Questões de Concurso Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2465009 Português

O que é a higiene do sono e como ela afeta a saúde?


 


    (Disponível em: www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/03/o-que-e-a-higiene-do-sono-e-como-                                                                  elaafeta-a-saude – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:

I. Segundo publicação no “Oxford University Press”, em 2021, a higiene do sono é uma técnica comportamental que pode auxiliar tanto na prevenção quanto no controle da insônia.
II. Conforme o ODPHP, um sono de qualidade reduz o perigo de problemas sérios de saúde.
III. A higiene do sono é a principal terapia para a insônia crônica.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2464426 Português
TEXTO 2


          Marianne teria se considerado menos culpada se tivesse conseguido dormir na noite que se seguiu à partida de Willoughby. Sentiria menos vergonha de encarar sua família, na manhã seguinte, se não houvesse se levantado precisando ainda de mais descanso do que quando se deitara. Mas os sentimentos que a haviam mergulhado na desgraça impediam-na de conseguir livrar-se dela. Passara a maior parte da noite acordada, pensando e chorando. Levantara-se com dor de cabeça, sem vontade de falar e sem vontade alguma de comer; induzia a mãe e as irmãs a sofrerem ao proibi-las de tomarem qualquer tentativa para consolá-la. A sensibilidade dela era incrivelmente grande!

          Saiu assim que o café da manhã terminou e passou a manhã inteira caminhando sem destino pelos bosques de Allenham, lembrando-se das alegrias do passado e chorando pelas tristezas do presente.

        A tarde passou naquele mesmo clima de sensibilidade profunda. Marianne tocou ao piano todas as músicas preferidas que costumava tocar para Willoughby, cantou todas as árias em que suas vozes soavam perfeita e alegremente unidas. Houve momentos em que permaneceu imóvel como uma estátua, fitando perdidamente as linhas das músicas que ele havia escrito para ela, até que seu coração ficou tão pesado que seria impossível suportar mais tristeza.

        Esse constante alimentar da dor profunda continuou nos dias seguintes. Marianne passava horas ao piano, chorando e cantando alternadamente, a voz em certos momentos completamente afogada por lágrimas. Também nos livros, como na música, ela provocava um sofrimento intenso e profundo comparando os contrastes entre o passado e o presente. Lia apenas e somente os livros que eles tinham lido juntos. (AUSTEN, Jane. Razão e sensibilidade. São Paulo: Nova Cultural, 2003)
Sobre o texto 2, assinale a alternativa correta: 
Alternativas
Q2464425 Português
TEXTO 1


         Quando falamos sobre cultura da paz, um dos meus lamentos é que a história da humanidade conte pouco de respostas não violentas da humanidade aos conflitos. Os livros de história pouco tratam das pessoas que tiveram uma maneira de viver menos violenta. Que foram menos agressivas e mais acolhedoras. Discriminações, preconceitos, guerras, escravização, tortura, raiva sempre existiram entre nós, humanos. Manifestações de ódio não são uma novidade da nossa época. Assim como sempre existiram, também, grupos que pensam de forma diferente. O que acontece é que se dá muita visibilidade às violências e ao medo através dos meios de comunicação, da informática, da tecnologia. Ficamos sabendo imediatamente de tudo o que possa estar acontecendo em qualquer lugar do mundo. E a mídia parece muito interessada em mostrar o que não é bom. Daí, eu pergunto: Qual é a necessidade de manter a população amedrontada? Quais as vantagens disso? A quem interessa uma população que pensa: “O outro é perigoso, é o inimigo; arme-se, prepare-se para a luta”. Percebo isso no mundo de hoje. Temos a mídia, que é facilitadora para que as pessoas fiquem assustadas e considerem prioridade o que não é benéfico: o crime, as guerras, as bombas, os conflitos, as várias formas de discriminação e preconceito e a corrupção. Esses seres atrelados aos crimes são os nossos atores principais na capa das revistas, dos jornais e nos canais de televisão. Ao mesmo tempo, há pessoas boníssimas, fazendo coisas maravilhosas, que aparecem tão pouco – isso quando aparecem. Houve uma inversão de valores - o prejudicial priorizado. Acredito que seja muito importante haver uma reinversão de valores, dando maior ênfase às coisas boas, para que possamos desenvolver uma cultura de paz. Cultura de cultivar – como cultivamos plantas, flores, frutos e alimentos – afetos. Cultivar a não violência ativa, como insistiu Mahatma Gandhi em sua vida, cultivar o cuidado, o respeito, a compreensão, a amorosidade. (Monja Coen, em O inferno somos nós (pp. 9-10), de Leandro Karnal e Monja Coen). 
A autora cita Mahatma Gandhi com a intenção de:
Alternativas
Q2464424 Português
TEXTO 1


         Quando falamos sobre cultura da paz, um dos meus lamentos é que a história da humanidade conte pouco de respostas não violentas da humanidade aos conflitos. Os livros de história pouco tratam das pessoas que tiveram uma maneira de viver menos violenta. Que foram menos agressivas e mais acolhedoras. Discriminações, preconceitos, guerras, escravização, tortura, raiva sempre existiram entre nós, humanos. Manifestações de ódio não são uma novidade da nossa época. Assim como sempre existiram, também, grupos que pensam de forma diferente. O que acontece é que se dá muita visibilidade às violências e ao medo através dos meios de comunicação, da informática, da tecnologia. Ficamos sabendo imediatamente de tudo o que possa estar acontecendo em qualquer lugar do mundo. E a mídia parece muito interessada em mostrar o que não é bom. Daí, eu pergunto: Qual é a necessidade de manter a população amedrontada? Quais as vantagens disso? A quem interessa uma população que pensa: “O outro é perigoso, é o inimigo; arme-se, prepare-se para a luta”. Percebo isso no mundo de hoje. Temos a mídia, que é facilitadora para que as pessoas fiquem assustadas e considerem prioridade o que não é benéfico: o crime, as guerras, as bombas, os conflitos, as várias formas de discriminação e preconceito e a corrupção. Esses seres atrelados aos crimes são os nossos atores principais na capa das revistas, dos jornais e nos canais de televisão. Ao mesmo tempo, há pessoas boníssimas, fazendo coisas maravilhosas, que aparecem tão pouco – isso quando aparecem. Houve uma inversão de valores - o prejudicial priorizado. Acredito que seja muito importante haver uma reinversão de valores, dando maior ênfase às coisas boas, para que possamos desenvolver uma cultura de paz. Cultura de cultivar – como cultivamos plantas, flores, frutos e alimentos – afetos. Cultivar a não violência ativa, como insistiu Mahatma Gandhi em sua vida, cultivar o cuidado, o respeito, a compreensão, a amorosidade. (Monja Coen, em O inferno somos nós (pp. 9-10), de Leandro Karnal e Monja Coen). 
No trecho “ ‘O outro é perigoso, é o inimigo; arme-se, prepare-se para a luta’ ”, as aspas são utilizadas com a finalidade de:
Alternativas
Q2464423 Português
TEXTO 1


         Quando falamos sobre cultura da paz, um dos meus lamentos é que a história da humanidade conte pouco de respostas não violentas da humanidade aos conflitos. Os livros de história pouco tratam das pessoas que tiveram uma maneira de viver menos violenta. Que foram menos agressivas e mais acolhedoras. Discriminações, preconceitos, guerras, escravização, tortura, raiva sempre existiram entre nós, humanos. Manifestações de ódio não são uma novidade da nossa época. Assim como sempre existiram, também, grupos que pensam de forma diferente. O que acontece é que se dá muita visibilidade às violências e ao medo através dos meios de comunicação, da informática, da tecnologia. Ficamos sabendo imediatamente de tudo o que possa estar acontecendo em qualquer lugar do mundo. E a mídia parece muito interessada em mostrar o que não é bom. Daí, eu pergunto: Qual é a necessidade de manter a população amedrontada? Quais as vantagens disso? A quem interessa uma população que pensa: “O outro é perigoso, é o inimigo; arme-se, prepare-se para a luta”. Percebo isso no mundo de hoje. Temos a mídia, que é facilitadora para que as pessoas fiquem assustadas e considerem prioridade o que não é benéfico: o crime, as guerras, as bombas, os conflitos, as várias formas de discriminação e preconceito e a corrupção. Esses seres atrelados aos crimes são os nossos atores principais na capa das revistas, dos jornais e nos canais de televisão. Ao mesmo tempo, há pessoas boníssimas, fazendo coisas maravilhosas, que aparecem tão pouco – isso quando aparecem. Houve uma inversão de valores - o prejudicial priorizado. Acredito que seja muito importante haver uma reinversão de valores, dando maior ênfase às coisas boas, para que possamos desenvolver uma cultura de paz. Cultura de cultivar – como cultivamos plantas, flores, frutos e alimentos – afetos. Cultivar a não violência ativa, como insistiu Mahatma Gandhi em sua vida, cultivar o cuidado, o respeito, a compreensão, a amorosidade. (Monja Coen, em O inferno somos nós (pp. 9-10), de Leandro Karnal e Monja Coen). 
Sobre o texto 1, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q2464422 Português
TEXTO 1


         Quando falamos sobre cultura da paz, um dos meus lamentos é que a história da humanidade conte pouco de respostas não violentas da humanidade aos conflitos. Os livros de história pouco tratam das pessoas que tiveram uma maneira de viver menos violenta. Que foram menos agressivas e mais acolhedoras. Discriminações, preconceitos, guerras, escravização, tortura, raiva sempre existiram entre nós, humanos. Manifestações de ódio não são uma novidade da nossa época. Assim como sempre existiram, também, grupos que pensam de forma diferente. O que acontece é que se dá muita visibilidade às violências e ao medo através dos meios de comunicação, da informática, da tecnologia. Ficamos sabendo imediatamente de tudo o que possa estar acontecendo em qualquer lugar do mundo. E a mídia parece muito interessada em mostrar o que não é bom. Daí, eu pergunto: Qual é a necessidade de manter a população amedrontada? Quais as vantagens disso? A quem interessa uma população que pensa: “O outro é perigoso, é o inimigo; arme-se, prepare-se para a luta”. Percebo isso no mundo de hoje. Temos a mídia, que é facilitadora para que as pessoas fiquem assustadas e considerem prioridade o que não é benéfico: o crime, as guerras, as bombas, os conflitos, as várias formas de discriminação e preconceito e a corrupção. Esses seres atrelados aos crimes são os nossos atores principais na capa das revistas, dos jornais e nos canais de televisão. Ao mesmo tempo, há pessoas boníssimas, fazendo coisas maravilhosas, que aparecem tão pouco – isso quando aparecem. Houve uma inversão de valores - o prejudicial priorizado. Acredito que seja muito importante haver uma reinversão de valores, dando maior ênfase às coisas boas, para que possamos desenvolver uma cultura de paz. Cultura de cultivar – como cultivamos plantas, flores, frutos e alimentos – afetos. Cultivar a não violência ativa, como insistiu Mahatma Gandhi em sua vida, cultivar o cuidado, o respeito, a compreensão, a amorosidade. (Monja Coen, em O inferno somos nós (pp. 9-10), de Leandro Karnal e Monja Coen). 
Sobre o texto 1, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q2464358 Português
MUDAS, MUDANÇAS E REFORMAS PROFUNDAS


           Na passagem de ano, desejamos vida nova e realizações. No mundo das aves, o ano novo ocorre antes, na primavera. Pouco antes do início da estação, as aves passam pela fase de muda de penas e ficam mais bonitas.
 
         Creio que podemos seguir o exemplo das aves em nosso ano novo, trocando nossas penas a começar pela “pena de mim”, sentimento que todos temos quando nos sentimos injustiçados ou preteridos, ou quando acreditamos que o que fazemos não tem importância.

         Quase sempre trabalhamos buscando o sustento sem nos darmos conta que a nossa labuta também contribui para a coletividade. Da mesma forma que um beija-flor ao se alimentar do néctar das flores não percebe que ajuda as plantas a se reproduzir.

       Quantas vezes nos infligimos penas, punições às quais acreditamos estar condenados por não nos julgarmos merecedores de uma vida melhor, ou ainda por sermos influenciados por tantas notícias negativas. Acreditar nisso é uma pena severa demais que podemos e devemos trocar.

          Penso que também podemos visitar o nosso interior, o profundo de nossos corações. Lá dentro vamos encontrar outros sentimentos de pena, mágoas, desgostos e tristezas que também podemos trocar. Sejamos como as aves capazes de sacudir as penas e recomeçar sem rancores.

            Com a pena em punho, escrevemos o livro de nossas vidas e temos o direito de escolher escrever a verdade ou rascunhar a mentira. Basta largar o que não serve, o que atrapalha, o que não precisa ser carregado.

            Nós observadores de aves, admiramos o voo, mas só conseguimos voar quando sonhamos e, para sonhar, precisamos estar leves. Ao voar em um sonho, os riscos são maiores, mas basta mudar a direção do voo e escolher um outro rumo diante do amplo horizonte.

           Se você trocar as suas penas vai se sentir não só mais leve, mas também mais alegre, com mais entusiasmo em viver e, por que não dizer, em servir. Assim como as aves, você terá criado, ou melhor, terá encontrado um novo ser, o verdadeiro ser. Só assim o ano novo será de fato, novo. E tenha a certeza, vale a pena. 



Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-dagente/especiais/noticia/2016/12/cronica-de-ano-novo-fala-sobreimportancia-da-renovacao-da-vida.html
Após leitura atenta do texto, é possível afirmar, EXCETO:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Tributos Municipais | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Analista de Sistemas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Defesa do Consumidor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Meio Ambiente | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Obras | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Posturas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Transportes | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal Sanitário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Contador | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrimensor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrônomo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Minas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Trânsito e Tráfego | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Florestal |
Q2464246 Português

Texto CB2A1


        Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um locaute, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que, obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido, conseguirão não sei bem o que do governo.

        Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

        — Não é ninguém, é o padeiro!

        Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?”

        Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

        Ele me contou isso sem mágoa nenhuma e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.

        Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque, no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”

         E assobiava pelas escadas.


Rubem Braga. O padeiro (com adaptações). 

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB2A1, julgue o item que se segue.


No sexto parágrafo, o narrador se compara ao padeiro com base na ideia de que ambos exercem profissões pouco valorizadas.

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Tributos Municipais | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Analista de Sistemas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Defesa do Consumidor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Meio Ambiente | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Obras | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Posturas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Transportes | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal Sanitário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Contador | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrimensor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrônomo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Minas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Trânsito e Tráfego | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Florestal |
Q2464245 Português

Texto CB2A1


        Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um locaute, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que, obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido, conseguirão não sei bem o que do governo.

        Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

        — Não é ninguém, é o padeiro!

        Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?”

        Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

        Ele me contou isso sem mágoa nenhuma e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.

        Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque, no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”

         E assobiava pelas escadas.


Rubem Braga. O padeiro (com adaptações). 

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB2A1, julgue o item que se segue.


O texto apresenta um viés reflexivo a respeito do fato de o padeiro ser chamado de “ninguém” e de ele aceitar essa condição, apesar de realizar um trabalho importante para a sociedade.

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Tributos Municipais | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Analista de Sistemas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Defesa do Consumidor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Meio Ambiente | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Obras | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Posturas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal de Transportes | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Auditor Fiscal Sanitário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Contador | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrimensor | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Agrônomo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Minas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro de Trânsito e Tráfego | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES - Engenheiro Florestal |
Q2464242 Português

Texto CB2A1


        Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um locaute, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que, obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido, conseguirão não sei bem o que do governo.

        Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

        — Não é ninguém, é o padeiro!

        Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?”

        Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

        Ele me contou isso sem mágoa nenhuma e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.

        Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque, no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”

         E assobiava pelas escadas.


Rubem Braga. O padeiro (com adaptações). 

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB2A1, julgue o item que se segue.


Infere-se do primeiro período do texto, pela sequência das ações enumeradas, um único sentido para a palavra “abluções”: o de orações.

Alternativas
Q2464016 Português

Texto 04 para a questão.


Apesar de todos os medos, escolho a ousadia. Apesar dos ferros, construo a dura liberdade.

Prefiro a loucura à realidade e um par de asas tortas aos limites da comprovação e da segurança.

Eu, (..........), sou assim.

Pelo menos assim quero fazer: a que explode o ponto e arqueia a linha e traça o contorno que ela mesma há de romper.

A máscara do Arlequim não serve apenas para o proteger quando espreita a vida, mas concede-lhe o espaço de a reinventar.

Desculpem, mas preciso lhes dizer: EU quero o delírio.

(Lya Luft)

De acordo com o texto, percebe-se que a personagem do texto 


Alternativas
Q2464008 Português
Texto 03 para a questão.

Garantir a segurança escolar é um dos grandes desafios das instituições de ensino de todo o planeta. Infelizmente, todos os anos, a sociedade é impactada por notícias de ataques a colégios, entre outras questões delicadas. Diante de tantos fatos, o receio deixa pais, alunos, professores e demais profissionais da educação em estado de alerta.
O bem-estar de crianças e adolescentes em sala de aula depende da segurança no ambiente escolar. A adoção de medidas preventivas nas mais variadas esferas também deixa os pais e responsáveis bastante tranquilos. Enfim, todas essas iniciativas são essenciais para assegurar o êxito da relação ensino e aprendizagem.
Vale a pena lembrar que a segurança escolar vai muito além de evitar a violência e o acesso de pessoas estranhas ao local de ensino. Ela deve ser vista como sinônimo de acolhimento e de liberdade nesse espaço com o objetivo de permitir um desenvolvimento saudável a todos os estudantes.
A escola é peça-chave na formação de meninos e meninas. Trata-se do local em que passam a maior parte do dia em diferentes fases da vida, tornando-se também o ambiente em que ocorrem as primeiras experiências de socialização de muitos deles.

https://www.google.com/search?q=textos+sobre+seguran%C3%A7a+nas+escolas&sca_esv= Acesso em 19 de janeiro de 2024.

Após a leitura do texto 03, conclui-se que 


Alternativas
Q2464003 Português

Texto 01 para a questão.


Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

(Augusto Cury)

Em: “Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas...”, Augusto Cury


Alternativas
Q2464002 Português

Texto 01 para a questão.


Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

(Augusto Cury)

De acordo com o texto 01, 
Alternativas
Q2463968 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

O vocábulo “bruscos” (l. 10) pode ser substituído, respectivamente, sem alteração de sentido no trecho que se encontra, por:
Alternativas
Q2463967 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

Considerando o fragmento “Meu impulso me tirou dali”, infere-se predominantemente que a escritora:
Alternativas
Q2463966 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

Enumere as assertivas a seguir, em ordem crescente, de acordo com sua ordem de abordagem no texto:

( ) A aranha ficou zonza.
( ) Menção ao poeta Manoel de Barros.
( ) Percepção de uma sombra dentro do box.
( ) Constatação de que não podemos medir o sentimento dos outros.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2463965 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

Sobre o exposto pelo texto, assinale a alternativa que encontra respaldo no texto.


Alternativas
Q2463964 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:

I. Para a escritora, era muito simples pisar na aranha.
II. O objeto utilizado contra a aranha foi um espanador.
III. Em relação à aranha, a preocupação com o ecossistema não é mencionada no texto.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2463795 Português

 Texto para o item.


Tubarão‑branco morre ao atacar gaiola com mergulhadores nas Maldivas


Testemunhas flagraram o momento em que o predador enrosca a cabeça na grade da gaiola e sofre ferimento letal



 Internet: <www.terra.com.br> (com adaptações).

Em relação a aspectos estruturais do texto, julgue o item.


O vocábulo “registro” (linha 7) refere‑se a “um vídeo publicado nas redes sociais” (linha 3).

Alternativas
Respostas
4701: B
4702: C
4703: C
4704: B
4705: D
4706: A
4707: D
4708: E
4709: C
4710: E
4711: A
4712: D
4713: B
4714: C
4715: C
4716: A
4717: E
4718: D
4719: B
4720: C