Questões de Concurso Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2486525 Português

Leia o texto para responder à questão.

 

O Amor é uma Companhia. (Alberto Caeiro).

https://www.tudoepoema.com.br/alberto-caeiro-o-amor-e-uma-companhia/  


O amor é uma companhia.

Já não sei andar só pelos caminhos,

Porque já não posso andar só.

Um pensamento visível faz-me andar mais depressa

E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.


Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.

Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

De acordo com o texto, pode-se compreender que a palavra “visível” significa:  
Alternativas
Q2486522 Português

Leia o texto para responder à questão.

 

O Amor é uma Companhia. (Alberto Caeiro).

https://www.tudoepoema.com.br/alberto-caeiro-o-amor-e-uma-companhia/  


O amor é uma companhia.

Já não sei andar só pelos caminhos,

Porque já não posso andar só.

Um pensamento visível faz-me andar mais depressa

E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.


Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.

Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Com base na leitura do texto, assinale a alternativa incorreta.  
Alternativas
Q2486404 Português
Vou-me Embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Fonte: BANDEIRA, M., Bandeira a Vida Inteira, Editora Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986. Adaptado.
Considerando o poema "Vou-me Embora pra Pasárgada" de Manuel Bandeira, qual das seguintes figuras de linguagem é predominante, contribuindo significativamente para a construção da temática central do poema?
Alternativas
Q2486403 Português
Vou-me Embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Fonte: BANDEIRA, M., Bandeira a Vida Inteira, Editora Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986. Adaptado.
Analisando as técnicas literárias empregadas por Manuel Bandeira no poema "Vou-me Embora pra Pasárgada", é possível identificar a presença de:
Alternativas
Q2486402 Português
Vou-me Embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Fonte: BANDEIRA, M., Bandeira a Vida Inteira, Editora Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986. Adaptado.
A partir da leitura do poema "Vou-me Embora pra Pasárgada", de Manuel Bandeira, identifique a interpretação que melhor representa a utilização da figura de Pasárgada pelo autor.
Alternativas
Q2486347 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão.


Em busca da despedida perfeita
Carlos Castelo | 31/01/2024 | 00h10


[...] Sou crítico de velórios, profissão que passei a exercer com a seriedade de um sommelier de bistrô parisiense. Só não espere compaixão ou reverência de mim. O que procuro em um funeral é a excelência, o esplendor fúnebre, se é que isso soa menos mórbido.

O mais interessante é como vim parar nessa carreira. Comecei no jornalismo como colunista de economia, redigindo análises com o sobe e desce dos mercados, inflação, taxas de juros. Entretanto, em um belo dia, o chefe decidiu me transferir para a editoria de obituários.

A ideia me pareceu um rebaixamento. [...] Mas, pensando bem, hoje em dia, qual a diferença entre as finanças e o falecimento? Ambos tratam de perdas, de falências inevitáveis.

Com o passar do tempo, o editor [...] criou na publicação a coluna do crítico de velórios. No começo, torci o nariz para a mudança. Mas acabei por apreciar o novo papel. [...]

Cada detalhe conta uma história, cada cerimônia é um drama a ser analisado. E aqui estou eu, transformado de economista a crítico de velórios.

Na última semana, tive o desprazer, ou deveria dizer, a insatisfação, de avaliar três cerimônias fúnebres distintas.

A primeira, que falta de esmero! As flores eram tão poucas que mais pareciam um pedido de desculpas do que uma homenagem póstuma. As coroas, nem vale a pena mencionar. Não quero falar mal do morto, mas acredite, ele merecia mais.

O caixão, se é que posso chamar aquela caixa de madeira barata de ataúde, parecia saído de um catálogo de descontos. [...]

O segundo evento era ligeiramente melhor.

[...] Por fim, o terceiro velório. Esperava algo grandioso, afinal, era um nome conhecido na sociedade. Mas, que decepção... A urna, embora decente, não tinha o brilho que esperava. [...]

Em resumo, essa semana foi um desastre no que tange ___ (a/à) arte fúnebre. Quando chegar ___ (a/à) minha hora, caro leitor, espero que façam melhor. Um crítico de velórios merece um adeus ___ (a/à) altura de suas análises. Mas, até lá, continuarei minha busca pela despedida perfeita, onde o luto se encontra com o luxo, e o adeus é uma obra de arte. Não morro sem ver esse dia...


Fonte: CASTELO, Carlos. Em busca da despedida perfeita. O Estado de São Paulo, 31 de janeiro de 2024. Disponível em: < https://www.estadao.com.br/emais/cronica-porquilo/em-busca-da-despedida-perfeita/>. Acesso em: 05 jan. 2024. Adaptado.
Pela leitura do texto, é correto concluir que: 
Alternativas
Q2486252 Português
       No dia 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II assinou o Decreto nº 2.723, que fundou a Caixa Econômica da Corte. Desde então, a CAIXA caminha lado a lado com a trajetória do país, acompanhando seu crescimento e o de sua população. A CAIXA sempre esteve presente em todas as principais transformações da história do país, como mudanças de regimes políticos, processos de urbanização e industrialização, apoiando e ajudando o Brasil.

         Com sua experiência acumulada, inaugurou, em 1931, operações de empréstimo por consignação para pessoas físicas; três anos depois, por determinação do governo federal, assumiu a exclusividade dos empréstimos sob penhor, o que extinguiu as casas de prego operadas por particulares.

         No dia 1º de junho do mesmo ano, foi assinada a primeira hipoteca para a aquisição de imóveis da Caixa do Rio de Janeiro.

        Em 1986, a CAIXA incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH) e assumiu definitivamente a condição de maior agente nacional de financiamento da casa própria e de importante financiadora do desenvolvimento urbano, especialmente do saneamento básico. No mesmo ano, com a extinção do BNH, tornou-se o principal agente do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), administradora do FGTS e de outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

         Quatro anos depois, em 1990, iniciou ações para centralizar todas as contas vinculadas do FGTS, que, à época, eram administradas por mais de 70 instituições bancárias.

          Desde o início, alinhada às necessidades da população.

       Ao longo de sua trajetória, a CAIXA vem estabelecendo estreitas relações com a população ao atender às suas necessidades  imediatas, como poupança, empréstimos, FGTS, Programa de Integração Social (PIS), Seguro-Desemprego, crédito educativo, financiamento habitacional e transferência de benefícios sociais.

      Também deu ao povo brasileiro a chance de sonhar com uma vida melhor, com as Loterias Federais, das quais detém o monopólio desde 1961.

        O ano de 1969 foi um dos marcos na história da CAIXA. O Decreto-Lei Nº 759 daquele ano a constituiu como uma empresa pública e deu a ela diversas obrigações e deveres, com foco em serviços de natureza social, promoção da cidadania e do desenvolvimento do país.

         Desde sua criação, a CAIXA não parou de crescer, de se desenvolver, de diversificar e ampliar suas áreas de atuação. Uma prova é seu Estatuto Social, renovado sempre que é preciso se adaptar à realidade dos brasileiros. A última atualização foi em 4 de agosto de 2021. A CAIXA, além de atender a correntistas, trabalhadores, beneficiários de programas sociais e apostadores, acredita e apoia iniciativas artístico-culturais, educacionais e desportivas em todo o Brasil.

          Hoje, a CAIXA tem uma posição consolidada no mercado como um banco de grande porte, sólido e moderno. Como principal agente das políticas públicas do governo federal, está presente em todo o país, sem perder sua principal finalidade: a de acreditar nas pessoas.


https://www.caixa.gov.br/sobre-a-caixa/ apresentacao/Paginas/default.aspx
[Questão inédita] Segundo o texto, o que caracteriza a trajetória da CAIXA é:
Alternativas
Q2485374 Português

Analise as proposições e assinale a alternativa correta de acordo com o texto.


A maior parte das pessoas, quando ouve falar em “Saúde Mental”, pensa em “Doença Mental”. Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 26 abr. 2024.


I. Ter saúde mental envolve mais fatores do que apenas não apresentar algum tipo de doença mental.
II. Pessoas com tendências a desenvolver doença mental em alguma fase da vida podem apresentar sinais de sofrimento físico ao enfrentar desafios sozinhas.
III. Pessoas mentalmente saudáveis enfrentam os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e consciência de que não são perfeitas e que não podem resolver tudo sozinhas.


Alternativas
Q2485373 Português
Os termos destacados do texto exercem a mesma função sintática em:

Nas grandes cidades há um fenômeno denominado de Ilhas de Calor Urbana (ICU). Esse termo se refere ao maior aquecimento do centro de uma cidade, em comparação à sua região mais periférica ou próxima a parques. Mas, se recebem a mesma incidência solar, por que uma região tem maiores temperaturas? Este fenômeno ocorre, dentre outros fatores, por causa da redução arbórea das áreas centrais.

As árvores não atuam somente para a melhoria da paisagem de um ambiente, elas são importantes reguladoras da temperatura, irradiação solar, umidade e da poluição do ar. A sua copa atua como uma barreira solar natural. As suas folhas, ao interceptar os raios solares, impedem o aquecimento do entorno, [...]. Dessa forma melhoram o microclima, ajudando também na diminuição das ICU.

Texto adaptado. Disponível em: https://www.petesa.eng.ufba.br/blog/qual-importancia-daarborizacao-nas-cidades. Acesso em: 26 abr. 2024. 
Alternativas
Q2485242 Português

Texto 1 


A paz de Santa Maria de Maricá
Rubem Braga







Fonte: Um cartão de Paris. Seleção e organização de Domício Proença Filho, Record, 1997, pp. 128-129.Publicada, originalmente, em O Estado de S. Paulo, de 21/12/1990. Disponível em https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16107/apaz-de-santa-maria-de-marica. Acesso em: 11 mar 2024.
Rubem Braga é considerado um dos maiores cronistas brasileiros. Das características abaixo, aquela que comprova ser “A paz de Santa Maria de Maricá” uma crônica é
Alternativas
Q2484792 Português
Texto 03: 

“UNABOMBER” É UMA DAS VÍTIMAS DA MÍDIA

        A sociedade industrial moderna impôs condições insuportáveis ao ser humano: densidade demográfica excessiva, separação entre o homem e a natureza, rapidez extrema das transformações sociais.
        Os conservadores se queixam da decadência dos valores tradicionais, mas apoiam entusiasticamente o progresso tecnológico e o crescimento econômico.
        Nunca lhes ocorre que não se pode operar transformações drásticas na tecnologia e na economia de uma sociedade sem provocar transformações velozes em outros aspectos da sociedade também, e que tais transformações levam inevitavelmente à ruptura dos valores tradicionais.
        Os esquerdistas se identificam profundamente com os problemas de grupos que transmitem imagens de fracos e derrotados; é por masoquismo que se identificam com tais problemas. 
        Não escrevi os três parágrafos acima. Reproduzo trechos do manifesto feito pelo terrorista Unabomber, publicado pelo "Washington Post" nesta semana.
        Unabomber já matou 3 pessoas, por meio de cartas-bomba. Age desde 1978. Exigiu que o "Washington Post" e o "New York Times" publicassem um manifesto de sua autoria (um caderno especial de oito páginas), comprometendo-se, em troca, a não matar mais ninguém.
        Os dois jornais cederam à chantagem, obedecendo aliás a instruções do governo americano. Ambos racharam os gastos com a publicação do manifesto, que por razões técnicas só pôde ser reproduzido integralmente pelo "Washington Post".
        O caso é espantoso sob vários aspectos, mas o mais espantoso de todos é o fato de que as ideias de Unabomber, pelo menos os trechos traduzidos pela Folha na quarta-feira, não têm nada de maluco ou de demente.
        São, ao contrário, de grande sensatez. Um terrorista sensato: só isso é o que faltava para a loucura mundial.
        Criticar o avanço tecnológico, os extremos da densidade demográfica, a ingenuidade dos conservadores, como nos trechos que reproduzi no começo do artigo, pode ser uma atitude polêmica, pode suscitar discussões ou dúvidas, mas não é sintoma paranoico nem loucura.
        Unabomber vê com preocupação os avanços da tecnologia. Nota que a sociedade industrial é patológica, doente. Critica os conservadores com inteligência. Desconfia, nietzscheanamente, dos motivos ocultos atrás do esquerdismo.
        Não que eu concorde com o que ele diz. Mas só o fato de ele ter produzido um texto com o qual se possa debater já é admirável.
        Unabomber se revela um discípulo de Rousseau, de Nietzsche, de Thoreau; nota o desajuste entre natureza e sociedade. Nota o que talvez seja um dos problemas mais graves da sociedade contemporânea: o avanço tecnológico, destinado a dar mais conforto à humanidade, termina tornando a vida ainda mais insuportável.
        Alguns exemplos. Um carro foi feito para levar as pessoas mais depressa de um ponto a outro da cidade. É uma grande invenção. Mas por isso mesmo todo mundo compra um carro, e termina engarrafado. Tudo é feito para economizar tempo. Teoricamente, um computador eliminaria as filas de bancos. Mas acontece que um computador, quando quebra, impõe o caos e filas quilométricas.
        Mais grave: os esforços no sentido de melhorar a tecnologia, de ganhar tempo acabam por ocupar a mão-de-obra disponível de forma frenética. 
            O executivo ganha tempo ao falar no telefone celular, ao mexer em seu computador – e vive se queixando de falta de tempo. Seu lazer é cronometrado: nada melhor, então, que entrar no drive-through do McDonald's, com o celular em punho, para "ganhar tempo". Só que ele não "ganha tempo", numa sociedade em que o tempo está sempre se acelerando. Ele apenas se adapta às novas exigências da eficácia moderna.
            A tecnologia tinha tudo para trazer felicidade à espécie humana, mas o ambiente social nada mais fez senão frustrar essa utopia.
            O terrorista Unabomber está certo em seu descontentamento. Mas é também um louco e um assassino. Como entender essa contradição? 
        Tenho a seguinte hipótese. O grande problema de Unabomber não é a sociedade tecnológica, os conservadores ou a esquerda. Acho que ele sofre de solidão política. É uma vítima dos meios de comunicação. Trata-se, talvez, de um caso radicalizado daquelas pessoas que mandam cartas para jornais. Falei delas há pouco tempo. Criticam ou adoram, insultam ou enaltecem os colunistas e comentaristas; psicologicamente, encontram nos meios de comunicação um reflexo ou um antirreflexo de tudo o que pensam.
        É um novo tipo de excluído: não o operário destituído dos meios de produção, mas o pensador rejeitado pelos meios de comunicação. A mídia contemporânea tem uma forma, um ambiente de totalitários.
        Minha modesta opinião, assim como a de Arnaldo Jabor, Antônio Callado ou Fernando Gabeira, assumem involuntariamente um caráter totalitário, profético, definitivo, o que é irritante ou insultuoso para o leitor comum.
        Unabomber radicaliza essa ideia do leitor comum. É capaz de matar, pelo simples fato de que não dizem o que ele gostaria de dizer. Mas sua mensagem ideológica é menos importante do que a vontade de ser criminoso e chantagista. Suas ideias são até certo ponto corretas, mas ao mesmo tempo são sintomas de sua frustração.

(Texto de Marcelo Coelho. Adaptado do Original. Disponível emhttps://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/9/22/ilustrad a/23.html).
Assinale a alternativa que melhor reflete a opinião expressa pelo autor em relação ao terrorista conhecido como Unabomber?
Alternativas
Q2484791 Português
Texto 02:

        A sociedade industrial e suas consequências têm sido um desastre para a raça humana. Elas não apenas aumentaram em muito a expectativa de vida nos países "avançados", como também desestabilizaram a sociedade, tornaram a vida frustrante, sujeitaram os seres humanos a indignidades, provocaram sofrimento psicológico generalizado (no Terceiro Mundo, sofrimentos físicos também) e infligiram graves danos ao mundo natural. O contínuo desenvolvimento da tecnologia irá agravar essa situação.
        O sistema tecnológico industrial poderá sobreviver, ou poderá entrar em colapso. Se sobreviver, é possível -apenas possível- que com o tempo chegue a um nível reduzido de sofrimento físico e psicológico. Mas isso só poderá acontecer depois de passado um período longo e muito doloroso de adaptação, e apenas ao custo da redução permanente dos seres humanos e muitos outros organismos vivos à situação de produtos criados artificialmente e meras peças na máquina social. 
        Se o sistema entrar em colapso, as consequências serão muito dolorosas. Mas quanto mais o sistema crescer mais desastrosos serão os resultados de sua ruptura. Portanto, se pretendemos provocar sua ruptura é melhor fazê-lo mais cedo do que mais tarde.
        Por essas razões defendemos uma revolução contra o sistema industrial. Essa revolução pode ou não fazer uso da violência. Ela poderá ser repentina ou ser um processo relativamente gradativo, estendendo-se por algumas décadas.
(Excerto do livro "A Sociedade Industrial e Seu Futuro", também conhecido como "Manifesto Unabomber", escrito por Theodore Kaczynski) 

Nos termos do texto, uma análise criteriosa das ideias expressas por Theodore Kaczynski revela uma crítica incisiva à sociedade industrial e suas ramificações nefastas. Assinale a opção que melhor sintetiza a perspectiva defendida pelo autor?
Alternativas
Q2484789 Português

A questão tem como base o texto 01.

Texto 01:

O CASO ESCOLA BASE


        Nos últimos 20 anos, os jornais sofreram vertiginosa transformação. Há pouco mais de duas décadas, porém, o modelo convencional de jornalismo cometeu uma das maiores “barrigas”, com efeitos trágicos sobre a vida dos personagens envolvidos. Barriga é jargão entre jornalistas. Significa erro, falha, informação improcedente, uma mentira publicada, enfim.
        Em março de 1994, os brasileiros tomaram conhecimento, pelos jornais diários, revistas, emissoras de rádio e televisão que havia uma grave denúncia contra professores e funcionários de uma escola para crianças, no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo. Eles eram acusados da prática de abuso sexual contra os menores. As manchetes, taxativas. Na Escola de Educação Infantil Base, as crianças seriam vítimas de abusos em orgias gravadas em fitas que depois eram exibidas nos aparelhos de videocassete. As reportagens foram elaboradas a partir das informações colhidas com fontes autorizadas, delegados de polícia, investigadores e mães de pelo menos quatro crianças.
        A “escolinha do sexo” virou palco da vingança e da tragédia. Funcionários foram torturados por policiais. O local, pichado, depredado. Os proprietários presos. O inferno chegara após avisá-los pelos jornais.
        A irresponsabilidade originada das denúncias validadas pela autoridade policial contaminou jornais e jornalistas. O caso realçou o “fontismo”, termo que indica a dependência do jornalista pelas declarações das fontes de informação, sem que o contraditório seja apurado, investigado.
        Mais tarde, constatou-se que nenhuma prova fora produzida contra os acusados. Eram inocentes.
        Uma cadeia de erros foi construída. Entre os grandes jornais paulistas, somente o Diário Popular, com uma tiragem acima dos 200 mil exemplares/dia, recusou-se a se contaminar pelo engano. E publicou apenas uma nota, nas páginas internas da edição da terça-feira, 29 de março daquele ano. Mas, a parcimônia e o cuidado dos jornalistas do Diário Popular não foram critérios para os concorrentes. Todos os outros foram conduzidos pelo estado emocional das mães que acusavam a escola de ser palco das orgias com seus filhos e pelas declarações do delegado responsável pelo inquérito.
        Os proprietários, Icushiro Shimada e a esposa, Maria Aparecida Shimada, ingressaram com ações cíveis contra os jornais. Editora Abril, Folha de São Paulo, Rede Globo, SBT, entre outras empresas, foram sentenciadas a indenizá-los, como ao motorista Maurício Alvarenga. Icushiro e Maria Aparecida morreram sem ter recebido as indenizações. Ele, de infarto no miocárdio em abril deste ano. Ela, de câncer, em 2007.
        A verdade no jornalismo é provisória. E depende dos processos nos quais informações e contrainformações bem apuradas se debatem por um lugar nas páginas impressas, nas telas digitais ou na edição audiovisual. Desrespeitar tais fundamentos é arriscar repetir o caso Escola de Base e aprofundar o grau de descrédito sobre um jornalismo rasteiro, apressado e descompromissado com os fatos. Inverter essa equação é desafio para jornais, jornalistas e sociedade.

(Autoria Professor Mestre Marcel J. Cheida. Disponível em https://www.puccampinas.edu.br/artigo-o-caso-escola-base-profme-marcel-j-cheida/)

De acordo com o texto, qual é o principal desafio apresentado para o jornalismo, jornalistas e sociedade?
Alternativas
Q2484788 Português

A questão tem como base o texto 01.

Texto 01:

O CASO ESCOLA BASE


        Nos últimos 20 anos, os jornais sofreram vertiginosa transformação. Há pouco mais de duas décadas, porém, o modelo convencional de jornalismo cometeu uma das maiores “barrigas”, com efeitos trágicos sobre a vida dos personagens envolvidos. Barriga é jargão entre jornalistas. Significa erro, falha, informação improcedente, uma mentira publicada, enfim.
        Em março de 1994, os brasileiros tomaram conhecimento, pelos jornais diários, revistas, emissoras de rádio e televisão que havia uma grave denúncia contra professores e funcionários de uma escola para crianças, no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo. Eles eram acusados da prática de abuso sexual contra os menores. As manchetes, taxativas. Na Escola de Educação Infantil Base, as crianças seriam vítimas de abusos em orgias gravadas em fitas que depois eram exibidas nos aparelhos de videocassete. As reportagens foram elaboradas a partir das informações colhidas com fontes autorizadas, delegados de polícia, investigadores e mães de pelo menos quatro crianças.
        A “escolinha do sexo” virou palco da vingança e da tragédia. Funcionários foram torturados por policiais. O local, pichado, depredado. Os proprietários presos. O inferno chegara após avisá-los pelos jornais.
        A irresponsabilidade originada das denúncias validadas pela autoridade policial contaminou jornais e jornalistas. O caso realçou o “fontismo”, termo que indica a dependência do jornalista pelas declarações das fontes de informação, sem que o contraditório seja apurado, investigado.
        Mais tarde, constatou-se que nenhuma prova fora produzida contra os acusados. Eram inocentes.
        Uma cadeia de erros foi construída. Entre os grandes jornais paulistas, somente o Diário Popular, com uma tiragem acima dos 200 mil exemplares/dia, recusou-se a se contaminar pelo engano. E publicou apenas uma nota, nas páginas internas da edição da terça-feira, 29 de março daquele ano. Mas, a parcimônia e o cuidado dos jornalistas do Diário Popular não foram critérios para os concorrentes. Todos os outros foram conduzidos pelo estado emocional das mães que acusavam a escola de ser palco das orgias com seus filhos e pelas declarações do delegado responsável pelo inquérito.
        Os proprietários, Icushiro Shimada e a esposa, Maria Aparecida Shimada, ingressaram com ações cíveis contra os jornais. Editora Abril, Folha de São Paulo, Rede Globo, SBT, entre outras empresas, foram sentenciadas a indenizá-los, como ao motorista Maurício Alvarenga. Icushiro e Maria Aparecida morreram sem ter recebido as indenizações. Ele, de infarto no miocárdio em abril deste ano. Ela, de câncer, em 2007.
        A verdade no jornalismo é provisória. E depende dos processos nos quais informações e contrainformações bem apuradas se debatem por um lugar nas páginas impressas, nas telas digitais ou na edição audiovisual. Desrespeitar tais fundamentos é arriscar repetir o caso Escola de Base e aprofundar o grau de descrédito sobre um jornalismo rasteiro, apressado e descompromissado com os fatos. Inverter essa equação é desafio para jornais, jornalistas e sociedade.

(Autoria Professor Mestre Marcel J. Cheida. Disponível em https://www.puccampinas.edu.br/artigo-o-caso-escola-base-profme-marcel-j-cheida/)

Podemos dizer qual foi o principal resultado do caso Escola Base em relação às ações judiciais movidas pelos proprietários e o motorista? (Sempre, tendo como base exclusivamente a leitura do texto).
Alternativas
Q2484787 Português

A questão tem como base o texto 01.

Texto 01:

O CASO ESCOLA BASE


        Nos últimos 20 anos, os jornais sofreram vertiginosa transformação. Há pouco mais de duas décadas, porém, o modelo convencional de jornalismo cometeu uma das maiores “barrigas”, com efeitos trágicos sobre a vida dos personagens envolvidos. Barriga é jargão entre jornalistas. Significa erro, falha, informação improcedente, uma mentira publicada, enfim.
        Em março de 1994, os brasileiros tomaram conhecimento, pelos jornais diários, revistas, emissoras de rádio e televisão que havia uma grave denúncia contra professores e funcionários de uma escola para crianças, no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo. Eles eram acusados da prática de abuso sexual contra os menores. As manchetes, taxativas. Na Escola de Educação Infantil Base, as crianças seriam vítimas de abusos em orgias gravadas em fitas que depois eram exibidas nos aparelhos de videocassete. As reportagens foram elaboradas a partir das informações colhidas com fontes autorizadas, delegados de polícia, investigadores e mães de pelo menos quatro crianças.
        A “escolinha do sexo” virou palco da vingança e da tragédia. Funcionários foram torturados por policiais. O local, pichado, depredado. Os proprietários presos. O inferno chegara após avisá-los pelos jornais.
        A irresponsabilidade originada das denúncias validadas pela autoridade policial contaminou jornais e jornalistas. O caso realçou o “fontismo”, termo que indica a dependência do jornalista pelas declarações das fontes de informação, sem que o contraditório seja apurado, investigado.
        Mais tarde, constatou-se que nenhuma prova fora produzida contra os acusados. Eram inocentes.
        Uma cadeia de erros foi construída. Entre os grandes jornais paulistas, somente o Diário Popular, com uma tiragem acima dos 200 mil exemplares/dia, recusou-se a se contaminar pelo engano. E publicou apenas uma nota, nas páginas internas da edição da terça-feira, 29 de março daquele ano. Mas, a parcimônia e o cuidado dos jornalistas do Diário Popular não foram critérios para os concorrentes. Todos os outros foram conduzidos pelo estado emocional das mães que acusavam a escola de ser palco das orgias com seus filhos e pelas declarações do delegado responsável pelo inquérito.
        Os proprietários, Icushiro Shimada e a esposa, Maria Aparecida Shimada, ingressaram com ações cíveis contra os jornais. Editora Abril, Folha de São Paulo, Rede Globo, SBT, entre outras empresas, foram sentenciadas a indenizá-los, como ao motorista Maurício Alvarenga. Icushiro e Maria Aparecida morreram sem ter recebido as indenizações. Ele, de infarto no miocárdio em abril deste ano. Ela, de câncer, em 2007.
        A verdade no jornalismo é provisória. E depende dos processos nos quais informações e contrainformações bem apuradas se debatem por um lugar nas páginas impressas, nas telas digitais ou na edição audiovisual. Desrespeitar tais fundamentos é arriscar repetir o caso Escola de Base e aprofundar o grau de descrédito sobre um jornalismo rasteiro, apressado e descompromissado com os fatos. Inverter essa equação é desafio para jornais, jornalistas e sociedade.

(Autoria Professor Mestre Marcel J. Cheida. Disponível em https://www.puccampinas.edu.br/artigo-o-caso-escola-base-profme-marcel-j-cheida/)

De acordo com o texto, podemos dizer que termo "fontismo" significa:
Alternativas
Q2484713 Português

Texto 04:


Falam tanto sobre a vida de casado. De como ela acaba com o amor, de como se tornam distantes os que vivem ao alcance das mãos. Afirmam que é destino da intimidade abrir passagem para a indelicadeza, que a disponibilidade afasta o desejo e a convivência mina o afeto, como se essas fossem leis imutáveis. São fartos os exemplos dos que vivem juntos apenas se tolerando, dos que se destroem com o empenho com que se beijavam. Que falem os mal-amados sobre suas profecias amargas, que sinalizem os abismos, as curvas, as areias movediças — nada comoverá. Não há quem convença um apaixonado com a dor alheia. Nem a própria dor pode salvá–lo. Cite todos os casos, reúna os parentes infelizes no amor, pregue nas paredes as páginas policiais escritas com sangue e paixão, nada demoverá os que foram fisgados.

(Trecho de “Tudo é Rio”. Autora Carla Madeira).

Ainda sobre o texto extraído de “Tudo é Rio”, assinale a alternativa que relata o tema primordial discutido no texto apresentado?
Alternativas
Q2484708 Português

Texto 01:


O que é, o que é?
Clara e salgada,
Cabe em um olho e pesa uma tonelada
Tem sabor de mar,
Pode ser discreta Inquilina da dor,
Morada predileta
Na calada ela vem,
Refém da vingança,
Irmã do desespero,
Rival da esperança
Pode ser causada por vermes e mundanas
E o espinho da flor,
Cruel que você ama
Amante do drama,
Vem pra minha cama,
Por querer, sem me perguntar me fez sofrer
E eu que me julguei forte,
E eu que me senti,
Serei um fraco quando outras delas vir

(Trecho de “Jesus Chorou” – Canção de Racionais MC. Letra de Kleber Geraldo Kllelis Simões e Pedro Paulo Soares Pereira)

Segundo a descrição fornecida na música, assinale a alternativa que descreve de maneira precisa a entidade mencionada: 
Alternativas
Q2484707 Português

Texto 01:


O que é, o que é?
Clara e salgada,
Cabe em um olho e pesa uma tonelada
Tem sabor de mar,
Pode ser discreta Inquilina da dor,
Morada predileta
Na calada ela vem,
Refém da vingança,
Irmã do desespero,
Rival da esperança
Pode ser causada por vermes e mundanas
E o espinho da flor,
Cruel que você ama
Amante do drama,
Vem pra minha cama,
Por querer, sem me perguntar me fez sofrer
E eu que me julguei forte,
E eu que me senti,
Serei um fraco quando outras delas vir

(Trecho de “Jesus Chorou” – Canção de Racionais MC. Letra de Kleber Geraldo Kllelis Simões e Pedro Paulo Soares Pereira)

De acordo com o trecho da música "Jesus Chorou" dos Racionais MC, assinale a opção que melhor representa o tema abordado de forma mais profunda: 
Alternativas
Q2484639 Português
Observe a frase a seguir.

“Há sempre tempo para se dizer alguma coisa, mas não para se ficar em silêncio”.

Assinale a modificação estrutural dessa frase que não está adequada.
Alternativas
Q2484638 Português
Leia o seguinte texto destinado a vender um tipo de caneta esferográfica.

“A Caneta Cristal faz jus ao nome: mostra uma transparência cristalina, podendo-se acompanhar a disponibilidade de tinta no depósito. É muito elegante com sua pequena tampa que impede o vazamento de tinta para a roupa do usuário. Sua tinta seca rapidissimamente. É mais barata que as concorrentes no mercado”.

Em relação a esse texto, assinale a afirmativa incorreta.
Alternativas
Respostas
4281: B
4282: D
4283: C
4284: C
4285: A
4286: D
4287: B
4288: B
4289: C
4290: A
4291: C
4292: C
4293: C
4294: D
4295: D
4296: A
4297: D
4298: B
4299: B
4300: C