Questões de Concurso
Sobre gêneros textuais em português
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As coisas tinham para nós uma desutilidade poética. Nos fundos do quintal era riquíssimo o nosso dessaber. A gente inventou um truque pra fabricar brinquedos com palavras. O truque era só virar bocó. Como dizer: Eu pendurei um bentivi no Sol. O que disse Bugrinha: Por dentro de nossa casa passava um rio inventado. O que nosso avô falou: O olho do gafanhoto é sem princípios. Mano Preto perguntava: Será que fizeram o beija-flor diminuído só para ele voar parado? As distâncias somavam a gente para menos. O pai campeava campeava. A mãe faia velas. Meu irmão cangava sapos. Bugrinha batia com uma vara no corpo do sapo e ele virava uma pedra.
É comum coexistirem sequências tipológicas na construção de um gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais que se evidenciam na organização temática são:
I. Conforme Bakhtin, os significados são entendidos de acordo com o contexto de elaboração da obra, a situação de produção e os objetivos do autor, além de levar em conta, também, os novos leitores e o momento em que a obra é lida e ressignificada. II. A partir da premissa de que as esferas da atividade humana possibilitam o surgimento de diferentes gêneros textuais e, consequentemente, os enunciados, o autor indica que três elementos genéricos se unem na realização dos enunciados: o estilo, o conteúdo temático e a estrutura composicional. III. Em decorrência das teorias bakhtinianas, entende-se a leitura como réplica ativa, uma vez que se relaciona o texto tanto com discursos anteriores a ele, emaranhados nele e posteriores a ele, quanto com infinitas possibilidades de réplica que geram novos discursos/textos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
1. Gênero Narrativo: Conto de fadas; Lenda; Romance. 2. Relato: Biografia; Diário; Conto. 3. Argumentativo: Editorial; Texto de opinião; Curriculum vitae. 4. Expositivo: Seminário; Conferência; Palestra.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
(http://www.do.ufgd.edu.br/mariojunior/arquivos/cidadania_brasil.pdf)
O TEXTO acima aborda aspectos sociológicos, ligados à formação do povo brasileiro. Sobre os aspectos linguísticos presentes no TEXTO, responda à próxima questão.
Sobre os “Gêneros textuais”, marque a alternativa INCORRETA.
( ) São flexíveis. ( ) O enunciador deve sempre criá-lo a cada nova situação comunicativa de que faz parte. ( ) Usar gêneros já existentes para uma enunciação é ação válida. ( ) É possível modificar ou recriar gêneros textuais. ( ) O relacionamento pessoal dos interlocutores deixa de ser um dos fatores da diversidade de gêneros, pois interfere na comunicação.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
1. Essencialmente marcados pelas contingências sociais e históricas, os textos vão se estabelecendo como unidades estáveis de enunciado caracterizados por seus conteúdos temáticos, pela estruturação particular de cada um e pelo estilo que oferece determinadas marcas linguísticas para cada gênero. 2. A adoção dos gêneros do discurso como objeto de ensino-aprendizagem tem como vantagem o fato de se apresentar como possibilidade teórica de concretizar a concepção prática sociodiscursiva em relação à linguagem. 3. Ao nos comunicarmos nas mais variadas circunstâncias concretas da vida, quer conscientes ou não, fazemos uso de variados gêneros escritos e orais, os quais apresentam características particulares. 4. A escola apresenta-se como a instituição responsável por construir, com o aluno, o conhecimento sobre os gêneros mais formais e complexos, para serem usados com eficiência, mas que não são aprendidos espontaneamente nas situações do cotidiano. 5. Os alunos, porque falantes nativos da língua que se comunicam de maneira eficaz nas situações informais, são capazes de autonomamente virem a dominar os gêneros mais complexos do discurso, uma narração por exemplo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
Texto
Pegando o Ita. De volta.
(texto adaptado)
Postado por Fernando Szegeri em 29/ago/2017
http://www.ultrajano.com.br/pegando-o-ita-de-volta/
Monkeypox: histórico e chegada no Brasil
O vírus da varíola de macacos (nome que será alterado, segundo orientações da OMS), também chamado de monkeypox, espalhou-se por mais de 40 países nos últimos meses e chegou ao Brasil no início de junho. Após a detecção de 10 casos suspeitos em várias cidades, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da cidade de São Paulo, confirmou, no início de junho, a identificação do vírus em um homem de 41 anos que havia viajado à Espanha e Portugal, países com número alto de casos, e sido internado no próprio hospital com sintomas da doença.
No dia 7 de junho de 2022, uma equipe do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenada pela médica Ester Sabino, fez o sequenciamento genético - o primeiro no país - do vírus coletado das lesões de pele desse paciente. Completado em 18 horas, o resultado foi entregue às autoridades médicas e confirmado por análises laboratoriais. Publicado dois dias depois no site virological.org, o genoma foi comparado com outros 81 já registrados na base de dados GenBank e mostrou grande semelhança com os vírus que circulavam em Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Espanha.
De origem ainda incerta, o monkeypox está solto pelo mundo - e infectando pessoas - há muito tempo. Identificado nos anos 1970 na República Democrática do Congo (RDC), chegou nas décadas seguintes à Nigéria e a outros países da África Ocidental. Em 2003, emergiu nos Estados Unidos e em 2018 e 2019 no Reino Unido, em Singapura e Israel.
De 2010 a 2019, em comparação com a década de 1970, o número de casos aumentou 10 vezes e as crianças cederam o lugar de grupo predominante de pessoas atingidas para os adultos com idade entre 20 e 40 anos. De maio até o dia 24 de junho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 4.106 pessoas com esse vírus na Europa, Américas, Oriente Médio e Austrália.
"A disseminação do vírus era previsível porque os casos na África estavam aumentando e quase ninguém dava a devida atenção", comenta a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessora do conselho da OMS para pesquisa com o vírus da varíola, erradicada mundialmente em 1980. "Houve uma negligência completa com o que se passa na África, como ocorreu antes com o vírus ebola, que causa surtos desde 1976 e só ganhou atenção em 2016, quando chegou à Europa e aos Estados Unidos".
O que ninguém esperava, segundo ela, é a chamada transmissão sustentada - ou comunitária - do vírus da varíola de macacos de uma pessoa para outras, ampliando o número de casos.
Descoberto em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958, embora infecte também roedores silvestres, o monkeypox causa uma doença similar à varíola, embora de menor gravidade, que começa com dor de cabeça e no corpo, febre e inchaço dos gânglios linfáticos debaixo do maxilar ou na nuca e culmina com a formação de pústulas - bolhas na pele - que liberam milhões de vírus quando se rompem. Como a varíola, também deixa marcas na pele.
O vírus da varíola de macacos é transmitido principalmente pelo contato com fluidos respiratórios, lesões, roupas ou objetos de pessoas infectadas. A letalidade (número de mortes em relação ao total de casos) varia de 10% na África Central a 3,6% na região oeste do continente. É menos que a letalidade média de 30% da varíola humana, de acordo com um estudo de revisão feito por pesquisadores da Holanda, Suíça, Alemanha e Estados Unidos, publicado em fevereiro deste ano na PLOS Neglected Tropical Diseases.
Os autores desse trabalho atribuem o avanço do monkeypox nas últimas décadas ao fim da imunização contra a varíola, em 1979. A vacina promovia uma proteção cruzada, que barrava também outros vírus do gênero Orthopoxvirus - quem não a recebeu, portanto, está mais suscetível que os vacinados.
Em 20 de maio, a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), braço da OMS, distribuiu um alerta epidemiológico com recomendações para a identificação do vírus e os cuidados médicos a serem tomados com as pessoas infectadas. Nos países com casos já registrados, os órgãos da saúde enfatizam que o atual surto pode ser contido com medidas de prevenção, que incluem o isolamento das pessoas infectadas e a higienização de suas roupas com água quente. O tratamento é feito com antivirais e medicamentos para combater os sintomas.
Seguindo a recomendação da OMS, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido começaram a usar a vacina contra varíola humana para imunizar as pessoas próximas a um caso confirmado e deter o monkeypox, de acordo com a revista Nature, de 8 de junho.
Retirado e adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Varíola de macaco chega
ao Brasil.Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.
fapesp.br/variola-de-macaco-chega-ao-brasil/ Acesso em 28 jun. 2022.
TEXTO 4
Nosso aluno deveria, ao produzir um texto, assumir-se como locutor, o que implica:
i) ter o que dizer;
ii) ter razões para dizer o que tem a dizer;
iii) ter para quem dizer o que tem a dizer;
iv) assumir-se como sujeito que diz o que diz para quem diz;
v) escolher estratégias para dizer.
Em suma: os alunos não deveriam produzir “redações”, meros produtos escolares, mas textos diversos que se aproximassem dos usos extraescolares, com função específica e situada dentro de uma prática social escolar.
BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto no ensino médio. In: BUNZEN, C. e
MENDONÇA, M. (Orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 149.
Analise os gêneros de textos apresentados abaixo.
1. Uma videoconferência.
2. Um artigo científico.
3. Uma entrevista ao vivo na TV.
4. Uma parlenda.
5. Uma bula de remédio.
São gêneros típicos da modalidade escrita da língua:
TEXTO 2
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Orgs.) Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 22-23.
Ainda com base na explicação de Marcuschi, analise os itens apresentados a seguir.
1. Um dicionário de termos técnicos de enfermagem.
2. Uma convocação para reunião de condomínio.
3. A capa de uma revista que tem circulação semanal.
4. O discurso de agradecimento em uma festa de aniversário.
São exemplos de gêneros textuais:
TEXTO 2
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Orgs.) Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 22-23.
Com base na explicação acima, assinale a alternativa CORRETA acerca dos gêneros textuais.