Questões de Concurso Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português

Foram encontradas 3.579 questões

Q1043 Português
Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:
Alternativas
Q937 Português
Instruções: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

"A batalha para alimentar a humanidade acabou.
Centenas de milhões vão morrer nas próximas décadas, apesar
de todos os programas contra a fome", escreveu o biólogo
americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional, de
1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava
a assustadores 3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente
para alimentar todas elas.


Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles
programas contra a fome daria certo. Era a Revolução Verde,
um movimento que começou nos anos 40. O revolucionário ali
foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram os
fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX,
esses compostos químicos permitiam maior crescimento das
plantas, com três nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e
fósforo. A segunda novidade eram os pesticidas e herbicidas
químicos, capazes de destruir insetos, fungos e outros inimigos
das lavouras com uma eficiência inédita.

E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla,
a produtividade das lavouras cresceu exponencialmente.
Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa com o que cresce
em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários 20 mil.


A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou
seu preço. Os restos de fertilizantes, por exemplo, tendem a
escapar para rios e lagos próximos às plantações e chegar à
vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e, quando
finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da
água, sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles
não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras,
mas também contra borboletas, pássaros e outras formas de
vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica minguada e,
quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos
alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas.
Diante disso, muitos consumidores partiram para uma alternativa:
os alimentos orgânicos, que ignoram os pesticidas e
fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à natureza.

(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro
2006, p.90-92)
A segunda novidade eram os pesticidas e herbicidas químicos... (2º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima está na frase:
Alternativas
Q887 Português

Saiba mais sobre nossos serviços, acessando o site www.com.br

O verbo grifado em cada uma das alternativas, que está flexionado de maneira idêntica à do verbo também grifado na frase acima, é:

Alternativas
Q874 Português
Atenção: As questões de números 1 a 8 apóiam-se no texto
apresentado abaixo.

Rios caudalosos e lagos deslumbrantes, cachoeiras e
corredeiras, cavernas, grutas e paredões. Onças, jacarés, tamanduás,
capivaras, cervos, pintados e tucunarés, emas e
tuiuiús. As maravilhas da geologia, fauna e flora do Brasil Central
reunidas em três ecossistemas únicos no mundo - Pantanal,
Cerrado e Floresta Amazônica
?, poderiam ser uma abundante
fonte de receitas turísticas. Mas não são, e os Estados da
região agradecem.
Para preservar seus delicados santuários ecológicos, o
Centro-Oeste mantém rigorosas políticas de controle do turismo,
com roteiros demarcados e visitação limitada. Assim é feito
em Bonito, município situado na Serra da Bodoquena, cujas
belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades
do turismo.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, Novo mapa do Brasil,
H16, 20 de novembro de 2005)
O verbo flexionado corretamente está grifado na frase:
Alternativas
Q389 Português
Está inteiramente correta a articulação entre os tempos e modos verbais da frase:
Alternativas
Q241 Português
Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)
Quanto à forma dos verbos e à correlação entre os tempos e os modos empregados, está inteiramente correta a frase:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: Unesc Órgão: FLAMA-SC Prova: Unesc - 2019 - FLAMA-SC - Geólogo |
Q1025566 Português
Nas eleições de 2018 foram comuns as fake news, ou seja, notícias falsas criadas para confundir ou atrapalhar os eleitores. Tomadas como verdadeiras, provocaram problemas aos candidatos que tinham que a todo momento explicar o que era mentira e o que era verdadeiro do que estava sendo veiculado. Na língua isso também pode acontecer. Leia com atenção as afirmações abaixo. Uma delas é uma notícia falsa. Assinale-a.
Alternativas
Q108597 Português
Assinale a alternativa que apresenta INCORREÇÃO.
Alternativas
Q53298 Português
É preciso corrigir a flexão de uma forma verbal em:
Alternativas
Q24809 Português
Crimes hediondos

É correta a disposição do Ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, de aperfeiçoar a Lei de Crimes Hediondos, de
modo a permitir que condenados com base nesse diploma
tenham direito à progressão da pena, isto é, ao abrandamento
das condições de encarceramento.

Mais do que um instrumento efetivo para combater a
criminalidade, a referida Lei, de 1990, foi uma tentativa até certo
ponto açodada do Legislativo de dar uma resposta aos justos
anseios da população por mais segurança. O problema é que
essa legislação, que pode ser resumida como o endurecimento
das penas e do regime de prisão para certos crimes, não
apenas é pouco eficaz para conter a violência criminosa como
ainda gera uma série de efeitos colaterais contraproducentes.
Para começar, ela cria distorções na proporcionalidade entre
delitos e penas. (...)

No mais, a Lei, ao manter por mais tempo o condenado
nos presídios, contribui para a superpopulação das cadeias. Ela
também tira das autoridades carcerárias um instrumento de
controle do detento, que é a possibilidade de recompensá-lo
com a redução da pena por bom comportamento.
Defender uma revisão na Lei de Crimes Hediondos não
significa de modo algum ser leniente com a criminalidade, que
precisa ser combatida com energia pelo poder público. O
melhor remédio contra a violência é justamente a virtual certeza
de que todos os que cometerem crimes serão punidos. E isso,
infelizmente, não existe no Brasil, onde ainda se faz necessário
avançar na formação de uma polícia moderna e eficaz, que
elucide delitos e capture seus perpetradores. É esse o caminho
a seguir, ao lado de medidas de prevenção.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, 12 de agosto de 2004, A2)
O verbo flexionado de forma INCORRETA está grifado na frase:
Alternativas
Q9447 Português
COMO NAVEGAR EM ALTO MAR

A família Schürmann ficou conhecida no Brasil pelas
viagens que fez pelo mundo a bordo de seu veleiro. Como
um de seus membros, posso dizer que vivemos
incontáveis aventuras, mas descobrimos que o nosso
projeto ia além da busca por novas culturas e desafios.
Percebemos que diariamente vivíamos a realidade – e
até mesmo o sonho – de muitos empresários. Aprendemos
na prática o que empresas e executivos procuram
aprimorar no seu dia-a-dia, como, por exemplo, reagir em
situações adversas, enfrentar desafios e transformá-los
em oportunidades, tomar decisões para administrar um
empreendimento com sucesso e conviver em equipe.
Em nossas palestras, procuramos destacar que o
barco a vela é uma excelente ferramenta para fazer uma
analogia com as empresas. Nós vivemos durante 20 anos
dentro de um veleiro de 44 metros quadrados. Para que
tudo desse certo nessas condições, foi preciso um bom
planejamento, uma tripulação unida e perseverança para
enfrentar as mais inesperadas situações. As empresas
passam por problemas similares. Veja alguns deles:
• Quando nos deparávamos com um mar tempestuoso,
procurávamos enfrentá-lo com firmeza. A
análise das condições meteorológicas através de
mecanismos de informações, como satélite, barômetro
e formações de nuvens nos ajudava a prever
a dimensão da situação. Com esses dados em
mãos, tudo ficava mais fácil e previsível. Tínhamos
também uma tripulação bem treinada. Numa empresa
é a mesma coisa. Você precisa utilizar os
recursos tecnológicos e intelectuais disponíveis para
cada uma das situações. E, para se sentir seguro,
não há nada melhor do que promover treinamentos
periódicos e sistemáticos.
• Sempre que estamos no mar, temos de ajustar
constantemente a embarcação, regular as velas,
revisar os materiais e preparar a tripulação. É importante
administrar riscos em situações de pressão
e tomar decisões rápidas nos momentos difíceis.
[...]
• Os ventos fortes sempre forçam o velejador a fazer
mudanças de rumo, mas ele nunca esquece que o
objetivo precisa ser alcançado. Tem de encontrar
soluções e fazer o barco se mover com rapidez e
segurança na tempestade. Para isso, deve contar
com uma tripulação unida, em que cada um cumpre
bem o seu papel.
Para que tudo siga o planejado, é preciso investir em
comunicação. Em um veleiro oceânico, assim como nas
empresas, a comunicação é fator crítico para o sucesso.
Essas são algumas das lições preciosas que aprendemos
em alto-mar. Acredite sempre em dias melhores.
Nem mesmo quando perdemos os nossos mastros em
meio a uma tempestade na Nova Zelândia e ficamos dias
à deriva deixamos de acreditar. O segredo foi estarmos
preparados para superar momentos difíceis e tensos como
aquele.
SCHÜRMANN, Heloisa, Revista Você S/A, Ago. 2004.
Dos verbos apresentados a seguir, o que pode ser conjugado em todas as pessoas do presente do indicativo é:
Alternativas
Ano: 2006 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Provas: CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Analista de Sistemas Pleno - Engenharia de Software | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Analista de Sistemas Pleno - Infra-estrutura | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Analista de Sistemas Pleno - Processos | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Advogado | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Contador Júnior | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Analista de Transporte Marítimo Júnior | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Dentista | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Analista de Comércio e Suprimento Pleno – Gás e Energia | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Engenheiro Civil | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Equipamento Pleno - Inspeção | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Equipamento Pleno - Eletricidade | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Equipamento Pleno - Mecânica | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Bibliotecário Documentalista | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Telecomunicações Júnior | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Segurança Pleno | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Telecomunicações Pleno | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Médico | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Médico nutrologista | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Processamento Júnior | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Químico de Petróleo Júnior | CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Administrador | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Equipamento Pleno - Eletrônica | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Engenheiro de Equipamento Júnior - Mecânica | CESGRANRIO - 2006 - Petrobrás - Arquiteto |
Q1766 Português
O verbo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo NÃO está grafado corretamente em:
Alternativas
Q3025317 Português

Leia atentamente o poema Legado, de Carlos Drummond de Andrade, escritor brasileiro, para responder à questão.


Legado
Que lembrança darei ao país que me deu
tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?
Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu
minha incerta medalha, e a meu nome se ri.


E mereço esperar mais do que os outros, eu?
Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,
a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.


Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
uma voz matinal palpitando na bruma
e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.


De tudo quanto foi meu passo caprichoso
Na vida, restará, pois o resto se esfuma,
Uma pedra que havia em meio do caminho.


(ANDRADE, Carlos Drummond de, Claro enigma, São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 19.) 

No verso “Que lembrança darei ao país que me deu”, o verbo destacado está conjugado:
Alternativas
Q2564324 Português
Texto para a questão.


Estátua clássica de Hércules com quase 2.000 anos é encontrada na Grécia



Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/estatua-classica-de-hercules-com-quase-2-000-anos-e-encontrada-na-grecia/
“Arqueólogos descobriram os restos de uma estátua clássica com mais de 1.800 anos na antiga metrópole de Filipos, no nordeste da Grécia. Os arqueólogos explicam que as estátuas costumavam decorar edifícios e espaços públicos em Constantinopla, agora Istambul, na Turquia; Hércules é um herói da mitologia grega, filho de Zeus e da mortal Alcmena” (linhas 1 a 3).
Assinale a alternativa que contém a correta classificação dos tempos e modos verbais destacados conforme aparecem no excerto.
Alternativas
Q2484793 Português
Texto 03: 

“UNABOMBER” É UMA DAS VÍTIMAS DA MÍDIA

        A sociedade industrial moderna impôs condições insuportáveis ao ser humano: densidade demográfica excessiva, separação entre o homem e a natureza, rapidez extrema das transformações sociais.
        Os conservadores se queixam da decadência dos valores tradicionais, mas apoiam entusiasticamente o progresso tecnológico e o crescimento econômico.
        Nunca lhes ocorre que não se pode operar transformações drásticas na tecnologia e na economia de uma sociedade sem provocar transformações velozes em outros aspectos da sociedade também, e que tais transformações levam inevitavelmente à ruptura dos valores tradicionais.
        Os esquerdistas se identificam profundamente com os problemas de grupos que transmitem imagens de fracos e derrotados; é por masoquismo que se identificam com tais problemas. 
        Não escrevi os três parágrafos acima. Reproduzo trechos do manifesto feito pelo terrorista Unabomber, publicado pelo "Washington Post" nesta semana.
        Unabomber já matou 3 pessoas, por meio de cartas-bomba. Age desde 1978. Exigiu que o "Washington Post" e o "New York Times" publicassem um manifesto de sua autoria (um caderno especial de oito páginas), comprometendo-se, em troca, a não matar mais ninguém.
        Os dois jornais cederam à chantagem, obedecendo aliás a instruções do governo americano. Ambos racharam os gastos com a publicação do manifesto, que por razões técnicas só pôde ser reproduzido integralmente pelo "Washington Post".
        O caso é espantoso sob vários aspectos, mas o mais espantoso de todos é o fato de que as ideias de Unabomber, pelo menos os trechos traduzidos pela Folha na quarta-feira, não têm nada de maluco ou de demente.
        São, ao contrário, de grande sensatez. Um terrorista sensato: só isso é o que faltava para a loucura mundial.
        Criticar o avanço tecnológico, os extremos da densidade demográfica, a ingenuidade dos conservadores, como nos trechos que reproduzi no começo do artigo, pode ser uma atitude polêmica, pode suscitar discussões ou dúvidas, mas não é sintoma paranoico nem loucura.
        Unabomber vê com preocupação os avanços da tecnologia. Nota que a sociedade industrial é patológica, doente. Critica os conservadores com inteligência. Desconfia, nietzscheanamente, dos motivos ocultos atrás do esquerdismo.
        Não que eu concorde com o que ele diz. Mas só o fato de ele ter produzido um texto com o qual se possa debater já é admirável.
        Unabomber se revela um discípulo de Rousseau, de Nietzsche, de Thoreau; nota o desajuste entre natureza e sociedade. Nota o que talvez seja um dos problemas mais graves da sociedade contemporânea: o avanço tecnológico, destinado a dar mais conforto à humanidade, termina tornando a vida ainda mais insuportável.
        Alguns exemplos. Um carro foi feito para levar as pessoas mais depressa de um ponto a outro da cidade. É uma grande invenção. Mas por isso mesmo todo mundo compra um carro, e termina engarrafado. Tudo é feito para economizar tempo. Teoricamente, um computador eliminaria as filas de bancos. Mas acontece que um computador, quando quebra, impõe o caos e filas quilométricas.
        Mais grave: os esforços no sentido de melhorar a tecnologia, de ganhar tempo acabam por ocupar a mão-de-obra disponível de forma frenética. 
            O executivo ganha tempo ao falar no telefone celular, ao mexer em seu computador – e vive se queixando de falta de tempo. Seu lazer é cronometrado: nada melhor, então, que entrar no drive-through do McDonald's, com o celular em punho, para "ganhar tempo". Só que ele não "ganha tempo", numa sociedade em que o tempo está sempre se acelerando. Ele apenas se adapta às novas exigências da eficácia moderna.
            A tecnologia tinha tudo para trazer felicidade à espécie humana, mas o ambiente social nada mais fez senão frustrar essa utopia.
            O terrorista Unabomber está certo em seu descontentamento. Mas é também um louco e um assassino. Como entender essa contradição? 
        Tenho a seguinte hipótese. O grande problema de Unabomber não é a sociedade tecnológica, os conservadores ou a esquerda. Acho que ele sofre de solidão política. É uma vítima dos meios de comunicação. Trata-se, talvez, de um caso radicalizado daquelas pessoas que mandam cartas para jornais. Falei delas há pouco tempo. Criticam ou adoram, insultam ou enaltecem os colunistas e comentaristas; psicologicamente, encontram nos meios de comunicação um reflexo ou um antirreflexo de tudo o que pensam.
        É um novo tipo de excluído: não o operário destituído dos meios de produção, mas o pensador rejeitado pelos meios de comunicação. A mídia contemporânea tem uma forma, um ambiente de totalitários.
        Minha modesta opinião, assim como a de Arnaldo Jabor, Antônio Callado ou Fernando Gabeira, assumem involuntariamente um caráter totalitário, profético, definitivo, o que é irritante ou insultuoso para o leitor comum.
        Unabomber radicaliza essa ideia do leitor comum. É capaz de matar, pelo simples fato de que não dizem o que ele gostaria de dizer. Mas sua mensagem ideológica é menos importante do que a vontade de ser criminoso e chantagista. Suas ideias são até certo ponto corretas, mas ao mesmo tempo são sintomas de sua frustração.

(Texto de Marcelo Coelho. Adaptado do Original. Disponível emhttps://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/9/22/ilustrad a/23.html).
Na frase “Teoricamente, um computador eliminaria as filas de bancos. Mas acontece que um computador, quando quebra, impõe o caos e filas quilométricas” podemos dizer corretamente que os termos sublinhados estão em que tempo e modo verbal, respectivamente?
Alternativas
Q2441652 Português
O texto abaixo deve ser lido com atenção para responder à questão:

Na amurada da escuna

    Naquela noite avistamos terra logo após o anoitecer, e a escuna tomou aquela direção. Montgomery deu a entender que era para ali que se dirigia. Estávamos muito longe para poder vê-la em detalhe; a meus olhos, parecia apenas uma longa faixa azulada de encontro à tonalidade azul acinzentada do mar. Dali se elevava uma coluna quase vertical de fumaça que se dissipava no céu.

    O capitão não estava no convés quando a avistamos. Depois de ter despejado sobre mim sua fúria ele havia descido aos tropeções, e ouvi alguém comentar que estava dormindo no chão da própria cabine. O imediato havia assumido o comando; era aquele indivíduo magro e taciturno que eu já vira à roda do leme. Aparentemente, também ele detestava Montgomery, e não dava o menor sinal de perceber nossa presença ali. Comemos todos juntos em um silêncio pesado, depois de algumas tentativas frustradas de minha parte para entabular conversação. Percebi que os homens daquele navio viam meu companheiro de viagem e seus animais de maneira estranhamente hostil. Percebi também que Montgomery era muito reticente quanto ao seu propósito no transporte das criaturas e sobre seu lugar de destino, e, embora curioso quanto a essas duas questões, abstive-me de fazer mais perguntas.

    Depois do jantar, ficamos conversando no tombadilho até que o céu se cobriu de estrelas. Exceto por sons ocasionais vindos do castelo da proa, onde brilhava uma luz amarelada, e um ou outro movimento dos animais nas jaulas, tudo estava quieto. A onça estava encolhida, fitando nos com olhos faiscantes, e era apenas um vulto escuro num canto da jaula. Os cães pareciam adormecidos.

    Montgomery acendeu charutos para nós e pôsse a falar sobre Londres num tom de reminiscência nostálgica, fazendo todo tipo de perguntas sobre as mudanças que teriam ocorrido lá. Falava como um homem que um dia amou a vida que teve num lugar mas que se separou dele para sempre. Fiz comentários sobre este ou aquele aspecto, mas durante todo aquele tempo a estranheza do seu comportamento se infiltrava em minha mente, e enquanto falava eu observava seu rosto estranho e pálido à luz da lanterna pendurada às minhas costas. Depois olhei para o oceano escuro, em cujas sombras estava oculta a sua ilha.

(WELLS, H. G. A ilha do doutor Moreau. Tradução Braulio Tavares. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.)
Identifique o tempo verbal predominante no segundo parágrafo do texto.
Alternativas
Q2429400 Português

Texto para responder às questões 49 e 50. Leia-o atentamente.


Aprender, aprender, aprender


Por Maria do Carmo Nóbrega.


Capacitar e valorizar cada vez mais o profissional da contabilidade brasileiro. Esta sempre foi uma das maiores bandeiras desse líder nato, natural do Crato-CE e filho da dona Maria e do seu Antônio, José Martonio Alves Coelho. Nesta entrevista especial para a RBC, em decorrência do Dia do Profissional da Contabilidade, o contador e ex-presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) fala um pouco da leitura desse novo profissional, tecnológico e multidisciplinar, e do futuro da profissão.


Revista Brasileira de Contabilidade (RBC) – A emblemática frase “Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro” foi proferida em 25 de abril de 1926 pelo Patrono dos Profissionais da Contabilidade, João Lyra. A partir da sua ampla visão na esfera contábil, aponte um motivo para a comemoração da data, neste ano de 2023, em grande estilo.

Martonio – Considero que, por trás da data simbólica, não existe um motivo único para a comemoração, mas um conjunto de motivos. São incontáveis lutas, desafios e conquistas ao longo desses quase 100 anos. Durante esse tempo, nossos vários antecessores, com suas dignas competências e compromissos, buscaram a valorização e o pleno desenvolvimento da profissão – profissionais valorosos que não arredaram de sua missão de realizarem um trabalho de excelência, a partir da união de seus pares, com absoluta responsabilidade e ética.

Desde a formação dos nossos primeiros guarda-livros, que tinham atribuições mais restritas e simplórias do que as que desempenhamos atualmente, foram muitas vitórias à custa de tantas dificuldades. De 1926 para cá, a Ciência Contábil tornou-se exigente quanto ao conhecimento teórico, aperfeiçoou suas práticas, modernizou seus procedimentos e normativos e adotou a tecnologia da informação como a sua grande aliada.

Com isso, hoje, temos muito a comemorar. Comemorar o fato de que a profissão contábil alcançou o seu justo e legítimo espaço na sociedade brasileira; de que somos uma profissão indispensável, respeitada e forte, beirando a marca de 530 mil profissionais e de 85 mil organizações contábeis, totalmente afinada e em sintonia com o que estabelece a nossa lei de regência, o Decreto-Lei nº 9.295, de 1946, que regulamenta a profissão e institui os Conselhos de Contabilidade; de que transcendemos as paredes dos escritórios a partir do momento que passamos a nos capacitar e a nos aprimorar ainda mais, desenvolvendo a nossa capacidade de atuar não só dentro da lógica dos números, mas de relacioná-los ao ambiente dos negócios.


(Aprender, aprender, aprender. REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE. Edição nº 260, março/abril de 2023. Disponível em: https://cfc.org.br/ wp-content/uploads/2023/05/RBC260_mar_abr.pdf. Fragmento.)

Em relação aos marcos temporais explicitados por meio do emprego dos tempos e modos verbais expressos no texto, pode-se afirmar que:


I. O entrevistado emprega apenas formas verbais que denotam fatos situados em equivalência temporal, contribuindo para a objetividade e clareza na transmissão do conteúdo abordado.

II. No primeiro período da resposta dada pelo entrevistado, as formas verbais, no presente do indicativo, constituem expressão de conteúdo reflexivo, opinativo.

III. O emprego do pretérito perfeito expressa possibilidades reais mediante conquistas na área contábil, além de ênfase às ações expressas por meio do tempo verbal citado.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Respostas
3521: B
3522: B
3523: C
3524: D
3525: D
3526: C
3527: B
3528: C
3529: C
3530: B
3531: C
3532: C
3533: A
3534: A
3535: A
3536: A
3537: A
3538: C
3539: B
3540: A