Questões de Concurso
Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português
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Leia o poema a seguir e responda à questão.
A casa
Vinícius de Moraes
Rio de Janeiro, 1970
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
Analise as seguintes afirmativas sobre o poema de Vinícius de Moraes:
I) Apesar de ser escrito em prosa e não em versos, o poema “A casa” de Vinícius de Moraes apresenta, predominantemente, a tipologia descritiva;
II) Os termos “nela” e “ali” possibilitam a coesão por reiteração, construindo a progressão temática no texto;
III) O tempo verbal no pretérito imperfeito revela uma característica da tipologia narrativa que, também, está presente neste poema.
Após análise das afirmativas, conclui-se que:
Leia o texto a seguir e responda da questão.
ISOLAR CRIANÇAS EM ESCOLAS ESPECIAIS É RETROCESSO HUMANO E SOCIAL
Jairo Marques
Ressurgem no Congresso Nacional e no âmbito do governo federal discussões para que o Brasil volte a adotar o modelo de escolas especiais exclusivas para crianças com deficiência, sobretudo para aquelas com comprometimentos cognitivos severos ou com comportamento que foge muito ao que se tem de padrão: um aluno calado, sentado na carteira escolar e que não dá trabalho.
Depois de décadas de discussão, o país passou a adotar a escola do “todos juntos”, em que, independentemente das características físicas, sensoriais ou intelectuais de um pequeno, ele estará na sala de aula ao lado das demais crianças, aprendendo a seu modo, com apoio dos instrumentos pedagógicos e da tecnologia possível para lhe dar o suporte necessário a compreender conteúdos.
Neste modelo, que é moderno e que conversa com a realidade das nações com os melhores desempenhos educacionais do planeta, a preocupação maior recai sobre a criança e a construção de suas experiências humanas, de relacionamento, de criação de estratégias para o convívio social e todos os seus desafios, majorados obviamente pela deficiência.
Na escola inclusiva, a menina down tem visibilidade em seu modo de atuar, o menino com autismo mostra que há outras maneiras de interação e o garoto surdo pode expandir a cultura de usar os sinais durante a comunicação. Criança não precisa de gueto, criança precisa mergulhar por mares de pluralidades para encontrar-se como indivíduo. Porém, aspectos que guardam relação com a proteção, com o conteudismo educacional, com um suposto abandono da criança com deficiência na escola têm apelo fortíssimo em corações que, até hoje, veem a diferença com piedade, com assistencialismo, não como característica humana.
Um pequeno com nanismo precisa de uma escola só de anões para não sofrer bullying. Mas, a lógica não seria ensinar aos alunos sem nanismo o respeito ao próximo, os valores do diverso, os efeitos da violência emocional tanto para o agressor como para o agredido?
Outro argumento flácido e repetitivo contra o todos juntos na educação é que aquela menina com paralisia cerebral não entende matemática, é mais lenta para escrever e não acompanha a turma.
Por trás desse raciocínio, está a punição pelo não enquadramento em modelos, o desrespeito à capacidade de cada um de absorver conhecimento de maneira distinta e a necessidade de uniformizar o que é potencialmente mais vantajoso para todos sendo multiforme.
O que vejo como mais brutal nesse pensamento de apartamento escolar é não enxergar os ranços, o atraso e os prejuízos que a escola especial trouxe para diversas gerações de pessoas com deficiência –guardados os devidos méritos pela assistência oferecida no passado.
O isolamento faz perpetuar o pensamento da inviabilidade da vida em sociedade, cria estigmas, cria medos, cria asco de reações desconhecidas, cria subumanos.
Legitimar que a diversidade tenha o direito à educação exercido em campos de exclusividade às avessas –ou alguém vai colocar seu filho todo fofinho para estudar onde só há crianças tachadas de superagitadas? – é permitir que da infância sejam tragados seus poderes de adaptação, de germinar vínculos múltiplos, de fomento à criatividade.
Na escola em que a invisibilidade dos alunos impera, é mais simples controlar cobranças, de criar métricas qualitativas e de não chamar a atenção. É mais simples de apaziguar pais preocupados com a assistência a seus filhos, porque, em último grau, sempre poderá ser dito: ali é o lugar dele. Mas, o lugar da diversidade é onde ela bem entender. De preferência, em todos os lugares.
Disponível em: <https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br>
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://www.memoriadapropaganda.org.br/mulhermarervilha-e-a-nova-peca-da-campanha-hortiflix-da-hortifruti/>.
Acesso em: 02 de abril de 2024.
Nesse contexto, a análise do termo em destaque, permite a compreensão de que o cruzamento vocabular tem como finalidade unir
Leia a tirinha a seguir e responda à questão.
Disponível em: <https://jornalnoroeste.com/pagina/revisa/o-uso-dosuper-o-superprefixo>. Acesso em: 01 de abril de 2024.
Palavras escritas com o prefixo “super” são bastante utilizadas em conversas e, até mesmo, em textos escritos, sobretudo nas redes sociais, espaço em que as pessoas geralmente utilizam linguagem informal para se comunicar com seus seguidores. Por esse motivo, nem sempre a escrita de palavras com esse prefixo obedece às convenções ortográficas oficiais.
Nesse sentido, analise os termos “super poderes”,
“super capacidade” e “super fome” e julgue as
alternativas a seguir.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Não ameis a distância
Rubem Alves
Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa, e essas pessoas tão distantes, acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a distância?
Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu a semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando - “outra semana!” e as quartas já tem um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é mudado em agosto...
Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muitas vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e, no entanto, há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!
Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pêlo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o aqui - e isso não há.
Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor a distância.
Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...
Não ameis a distância, não ameis, não ameis!
BRAGA, R., Coleção Melhores Crônicas, São Paulo,
Editora Global, 2013.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://br.pinterest.com/
pin/624593042057066433/>. Acesso em: 06 de abril de
2024.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Depois do Uno
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Depois do Uno
Leia o trecho a seguir.
As mãos, por anos encarregadas de trabalhar, agora eram observadas como se função não mais tivessem. Perderam o emprego. Anatomicamente as mesmas. Fisiologicamente desconhecidas.
As palavras “anatomicamente” e “fisiologicamente” foram empregadas para
Considere o trecho a seguir.
Os peões, como se sabe, não jogam, de fato. Os peões são jogados.
Nesse trecho há,
No sexto parágrafo, a analogia com o jogo de xadrez remete
De acordo com o texto
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Genialidade em crianças
Quais são os fatores que influenciam na formação de um pequeno gênio? E será que é possível estimular a inteligência, ou ao menos determinadas capacidades, desde cedo?
Para encontrar respostas a essas e outras perguntas, a BBC Brasil conversou com a médica Magda Nunes, professora titular de Neurologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e pesquisadora do Instituto do Cérebro (InsCer), em Porto Alegre.
As evidências científicas mais recentes apontam que há uma série de fatores que, juntos, explicam esses casos, segundo a neuropediatra.
"Primeiramente, deve existir alguma base genética para isso, embora ainda não tenhamos encontrado genes específicos relacionados a essa questão", pontua ela.
"Em segundo lugar, precisamos levar em conta o ambiente em que a criança é criada, pois há um impacto direto nas questões comportamentais e cognitivas", complementa a neuropediatra.
Em termos práticos, se o indivíduo recebe desde cedo estímulos intelectuais adequados à idade, isso ajuda a estimular o cérebro e determinadas capacidades.
"Um ambiente favorável não é lotado de brinquedos caros. O mais importante é crescer em uma casa onde essa criança é estimulada, cuidada e amada", ensina Nunes.
Um estudo feito por instituições finlandesas, suecas, austríacas, espanholas e alemãs publicado em 2022 analisou quais eram os determinantes de uma performance cognitiva avançada de crianças e adolescentes.
Os autores concluíram que um conjunto de atividades traz benefícios em termos de inteligência quando elas são desafiadoras do ponto de vista cognitivo.
"A leitura está associada ao desempenho cognitivo, independentemente da idade, e deve ser promovida", destacam eles.
Ainda na seara dos fatores externos, não dá para ignorar o impacto da boa alimentação e da prática de atividade física. Estudos mostram que ambos influenciam no desenvolvimento cognitivo em qualquer faixa etária.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/czdlv50445po. Adaptado.
Considerando as informações fornecidas pelo texto, assinale a alternativa correta sobre os fatores que influenciam na formação de um pequeno gênio e a possibilidade de estimular a inteligência desde cedo.
I. Ocimar Munhoz Alavarse é pedagogo, professor e pesquisador.
II. No texto, há uma crítica explícita à educação brasileira.
III. O título, em forma de pergunta, problematiza a cultura ‘do melhor aluno’ no Brasil.
IV. Na afirmação de Alavarse, os alunos com dificuldades são deixados para trás, enquanto os melhores recebem mais incentivo.
Quais estão corretas?