 2017. Adaptado.
O texto permite-nos inferir uma metáfora que o sintetiza. Assinale a alternativa que melhor exprime essa metáfora.
Alternativas
Q1324518 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão

Sem novidades no front

    Esperava que o marido voltasse da guerra. Durante os primeiros anos, quando ele certamente não chegaria, preparou compotas. Depois, a partir do momento em que o regresso se tornava uma possibilidade iminente, assou pães, e a cada semana uma torta de peras, enchendo a casa com o perfume açucarado que, antes mesmo do seu sorriso, lhe daria as boas-vindas.
    Um dia chegou o vizinho da frente. No outro chegou o vizinho do lado. E seu marido não chegou. Voltaram os gêmeos morenos. Voltaram os três irmãos louros. E seu marido não voltou. Aos poucos, todos os homens da pequena cidade estavam de volta às suas casas. Menos um. O seu.
    Paciente, ainda assim ela espanava os vidros de compotas, abria em cruz a massa levedada, e descascava peras.
    Há muito a guerra havia terminado, quando a silhueta escura parou hesitante frente ao seu portão. Antes que sequer batesse palmas, foi ela recebê-lo, de avental limpo. E puxando-o pela mão o trouxe para dentro, fez que lavasse o rosto na pia mesmo da cozinha, sentasse à mesa, enfim um homem no espaço que a ele sempre fora dedicado.
    Encheu-lhe o copo de vinho, serviu-lhe a fatia de torta. Profunda paz a invadia enquanto o olhava comer esfaimado. E esforçando-se para não perceber que aquele não era o seu marido, começou a fazer-lhe perguntas sobre o front.
"Depois, a partir do momento em que o regresso se tornava uma possibilidade iminente, assou pães, e a cada semana uma torta de peras, enchendo a casa com o perfume açucarado que, antes mesmo do seu sorriso, lhe daria as boas-vindas."
Esse trecho contém a figura de linguagem “sinestesia” porque há
Alternativas
Q1324235 Português
LEIA OS TEXTOS A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO
Texto 1 – questão


Em ‘“o pequeno ajardinado que circula o pé das árvores nas calçadas”’ (l. 25), o trecho sublinhado contém um(a)
Alternativas
Q1323662 Português

Leia o texto para responder a questão.


“Quando hoje acordei, ainda fazia escuro

[...]

Chovia.

Chovia uma triste chuva de resignação.

Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.” 

Nos versos de Manuel Bandeira: Chovia uma triste chuva qual é figura de linguagem predominante?
Alternativas
Q1323498 Português
Tocando em frente
Almir Sater

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
[...]
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
[...]
Considerando as Figuras de Linguagem, na estrofe, a seguir, qual é a figura predominante?
“Ando devagar Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais” 
Alternativas
Q1322162 Português
Assinale a alternativa em que há o emprego da figura da comparação.
Alternativas
Q1321872 Português
Ao fazer sua defesa, diante de uma juíza de direito, Ana declarou: Senhora juíza, eu sou uma grande mentirosa. Assim, a declaração de Ana à juíza é uma estrutura lógica que utiliza a figura
Alternativas
Respostas
1801: B
1802: B
1803: B
1804: A
1805: D
1806: A
1807: B
1808: C
1809: A
1810: A
1811: C
1812: C
1813: C
1814: B
1815: A
1816: B
1817: B
1818: A
1819: C
1820: D