Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q3005978 Português
Observe:
“Ficavam distantes da capital as instalações da empresa.”
A análise sintática CORRETA dos termos está na alternativa: 
Alternativas
Q3005977 Português

Leia a tira:


   Imagem associada para resolução da questão


Em relação ao quadrinho 1, o período: “Acho que você está comendo...” apresenta: 

Alternativas
Q3005897 Português
Menino que devolveu celular perdido para Polícia Militar ganha aparelho novo.

    Lucca Gabriel, de apenas 10 anos, encontrou um celular na rua em uma quintafeira, dia 7 de março, e na mesma hora procurou a Polícia Militar para devolver o aparelho. O caso aconteceu na cidade de Pato de Minas e a honestidade da criança comoveu a comunidade local.
    Segundo o 15º Batalhão da PM, que atende o município na região do Alto do Parnaíba, Lucca encontrou o objeto no chão, em frente a um ponto de ônibus no centro da cidade. Os agentes que receberam o menino no batalhão gravaram um vídeo ao lado dele, em que questionam o motivo da devolução. “Porque é provável de entregar”, respondeu Lucca explicando que assim o celular poderia voltar para o dono. “É o certo a se fazer”, finaliza sorrindo para a sargento Lorrane Neves, que fez as imagens.
    A agente falou sobre o momento e explicou o motivo da filmagem. “Quando o Lucca Gabriel se aproximou e disse querer entregar um celular que encontrou, naquele momento vi que era uma ação muito valorosa e que ela precisava ser difundida. A minha primeira intenção foi gravar essa ação para que atingisse o maior número de pessoas e servisse de exemplo, principalmente, para as crianças. Sou mãe há um ano e desejo que meu filho proceda da mesma forma que ele”, disse. 
    O caso repercutiu na internet e comoveu os moradores da cidade, que se voluntariaram para presenteá-lo pela ação. Uma escola estadual da cidade, onde o menino cursa o 5º ano do ensino fundamental, organizou uma cerimônia em sua homenagem, com participação dos policiais militares que presenciaram o momento. A mãe do menino também participou.
    Na ocasião, ele ganhou uma medalha simbólica de honra ao mérito, um celular novo doado pela paróquia do município e doces. “Mais positivo do que ele receber um aparelho celular, é ele entender que sua atitude é de um bom cidadão e que será referência para a comunidade escolar. Os demais colegas vão se espelhar no seu gesto”, afirmou o sargento Danilo Braga. 

Fonte: Menino que devolveu celular perdido para Polícia Militar ganha aparelho novo | CNN Brasil
Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o texto: 
Alternativas
Q3005792 Português
Texto de apoio


Cafeína é doping? Entenda a história do café nas Olimpíadas


    Não consegue trabalhar sem um cafezinho? Isso poderia ser um problema se você fosse um atleta olímpico. Entre 1984 e 2003, cafeína em excesso era proibida nas Olimpíadas. Era, inclusive, considerada como doping.

    A proibição começou nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, e continuou ativa até as Olimpíadas de Sydney, em 2000. A substância teve que ser proibida pela Agência Mundial Antidoping nos anos 1980 porque alguns esportistas estavam ingerindo altas doses de cafeína pura para elevar seu desempenho na competição.

   O café proibido não era o café normal, daquele que você toma na padaria. Cafeína pura é um suplemento para dar mais energia para praticantes de esportes. Em 1984, a substância foi proibida se ultrapassasse o nível de 15 microgramas por mililitro de urina. Já no ano seguinte, o valor foi reduzido para 12 microgramas.

    A proibição não durou por muito tempo. Mesmo em doses pequenas, menores do que o proibido pela Agência Mundial Antidoping, a cafeína já é capaz de melhorar o desempenho atlético de alguém, dando mais disposição naquele momento e adiando o cansaço. Mas esses desempenhos são tímidos comparados a outras formas de doping.

    A cafeína não apresenta grandes benefícios e está presente na dieta de grande parte dos atletas, então dificilmente poderia atuar como um diferencial na competição.

   Outra coisa que dificultava a proibição era como decidir o que era uma quantidade abusiva de cafeína. Os níveis da substância no xixi variam de acordo com muitos fatores: momento da ingestão, massa corporal, purificação realizada pelo metabolismo, hidratação, o sexo do atleta e se ele faz uso habitual de cafeína.

    Às vezes, uma quantidade muito pequena de cafeína ingerida poderia ser excretada sem qualquer alteração. Ou seja, a cafeína continua na urina na mesma quantidade que a inicial, dando uma impressão errada de um efeito intenso quando, na verdade, ela só entrou e saiu do corpo.

    Não dá para dizer, com certeza, quantas xícaras de café te fariam ser banido dos Jogos Olímpicos, porque isso depende de todos esses outros fatores individuais e variáveis. Uma estimativa diz que seriam necessários oito expressos em algumas horas.

   Por causa da dificuldade em medir a influência da cafeína de forma justa e objetiva, a Agência Mundial Antidoping a retirou da lista de substâncias proibidas em 2003.

    A cafeína não é mais proibida, mas ainda é monitorada pela organização antidoping. Isso quer dizer que eles ainda tentam identificar indícios de abuso e se atentar para a possibilidade da substância ser usada de forma desonesta no futuro.

   Os critérios da Agência Mundial Antidoping para banir uma droga são três: a substância precisa aumentar o desempenho esportivo, representar um risco para a saúde dos atletas e violar o espírito do esporte.

    No caso da cafeína, não há diferença prática de desempenho esportivo entre as doses cavalares para melhorar a performance e doses normais. O uso exagerado da substância pode causar vários riscos de saúde, como taquicardia, náuseas, pressão alta, palpitações e dores de cabeça, mas seu consumo moderado não apresenta tantos problemas. Tomar um pingado já não é mais uma questão para os atletas olímpicos.


Adaptado de: https://super.abril.com.br/cultura/cafein a-e-doping-entenda-a-historia-do-cafenas-olimpiadas /.
De acordo com o texto de apoio, analise as assertivas abaixo:

I – A cafeína foi proibida porque estava melhorando o desempenho dos atletas de forma significativa.

II – A cafeína deixou de ser proibida porque faz parte da dieta da maioria dos atletas e porque não é possível medir de forma precisa.

III – Pequenas quantidades de cafeína podem ser excretadas na urina sem alteração.

IV – É possível que a cafeína seja proibida novamente devido aos vários riscos de saúde, como taquicardia, náuseas, pressão alta, palpitações e dores de cabeça.


Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q3005723 Português
Observe o seguinte texto descritivo:
“O pessegueiro estava alto, mas suas folhas mostravam uma coloração amarelada, que parecia problemática; os galhos estavam cobertos de uma espécie de farinha branca e os poucos frutos ainda estavam pequenos”.
Sobre esse pequeno texto, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas
Ano: 2010 Banca: IF-PR Órgão: IF-PR Prova: IF-PR - 2010 - IF-PR - Assistente Administrativo |
Q3005592 Português

Considere as frases abaixo:

( ) Foi só quando eu fui trabalhar e quando meus filhos nasceram que percebi que havia um buraco entre a minha abordagem intelectual do assunto e os meus sentimentos.

( ) Quando eu estava na universidade, no final dos anos 1970 e começo dos 1980, a expectativa era que homens e mulheres fossem idênticos, que nós deveríamos fazer as mesmas coisas, trabalhar a mesma quantidade de horas, no mesmo tipo de emprego, ter o mesmo tipo de vínculo emocional com o trabalho doméstico e com as outras pessoas.

( ) Eu acreditava muito nisso, li todos os livros das principais feministas.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.

Alternativas
Ano: 2010 Banca: IF-PR Órgão: IF-PR Prova: IF-PR - 2010 - IF-PR - Assistente Administrativo |
Q3004717 Português

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Susan Pinker, autora do livro “O Paradoxo Sexual”, respondeu perguntas sobre as diferenças biológicas que existem entre os sexos. Numere a segunda coluna relacionando as respostas com as respectivas perguntas.



( 1 ) Seu livro fala sobre mulheres em empregos com bons salários, mas que as afastavam dos filhos, tornando-as infelizes. Por que elas quiseram anonimato?


( 2 ) Por que ainda existe muita resistência à ideia de que as diferenças entre os gêneros não são apenas socialmente construídas?


( 3 ) Quando Summers perdeu o cargo em Harvard após dizer que a falta de mulheres em ciência é questão de aptidão, o que a sra. pensou?



( ) As mulheres foram discriminadas por tanto tempo que as pessoas têm uma aversão à ideia de que existe uma diferença natural, biológica. Acham que falar sobre diferenças é voltar a pensar como antigamente, quando, na verdade, não tem nada a ver com discriminação.


( ) Foi assustador. Foi atacado simplesmente por comentar as evidências que a maioria das pessoas que trabalham com biologia e antropologia evolutiva vêm dizendo há anos.


( ) Acho que as mulheres que fazem essa escolha ainda estão envergonhadas de não estar agindo como homens. Mas não podemos esperar isso delas. Elas não são homens.



Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q3004636 Português

As questões 1 e 2 baseiam-se no poema abaixo:


Célula


A alma é um absoluto fora-da-lei

assaltante contumaz do corpo

com pé-de-caba-fantasmático

que entra-e-sai, a alma é ah!

instantâneo em qualquer disfarce:

aparência de água, ar

insinuação de mercúrio

cara enluvada por meia de náilon

capuz sem furos, avessa e celofane

sombra que a luz seca, vice-versa.

Armando Freitas Filho

O significado da palavra ''contumaz'' no poema pode ser:

Alternativas
Q3001248 Português

Indique a opção que completa a frase, segundo a norma culta da língua.


Este é um trabalho para ______ fazer sozinho, sem que se repartam as responsabilidades entre ______, meu amigo.

Alternativas
Q3001241 Português

Marque a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo.

Quando __________ as consequências desse desastre ecológico é que se confirmará tudo o que os cientistas __________, mas que as medidas tomadas não __________

Alternativas
Q3001239 Português

Assinale a opção que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase abaixo.


___ cerca de quinhentos metros ___ leste do farol, encontrouse, ___ poucos dias, uma ave ainda desconhecida.

Alternativas
Q3001232 Português

Leia a tirinha abaixo para responder às questões 10 e 11.

O humor da tirinha se baseia:

Alternativas
Q3001230 Português

Leia a tirinha abaixo para responder às questões 8 e 9.




Para perceber o humor, o leitor precisa compreender o assunto da tirinha. Identifique-o:

Alternativas
Q3001207 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O homem que espalhou o deserto


1_____Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite.

2_____ Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas

3_____ A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.

4_____ Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.

5_____ Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores havia afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

6_____ Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

7_____ Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava uma árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.

8_____ E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores.Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

9_____ E, enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E, enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.



Ignácio de Loyola Brandão

No último parágrafo, identificamos um ponto relevante para a compreensão do texto:

Alternativas
Q3001205 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O homem que espalhou o deserto


1_____Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite.

2_____ Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas

3_____ A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.

4_____ Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.

5_____ Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores havia afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

6_____ Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

7_____ Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava uma árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.

8_____ E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores.Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

9_____ E, enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E, enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.



Ignácio de Loyola Brandão

Assinale a passagem do texto que identifica uma atitude do personagem que vai de encontro ao incentivo da mãe.

Alternativas
Q3001201 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O homem que espalhou o deserto


1_____Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite.

2_____ Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas

3_____ A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.

4_____ Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.

5_____ Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores havia afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

6_____ Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

7_____ Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava uma árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.

8_____ E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores.Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

9_____ E, enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E, enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.



Ignácio de Loyola Brandão

Em uma das passagens do texto, o autor deixa transparecer uma crítica ao personagem. Identifique-a.

Alternativas
Q2999880 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O homem que espalhou o deserto


1_____Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite.

2_____ Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas

3_____ A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.

4_____ Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.

5_____ Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores havia afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

6_____ Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

7_____ Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava uma árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.

8_____ E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores.Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

9_____ E, enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E, enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.



Ignácio de Loyola Brandão

Os trechos abaixo identificam, respectivamente, os seguintes aspectos do mundo real:


" ...regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores havia afugentado pássaros e destruído ninhos..."


" Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo."


"...não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos."

Alternativas
Q2995083 Português

Em relação às figuras de construção de um texto, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:

I. A repetição da mesma palavra é um recurso de ênfase e, segundo a forma por que se disponha no período ou na oração, não se trata de pleonasmo.

II. Há assíndeto quando as orações de um período ou as palavras de uma oração se sucedem sem conjunção coordenativa que poderia enlaçá-las.

III. Depois de uma pausa, aquele que fala ou escreve abstrai-se do começo do enunciado e continua a expri-mir-se como se iniciasse uma nova frase; tal fenômeno denomina-se anacoluto.

Alternativas
Q2995073 Português
“É preciso ter consciência e principalmente respei-to com os envolvidos, especialmente com os trabalha-dores que dependem daquela atividade para viver.(...)” (linhas 19 a 23). Analisando-se o período acima retirada do Texto 01, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2994149 Português

Leia atentamente o texto seguinte:

Religiosamente, pela manhã, ele dava milho na mão para a galinha cega. As bicadas tontas, de violentas, faziam doer a palma da mão calosa. E ele sorria. Depois a conduzia ao poço, onde ela bebia com os pés dentro da água. A sensação direta da água nos pés lhe anunciava que era hora de matar a sede; curvava o pescoço rapidamente, mas nem sempre apenas o bico atingia a água: muita vez, no furor da sede longamente guardada, toda a cabeça mergulhava no líquido, e ela a sacudia, assim molhada, no ar. Gotas inúmeras se espargiam nas mãos e no rosto do carroceiro agachado junto do poço. Aquela água era como uma bênção para ele. Como água benta, com que um Deus misericordioso e acessível aspergisse todas as dores animais. Bênção, água benta, ou coisa parecida: uma impressão de doloroso triunfo, de sofredora vitória sobre a desgraça inexplicável, injustificável, na carícia dos pingos de água, que não enxugava e lhe secavam lentamente na pele. Impressão, aliás, algo confusa, sem requintes psicológicos e sem literatura.

Depois de satisfeita a sede, ele a colocava no pequeno cercado de tela separado do terreiro (as outras galinhas martirizavam muito a branquinha) que construíra especialmente para ela. De tardinha dava-­lhe outra vez milho e água e deixava a pobre cega num poleiro solitário, dentro do cercado.

Porque o bico e as unhas não mais catassem e ciscassem, puseram­-se a crescer. A galinha ia adquirindo um aspecto irrisório de rapace, ironia do destino, o bico recurvo, as unhas aduncas. E tal crescimento já lhe atrapalhava os passos, lhe impedia de comer e beber. Ele notou essa miséria e, de vez em quando, com a tesoura, aparava o excesso de substância córnea no serzinho desgraçado e querido.

Entretanto, a galinha já se sentia de novo quase feliz. Tinha delidas lembranças da claridade sumida. No terreiro plano ela podia ir e vir à vontade até topar a tela de arame, e abrigar­-se do sol debaixo do seu poleiro solitário. Ainda tinha liberdade — o pouco de liberdade necessário à sua cegueira. E milho. Não compreendia nem procurava compreender aquilo. Tinham soprado a lâmpada e acabou-­se. Quem tinha soprado não era da conta dela. Mas o que lhe doía fundamente era já não poder ver o galo de plumas bonitas. E não sentir mais o galo perturbá-­la com o seu cocó­có malicioso. O ingrato.

João Alphonsus – Galinha Cega. Em MORICONI, Italo, Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. São Paulo: Objetiva, 2000.

Analise o trecho a seguir:

“Bênção, água benta, ou coisa parecida: uma impressão de doloroso triunfo, de sofredora vitória sobre a desgraça inexplicável, injustificável, na carícia dos pingos de água, que não enxugava e lhe secavam lentamente na pele.” Neste trecho, a palavra “lhe” recupera qual expressão?

Alternativas
Respostas
1381: D
1382: C
1383: E
1384: C
1385: A
1386: A
1387: C
1388: E
1389: E
1390: D
1391: E
1392: D
1393: E
1394: A
1395: B
1396: A
1397: A
1398: E
1399: A
1400: B