Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso
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O texto abaixo serve de base para as questões 14 a 30.
HAMBÚRGUER
Márcio Bueno, A origem curiosa das palavras
Sanduíche de carne moída, temperada, ligada com ovo, amoldada em bife e frita na chapa. Em países de língua inglesa, há quem entenda que hamburger, se não é atualmente, pelo menos na sua origem foi um sanduíche de ham (presunto, em inglês) com burger (que deveria ser carne). A impressão foi reforçada quando surgiram variedades como o eggburger (ovo com carne) e o cheeseburger (queijo com carne). Mas a história é bem diferente – hambúrguer nunca teve qualquer relação com o presunto. Tudo começou com nômades da Europa Oriental e Ásia, que costumavam comer carne crua finamente cortada. Inspirados neste hábito, no início do século XVIII marinheiros alemães do porto de Hamburgo inovaram, passando a cozinhar a carne. Quem levou para os Estados Unidos a receita de carne moída temperada, amassada em bolinhos redondos e frita como um bife, foram imigrantes alemães. O alimento começou a ser chamado de Hamburg steak (bife de Hamburgo), nome que em pouco tempo foi encurtado para hamburger. Com certa freqüência divulga-se que o sanduíche foi inventado nos Estados Unidos, mas a participação dos norte-americanos foi apenas juntar ao bife o pão.
"Coma hambúrguer no McDonalds: é mais barato e mais americano!"; tratando-se de um texto argumentativo, só NÃO podemos dizer que:
Da frase de Victor Hugo: "Quando não somos inteligíveis é porque não somos inteligentes", NÃO se pode deduzir da frase que:
Leia o texto para responder às questões de números 16 a 20.
Do inédito
E quando, morto de mesmice, te vier a nostalgia de climas e costumes exóticos, de jornais impressos em misteriosos caracteres, de curiosas beberagens, de roupas de estranho corte e colorido, lembra-te que para alguém nós somos os antípodas: um remoto, inacreditável povo do outro lado do mundo, quase do outro lado da vida – uma gente de se ficar olhando, olhando, pasmado... Nós, os antípodas, somos assim.
(Mario Quintana, Sapato Florido, Ed. Globo, 2005, p. 46)
A expressão E quando, iniciando o texto, sugere a passagem do tempo, remetendo a um tempo anterior ao próprio texto, o que contribui para
Leia o texto para responder às questões de números 16 a 20.
Do inédito
E quando, morto de mesmice, te vier a nostalgia de climas e costumes exóticos, de jornais impressos em misteriosos caracteres, de curiosas beberagens, de roupas de estranho corte e colorido, lembra-te que para alguém nós somos os antípodas: um remoto, inacreditável povo do outro lado do mundo, quase do outro lado da vida – uma gente de se ficar olhando, olhando, pasmado... Nós, os antípodas, somos assim.
(Mario Quintana, Sapato Florido, Ed. Globo, 2005, p. 46)
Percebe-se, na maneira como o narrador dialoga com o leitor, um tom de
Leia a tira.
(Mandrade, Hora do café, http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)
Considerando que espionar e monitorar podem se referir a ações análogas, conclui-se que a produção do humor, na tira, está relacionada
Assinale a alternativa que apresente uma frase do mestre que poderia ilustrar de forma irônica a atitude do jovem no último quadrinho.
Tomando como verdade que o personagem não guarda rancor, é lógico afirmar que ele não vai:
Pela leitura do texto II, entende-se que o personagem mais jovem, no final:
Mina vira alvo de protestos em Santa Catarina
Duas multinacionais, a Bunge e a Yara Brasil Fertilizantes, formaram a IFC, Indústria de Fosfatos Catarinense, que deseja explorar a maior jazida de fosfato ainda intacta no Brasil, em uma área de 300 hectares, cercada de florestas, rios e pequenas comunidades. Parte da população de Anitápolis, onde se localiza a jazida, é contra, uma vez que, na opinião dela, o agroturismo é atividade referência na localidade e nas cidades vizinhas das encostas da Serra Geral, uma vasta área de vales e montanhas banhada pela Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão. Uma vocação do lugar é a agricultura orgânica; cenouras, beterrabas, brócolis, vagens, pepinos e cebolas são produzidos sem agrotóxicos ou fertilizantes e vendidos a supermercados de São Paulo. Os agricultores preocupam-se, porque a IFC deverá usar a água captada no Rio dos Pinheiros. “Ela é tudo para nós”, dizem eles.
A produção da mina resultará, além de 1,8 milhão de toneladas de fosfato, 500 mil toneladas de super fosfato simples, 200 mil toneladas de ácido sulfúrico (usado na mineração) – também em 1,2 milhão de toneladas de material estéril, que serão depositadas em uma área contida por uma barragem de rejeitos que terá 80 metros de altura e será erguida com barro e ancorada entre dois morros, a alguns metros de várias casas. A IFC garante segurança, mas os proprietários temem por si e por suas famílias. “Se o pior acontecer, vai matar todo mundo, daqui até Tubarão”, diz um deles.
(Adapt. de O Estado de São Paulo, 20 set. 2009, p. A22.)
Observação: Os números entre parênteses indicam a linha (ou linhas) em que, no texto, se encontram as palavras ou expressões entre aspas.
Leia o fragmento abaixo, ainda sobre a exploração da jazida de fosfato em Santa Catarina.
“A previsão é de gerar 1,5 mil empregos na obra que durará três anos e 450 para a operação. Na região, não há trabalhadores especializados. A IFC vem pagando cursos de capacitação pelo SENAI”
Considere as afirmações abaixo.
I. A vírgula depois de “Na região” é obrigatória, porque separa expressões de mesmo valor sintático.
II. Em “que durará três anos e 450 para a operação” subentende-se que a obra durará 450 anos para sua operação.
III. Colocando-se entre vírgulas a expressão “que durará três anos”, subentende-se que a previsão é de gerar 450 empregos para a operação (da obra).
IV. Pode-se substituir “não há” por não existem, sem que o sentido da frase se altere.
V. Em “A IFC vem pagando cursos de capacitação pelo SENAI” está correto o emprego da locução com gerúndio, que indica desenvolvimento gradual de ação.
VI. Também está correto o emprego do gerúndio, em Amanhã estarei falando sobre o curso no SENAI.
Assinale a alternativa que contém a combinação correta, de cima para baixo.
TEXTO 1
SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
– "-Ahn, sim, bom, mmm..."; essas palavras indicam, por parte de quem é atendido pela secretária eletrônica:
TEXTO 1
SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
– O trecho entre parênteses no segundo parágrafo – que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue – tem a função de:
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SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
- "A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida"; a "expectativa" referida no texto é a de que:
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SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
– "Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema"? A pergunta final desse segmento:
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SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
– O item em que a substituição do termo sublinhado NÃO é feita de forma adequada é:
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SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
TEXTO 1
SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
A frase do texto em que há claramente a personificação da secretária eletrônica por meio de uma ação humana que lhe é atribuída é:
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SECRETÁRIA – Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
- Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
- De Augustín Lara...
E gravam um bolero.
Talvez seja a única atitude sensata.
O item em que o vocábulo para tem significado diferente de todos os demais é:
TEXTO:
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A gralha azul e os pinheiros
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Os pinhais do Paraná são muito valiosos, porque formam, às vezes, grandes florestas só de pinheiros, como se tivessem sido plantados pelo homem. Isso facilita o seu aproveitamento industrial.
Durante muito tempo, não se soube explicar como os pinheiros apareciam em grupos, em pontos afastados, sem que ninguém os plantasse. Hoje, se sabe que este misterioso reflorestamento é obra de um pássaro – a gralha azul. Essa ave, que é encontrada nos planaltos paranaenses, alimenta-se de pinhões, sementes do pinheiro. Para isso, descasca-os e come-lhes a polpa gostosa e nutritiva.
Mas a gralha azul é uma ave esperta e previdente. Por isso, depois de saciar sua fome, enterra, em diversos lugares, uma certa quantidade de pinhões, para serem comidos mais tarde, quando terminada a safra das pinhas, frutos do pinheiro.
Nem todos os pinhões enterrados são comidos. Algumas gralhas morrem, outras esquecem onde enterraram os pinhões. Essas sementes esquecidas germinam e produzem grandes pinheiros, que, mais tarde, fornecem madeira para as indústrias.
Uma particularidade interessante é que a gralha azul enterra o pinhão com a extremidade mais fina para cima para favorecer o desenvolvimento do broto. Além disso, tira a cabeça do pinhão, porque ela apodrece ao contato com a terra e arrasta à podridão o fruto todo.
Tudo isso fez nascer a lenda de que a gralha azul é um animal maravilhoso, criado para proteger os pinhais. E, por isso, as espingardas dos caçadores negam fogo ou explodem, sem atirar, quando eles as apontam para as gralhas azuis.
..
...
(SANTOS, Theobaldo M. A gralha azul e os pinheiros. In: Lendas e mitos do Brasil. São Paulo, Nacional, 1974. P. 108-9)
Os caçadores não conseguem caçar a gralha azul porque:
Tomando como base o poema de Drummond acima reproduzido, assinale a opção correta a respeito do pensamento atual sobre ensino de língua.