Questões de Concurso Sobre funções da linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. em português

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Q2026382 Português

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: https://www.bandeirantes.pr.gov.br/noticia/625/campanha-contra-o-coronavirus-estado-do-pr. Acesso em: 20 ago. 2022.


Considerando as características e o objetivo do texto anterior, a função da linguagem a ele associada é aquela que 

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Q2025661 Português

Texto 01


Nem toda zona de conforto é ruim


    Um dia, não sei quando nem sei quem, alguém inventou em algum lugar que, para conseguir qualquer coisa na vida, é preciso “sair da zona de conforto”. A frase ganhou o mundo e se tornou um símbolo do anticonformismo, do esforço desmedido, da superação pessoal e profissional e até do empreendedorismo. Segundo sua lógica peculiar, só entra no reino dos céus quem sai da zona de conforto. 
     Como todo símbolo, esse clichê também caiu na armadilha de encerrar uma verdade. E verdades encerradas não se abrem para a saúde exuberante das dúvidas. Não são afeitas à liberdade infantil do pensamento. De tão óbvia, uma verdade absoluta não admite questionamentos.
    É claro que toda conquista requer algum tipo de esforço, que todo sucesso é resultado do empenho de cada um, de sua capacidade de vencer dificuldades. Ninguém contesta que o movimento gera força e, com força, a gente cresce. Inegável que ficar parado, esperando cair do céu o que se deseja, nunca vai dar em nada. Daí a condenar o conforto como algo de que se deve fugir, classificá-lo como uma zona fantasma onde se arrasta uma comunidade de preguiçososB Isso sempre me pareceu um pouquinho demais. Porque o significado de conforto não pode ser reduzido àquele que vem do latim, da palavra cumfortare, vinda por sua vez de cum-fortis, de alívio da dor. [...]
     Essa tal zona de conforto, pegajosa e limitante, talvez traduza o que seja a suposta segurança da casa dos pais, de onde uma hora os filhos devem sair para construírem suas próprias vidas, suas histórias, suas carreiras, suas famílias. É o tal emprego que já não oferece mais nada além de mera subsistência e, por isso, gera angústia e infelicidade. É o relacionamento amoroso que de amor já não tem mais nada. [...] O que se convencionou chamar de “zona de conforto” é todo canto físico e mental dos quais alguém não consegue sair por conveniência, por inércia, por falta de ambição, por medo ou por tudo isso junto. Isso é estar parado. Acontece que nem todo conforto paralisa. Compreendo o propósito de quem continua apregoando que é preciso sair da zona de conforto. Mas acho que passou da hora de virar esse disco. A tão temida zona de conforto não é um lugar de onde se deve sair. É o lugar para onde todos devemos voltar! [...] 
     Será que essa obrigação desmedida de escapar de um lugar que nem todo mundo sabe o que é, a qual é repetida sem filtro nem reflexão nas escolas, nas empresas, nas famílias, não formou uma geração inteira de pessoas desconfortáveis com o que fazem, com o que têm, com o que são? Será que, em meio a tantas palestras, livros, filmes e cursos sobre sair da zona de conforto, não sobram três minutinhos para pensarmos com honestidade sobre o que queremos das nossas próprias vidas antes que alguém repita que é preciso sair da zona de conforto? E será possível que toda pessoa boa desejando um cadinho de conforto nesse mundo, um pouquinho de aconchego e descanso, um mínimo percentual de tranquilidade em meio à rotina de trabalho intenso a que todos estamos sujeitos, seja gratuitamente eleita como simplesmente acomodada? [...]  
     Honestamente, eu acho que pessoas motivadas a trabalhar duro para merecerem seu espaço no mundo, e que esse espaço seja bonito, aconchegante e espaçoso para todos os seus sonhos, são verdadeiras fábricas de felicidade e realização. Não sei você, mas eu quero mesmo é voltar à minha zona de conforto. Eu mereço e trabalho muito para me sentir confortável com minhas escolhas, com minha família, com meu jeito de estar no mundo, com todos os desafios que a vida me apresenta todos os dias. E com todo o trabalho intenso que tudo isso representa.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/. Acesso em: 11 jun. 2022. Adaptado. 
Considere o trecho “Porque o significado de conforto não pode ser reduzido àquele que vem do latim, da palavra cumfortare, vinda por sua vez de cum-fortis, de alívio da dor.” Nesse trecho, ao argumentar usando o significado da palavra “conforto”, a autora usa como recurso de expressão a função de linguagem denominada 
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Q2023514 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.



Considerando-se as funções da linguagem, pode-se afirmar que o texto anterior emprega, predominantemente, qual função da linguagem?
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Q2018006 Português
TEXTO II

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem Na ponta da língua, Tão fácil de falar E de entender. A linguagem Na superfície estrelada de letras, Sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, E vai desmatando O amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, Em que pedia para ir lá fora, Em que levava e dava pontapé, A língua, breve língua entrecortada Do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo II. Rio de Janeiro: Record, 1999.
    Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No texto "Aula de Português", a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva. Marque a alternativa que justifica essa afirmação.
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Q2013735 Português
Vida e carreira: um equilíbrio possível? (Mário Sérgio Cortella)

12, novembro, 2012. 0Em artigo, Mário Sérgio Cortella introduz o tema que apresentará na Estação de Conhecimento CBN Young Professionals.

      Gosto demais do que um dia escreveu o britânico Beda, o Venerável, lá no século VIII: “Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe; não praticar o que se ensina; não perguntar o que se ignora”.
        Por isso, uma carreira a ser “turbinada” exige a capacidade de “ensinar o que se sabe”, isto é, ter permeabilidade e ser reconhecido como alguém que reparte competências, de modo a fortalecer a equipe e demonstrar ambição (querer mais) em vez de ganância (querer só para si, a qualquer custo).
        É necessário também “praticar o que se ensina”, de forma a deixar clara a coerência de postura, o equilíbrio entre o dito e o feito, e a disposição para assumir com segurança aquilo que adota como correto.
         Por fim, o mais importante, “perguntar o que se ignora”, pois corre perigo aquele ou aquela que não demonstrar que está sempre em estado de atenção (em 4 vez de estado de tensão) para ampliar capacidades e assumir a humildade (sem subserviência) de compreender e viver aquilo que Sócrates, na Grécia clássica, nos advertiu: “Só sei que nada sei”, ou seja, só sei que nada sei por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa ainda vir a saber.           
     Afinal, os projetos e metas em qualquer organização são apenas um horizonte que funciona especialmente para sinalizar quais são as possibilidades e limites de progressão; no entanto, horizontes não são obstáculos e sim fronteiras.             
       Performance e “fazer” carreira exige atitude e iniciativa e, por isso, é um “fazer” em vez de ser um “receber”. Construir o equilíbrio d'as intenções com as condições é prioritário, sempre lembrando que o equilíbrio precisa ser em movimento (como na bicicleta), sem conformar-se com o sedutor e falso equilíbrio que se imagina atingir ao se ficar imóvel.
          Em 2007, a Brasilprev pediu-me uma pequena reflexão sobre equilíbrio na vida pessoal e profissional; eu o chamei de “Ô balancê, balancê…”. e agora aqui o retomo. Balancê? Por incrível que pareça esse termo francês significa, na dança, ficar apenas alternando um pé com o outro, mexendo o corpo para lá e para cá, mas, sem sair do lugar. Quando, em 1936, Braguinha e Alberto Ribeiro compuseram essa marchinha de carnaval, não poderiam supor que mais de 70 anos depois alguns de nós usaríamos a última estrofe como uma lamentação estagnante do desequilíbrio entre vida profissional e vida pessoal: “Eu levo a vida pensando / Pensando só em você / E o tempo passa e eu vou me acabando / No balancê, balancê”.     
         “Acho que estou precisando colocar as coisas na balança e ver como consigo lidar melhor com a minha vida no trabalho e a minha vida particular.” Tem ouvido muito isso? Tem pensado muito nisso? Ainda bem; é sinal de sanidade. Qualquer perturbação que abale a integridade e autenticidade do que se vive é perniciosa. Todas as vezes nas quais se tem a sensação de se ser “dois”, isto é, de existir de forma dividida, desponta o perigo de se ter de escolher um entre ambos e relegar o outro. A questão vital não é dividir-se, mas, isso sim, repartir-se. Pode parecer óbvio: quando se divide, há uma diminuição; quando se reparte, há uma multiplicação. Em outras palavras: se me divido entre duas atividades, vem sofrimento; se me reparto, vem equilíbrio.
          Não por acaso, a palavra “equilíbrio” está ligada à ideia de pesar, avaliar, aferir e, portanto, colocar na balança. A expressão latina “aequilibrium” tem a sua origem em equ (igual) e libra (balança). Balancear as dimensões vitais favorece uma mente sadia; afinal, a vida profissional é parte da vida pessoal, e não toda  ela. Não deve pesar mais, nem menos. Terá a gravidade (em múltiplos sentidos) que for obtida pelo honesto valor que a ela for atribuído.
          O que não dá é ficar só balançando sem sair do lugar; harmonia é construção planejada e persistente, em vez de pura espera.
         Para que harmonia, então?
      Como um dia desenvolvi no meu livro Qual é a Tua Obra? (Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética) publicado pela Editora Vozes: Cuidado, a vida é muito curta para ser pequena. É preciso engrandecê-la. E, para isso, é preciso tomar cuidado com duas coisas: a primeira é que tem muita gente que cuida demais do urgente e deixa de lado o importante. Cuida da carreira, do dinheiro, do patrimônio, mas deixa o importante de lado. Depois não dá tempo. A segunda grande questão é gente que se preocupa muito com o fundamental e deixa o essencial de lado.
           O essencial é tudo aquilo que não pode não ser: amizade, fraternidade, solidariedade, sexualidade, religiosidade, lealdade, integridade, liberdade, felicidade. Isso é essencial. Fundamental é tudo aquilo que te ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é a tua ferramenta, como uma escada. Uma escada é algo que me ajuda a chegar a algum lugar. Ninguém tem uma escada para ficar nela. Dinheiro não é essencial. Dinheiro é fundamental. Sem ele, você tem problema, mas ele, em si, não resolve. Emprego é fundamental, carreira é fundamental.
           O essencial é o que não pode não ser. Essencial é aquilo que faz com que a vida não se apequene. Que faz com que a gente seja capaz de transbordar.
          Repartir vida. Repartir o essencial, a amizade, a amorosidade, a fraternidade, a lealdade. Repartir a capacidade de ter esperança e, para isso, ter coragem. Coragem não é a ausência de medo. Coragem é a capacidade de enfrentar o medo. O medo, assim como a dor, é um mecanismo de proteção que a natureza coloca para nós. Se você e eu não tivermos medo nem dor, ficamos muito vulneráveis. Porque a dor é um alerta e a dor nos prepara. É preciso coragem para que a nossa obra não se apequene. E, para isso, precisamos ter esperança.
               E, como dizia o grande Paulo Freire, “tem de ser esperança do verbo esperançar”. Tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que dê certo, espero que resolva, espero que funcione.” Isso não é esperança.
              Esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. Esperançar é achar, de fato, que a vida é muito curta para ser pequena. E precisamos pensar se estamos nos dedicando ao importante em vez de ao urgente. 
             Tem gente que diz: “Ah, mas eu não tenho tempo”. Atenção: tempo é uma questão de prioridade, de escolha. Quando eu digo que não tenho tempo para isso, estou dizendo que isso não é importante para mim. Cuidado, você já viu infartado que não tem tempo? Se ele sobreviver, ele arruma um tempo. O médico dizia “você não pode fazer isso, tem de andar todos os dias”. Se ele infartar e sobreviver, no outro dia você vai vê-lo, às 6 horas da manhã, andando. Se ele tinha tempo, que ele teve de arrumar agora, por que não fez isso antes? Você tem tempo? Se não tem, crie. Talvez precisemos rever as nossas prioridades.
            Será que estamos cuidando do urgente e deixando o importante de lado? Será que não estamos atrás do fundamental, em vez de ir em busca do essencial?

(Fonte: Portal HSM. Texto completo disponível em http://www.shermarketing.com.br/vidae-carreira-um-equilibrio-possivel-mario-sergio-cortella/. Acesso em 11/01/2018)
Cortella utiliza como estratégias para a construção de sua argumentação, EXCETO:
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Q2012784 Português

O mistério das coisas


O mistério das coisas, onde está ele?

Onde está ele que não aparece

Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?

Que sabe o rio e que sabe a árvore

E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?

Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens

pensam delas,

Rio como um regato que soa fresco numa pedra.


Porque o único sentido oculto das coisas

É elas não terem sentido oculto nenhum,

É mais estranho do que todas as estranhezas

E do que os sonhos de todos os poetas

E os pensamentos de todos os filósofos,

Que as coisas sejam realmente o que parecem ser

E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: —

As coisas não têm significação: têm existência.

As coisas são o único sentido oculto das coisas.

(Fernando Pessoa. O guardador de rebanhos. In: Poemas de Alberto Caeiro



Sobre o texto de Fernando Pessoa:


I. Nas três estrofes, a função da linguagem predominante é a referencial.

II. Na primeira estrofe, registra-se a presença da figura Prosopopeia no verso “Que sabe o rio e que sabe a árvore”.

III. Na segunda estrofe, as expressões “todas as estranhezas”, “todos os poetas” e “todos os filósofos” marcam o destaque da figura Hipérbole.

IV. Na terceira estrofe, a repetição da palavra “coisa” configura um empobrecimento da linguagem, ocasionando um pleonasmo vicioso.


Analisadas as assertivas acima, pode-se afirmar que:

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Q2011904 Português

A propaganda servirá de base para a questão:



A função da linguagem que predomina no texto é a:
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Q2005934 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Preconceito de linguagem


   Na Romênia, segundo dizem os jornais franceses, que agora muito se interessam por tudo quanto diz respeito aos moldo-valáquios, na Romênia há certas palavras que em todas as outras línguas cultas têm significação nobre e que entre os romenos têm significação pejorativa. Chamar, por exemplo, a algum romeno marquês, ou condessa a alguma romena, é cometer injúria e grande. Entre eles, não se diz príncipe em romaico, porque esta palavra tem a significação analógica de jogral; de sorte que adotaram lá a palavra francesa prince, para designar qualquer membro da família real. A palavra rei também é injuriosa. Tanto assim que, na tradução do livro bíblico dos Reis, escrevem os romenos Livro dos Imperadores!

  Em português há também palavras de significação primitivamente honesta e que entretanto agora não podem ser pronunciadas diante de pessoas de respeito. No norte de Minas, por exemplo, como no Norte de todo o país, chamar dama a uma senhora é arriscar a pele. Dama, lá por aquelas plagas, é “mulher perdida”.

  A palavra moça pode ser pronunciada diante de quem quer que seja. “Esta menina está ficando moça” — “Sua filha é uma bela moça” — são expressões correntes. Entretanto, querendo alguém referir-se à amásia de alguém diz: “A moça de Fulano”!

  Rapariga! É uma das palavras mais lindas da nossa língua. Em Minas, entretanto, rapariga aplica-se mais às mulheres do serviço doméstico, isto é, amas, cozinheiras, arrumadeiras, etc. Aqui, já vai tendo significação pejorativa: casa de raparigas é o mesmo que bordel. Ora, é um absurdo isso. Rapariga é simplesmente feminino de rapaz. Seria encantador poder toda gente dizer, como ainda há dias ouvi dizer a um espírito eminente, que me dá a honra da sua amizade: “V. não imagina que rapariga valente é minha mulher”.

  Mãe! Não se discute a beleza desta suavíssima palavra. Pois também a palavra mãe vai assumindo significação equívoca. Em certas locuções é um vocábulo pelo menos suspeito. Os jornais já começam a substituí-lo por progenitora. É incrível! Que qualquer palavra possa derrancar com o tempo compreende-se; mas a palavra mãe? O noticiário elegante tem receio de dizer: “Faz anos hoje a Sra. Dona Fulana, muito digna mãe do nosso amigo Sr. Beltrano”. Em vez de mãe, escrevem progenitora, que é uma palavra erudita, seca, como todas as coisas eruditas, fria e pernóstica.

 Mãe é alguma coisa tépida, doce, nobre como o colo materno. Progenitora é simplesmente uma delicadeza de moleque bem-falante. Mãe, colegas, mãe! Devemos escrever “a mãe do Sr. Fulano”, da mesma forma que escrevemos “O pai do Sr. Beltrano” e “o filho de Dona Sicrana”. Ninguém diz na intimidade — “vou beijar minha progenitora”, mas simplesmente — “vou beijar minha mãe”.

  É para desejar que os jornais abandonem de uma vez a palavra progenitora, que é, etimologicamente, muito mais grosseira do que mãe. Progenitora compõe-se do prefixo pro e da raiz genite, de gigno, gignis, genui, genitum, gignere, que quer dizer gerar. De maneira que, posta em bom vernáculo, progenitora é a pró ou antegeradora do Sr. Fulano. Não sei onde está a delicadeza desta expressão…. Por conseguinte, de uma vez para sempre, estabeleçamos que os homens têm virtuosas e dignas mães, e não ridículas e pernósticas progenitoras.

Antônio Torres

Todo texto possui uma função. Dentre as funções da linguagem previstas pela gramática da língua portuguesa, a que mais se evidencia neste texto é:
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Q2004249 Português
Assinale a alternativa correta sobre a linguagem como fenômeno de interação.
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Q2002537 Português
TEXTO III

Solidão é uma ilha com saudade de barco. [...] Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

FALCÃO, Adriana. Mania de explicação. São Paulo: Salamandra, 2001, p. 17, 27.

Solidão [...] estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só;isolamento [...]

Vontade [...] faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar certos atos [...]

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 2602, 2882. 
Marque a alternativa que apresenta as funções de linguagem predominantes nos dois conceitos de solidão e de vontade, respectivamente:
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Q2001019 Português

Monkeypox: histórico e chegada no Brasil 


O vírus da varíola de macacos (nome que será alterado, segundo orientações da OMS), também chamado de monkeypox, espalhou-se por mais de 40 países nos últimos meses e chegou ao Brasil no início de junho. Após a detecção de 10 casos suspeitos em várias cidades, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da cidade de São Paulo, confirmou, no início de junho, a identificação do vírus em um homem de 41 anos que havia viajado à Espanha e Portugal, países com número alto de casos, e sido internado no próprio hospital com sintomas da doença.

No dia 7 de junho de 2022, uma equipe do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenada pela médica Ester Sabino, fez o sequenciamento genético - o primeiro no país - do vírus coletado das lesões de pele desse paciente. Completado em 18 horas, o resultado foi entregue às autoridades médicas e confirmado por análises laboratoriais. Publicado dois dias depois no site virological.org, o genoma foi comparado com outros 81 já registrados na base de dados GenBank e mostrou grande semelhança com os vírus que circulavam em Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Espanha.

De origem ainda incerta, o monkeypox está solto pelo mundo - e infectando pessoas - há muito tempo. Identificado nos anos 1970 na República Democrática do Congo (RDC), chegou nas décadas seguintes à Nigéria e a outros países da África Ocidental. Em 2003, emergiu nos Estados Unidos e em 2018 e 2019 no Reino Unido, em Singapura e Israel.

De 2010 a 2019, em comparação com a década de 1970, o número de casos aumentou 10 vezes e as crianças cederam o lugar de grupo predominante de pessoas atingidas para os adultos com idade entre 20 e 40 anos. De maio até o dia 24 de junho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 4.106 pessoas com esse vírus na Europa, Américas, Oriente Médio e Austrália.

"A disseminação do vírus era previsível porque os casos na África estavam aumentando e quase ninguém dava a devida atenção", comenta a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessora do conselho da OMS para pesquisa com o vírus da varíola, erradicada mundialmente em 1980. "Houve uma negligência completa com o que se passa na África, como ocorreu antes com o vírus ebola, que causa surtos desde 1976 e só ganhou atenção em 2016, quando chegou à Europa e aos Estados Unidos".

O que ninguém esperava, segundo ela, é a chamada transmissão sustentada - ou comunitária - do vírus da varíola de macacos de uma pessoa para outras, ampliando o número de casos.

Descoberto em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958, embora infecte também roedores silvestres, o monkeypox causa uma doença similar à varíola, embora de menor gravidade, que começa com dor de cabeça e no corpo, febre e inchaço dos gânglios linfáticos debaixo do maxilar ou na nuca e culmina com a formação de pústulas - bolhas na pele - que liberam milhões de vírus quando se rompem. Como a varíola, também deixa marcas na pele.

O vírus da varíola de macacos é transmitido principalmente pelo contato com fluidos respiratórios, lesões, roupas ou objetos de pessoas infectadas. A letalidade (número de mortes em relação ao total de casos) varia de 10% na África Central a 3,6% na região oeste do continente. É menos que a letalidade média de 30% da varíola humana, de acordo com um estudo de revisão feito por pesquisadores da Holanda, Suíça, Alemanha e Estados Unidos, publicado em fevereiro deste ano na PLOS Neglected Tropical Diseases.

Os autores desse trabalho atribuem o avanço do monkeypox nas últimas décadas ao fim da imunização contra a varíola, em 1979. A vacina promovia uma proteção cruzada, que barrava também outros vírus do gênero Orthopoxvirus - quem não a recebeu, portanto, está mais suscetível que os vacinados.

Em 20 de maio, a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), braço da OMS, distribuiu um alerta epidemiológico com recomendações para a identificação do vírus e os cuidados médicos a serem tomados com as pessoas infectadas. Nos países com casos já registrados, os órgãos da saúde enfatizam que o atual surto pode ser contido com medidas de prevenção, que incluem o isolamento das pessoas infectadas e a higienização de suas roupas com água quente. O tratamento é feito com antivirais e medicamentos para combater os sintomas.

Seguindo a recomendação da OMS, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido começaram a usar a vacina contra varíola humana para imunizar as pessoas próximas a um caso confirmado e deter o monkeypox, de acordo com a revista Nature, de 8 de junho.


Retirado e adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Varíola de macaco chega ao Brasil.Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa. fapesp.br/variola-de-macaco-chega-ao-brasil/ Acesso em 28 jun. 2022.

A respeito das funções da linguagem apresentadas no texto "Monkeypox: histórico e chegada no Brasil", marque V para as alternativas verdadeiras, e F, para as falsas: 
(_)O texto apresenta a função fática da linguagem, pois apresenta diversas inserções de fala, em modelo de discurso direto. (_)O texto é constituído pela função referencial, pois informa a respeito de um fato, referenciando aspectos relacionados a esse fato. (_)O texto é construído a partir da função metalinguística, porque se constitui a partir da explicação e reflexão sobre um tema: o monkeypox.
Assinale a alternativa com a sequência correta: 
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Q2000663 Português

CIENTISTAS CHILENOS ENCONTRAM FÓSSIL DE UM PTEROSSAURO NO ATACAMA

Réptil voador habitou o planeta Terra no período jurássico há cerca de 160 milhões de anos atrás


Uma equipe de cientistas chilenos identificou pela primeira vez, no deserto do Atacama, restos fósseis de um pterossauro, um dragão voador que habitou esta região do norte do país durante o período Jurássico, há cerca de 160 milhões de anos, informou, nesta sexta-feira (10), a Universidade do Chile.


O grupo de pesquisadores da Universidade do Chile descobriu, durante uma expedição realizada em 2009, alguns restos fósseis muito bem preservados de uma espécie desconhecida, que podia ser um animal pré-histórico marinho do período Jurássico.


O fóssil foi encontrado na localidade de Cerritos Bayos, a 30 km da cidade de Calama, em pleno deserto do Atacama. O local tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas.


Mas análises posteriores determinaram que se tratava de um pterossauro perto da idade adulta, pertencente à subfamília Ramphorhynchinae, do qual foi encontrado o úmero esquerdo, uma possível vértebra dorsal e dois fragmentos de uma falange de asa, todos preservados em três dimensões.


Cerritos Bayos tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas. A mesma equipe descobriu em 2020 plesiossauros dos gêneros Muraenosaurus e Vinialesaurus e também os primeiros restos de pliossauros (parentes dos plesiossauros, mas com crânios grandes e pescoço curto), lembrou a Universidade do Chile. 


Disponível em: https://noticias.r7.com/tecnologiae-ciencia/cientistas-chilenos-encontram- ossil-de-umpterossauro-no-atacama-10092021 (adaptado)


O texto "Cientistas chilenos encontram fóssil de um pterossauro no Atacama" tem como principal objetivo informar o receptor da mensagem sobre um assunto específico, ou seja, informar o interlocutor por meio de uma linguagem clara e objetiva, portanto a função da linguagem que prevalece é a:
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Q1997858 Português

Leia o texto de Raquel de Queiroz com atenção e responda a questão.


A grande causa de esquecimento, a responsável pela pouca contrição da gente e a pouca constância no arrependimento, é o tempo, é o tempo não ser, como o espaço, uma coisa onde se possa ir e vir, sair e voltar... O que se passa no tempo, some-se, anda para longe e não volta nunca, pior do que se estivesse do outro lado de terra e mar.

Afinal, quem pode manter, num espelho, uma imagem que fugiu?


(Raquel de Queiroz)

Quanto à função da linguagem e ao tipo de texto, é correto afirmar que o texto de Raquel de Queiroz é predominantemente

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Q1991563 Português
1. Qual é a principal obra que produzem os autores e narradores dos novos gêneros autobiográficos? Um personagem chamado eu. O que todos criam e recriam ao performar as suas vidas nas vitrines interativas de hoje é a própria personalidade.
2. A autoconstrução de si como um personagem visível seria uma das metas prioritárias de grande parte dos relatos cotidianos, compostos por imagens autorreferentes, numa sorte de espetáculo pessoal em diálogo com os demais membros das diversas redes.
3. Por isso, os canais de comunicação das mídias sociais da intemet são também ferramentas para a criação de si. Esses instrumentos de autoestilização agora se encontram à disposição de qualquer um. Isso significa um setor crescente da população mundial, mas também, ao mesmo tempo, remete a outro sentido dessa expressão. “Qualquer um” significa ninguém extraordinário, em princípio, por ter produzido alguma coisa excepcional, e que tampouco se vê impelido a fazê-lo para virar um personagem público. A insistência nessa ideia de que “agora qualquer um pode” encontra-se no ceme das louvações democratizantes plasmadas em conceitos como os de “inclusão digital”, recorrentes nas análises mais entusiastas destes fenômenos, tanto no âmbito acadêmico como no jornalístico.
4. Em que pese a suposta liberdade de escolha de cada usuário, há códigos implícitos e fórmulas bastante explícitas para o sucesso dessa autocriação.
5. As diversas versões dessas personalidades que performam em múltiplas telas admitem certa variabilidade individual, mas costumam partir de uma base comum. Essa modalidade subjetiva que hoje triunfa está impregnada com alguns vestígios do estilo do artista romântico, mas não se trata de alguém que procura produzir uma obra independente do seu criador. Ao invés disso, toda a energia e os recursos estilísticos estão dirigidos a que esse autor de si mesmo seja capaz de criar um personagem dotado de uma personalidade atraente. Trata-se de uma obra para ser vista e, nessa exposição, a obra precisa conquistar os aplausos do público. É uma subjetividade que se autocria em contato permanente com o olhar alheio, algo que se cinzela a todo momento para ser compartilhado, curtido, comentado e admirado. Por isso, trata-se de um tipo de construção de si alterdirigida, recorrendo aos conceitos propostos pelo sociólogo David Riesman, no livro A multidão solitária.

(Adaptado de: Paula Sibilia. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Contraponto, edição digital)  
A construção de si “alterdirigida” (5º parágrafo) resulta no desejo de  
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Ano: 2022 Banca: IADES Órgão: BRB Prova: IADES - 2022 - BRB - Escriturário |
Q1982348 Português
Quanto aos aspectos de função da linguagem, assinale a alternativa correta. 
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Q1964926 Português

Texto 1A16-I


        Há muitas línguas na língua portuguesa. Para dar voz e rosto a culturas e religiosidades tão díspares e distantes, esse idioma passou a existir dentro e fora do seu próprio corpo. Nós, brasileiros, portugueses, angolanos, moçambicanos, caboverdianos, guineenses, santomenses, falamos e somos falados por uma língua que foi moldada para traduzir identidades que são profundamente diversas e plurais.

         Vivemos na mesma casa linguística, mas fazemos dela uma habitação cujas paredes são como as margens dos oceanos. São linhas de costa, fluidas, porosas, feitas de areia em vez de cimento. Em cada uma das divisórias dessa comum residência, mora um mesmo modo de habitar o tempo, um mesmo sentimento do mundo (nas palavras do poeta Drummond). Essa língua é feita mais de alma do que de gramática. A língua não é uma ferramenta. É uma entidade viva. Com esse idioma, construímos e trocamos diversas noções do tempo e diferentes relações entre o profano e o sagrado.

        Jorge Amado atravessou o oceano num momento em que as colônias portuguesas na África se preparavam para a luta pela independência. Na década de cinquenta do século passado, intelectuais e artistas africanos estavam ocupados em procurar a sua própria identidade individual e coletiva. Nessa altura, era clara a necessidade de rupturas com os modelos europeus. Escritores de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe procuravam caminhos para uma escrita mais ligada à sua terra e à sua gente. Carecíamos de uma escrita que nos tomasse como não apenas autores de estórias, mas também sujeitos da sua própria história. Precisávamos de uma narrativa que nos escrevesse a nós mesmos.

         Muito se especula sobre as semelhanças entre as nações africanas e o Brasil. Essas comparações resultam muitas vezes de simplificações, mistificações e romantizações. Na maior parte das vezes, essas analogias são fundadas em estereótipos que pouco têm a ver com uma realidade que é composta por dinâmicas e complexidades que desconhecemos.

         O que é mais africano no Brasil e mais brasileiro na África não é o candomblé, não são as danças nem os tipos físicos das pessoas. O que nos torna tão próximos é o modo como, de um e de outro lado do Atlântico, aprendemos a costurar culturas e criar hibridizações. A presença africana não mora hoje apenas nos descendentes dos escravizados. Essa presença permeia todo o Brasil. Dito de outra maneira: a semelhança não está no pano. Está na costura. Está no costureiro. E esse costureiro é a história. E é a língua que partilhamos. Essa língua é, ao mesmo tempo, linha, pano e mãos tecedeiras.



Mia Couto. As infinitas margens do oceano. In: Panorama da Contribuição do Brasil para a Difusão do Português. Brasília: FUNAG, 2021, p. 421-424 (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, considerando aspectos temáticos, estruturais e conceituais do texto 1A16-I.


No primeiro período do segundo parágrafo, predomina a função referencial da linguagem.

Alternativas
Q1961195 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.


Brasil está entre as nações mais digitalizadas do mundo, mostra pesquisa


O imenso desafio agora é levar a tecnologia para todos os segmentos da sociedade

Por Alessandro Giannini

O Brasil, não há dúvida, é palco de imensas e inaceitáveis contradições. Mesmo com renda média mensal per capita de escassos 1376 reais e 11,3 milhões de pessoas desempregadas, é também um dos países mais digitais do mundo. O contraste ficou evidente em uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGVcia), que traz um retrato abrangente do mercado de tecnologia de informação no país. Apurado entre 2650 médias e grandes empresas que atuam em território brasileiro, o levantamento traz números impressionantes. A fotografia mostra que estamos muito bem no atacado, acima da média mundial em alguns recortes. No varejo, contudo, é preciso preencher lacunas, melhorar políticas públicas e levar o acesso à internet para todas as camadas da população.

A pesquisa mostra que há hoje 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico ou corporativo no país. A categoria engloba computadores de mesa, notebooks, laptops, tablets e smartphones. Em uma conta simples, são mais de dois equipamentos por habitante, incidência semelhante à de nações ricas. No entanto, o resultado ainda está distante do país mais tecnológico do mundo, os Estados Unidos. Segundo um levantamento realizado em 2020, o americano médio tem acesso a pelo menos dez aparelhos desse tipo — misto de obsolescência acelerada e exagero de consumo. Nos rankings de digitalização, uma boa surpresa vem da Estônia, o pequeno país do Leste Europeu. Atualmente, 99% dos serviços públicos locais são acessados de maneira on-line e estudos revelaram que a alta conectividade acelerou o PIB.

Uma análise apressada pode sugerir que os números brasileiros são turbinados pela presença maciça de smartphones. De fato, eles são onipresentes no país. Há 242 milhões de celulares inteligentes em funcionamento, mais do que os 212,2 milhões de habitantes. O Brasil já é o quinto maior mercado do mundo, posição notável considerando que é atualmente apenas a 13ª economia do planeta. Tudo isso é verdade, mas uma espiada em outro indicador mostra que há muitos avanços em diversas áreas. Um exemplo marcante é o total de computadores ativos, subcategoria que inclui apenas os desktops, notebooks e laptops, além dos tablets. São 205 milhões em operação neste exato momento, mas a projeção da FGV estima que o número deverá pular para espetaculares 216 milhões no início do próximo ano, atingindo assim a marca simbólica de um aparelho por habitante. Isso, claro, se não houver nenhuma grande turbulência econômica até o fim do ano, o que não é de se duvidar em se tratando de Brasil — e convém sempre estar atento a freadas bruscas.

A pandemia — sempre ela — teve papel determinante no aumento das vendas de computadores em 2021, muito em decorrência da necessidade de manter o trabalho e o ensino remotos enquanto as regras sanitárias de distanciamento social estavam em vigência. O resultado foi um crescimento de 27%, com 14 milhões de unidades vendidas. Com a manutenção do modelo híbrido nos escritórios e escolas, a tendência é que em 2022 o mercado cresça perto de 10%. “Comparado com o mundo, nós estamos muito bem, obrigado”, afirma Fernando Meirelles, professor de TI da FGV, coordenador do levantamento. 

Um computador e um celular por habitante são índices notáveis para uma nação que está muito longe de ser considerada desenvolvida (basta dar uma olhada nos indicadores de saneamento para se assombrar com os gargalos brasileiros). A questão é que o Brasil tem uma base digital relevante, mas ela não está bem distribuída. As classes mais baixas usam modelos muito limitados em termos de recursos. Isso traz sérios problemas, como o enfrentado pela Caixa Econômica Federal, que precisou refazer várias vezes seu aplicativo para o pagamento do programa Auxílio Brasil.

[...] O Brasil digitalizado é uma realidade inescapável. Aexplosão de investimentos em tecnologia da informação e das vendas de aparelhos digitais durante a pandemia, no entanto, não explica sozinha como esse caminho está sendo percorrido. Segundo Felipe Mendes, diretor-geral da empresa de pesquisas GfK, o que vem crescendo mesmo é o acesso — em 2020, 83% dos lares brasileiros tinham banda larga, contra 71% no ano anterior. “O poder da disponibilidade da internet associada à penetração do celular é de fato o grande elemento de digitalização sobre qualquer outro produto que a gente possa pensar ou discutir”, afirma Mendes. Deve-se celebrar o Brasil digitalizado, atalho para o aumento de produtividade. Insista-se, contudo: há avanços extraordinários, mas precariedades também. Equilibrar o jogo é um desafio monumental, que não pode jamais ser negligenciado — a sorte é que a tecnologia pode ajudar a diminuir o fosso.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/tecnologia/brasilesta-entre-as-nacoes-mais-digitalizadas-do-mundo-mostrapesquisa/. Acesso em: 3 jun. 2022.

No texto jornalístico “Brasil está entre as nações mais digitalizadas do mundo”, a função da linguagem predominante é a
Alternativas
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRM-SC Prova: Quadrix - 2022 - CRM-SC - Revisor de Texto |
Q1942882 Português

Texto para o item.  


Internet: <crmdf.org.br> (com adaptações).

A respeito do texto acima, julgue o item. 


No texto, o ponto de exclamação constitui marca de subjetividade do autor, o que evidencia a presença da função emotiva da linguagem.  

Alternativas
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRM-SC Prova: Quadrix - 2022 - CRM-SC - Revisor de Texto |
Q1942881 Português

Texto para o item.  


Internet: <crmdf.org.br> (com adaptações).

A respeito do texto acima, julgue o item. 


Predominam, no texto, as funções apelativa e referencial da linguagem. 

Alternativas
Q1939115 Português
Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema “Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.




Considerando-se o consagrado quadro linguístico das funções da linguagem, verifica-se que, nesse poema, a função 
Alternativas
Respostas
421: C
422: B
423: B
424: B
425: B
426: B
427: D
428: E
429: B
430: C
431: A
432: E
433: C
434: C
435: C
436: E
437: E
438: E
439: C
440: D