Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q2561945 Português
Picada de escorpião: o que fazer e como tratar ao encontrar

o animal em casa


    Os escorpiões são animais aracnídeos peçonhentos que comem insetos, mas cuja dieta alimentar é extremamente variada. Isso explica sua capacidade de sobrevivência em locais tão variados, alguns deles até mesmo hostis. Todas as espécies de escorpião são venenosas.

   No Brasil, a presença de escorpiões em cidades vem aumentando, como mostram registros recentes de incidentes envolvendo picadas deste animal. Dados da Secretaria de Saúde do governo de São Paulo, por exemplo, registram um aumento de 12,5% de casos entre 2022 e 2023, com 49.381 episódios registrados no estado.

     Como resultado, a cada 5,6 horas uma pessoa foi picada por escorpião em São Paulo em 2023. O envenenamento causado pela picada do escorpião se dá quando as toxinas presentes no aparelho inoculador do animal, ou seja, o seu ferrão, atinge o corpo humano, podendo gerar alterações na região da picada, bem como efeitos sistêmicos no organismo como um todo.

    A gravidade da picada de um escorpião depende da espécie que inoculou o veneno e da quantidade injetada. Recomenda-se lavar a área com água e sabão e aplicar uma compressa morna no local, mas a ação necessária é sempre procurar atendimento médico. É o especialista que pode decidir aplicar (ou não) o soro antiescorpiônico (disponibilizado em hospitais de referência do Sistema Único de Saúde, o SUS), que combate a ação da toxina do aracnídeo no organismo, como informa um artigo do Hospital Israelita Albert Einstein sobre o tema. Segundo o Instituto Butantan, os escorpiões preferem locais quentes e úmidos para viver. Além disso, se encontram alimento, água, abrigo e acesso, diz o órgão, “podem sobreviver em qualquer terreno”.

     O Instituto Butantan ressalta, no entanto, que o escorpião não é um animal que ataca: “Na verdade, ele se defende se uma pessoa colocar a mão ou pisar. Seu instinto é fugir em caso de ameaça”, informa.

     O site do órgão ainda reforça que os escorpiões não devem ser banidos do mundo animal, já que como todos os seres vivos, desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico ao serem predadores de outros animais. O que se deve fazer, é evitar sua proliferação em áreas urbanas “por meio de ações de controle, captura (busca ativa) e manejo ambiental”, explica.


National Geographic Brasil. Adaptado.
Ao que a palavra “explica”, no 6º parágrafo do texto, refere-se?
Alternativas
Q2561876 Português
    No Dia Nacional dos Quadrinhos, 30 de janeiro, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), anuncia o nome da nova categoria de seu prêmio literário: Adolfo Aizen (1904-1991). O jornalista de origem judaica e russa, naturalizado brasileiro, trouxe dos EUA e licenciou por aqui as primeiras HQs com heróis como Mandrake e Flash Gordon. Aizen foi pioneiro na produção de suplementos em quadrinhos nos jornais do país, no periódico A Nação, em 1934. Foi também fundador da primeira editora nacional especializada no gênero: a Editora Brasil-América Limitada (EBAL), que funcionou entre 1945 e 1995.

     Em 1933, o jornalista viajou para os Estados Unidos a convite do Touring Club do Brasil. Lá, entrou em contato com as primeiras revistinhas de heróis, vendidas nas bancas de jornais. De volta ao Brasil, apresentou ao editor do jornal O Globo a proposta de editar um suplemento com historinhas infantis em quadrinhos. Diante da recusa, levou seu projeto para o jornal A Nação, de João Alberto Lins de Barros, que aceitou o desafio e passou a publicar o Suplemento Juvenil, entre 1934 e 1937.

    Depois, Aizen fundou a editora Grande Consórcio de Suplementos Nacionais (1937-1939) e a Editora Brasil-América Limitada (EBAL/1945-1995), empresa que seria dedicada a publicar principalmente histórias em quadrinhos. O prêmio Adolfo Aizen será concedido anualmente, junto com as demais categorias do Prêmio Literário Biblioteca Nacional, com premiação de R$ 30 mil para o trabalho vencedor.

    Atualmente, o Prêmio Literário Biblioteca Nacional, que celebra 30 anos em 2024, é dividido em doze categorias. Algumas delas: Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Romance (Prêmio Machado de Assis), Conto (Prêmio Clarice Lispector), Tradução (Prêmio Paulo Rónai), Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli).


Ministério da Cultura. Adaptado.
Sobre as informações apresentadas no texto, assinalar a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2561875 Português
    No Dia Nacional dos Quadrinhos, 30 de janeiro, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), anuncia o nome da nova categoria de seu prêmio literário: Adolfo Aizen (1904-1991). O jornalista de origem judaica e russa, naturalizado brasileiro, trouxe dos EUA e licenciou por aqui as primeiras HQs com heróis como Mandrake e Flash Gordon. Aizen foi pioneiro na produção de suplementos em quadrinhos nos jornais do país, no periódico A Nação, em 1934. Foi também fundador da primeira editora nacional especializada no gênero: a Editora Brasil-América Limitada (EBAL), que funcionou entre 1945 e 1995.

     Em 1933, o jornalista viajou para os Estados Unidos a convite do Touring Club do Brasil. Lá, entrou em contato com as primeiras revistinhas de heróis, vendidas nas bancas de jornais. De volta ao Brasil, apresentou ao editor do jornal O Globo a proposta de editar um suplemento com historinhas infantis em quadrinhos. Diante da recusa, levou seu projeto para o jornal A Nação, de João Alberto Lins de Barros, que aceitou o desafio e passou a publicar o Suplemento Juvenil, entre 1934 e 1937.

    Depois, Aizen fundou a editora Grande Consórcio de Suplementos Nacionais (1937-1939) e a Editora Brasil-América Limitada (EBAL/1945-1995), empresa que seria dedicada a publicar principalmente histórias em quadrinhos. O prêmio Adolfo Aizen será concedido anualmente, junto com as demais categorias do Prêmio Literário Biblioteca Nacional, com premiação de R$ 30 mil para o trabalho vencedor.

    Atualmente, o Prêmio Literário Biblioteca Nacional, que celebra 30 anos em 2024, é dividido em doze categorias. Algumas delas: Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Romance (Prêmio Machado de Assis), Conto (Prêmio Clarice Lispector), Tradução (Prêmio Paulo Rónai), Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli).


Ministério da Cultura. Adaptado.
No trecho “[...] que funcionou entre 1945 e 1995.”, a palavra “funcionou” está se referindo a:
Alternativas
Q2561707 Português
Observe as frases abaixo.

Vamos manter as praias sempre limpas?
Que lindas praias!
No Maranhão, há muitas praias.
Não devemos jogar lixo nas praias.

A classificação das frases acima é : 
Alternativas
Q2561704 Português
FELICIDADE

    O Lutar pelo bem-estar do próximo é condição essencial para nos tornarmos felizes. O mundo, entretanto, está repleto de pessoas que buscam a felicidade apenas para si, indiferentes à desgraça alheia.
    É uma tolice almejar a felicidade semeando a infelicidade.
    É como a água de um recipiente: se a empurramos, ela volta; se a puxamos, ela se afasta.

A alternativa que resume adequadamente as ideias do texto é:
Alternativas
Q2561622 Português
Leia a frase abaixo com atenção:

Meu marido resolveu gastar só com ele: bares, um tênis de cada cor, uma coleção de relógios. Ganhei um filho. Nos separamos.

Assinale a afirmativa correta sobre seu significado ou estruturação.
Alternativas
Q2561295 Português
São possíveis interpretações da charge apresentada na questão anterior, EXCETO: 
Alternativas
Q2561286 Português
Saúde mental depende de bem-estar físico e social, diz OMS em dia mundial



(Disponível em: www.brasil.un.org/pt-br/74566-sa%C3%BAde-mental-depende-de-bem-estar-f%C3%ADsicoe-social-diz-oms-em-dia-mundial – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise as seguintes assertivas sobre o texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) De acordo com o texto, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde classifica a saúde apenas como a ausência de doenças. ( ) Rápidas mudanças sociais, condições de trabalho estressantes, discriminação de gênero, exclusão social, estilo de vida não saudável, violência e violação dos direitos humanos são fatores que ameaçam a saúde mental das pessoas. ( ) Um indivíduo que realiza suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade apresenta um estado de bem-estar.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
Alternativas
Q2560972 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Após uma breve perda da dianteira em 2021 para a Covid-19, que naquele ano causou 411 mil óbitos, as enfermidades do coração e do sistema circulatório retomaram a liderança. De acordo com os dados do relatório "Carga global de doenças e fatores de risco cardiovasculares" mais recente, publicado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, um conjunto de 18 doenças cardiovasculares tirou a vida de aproximadamente 400 mil brasileiros em 2022, quase o equivalente ao total de mortos no pior ano da pandemia do novo coronavírus.

O relatório é parte de um estudo mais amplo chamado Carga global de doenças, ou Global burden of diseases (GBD), que envolve a participação de mais de 10 mil pesquisadores, brasileiros inclusive, e registra desde 1990 a evolução de 371 causas de morte e 88 fatores de risco relacionados a elas no mundo. Na edição de 2023 do documento sobre doenças cardiovasculares, os dados do Brasil são apresentados somados aos do Paraguai, que à época tinha 6,1 milhões de habitantes, o correspondente a cerca de 3% da população brasileira. 

Nos dois países, os únicos integrantes da sub-região denominada América Latina Tropical no GBD, as doenças cardiovasculares mataram 408 mil pessoas em 2022, um aumento de 48,4% em relação às 275 mil mortes de 1990 − no período, a população dos dois países cresceu 35,6%. No mundo todo, as mortes por doenças cardiovasculares aumentaram um pouco menos, 39,4%, passando de 12,4 milhões em 1990 para 19,8 milhões em 2022, período em que a população mundial cresceu 51%.

Dois problemas responderam, sozinhos, pela grande maioria (76%) dos óbitos em 2022 na América Latina Tropical: o infarto do miocárdio e as diferentes formas de acidente vascular cerebral (AVC). Foram 170,5 mil óbitos pelo problema cardíaco e 138,4 mil por AVC. "Os números absolutos de morte crescem porque a população está aumentando e as pessoas estão vivendo mais", explica o médico e epidemiologista Paulo Lotufo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos colaboradores do GBD.

Apesar da elevação no total de casos, devido ao crescimento e ao envelhecimento da população, em boa parte do mundo a situação vem melhorando e o número relativo de mortes por doenças cardiovasculares ajustados por idade, recurso estatístico que permite comparar dados de populações com estruturas etárias diferentes, encontra-se em queda nessas três décadas. No Brasil, a redução foi de 55,6%: baixou de 356 mortes por 100 mil pessoas em 1990 para 158 por 100 mil em 2022. No restante do planeta, a redução foi de 35%. Caiu de 358 óbitos por 100 mil em 1990 para 233 por 100 mil em 2022.

"Até os anos 2000, infarto e AVC competiam como principal causa de morte nos estados brasileiros. O diagnóstico e o controle da hipertensão arterial fizeram a taxa de mortalidade por AVC cair mais do que a taxa de mortes por infarto", conta a cardiologista Luisa Brant, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também colaboradora do GBD. A proporção de mortes por AVC em cada grupo de 100 mil passou de 138 em 1990 para 58 em 2019, queda de 58%. A de infarto baixou 52,5%, de 158 para 75, no mesmo período.

Embora a hipertensão seja o principal fator de risco para os dois problemas, distúrbios metabólicos como o diabetes não controlado e os níveis de colesterol elevados, frequentes na população brasileira, favorecem a ocorrência do infarto, ainda hoje são a principal causa de morte em todos os estados brasileiros, segundo a pesquisadora.

Retirado e adaptado de: FLORESTI, Felipe. Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/cerca-de-400- mil-pessoas-morreram-em-2022-no-brasil-por-problemascardiovasculares/ Acesso em: 26 fev., 2024.
Analise o seguinte período, retirado do texto:

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil.

Podemos afirmar que esta sentença está no presente do modo indicativo. Caso alterássemos a sentença para o futuro do pretérito do modo indicativo, teríamos:
Alternativas
Q2560971 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Após uma breve perda da dianteira em 2021 para a Covid-19, que naquele ano causou 411 mil óbitos, as enfermidades do coração e do sistema circulatório retomaram a liderança. De acordo com os dados do relatório "Carga global de doenças e fatores de risco cardiovasculares" mais recente, publicado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, um conjunto de 18 doenças cardiovasculares tirou a vida de aproximadamente 400 mil brasileiros em 2022, quase o equivalente ao total de mortos no pior ano da pandemia do novo coronavírus.

O relatório é parte de um estudo mais amplo chamado Carga global de doenças, ou Global burden of diseases (GBD), que envolve a participação de mais de 10 mil pesquisadores, brasileiros inclusive, e registra desde 1990 a evolução de 371 causas de morte e 88 fatores de risco relacionados a elas no mundo. Na edição de 2023 do documento sobre doenças cardiovasculares, os dados do Brasil são apresentados somados aos do Paraguai, que à época tinha 6,1 milhões de habitantes, o correspondente a cerca de 3% da população brasileira. 

Nos dois países, os únicos integrantes da sub-região denominada América Latina Tropical no GBD, as doenças cardiovasculares mataram 408 mil pessoas em 2022, um aumento de 48,4% em relação às 275 mil mortes de 1990 − no período, a população dos dois países cresceu 35,6%. No mundo todo, as mortes por doenças cardiovasculares aumentaram um pouco menos, 39,4%, passando de 12,4 milhões em 1990 para 19,8 milhões em 2022, período em que a população mundial cresceu 51%.

Dois problemas responderam, sozinhos, pela grande maioria (76%) dos óbitos em 2022 na América Latina Tropical: o infarto do miocárdio e as diferentes formas de acidente vascular cerebral (AVC). Foram 170,5 mil óbitos pelo problema cardíaco e 138,4 mil por AVC. "Os números absolutos de morte crescem porque a população está aumentando e as pessoas estão vivendo mais", explica o médico e epidemiologista Paulo Lotufo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos colaboradores do GBD.

Apesar da elevação no total de casos, devido ao crescimento e ao envelhecimento da população, em boa parte do mundo a situação vem melhorando e o número relativo de mortes por doenças cardiovasculares ajustados por idade, recurso estatístico que permite comparar dados de populações com estruturas etárias diferentes, encontra-se em queda nessas três décadas. No Brasil, a redução foi de 55,6%: baixou de 356 mortes por 100 mil pessoas em 1990 para 158 por 100 mil em 2022. No restante do planeta, a redução foi de 35%. Caiu de 358 óbitos por 100 mil em 1990 para 233 por 100 mil em 2022.

"Até os anos 2000, infarto e AVC competiam como principal causa de morte nos estados brasileiros. O diagnóstico e o controle da hipertensão arterial fizeram a taxa de mortalidade por AVC cair mais do que a taxa de mortes por infarto", conta a cardiologista Luisa Brant, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também colaboradora do GBD. A proporção de mortes por AVC em cada grupo de 100 mil passou de 138 em 1990 para 58 em 2019, queda de 58%. A de infarto baixou 52,5%, de 158 para 75, no mesmo período.

Embora a hipertensão seja o principal fator de risco para os dois problemas, distúrbios metabólicos como o diabetes não controlado e os níveis de colesterol elevados, frequentes na população brasileira, favorecem a ocorrência do infarto, ainda hoje são a principal causa de morte em todos os estados brasileiros, segundo a pesquisadora.

Retirado e adaptado de: FLORESTI, Felipe. Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/cerca-de-400- mil-pessoas-morreram-em-2022-no-brasil-por-problemascardiovasculares/ Acesso em: 26 fev., 2024.
A partir da leitura cuidadosa e atenta do texto, analise as afirmações a seguir:

 I. O infarto do miocárdio e os tipos distintos de AVC foram responsáveis por quase metade dos casos de óbitos na América Latina Tropical em 2022.
II. O número relativo de mortes por doenças cardiovasculares ajustados por idade tem diminuído, embora o número total de óbitos seja grande.
III. As doenças cardiovasculares sempre foram a primeira causa de óbitos no Brasil.
IV. Os dados publicados pelo Global burden of diseases (GBD) não são confiáveis, visto que as análises associam os dados do Brasil aos do Paraguai.


 É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2560969 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Após uma breve perda da dianteira em 2021 para a Covid-19, que naquele ano causou 411 mil óbitos, as enfermidades do coração e do sistema circulatório retomaram a liderança. De acordo com os dados do relatório "Carga global de doenças e fatores de risco cardiovasculares" mais recente, publicado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, um conjunto de 18 doenças cardiovasculares tirou a vida de aproximadamente 400 mil brasileiros em 2022, quase o equivalente ao total de mortos no pior ano da pandemia do novo coronavírus.

O relatório é parte de um estudo mais amplo chamado Carga global de doenças, ou Global burden of diseases (GBD), que envolve a participação de mais de 10 mil pesquisadores, brasileiros inclusive, e registra desde 1990 a evolução de 371 causas de morte e 88 fatores de risco relacionados a elas no mundo. Na edição de 2023 do documento sobre doenças cardiovasculares, os dados do Brasil são apresentados somados aos do Paraguai, que à época tinha 6,1 milhões de habitantes, o correspondente a cerca de 3% da população brasileira. 

Nos dois países, os únicos integrantes da sub-região denominada América Latina Tropical no GBD, as doenças cardiovasculares mataram 408 mil pessoas em 2022, um aumento de 48,4% em relação às 275 mil mortes de 1990 − no período, a população dos dois países cresceu 35,6%. No mundo todo, as mortes por doenças cardiovasculares aumentaram um pouco menos, 39,4%, passando de 12,4 milhões em 1990 para 19,8 milhões em 2022, período em que a população mundial cresceu 51%.

Dois problemas responderam, sozinhos, pela grande maioria (76%) dos óbitos em 2022 na América Latina Tropical: o infarto do miocárdio e as diferentes formas de acidente vascular cerebral (AVC). Foram 170,5 mil óbitos pelo problema cardíaco e 138,4 mil por AVC. "Os números absolutos de morte crescem porque a população está aumentando e as pessoas estão vivendo mais", explica o médico e epidemiologista Paulo Lotufo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos colaboradores do GBD.

Apesar da elevação no total de casos, devido ao crescimento e ao envelhecimento da população, em boa parte do mundo a situação vem melhorando e o número relativo de mortes por doenças cardiovasculares ajustados por idade, recurso estatístico que permite comparar dados de populações com estruturas etárias diferentes, encontra-se em queda nessas três décadas. No Brasil, a redução foi de 55,6%: baixou de 356 mortes por 100 mil pessoas em 1990 para 158 por 100 mil em 2022. No restante do planeta, a redução foi de 35%. Caiu de 358 óbitos por 100 mil em 1990 para 233 por 100 mil em 2022.

"Até os anos 2000, infarto e AVC competiam como principal causa de morte nos estados brasileiros. O diagnóstico e o controle da hipertensão arterial fizeram a taxa de mortalidade por AVC cair mais do que a taxa de mortes por infarto", conta a cardiologista Luisa Brant, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também colaboradora do GBD. A proporção de mortes por AVC em cada grupo de 100 mil passou de 138 em 1990 para 58 em 2019, queda de 58%. A de infarto baixou 52,5%, de 158 para 75, no mesmo período.

Embora a hipertensão seja o principal fator de risco para os dois problemas, distúrbios metabólicos como o diabetes não controlado e os níveis de colesterol elevados, frequentes na população brasileira, favorecem a ocorrência do infarto, ainda hoje são a principal causa de morte em todos os estados brasileiros, segundo a pesquisadora.

Retirado e adaptado de: FLORESTI, Felipe. Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/cerca-de-400- mil-pessoas-morreram-em-2022-no-brasil-por-problemascardiovasculares/ Acesso em: 26 fev., 2024.
Analise o seguinte trecho, retirado do texto:

Embora a hipertensão seja o principal fator de risco para os dois problemas, distúrbios metabólicos como o diabetes não controlado e os níveis de colesterol elevados, frequentes na população brasileira, favorecem a ocorrência do infarto, ainda hoje são a principal causa de morte em todos os estados brasileiros, segundo a pesquisadora.


Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente os valores semânticos das palavras em destaque no texto: 
Alternativas
Q2560949 Português
Escolas do futuro são escolas 'low tech'
Materiais físicos impulsionam habilidades motoras, criatividade e imaginação
2. mai. 2024 | José Ruy Lozano


        Chamou a atenção da imprensa, no ano passado, o fato de que o sistema público1 de educação da Suécia decidiu voltar a usar livros e cadernos físicos2, como material didático obrigatório, no lugar de tablets e laptops. As razões apresentadas pelos suecos3 são várias, mas passam pela aprendizagem da leitura e pela manutenção da capacidade de concentração dos estudantes4. Em ambos os casos, os materiais físicos apresentam resultados muito melhores.
        Os escandinavos não estão sozinhos. Já forma uma longa fileira a lista de países desenvolvidos que ________ [vem/vêm] progressivamente abandonando equipamentos digitais e retornando ao papel e a caneta. As autoridades educacionais desses países baseiam-se em pesquisas científicas recorrentes, que apontam não só a melhoria do rendimento acadêmico como também o desenvolvimento mais adequado de habilidades motoras e o impulso à criatividade e à imaginação, sempre mais bem estimuladas pelo uso de materiais físicos nas escolas.
        Não há que se imaginar a escola contemporânea totalmente desconectada do mundo digital. Evidentemente, salas de aulas com computador e conexão à internet, que permitam a exibição de materiais visuais diversos, além de espaços com equipamentos digitais para pesquisa online, mostram-se indispensáveis no mundo de hoje. A tecnologia digital, no entanto, não é fetiche ou panaceia. Ela não só não é capaz de solucionar problemas, como, por vezes, termina por ampliá-los.
        Jonathan Haidt, professor da Universidade de Nova York, publicou dados alarmantes em seu novo livro, "The Anxious Generation" ("A Geração Ansiosa"), que aborda a deterioração da saúde mental de crianças e adolescentes a partir de 2010. Quadros de depressão, ansiedade, automutilação e suicídio _________ [tem/têm] aumentado dramaticamente desde então. Não à toa, é justamente a partir de 2010 que se dá a generalização do uso das redes sociais, notadamente o Instagram, difundindo-se entre os mais jovens.
        Ao largo das pressões negativas do mundo virtual, que captura a atenção dos mais jovens, corrói sua capacidade de concentração e os transforma em objetos manipulados por algoritmos, educadores ________ [tem/têm] reiterado a necessidade da redescoberta das relações de proximidade e do mundo físico. Nas mais renomadas escolas do Vale do Silício, na Califórnia, onde estudam os filhos dos executivos das grandes corporações mundiais de tecnologia, há poucas telas de LED e muitas ferramentas. No lugar do computador, lápis e caneta, mas também martelo, chave de fenda, pincel. A educação "mão na massa", com objetos e materiais físicos, predomina em relação a dispositivos eletrônicos.
        Diante da revolução representada pelo Big Data e pelas inteligências artificiais, devemos nos manter firmes como educadores que visam produzir conhecimento, não apenas reproduzir o que está armazenado nas bases de dados de governos e de empresas. Afinal, a educação não é apenas dar acesso a informações, mas principalmente fazer refletir e questionar a partir das informações que acessamos.

        José Ruy Lozano - Sociólogo e educador, é autor de livros didáticos e membro da Comunidade Reinventando a Educação (Core).

        LOZANO, José Ruy. Escolas do futuro são escolas 'low tech'. Folha de São Paulo, 02 de maio de 2024. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/escolas-do-futuro-sao-escolas-low-tech.shtml. Acesso em: 05 mai. 2024. Adaptado.


Qual é o ponto de vista que norteia a argumentação apresentada no artigo?
Alternativas
Q2560720 Português
De acordo com Platão e Fiorin, o texto dissertativo é ____________. Explica, analisa, classifica, avalia os seres concretos. Por isso, sua referência ao mundo faz-se por conceitos amplos, modelos genéricos, muitas vezes abstraídos do tempo e do espaço. O texto dissertativo é mais __________ do que o descritivo e o narrativo, ele explica os dados concretos da realidade. Por isso, em uma dissertação, as referências a casos concretos e particulares, ou seja, narrações ou descrições que aparecerem em seu interior, ocorrem apenas para ___________ afirmações gerais ou para argumentar a favor delas ou contra elas.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
Alternativas
Q2560710 Português
Segundo Platão e Fiorin, no primeiro contato com um texto qualquer, por mais simples que ele seja, normalmente o leitor se defronta com a dificuldade de encontrar unidade por trás de tantos significados que ocorrem na sua superfície em face de vários aspectos. Os três níveis de leitura distinguem-se um do outro pelo grau de abstração. Desse modo, pode-se imaginar que o texto admite três planos distintos na sua estrutura, quais sejam:


I. Uma estrutura superficial, onde afloram os significados mais concretos e diversificados. É nesse nível que se instalam no texto o narrador, os personagens, os cenários, o tempo e as ações concretas.

II. Uma estrutura intermediária, onde se definem basicamente os valores com que os diferentes sujeitos entram em acordo ou desacordo.

III. Uma estrutura profunda, onde ocorrem os significados mais abstratos e mais simples. É nesse nível que se podem postular dois significados abstratos que se opõem entre si e garantem a unidade do texto inteiro.


Quais estão corretos? 
Alternativas
Q2560708 Português
Ao se construir um texto, é necessário cuidado com o vocabulário, visando à compreensão da ideia; deve haver uma adequação entre o que se deseja dizer e o que se disse, e, para tanto, os recursos linguísticos que estão à disposição do produtor do texto são muitos. Considerando o que nos ensinam Platão e Fiorin, analise as assertivas abaixo sobre alguns recursos e suas respectivas definições, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.


( ) Antífrase ou ironia é utilizado quando se afirma alguma coisa que na verdade se quer negar.

( ) Lítotes, quando se diz alguma coisa e, ao mesmo tempo, nega-se explicitamente que se pretenda dizê-la, ou seja, nega-se claramente que se queira dizer o que se disse, simula-se não querer dizer o que, no entanto, se disse claramente.

( ) Preterição, quando se diz menos para significar mais; ou seja, quando se nega alguma coisa de sentido positivo para afirmar o contrário, com sentido negativo.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2560705 Português

Considerando os ensinamentos de Marcuschi, tem-se que: “Textualidade não é uma propriedade imanente a algum artefato linguístico”. Essa posição, segundo o referido autor, supõe pelo menos três aspectos, quais sejam:



I. Primeiro: um texto não é um artefato, um produto, mas um evento (uma espécie de acontecimento) e sua existência depende de que alguém o processe em algum contexto. É um fato discursivo e não um fato do sistema da língua. Dá-se na atividade enunciativa e não como uma relação de signos.



II. Segundo: um texto se define por propriedades imanentes necessárias e suficientes, por desvincular-se de um contexto interativo e por satisfazer um conjunto de condições que conduz à produção de sentidos.


III. Terceiro: a sequência de elementos linguísticos será um texto na medida em que consiga oferecer acesso interpretativo a um indivíduo que tenha experiência sociocomunicativa relevante para a compreensão.



Quais estão corretos?

Alternativas
Q2559873 Português


REINALDO JOSÉ LOPES, FOLHA DE S. PAULO,

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2024/06/redes-sociais-distorcem-instintos-morais

humanos-e-geram-fadiga-de-empatia-diz-estudo.shtml

No contexto em que se insere, denota exemplificação a palavra transcrita em:
Alternativas
Q2559784 Português

O poder dos nomes compostos


Por Fabrício Carpinejar







(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/06/o-poder-dos-nomes-compostoshtml – texto adaptado especialmente para esta prova).


Considerando o que o autor menciona a respeito do emprego dos nomes compostos antigamente, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2559782 Português

O poder dos nomes compostos


Por Fabrício Carpinejar







(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/06/o-poder-dos-nomes-compostoshtml – texto adaptado especialmente para esta prova).


Considerando o fragmento localizado entre as linhas 26 e 30, infere-se que, na opinião do autor, o emprego do nome composto ocorria para: 
Alternativas
Q2559781 Português

O poder dos nomes compostos


Por Fabrício Carpinejar







(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/06/o-poder-dos-nomes-compostoshtml – texto adaptado especialmente para esta prova).


Tendo em vista o exposto pelo texto, analise as assertivas abaixo:

I. O autor apresenta uma postura positiva a respeito da existência de gêmeos.
II. Apenas o lado paterno da família do autor apresenta nomes compostos, como seu pai, tios e tias.
III. O autor compara os nomes das pessoas mais antigas com longas fazendas e estradas.


Quais estão corretas? 
Alternativas
Respostas
2701: B
2702: A
2703: B
2704: D
2705: B
2706: A
2707: D
2708: D
2709: D
2710: E
2711: C
2712: D
2713: A
2714: E
2715: C
2716: C
2717: B
2718: A
2719: E
2720: C