Questões de Concurso
Sobre intertextualidade em português
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Pai Nosso que estás nos céus
Neste dia 19 de abril
Nos livre das professoras e professores que
pintam seus alunos com canetinhas hidrocor
Nos livre das escolas que colocam cocares de
papel nas crianças
Pai Nosso, que estás nos céus
Não deixem as professoras ensinarem para as
crianças que o Dia do Índio é uma homenagem
aos povos originários
Mantenha longe de Nós aqueles que repetem
as palavras:
Índio, Oca, Tribo, Selvagem, Pureza e Exótico
Afaste de Nós os bu-bu-bu feito com a mão na
boca
Senhor, perdoem aqueles que por
desconhecimento nos fazem uma imagem
estereotipada
Mas livre-os do desconhecimento e do
preconceito que os fazem acreditar que ainda
somos os indígenas de 1500
Amém!
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.
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Sobre a construção do Texto 2, é CORRETO afirmar que se verifica o uso de
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Sobre a construção do Texto 2, é CORRETO afirmar que se verifica o uso de
Texto 2
Tendo em vista os aspectos linguísticos do texto, julgue (C ou E) o item a seguir.
A citação de trecho do Manifesto Antropófago, de
Oswald de Andrade, ilustra o emprego da
intertextualidade a serviço da progressão textual e da
coerência entre as ideias apresentadas a respeito dos
“‘rapazes modernistas’” (linhas 20 e 21).
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I- Há intertextualidade de conteúdo, pois, embora correspondam a gêneros distintos, abordam a mesma temática geral – imagem negativa do Brasil no quesito da preservação ambiental.
II- Ambos os textos apresentam uma crítica em relação à postura de negligência do governo face ao desmatamento da floresta amazônica, que só tem aumentado a partir de 2018.
III- Em termos de argumentatividade, apenas o texto I evidencia a função apelativa da linguagem, conduzindo a uma reflexão e tomada de atitude em relação ao problema abordado.
IV- O texto II, a charge, em comparação ao texto I, não atende aos requisitos de informatividade e situacionalidade, ainda que atenda ao propósito comunicativo, que é o de tratar de forma humorada um assunto do cotidiano.
É CORRETO o que se afirma em:
INTOLERÂNCIA NO BRASIL – UM PROBLEMA DE TODOS
O Brasil sempre é citado como uma nação tolerante às diferenças, em relação às variações de raça, gênero, orientação sexual, idade, classe social, aparência, nacionalidade, religião, ideologia política e de ciência física e intelectual. O Brasil, portanto, seria essa sociedade, em que os cidadãos têm direitos iguais, baixo preconceito e pouca discriminação, onde as pessoas conviveriam bem entre si, independentemente de suas características físicas e de seus posicionamentos ideológicos. Que sonho, não? É, mas sabemos que na prática não é bem assim.
No entanto, como podemos medir o quão intolerante o brasileiro realmente é? Uma das formas é a de comparar dados daqui com os do restante do mundo. Pesquisa realizada pelo antropólogo Luiz Mo encontrou um número assustador: 44% dos casos de assassinatos de homossexuais do mundo ocorreram em território brasileiro. O País lidera as estatísticas de mortes da comunidade LGBT.
Já falando sobre racismo, frases como “tão bonita que nem parece negra”, “não fala assim comigo, que não sou suas negas” ou “cabelo ruim” (sobre os cabelos crespos) são comuns nas redes sociais brasileiras, mostrando como a ideia da democracia racial não passa de um mito. Além disso, estatísticas ajudam a comprovar esse racismo velado do País. Enquanto o número bruto de assassinatos de brancos caiu de 19.846 em 2002 para 14.928 em 2012, no mesmo período, o número de negros assassinados subiu de 29.656 para 41.127, quase três vezes mais a quantidade de assassinatos de brancos. Pior: a população negra e parda, segundo o IBGE, dados de 2015, soma 53% dos brasileiros, enquanto a de brancos soma 45,5%. Ou seja: matam-se muito mais negros do que brancos, mesmo.
44% DOS CASOS DE ASSASSINATOS DE HOMOSSEXUAIS DO MUNDO OCORRERAM EM TERRITÓRIO BRASILEIRO.
E esse é só o princípio da discussão sobre a intolerância no Brasil. Somente em 2015, tivemos um aumento de 633% dos casos de xenofobia, sendo que somente 1% destes resultaram em processo judicial. No Congresso Nacional, um deputado deu seu voto sobre o impeachment homenageando um torturador em rede nacional. Até junho de 2016, tivemos mais de 50 casos de linchamentos registrados. Pastores estimulam fiéis em favor da intolerância contra o público LGBT. Quer mais? Negros continuam recebendo salários menores do que os dos brancos. E em um ranking com 83 países, o Brasil aparece em quinto lugar no número de homicídios de mulheres. Também percebemos, já faz tempo, que expressões intolerantes se tornaram mais comuns com a ascensão das redes sociais. E é delas que vamos falar agora.
TEXTO II – CONTINUAÇÃO...
INTOLERÂNCIAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS – NÃO SOU INTOLERANTE, MAS...
Tolerar o próximo significa conseguir manter uma relação positiva mesmo com pessoas completamente diferentes de você. Aceitar um elemento diferente da sua cultura, moral, ideologias ou padrões estéticos é essencial para o convívio pacífico em sociedade. Dentre as diversas formas de intolerância, destacamos aquelas visíveis, atos facilmente percebidos como preconceituosos ou discriminatórios, e aquelas invisíveis, atos de discriminação velada, implícita em algum comentário ou comportamento, que muitas vezes passa despercebido por aqueles que não sentem na pele esse tipo de preconceito.
Qual a diferença prática entre o preconceito visível e o invisível? Como podemos localizá-lo? Como podemos saber se estamos sendo preconceituosos se muitas vezes nem percebemos que estamos discriminando alguém? Muita calma: a desconstrução de preconceitos velados não é fácil nem rápida, mas é preciso que tenhamos capacidade de perceber que comentários e atitudes podem causar grandes estragos sobre outras pessoas, que têm sentimentos e se ofendem, assim como você. As intolerâncias visíveis são fáceis de serem identificadas, elas têm alvo explícito e direto. A intolerância feita de maneira direta, para alguém em específico ou para uma figura pública, corresponde a 72% dos casos (mesmo número no gráfico anterior), revelando que esse tipo de intolerância, na maioria dos casos, possui um alvo.
Mas e a intolerância invisível? Ela se esconde em casos cotidianos, e, muitas vezes, nem nos damos conta de nosso comportamento ou comentário preconceituoso. Uma professora manda um bilhete para a mãe de uma de suas alunas negras dizendo que a garota ficaria mais bonita se “abaixasse” o cabelo. O jovem diz para uma pessoa mais velha que ela “já não tem mais idade para certas coisas”. O homem que atravessa a rua ao ver mendigos na sua frente. Quem diz que Bolsa Família é esmola. Os pais que não querem que seu filho brinque com uma criança adotada por homossexuais. E por aí vai.
TOLERAR O PRÓXIMO SIGNIFICA CONSEGUIR MANTER UMA RELAÇÃO POSITIVA MESMO COM PESSOAS COMPLETAMENTE DIFERENTES DE VOCÊ.
Sem ofensas diretas, sem frases odiosas e sem grande alarde, comentários e atitudes como esses são reproduzidos incessantemente no nosso dia a dia, passando muitas vezes despercebidos, e contribuindo para a contínua perpetuação de barreiras e distâncias sociais.
A intolerância, visível ou invisível, está presente em nosso cotidiano: em nossas relações de trabalho e consumo, nos estereótipos que a mídia nos empurra goela abaixo, estruturada em um Estado que pune os mais pobres, implícita em discursos de líderes religiosos, explícita em projetos de lei que querem abolir a discussão de gênero na educação (e a lista, infelizmente, só cresce).
Desconstruir intolerâncias e preconceitos não é nada fácil, mas tornar explícita a intolerância daquilo que é cotidiano, daquilo ao qual não damos o devido valor, é o primeiro passo em busca de uma sociedade mais igualitária e menos segregadora.
Em: https://www.comunicaquemuda.com.br/dossie/nao-sou-intolerantemas/
A afirmação INADEQUADA sobre essa frase:
Após a leitura dos textos 5 e 6, responda à questão.
TEXTO 5
LETRA DE CHICLETE COM BANANA*
*Ano de gravação por Jackson do Pandeiro: 1959.
Jornal do Comércio
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Dezenove milhões de brasileiros acordam atualmente sem saber se vão conseguir alguma refeição para o dia. Dois anos atrás, eram 10 milhões. [...]
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Leia o texto a seguir, para responder a questão de 1.
TEXTO
Seleções do Futuro
O Programa Seleções do Futuro visa incentivar, desenvolver e democratizar o acesso à formação esportiva em futebol para crianças e adolescentes (6 aos 17 anos), buscando garantir com qualidade o direito constitucional ao esporte, por meio da implantação de núcleos de futebol de base, masculino e feminino, em todo o território nacional.
Importante reforçar que o Programa Seleções do Futuro, em seu aspecto conceitual, está alinhado com a Lei Pelé em seu Art. 3º IV, a qual caracteriza o desporto de formação pelo fomento e aquisição inicial dos conhecimentos desportivos que garantam competência técnica na intervenção desportiva, com o objetivo de promover o aperfeiçoamento qualitativo e quantitativo da prática desportiva em termos recreativos, competitivos ou de alta competição, esse último caso pertinente.
O valor público gerado pelo Programa Seleções do Futuro está associado com a possibilidade de gerar condições e oportunidades para a prática da modalidade futebol, ao desenvolver ações no sentido de contribuir para a formação e qualidade de vida (auto-estima, convívio, integração social e saúde).
Seleções do Futuro em números
• Convênios vigentes: 30 municípios
• Público atendido: 6.800 crianças e jovens
• Valor empenhado: R$ 6.420.381,55
Funcionamento do Programa:
• Implantação de “núcleos de futebol de base”, compostos por 200 beneficiados, em atividades desenvolvidas no contraturno escolar.
• A cada beneficiado será assegurada atividades com frequência mínima de duas vezes na semana, com no mínimo de 90 minutos diários e em dias alternados (total de 3h semanais – 12h/aula/mês).
• Fornecimento de equipamentos necessários para a prática desportiva: Camisa, calção, meião e chuteira.
Disponível em: https://bityli.com/Wtc3c.
Acesso em: 9 ago. 2021 (adaptação).
“[...] está alinhado com a Lei Pelé em seu Art. 3º IV [...]”
O tipo de relação em que um texto cita outro texto é conhecida como
Existe uma paráfrase no referido texto. Assinale o marcador correto que introduz o parafraseamento.
O humor dessa piada se apoia na ausência de uma característica textual, que é:
I. Há na crônica de Luis Fernando Verissimo uma intertextualidade explícita com a obra Metamorfose de Franz Kafka, embora ocorra uma inversão nos textos; já que – em Kafka – é o ser humano quem se transforma em uma barata. II. Analisando este trecho: “O seu primeiro pensamento humano foi: que vergonha, estou nua!”, pode-se entender um tipo de intertextualidade implícita, ao retomar ao episódio bíblico narrado no livro do Gênesis em que Adão e Eva assim se veem após comerem do fruto da árvore que estava no centro do jardim. III. No seguinte trecho “Conseguiu a muito custo um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.”, percebemos uma intertextualidade explícita com o livro “A hora da estrela” de Clarice Lispector, em que Macabea era também uma faxineira, que buscava uma forma de ser “gente”, de ser vista e amada pelas pessoas.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
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