Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q2534668 Português



Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.

É plausível supor, a partir das ideias do texto, que a língua vernácula de que trata o último período seja o italiano.
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Q2534667 Português



Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.

A amizade de Luca Pacioli com Leonardo da Vinci foi determinante para que Pacioli se envolvesse com a arte e com a arquitetura. 
Alternativas
Q2534666 Português



Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.

A partir da leitura do texto, é correto inferir que a Regra do Número 72 consiste em tema secundário do livro de Luca Pacioli.
Alternativas
Q2534665 Português



Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.

De acordo com o texto, para a Regra do Número 72, de Luca Pacioli, a escolha do número 72 deve‑se ao fato de os cálculos realizados com esse número serem mais fáceis e trazerem estimativas mais confiáveis que as realizadas com os números 69 e 70.
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Q2534495 Português
O SONHO DOS RATOS
 Ruben Alves


      Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade.
      Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade… Bem pertinho é modo de dizer
      Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava um gato… O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho… Os ratos odiavam o gato.
      Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro…
      Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. “Quando se estabelecer a ditadura dos ratos”, diziam os camundongos, “então todos serão felizes”…
      – O queijo é grande o bastante para todos, dizia um.
      – Socializaremos o queijo, dizia outro.
      Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções.
      Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bonito quando o gato morresse! Sonhavam. Nos seus sonhos comiam o queijo. E quanto mais o comiam, mais ele crescia. Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem: crescem sempre. E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: “o queijo, já!”…
      Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha sumido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar uns poucos passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era.
      O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu.
      Bastou a primeira mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.
      Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram.
      Arreganharam os dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou. Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo, começaram a brigar entre si.
      Alguns ameaçaram a chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
      “Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”.
      Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando. Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido.
      O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato o olhar malvado, os dentes à mostra.
      Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato. Não é por acidente que os nomes são tão parecidos.
      “Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência!”
Uma leitura geral do texto nos permite inferir, EXCETO: 
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Q2534165 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Asas de borboleta inspiram músculos artificiais e produzem eletricidade

O professor Javier Fernandez, da Universidade de Tecnologia e Design de Cingapura, vem há alguns anos estudando as possibilidades de uso da quitina como um material inteligente, biocompatível, sustentável e com múltiplas funcionalidades. Isso lhe permitiu criar uma nova classe de compósitos e fazer planos para abrigos em Marte feitos com carapaças de insetos.

A quitina é um polímero orgânico que é o principal componente das carapaças dos artrópodes, como crustáceos, alguns insetos e até das asas das borboletas. E o caso das borboletas é interessante como fonte de inspiração porque elas apresentam mudanças estruturais que podem ser copiadas para aplicações práticas. O professor Fernandez descobriu, também, que podem ser usadas para produzir eletricidade.

Assim que uma borboleta emerge do seu casulo, no estágio final da metamorfose, ela abre lentamente as asas, para que elas possam secar. O material quitinoso fica desidratado, enquanto o sangue bombeado pelas veias do inseto produz forças que reorganizam as moléculas da quitina, para que ela adquira a resistência e a rigidez únicas necessárias para o voo. E foi essa combinação natural de forças, movimento da água e organização molecular que mostrou agora a possibilidade de criação de atuadores mecânicos e para gerar energia.

"Nós demonstramos que, mesmo após serem extraídos de fontes naturais, os polímeros quitinosos mantêm sua capacidade natural de vincular diferentes forças, organização molecular e conteúdo de água para gerar movimento mecânico e produzir eletricidade, sem a necessidade de uma fonte de energia externa ou sistema de controle," disse Fernandez.

Músculos artificiais de quitina

A demonstração foi feita a partir de quitina extraída de cascas de camarão descartadas, que foi transformada em filmes com cerca de 130 micrômetros de espessura.

Ao estudar os efeitos de forças externas nesses filmes quitinosos, com foco nas mudanças na organização molecular, teor de água e propriedades mecânicas, os pesquisadores observaram que, semelhante ao desdobramento das asas das borboletas, esticar os filmes força uma reorganização em sua estrutura cristalina - as moléculas ficaram mais compactadas e o teor de água diminuiu.

Para demonstrar a aplicabilidade dos filmes, a equipe usou-os para criar músculos artificiais, que foram então montados em uma mão robótica. Controlando a concentração de água intermolecular dos filmes, por meio de mudanças ambientais e processos bioquímicos, o material gerou força suficiente para que a mão apresentasse um movimento de preensão impressionante, com uma força equivalente a 18 quilogramas - mais da metade da força de preensão média de um adulto.

Diferente da natureza inerte dos polímeros sintéticos, os filmes de quitina reorganizados podem se distender e contrair autonomamente em resposta a mudanças de umidade no ambiente, imitando a forma como alguns insetos adaptam sua casca a diferentes situações. Essa capacidade nativa permitiu que os filmes quitinosos levantassem verticalmente objetos pesando mais de 4,5 quilos.

A capacidade de produzir essa força por meios bioquímicos indica o potencial de uso dos filmes quitinosos para integração em sistemas biológicos, com aplicações biomédicas, como próteses e implantes médicos.

Filmes de quitina produzem eletricidade

Em outra demonstração, a equipe mostrou que a resposta do material às mudanças de umidade pode ser usada para extrair energia das oscilações ambientais e convertê-la em eletricidade, criando mais uma opção para a colheita de energia, um conceito para alimentação de pequenos aparelhos e sensores que hoje vem sendo dominado pelos nanogeradores triboelétricos.

Ao anexar os filmes a um material piezoelétrico, o movimento mecânico dos filmes em resposta às mudanças de umidade no ambiente foi convertido em correntes elétricas suficientes para alimentar pequenos eletrônicos, como os usados na internet das coisas.

 A quitina é o segundo polímero orgânico mais abundante na natureza - depois da celulose - e faz parte de todos os ecossistemas, podendo ser obtido de forma rápida e sustentável de vários organismos ou mesmo de resíduos urbanos.

"A quitina é usada para muitas funções complexas na natureza, desde a composição das asas dos insetos até a formação das conchas protetoras duras dos moluscos, e tem aplicação direta na engenharia. Nossa capacidade de entender e usar a quitina em sua forma nativa é fundamental para permitir novas aplicações de engenharia e desenvolvê-las dentro de um paradigma de integração ecológica e baixo consumo de energia," concluiu Fernandez.

Retirado e adaptado de: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Asas de borboleta inspiram músculos artificiais e produzem eletricidade. Inovação tecnológica. Disponível em: inaaviraamusscuooariicaa-produz -eeerciddadee&&d==0100116023080444 o=quitina-vira-musculo-artificial-produz-eletricidade&id=010160230804 Acesso em: 08 ago., 2023.
A parir da leitura atenta de "Asas de borboleta inspiram músculos artificiais e produzem eletricidade", analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiras, e F, para falsas:

(__) Foi em uma associação com o processo da metamorfose das borboletas que o estudo criou filmes.
(__) Embora o título do texto seja chamativo, a informação nele passada não está necessariamente correta.
(__) A quitina é o polímero orgânico mais abundante na natureza e faz parte de todos os ecossistemas.
(__) A capacidade dos filmes quitinosos é grande e abre possibilidades para sua aplicação em materiais como próteses e implantes.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
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Q2534056 Português

O Alpinista de cancela


Por Fabrício Carpinejar










(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/os-alpinistas-dascancelas-do-shopping-praticam-rapel-no-momento-de-encostar-o-tiquete-no-visor – texto adaptado

especialmente para esta prova).


A palavra “infindáveis” foi formada a partir da junção do prefixo in- ao vocábulo “findáveis”, conferindo a ela um sentido negativo. Assinale a alternativa que apresenta palavra formada pela adição do mesmo prefixo e com o mesmo significado.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533672 Português
Observe os textos 1 e 2:

Texto 1


“A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, no dia 19 de março, em Berlim, a etapa inicial de um vasto programa internacional de luta contra a tuberculose. Esse programa pretende prevenir a morte prematura de 10 milhões de pessoas infectados pelo bacilo de Koch nos próximos anos. ‘Trata-se do episódio mais importante da luta contra a doença mais antiga e mais mortal da história da humanidade desde a descoberta do bacilo da tuberculose por Robert Koch em 1882’, declarou o responsável por esse programa na OMS. ‘Pela primeira vez, nós temos a possibilidade de reduzir a epidemia não somente nos países ricos, mas também nos países mais pobres do planeta’”.

Texto 2

“Assiste-se hoje em diferentes regiões do mundo a uma recrudescência marcante dessa doença infecciosa. No último ano, a tuberculose matou cerca de três milhões de pessoas”.


Em todas as opções abaixo indicamos retomadas do vocábulo “tuberculose”, nos dois textos, EXCETO em:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533669 Português
A frase abaixo em que a consequência aparece antes da causa é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533663 Português
Todas as frases abaixo foram redigidas com a finalidade de ser evitada a repetição de palavras idênticas.

A frase abaixo em que o processo utilizado para isso foi o emprego de um termo de sentido geral é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533661 Português
Observe o conteúdo do seguinte cartaz:

“A Biblioteca Municipal estará fechada excepcionalmente na manhã da próxima segunda-feira”.

Entre as opções abaixo, aquela que mostra uma informação que NÃO está implícita nas frases do cartaz é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533660 Português
Observe a abundância de adjetivos na descrição abaixo:

“A mesa estava repleta de coisas: as peças de elegante porcelana inglesa estavam rodeadas de saborosos biscoitos, de magníficas tortas, de frutas amarelas, verdes, brancas, tudo isso sobre toalha de linho português”.

Sobre os adjetivos desse pequeno texto descritivo, a afirmação INADEQUADA é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533659 Português
Observe o seguinte segmento de um texto argumentativo:

“Não há vida sem diálogo. E sobre a maior parte do mundo, esse diálogo é substituído pela polêmica. O século XX é o século da polêmica e do insulto. A polêmica mantém, entre as nações e os indivíduos, e no mesmo nível de outras disciplinas, o lugar que tinha tradicionalmente o diálogo”.

A observação correta sobre o texto argumentativo, de que é exemplo o texto acima, é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533657 Português
O fragmento textual abaixo, retirado de obra de Machado de Assis, que mistura descrição e narração é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533655 Português
Um escritor francês escreveu certa vez: “A clareza é a cortesia do homem de letras”.

Segundo esse escritor, escrever bem é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533651 Português
Observe o seguinte texto:

“A Segunda Guerra foi mais ‘mundial’ que a primeira. Em lugar de 10% de neutralidade durante o primeiro conflito, só foram contados 2,5%. Em lugar de 73 milhões de mobilizados, 110 milhões. As perdas em vidas humanas foram mais consideráveis e estendidas à população civil”.

O segmento abaixo que NÃO mostra uma interpretação de fatos é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2024 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar |
Q2533650 Português
Uma das estratégias empregadas para atrair a atenção do leitor para um texto é a utilização da técnica do suspense; veja, por exemplo, o fragmento textual abaixo:

“O rapaz viu a carteira no meio do caminho por onde andava. Acelerou o passo, pegou a carteira rapidamente e enfiou-a no bolso de trás da calça; olhou para trás e para os lados para assegurar-se de que ninguém o vira. A carteira parecia gorda e, quem sabe, teria muito dinheiro; não poderia abri-la ali, pois havia gente ao redor. Pensou em ir a um bar e trancar-se no banheiro para poder examinar o conteúdo, mas àquela hora os bares ainda estavam fechados. Decidiu apressar-se para chegar a sua casa o mais rápido possível...”.

O processo de criar suspense nesse pequeno texto é construído do seguinte modo: 
Alternativas
Q2533617 Português
Considere o texto a seguir, uma peça publicitária produzida pelo Governo do Distrito Federal e reproduzida nas redes sociais. Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: < https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia>. Acesso em: 07 nov. 2023
Seguem dois comentários de internautas sobre o texto:
Comentário 1
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em:<https://www.instagram.com/liliaschwarcz/> . Acesso em: 07 nov. 2023. [Adaptado]
Comentário 2
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em:  <https://www.instagram.com/liliaschwarcz>. Acesso em: 07 nov. 2023. [Adaptado]


Os comentários dos internautas ratificam a concepção de linguagem como
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Q2533609 Português

A questão refere-se ao texto 2


Texto 2 


Isolamento

Gabriela Borges


    Helô D’Angelo é uma das maiores quadrinistas brasileiras da nova geração. Jornalista de formação, ganhou destaque com suas HQs políticas, principalmente durante as eleições de 2018. Atenta aos detalhes e inspirada pelo tédio, ano passado começou um registro sensível sobre a pandemia no Brasil com base no que via, escutava e imaginava sobre seus vizinhos. Daí nasceu Isolamento, seu segundo livro, que narra a vida de doze moradores de um predinho, que vivem o que muitos de nós vivemos durante a pandemia: o drama do pai e sua filha, afastados por suas escolhas políticas; o médico que precisa sair para trabalhar; a mulher presa no home office; o casal apaixonado; o cachorro que se torna a única companhia da dona.

    O mais interessante na narrativa criada pela autora é a estrutura, que une na mesma página a história de todos os apartamentos. É como se estivéssemos observando de longe o que se passa na janela alheia. Quem nunca? Rafael Coutinho, grande quadrinista brasileiro, escreveu o prefácio e reconhece o talento de Helô ao criar um suprapersonagem, o prédio, “que nos faz dançar no grid que ela propõe, na unidade de página que agita nossos olhos atrás de detalhes o tempo todo, voltando aos núcleos iniciais, procurando o gato, a mudança do casal, o velho reacionário que foi tomar cerveja escondido com seu comparsa do 4º”. Helô brinca que é uma verdadeira fofoca em quadrinhos. A gente gargalha em algumas páginas e chora de emoção em outras.

    Outro ponto importante são as informações extras à história, que contextualizam o que acontecia no Brasil durante a construção do livro. Uma escolha esperta da autora, que torna a obra um registro importante feito durante a própria pandemia por uma jovem artista paulistana, desses que vamos reler com as gerações futuras, para tentar explicar – e até mesmo entender – tudo o que estamos vivendo.

    Isolamento foi publicada inicialmente no formato webcomic, no perfil no Instagram da autora, para então virar um livro de 208 páginas coloridas, publicado de maneira independente por meio de uma campanha no Catarse. Já experiente em financiamento coletivo, Helô é autora também da graphic novel Dora e a Gata, de 2019.


Disponível em: <https://diplomatique.org.br/>. Acesso em: 16 fev. 2024. [Texto adaptado]

De acordo com o texto, a escritora Helô D’Angelo destaca-se pela produção de histórias em quadrinhos de teor político. As HQs são caracterizadas como
Alternativas
Q2533607 Português

A questão refere-se ao texto 2


Texto 2 


Isolamento

Gabriela Borges


    Helô D’Angelo é uma das maiores quadrinistas brasileiras da nova geração. Jornalista de formação, ganhou destaque com suas HQs políticas, principalmente durante as eleições de 2018. Atenta aos detalhes e inspirada pelo tédio, ano passado começou um registro sensível sobre a pandemia no Brasil com base no que via, escutava e imaginava sobre seus vizinhos. Daí nasceu Isolamento, seu segundo livro, que narra a vida de doze moradores de um predinho, que vivem o que muitos de nós vivemos durante a pandemia: o drama do pai e sua filha, afastados por suas escolhas políticas; o médico que precisa sair para trabalhar; a mulher presa no home office; o casal apaixonado; o cachorro que se torna a única companhia da dona.

    O mais interessante na narrativa criada pela autora é a estrutura, que une na mesma página a história de todos os apartamentos. É como se estivéssemos observando de longe o que se passa na janela alheia. Quem nunca? Rafael Coutinho, grande quadrinista brasileiro, escreveu o prefácio e reconhece o talento de Helô ao criar um suprapersonagem, o prédio, “que nos faz dançar no grid que ela propõe, na unidade de página que agita nossos olhos atrás de detalhes o tempo todo, voltando aos núcleos iniciais, procurando o gato, a mudança do casal, o velho reacionário que foi tomar cerveja escondido com seu comparsa do 4º”. Helô brinca que é uma verdadeira fofoca em quadrinhos. A gente gargalha em algumas páginas e chora de emoção em outras.

    Outro ponto importante são as informações extras à história, que contextualizam o que acontecia no Brasil durante a construção do livro. Uma escolha esperta da autora, que torna a obra um registro importante feito durante a própria pandemia por uma jovem artista paulistana, desses que vamos reler com as gerações futuras, para tentar explicar – e até mesmo entender – tudo o que estamos vivendo.

    Isolamento foi publicada inicialmente no formato webcomic, no perfil no Instagram da autora, para então virar um livro de 208 páginas coloridas, publicado de maneira independente por meio de uma campanha no Catarse. Já experiente em financiamento coletivo, Helô é autora também da graphic novel Dora e a Gata, de 2019.


Disponível em: <https://diplomatique.org.br/>. Acesso em: 16 fev. 2024. [Texto adaptado]

Na escrita do primeiro período do texto, a autora considerou, principalmente, a capacidade de o leitor 
Alternativas
Respostas
3201: C
3202: E
3203: C
3204: E
3205: E
3206: A
3207: D
3208: C
3209: C
3210: C
3211: E
3212: E
3213: B
3214: D
3215: E
3216: A
3217: A
3218: D
3219: D
3220: B