Questões de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas... para Concurso

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Q2462530 Português
O fim do mundo - Cecília Meireles



        A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

       Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

       Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

       Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?

        Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.

       Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

         O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos - além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica. 

        Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

           Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos - segundo leio - que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração.

            Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

          Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...




Disponível em: https://www.culturagenial.com. Acesso em: 28 ago.
2023.
Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.” A conjunção sublinhada só pode ser classificada como:
Alternativas
Q2460276 Português
Assinale a alternativa que apresenta uma oração coordenada sindética adversativa. 
Alternativas
Q2452104 Português
Leia o Texto 3 para responder à questão.

Texto 3

Violência contra criança e adolescente

           Diariamente, somos bombardeados por notícias e informações catastróficas, envolvendo mortes, acidentes, tráfico, roubo, entre outros, ou seja, diferentes formas de violência. Entre essas notícias, as violências sofridas por crianças e adolescentes têm se tornado cada vez mais frequentes: padrasto que estupra e engravida menina de 9 anos; professora que silencia aluno colocando fita crepe na boca; adolescentes e suas famílias “acorrentados” pelo crack; precariedade dos serviços públicos para atender às necessidades da população. Isso sem contar os tantos outros casos que ocorrem diariamente e não são veiculados pelos meios de comunicação, ficando silenciados pelo anonimato.

         Diante de tudo isso, pensar em infância, em crianças e adolescentes como “seres de direito” é pensar a partir de uma trajetória histórico-cultural que foi e está sendo construída ao longo do tempo. Com a Constituição de 1988, o “ser criança” passa a ser percebido como um sujeito social, uma criança cidadã, portadora de direitos.

           Em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é reforçada a importância da proteção à criança e ao adolescente contra todos os tipos de violência, sendo reconhecidos legalmente como “sujeitos de direito”. No entanto, o fato de termos uma legislação que respalde a infância no Brasil não garante que esta seja respeitada e valorizada. Sabe-se que muitas crianças e adolescentes sofrem diariamente diferentes formas de violência (física, psicológica, social, sexual) e a legislação, na maioria das vezes, pouco contribui para amenizar esse quadro.

         Nós, enquanto profissionais da educação, precisamos estar atentos às diferentes formas de violência, repensando algumas de nossas posturas frente a essa problemática. É preciso unir forças no combate à violência infantil, por meio de uma interação constante entre os diferentes segmentos da sociedade, denunciando todo e qualquer tipo de violência às autoridades responsáveis pela proteção dessas crianças e adolescentes. [...]

TONIOLO, J. M. S. A. Disponível em:
<http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa>. Acesso em: 29 fev. 2024.
[Adaptado].
No período “No entanto, o fato de termos uma legislação que respalde a infância no Brasil não garante que esta seja respeitada e valorizada”, o conectivo destacado poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por
Alternativas
Q2452064 Português
Caso Daniel Alves: jogador é condenado a 4 anos e meio de prisão


O jogador Daniel Alves, de 40 anos, foi condenado por agressão sexual pela Justiça da Espanha. Em sentença histórica, a juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, determinou quatro anos e meio de prisão para o lateral. Cabe recurso da decisão para ambas as partes.


Também foi imposto a Daniel Alves um período de cinco anos em liberdade vigiada, a ser cumprido depois da pena na prisão. Ele deve se manter afastado da casa ou do local de trabalho da denunciante por pelo menos um quilômetro e não entrar em contato com ela. O jogador também deve pagar uma indenização de 150 mil euros (R$ 805 mil) por danos morais e físicos e arcar com as custas do processo.


Em comunicado, a Justiça espanhola declarou considerar que "ficou provado que a mulher não consentiu e que existem elementos de prova, além do testemunho da denunciante, para entender comprovada a violação".


"O tribunal considera provado que “o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora”. E entende que “isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”, diz um trecho da decisão.


Na Lei Espanhola, “agressão sexual” é o termo que abarca todos os delitos de conteúdo sexual. Daniel Alves cumpre prisão preventiva há 13 meses, desde o dia 20 de janeiro de 2023. Com a sentença desta quinta-feira, ele teve o quinto pedido de liberdade negado.


Daniel Alves não esteve presente durante a leitura da sentença. Nela estavam a promotora, Elisabet Jiménez; a advogada da vítima, Ester García; e a advogada de Daniel, Inés Guardiola, além de advogados de defesa e promotoria. Após deixar o tribunal, a defesa disse que vai recorrer da sentença, enquanto a promotoria celebrou o veredito. 


Os advogados da vítima haviam pedido pena máxima para o jogador, de 12 anos. A promotoria do caso pediu nove anos de prisão. A defesa de Daniel Alves queria a absolvição do lateral. Os advogados do brasileiro pediram que fossem aplicados como atenuantes: intoxicação alcoólica, reparação de dano via pagamento de 150 mil euros (R$ 801 mil), e violação do direito fundamental do acusado – a defesa alegou que houve uma investigação inicial sem conhecimento do atleta.


No entanto, no texto da sentença, apenas o pagamento da multa foi aceito como atenuante - diminuindo assim a redução da pena -, e não a embriaguez. "... Pois não foi comprovado em plenário o impacto que o consumo de álcool poderia ter tido nas faculdades volitivas e cognitivas do arguido”, diz outro trecho da sentença.


Daniel Alves foi acusado após agredir sexualmente uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate de Barcelona no dia 30 de dezembro de 2022. Ele foi detido no dia 20 de janeiro de 2023, quando compareceu para um depoimento. Desde então, o lateral está no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona


Dani Alves era jogador do Pumas, do México, quando foi detido. O clube anunciou a rescisão de contrato no dia da prisão do jogador, maior recordista de títulos com 42 conquistas.


Quatro dias após sua prisão, o jogador contratou o advogado Cristóbal Martell, reconhecido por grandes casos na Espanha. Em outubro, o espanhol deixou a defesa de Alves por considerar “um caso perdido”. Desde então, o jogador é representado pela advogada Inés Guardiola.


https://ge.globo.com/futebol/, 22/02/2024
Analise os fragmentos:

I. “Ele deve se manter afastado da casa ou do local de trabalho da denunciante por pelo menos um quilômetro e não entrar em contato com ela”.

II. “No entanto, no texto da sentença, apenas o pagamento da multa foi aceito como atenuante”



Respectivamente, a relação de sentido estabelecida pelas palavras destacadas é de: 
Alternativas
Q2447758 Português
Histórias do carnaval


        Ninguém sabe ao certo a origem do Carnaval, mas historiadores acreditam que a festa tenha tido origem em celebrações ligadas à agricultura e à chegada da primavera na Europa, comemorada com festejos na Grécia e em Roma, na Antiguidade. No ano 590 d.C., a Igreja Católica incorporou ao seu calendário o Carnaval. A quarta-feira de Cinzas, último dia do Carnaval, marca o início da Quaresma que vai até a Páscoa. No Brasil, o Carnaval chegou, no século 18, e era chamado de entrudo, vindo das ilhas de colonização portuguesa da Madeira, Açores e Cabo Verde.

      Na década de 1840, nasceram os primeiros bailes de Carnaval do Brasil, e as pessoas começaram a se fantasiar e a usar máscaras que vinham da Europa. No Rio de Janeiro, os foliões se reuniam no Zé Pereira, uma espécie de bloco que saía nas ruas da cidade. O Carnaval começou a se organizar com as grandes sociedades, organizações que contavam com o apoio de políticos e escritores. No início do século 20, a festa brasileira ganhou a contribuição definitiva dos ritmos e costumes dos negros, e os ranchos passavam pelas ruas da cidade animando o Carnaval com marchinhas. Os ranchos criaram o casal de mestre-sala e porta-bandeira e deram os primeiros elementos que viriam a formar as escolas de samba. A primeira delas se chamava Deixa Falar e foi fundada no bairro do Estácio, no Rio, em 1928. O primeiro desfile de escolas de samba ocorreu em 1932. E, no Nordeste, o primeiro trio elétrico desfilou em Salvador em 1950.

         Às vezes, parece que as marchinhas de Carnaval sempre estiveram por aí. Elas são antigas mesmo, animam carnavais desde o começo do século 20. A primeira composição especialmente feita para o Carnaval foi "Ô Abre Alas", de Chiquinha Gonzaga, em 1899, antes mesmo do surgimento do samba - que só apareceu oficialmente em 1917. As festas de Carnaval tinham um papel muito importante na divulgação de músicas como "O Teu Cabelo Não Nega", de Lamartine Babo, feita em 1932, e "Me Dá um Dinheiro Aí", de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira, composta em 1959.

        Existe Carnaval em outros países. As comemorações são um pouco diferentes das que vemos no Brasil. A cidade de Veneza, na Itália, tem um dos carnavais mais famosos e antigos do mundo, conhecido pelas belas máscaras usadas pelos foliões. Nos Estados Unidos, é famoso o carnaval da cidade de Nova Orleans, levado pela colonização francesa e embalado pelo jazz dos negros.



https://www1.folha.uol.com.br
“Existe Carnaval em outros países. As comemorações são um pouco diferentes das que vemos no Brasil.” 4º§


O conector que substitui o ponto final entre os dois períodos acima, mantendo o sentido apresentado no texto, é:  
Alternativas
Q2446241 Português
Amores descartáveis



      O amor tornou-se um produto descartável. Um dos sociólogos mais respeitados da atualidade, o polonês Zygmunt Bauman, escreveu o livro “Amor líquido”, que fala sobre a fragilidade dos laços humanos na atualidade. “A definição romântica do amor como até que a morte os separe está decididamente fora de moda”, diz Bauman. “Uma cultura consumista como a nossa favorece o produto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados.” Construir uma relação exige esforço. Nossos avós viviam altos e baixos. Mas o casamento tinha um real sentido de parentesco, e os cônjuges lutavam para superar os maus momentos. Hoje, um compromisso se tornou até uma limitação, pois sempre pode haver uma oportunidade melhor no horizonte. E no primeiro espinho já se pensa na próxima relação.

        As pessoas preferem relações de bolso, assim chamadas porque a pessoa pode lançar mão delas quando precisa. São baseadas na simples disponibilidade dos parceiros e numa certa “química” de ambas as partes. Encontrar um amor é muito mais perigoso: implica risco, pois não há garantias de felicidade. A recompensa, porém, é um vínculo intenso e duradouro.

        Vinicius de Moraes toca no tema em seu “Soneto da fidelidade”: Eu possa me dizer do amor (que tive): / Que não seja imortal posto que é chama / mas que seja infinito enquanto dure.

        Pois é. Parece que a eternidade preconizada pelo poeta anda muito rápida. E, cada vez mais, as pessoas reclamam da solidão.


(CARRASCO, Walcyr. Revista Época, outubro de 2011. Adaptado.) 
“A recompensa, porém, é um vínculo intenso e duradouro.” (2º§) A expressão “porém” pode ser substituída, sem alteração semântica, por:
Alternativas
Q2445594 Português


Internet:<www.ijep.com.br>  (com adaptações).

Quanto à estrutura linguística, ao vocabulário e aos mecanismos de coesão empregados no texto, julgue o item.


A conjunção “entretanto” (linha 25) expressa, no texto, uma oposição entre as ideias apresentadas. 

Alternativas
Q2445189 Português
População em situação de rua é tema de redação do Enem


      O tema da redação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, realizada em dezembro para os candidatos que perderam a prova em novembro, foi "Desafios para a (re)inserção socioeconômica da população em situação de rua no Brasil".

        Para especialistas da educação, o tema segue o perfil do Enem de trazer um problema social que acontece em todo o Brasil. De acordo com eles, "A população em situação de rua representa um segmento significativo e frequentemente é marginalizado. É muito importante o Enem ter abordado esse tema porque traz um processo para se pensar a respeito da reintegração socioeconômica dessa população de rua".

       Também ressaltam que é um desafio que exige uma abordagem holística, empática. É necessário reconhecer a dignidade e o potencial de cada indivíduo, assim como é possível avançar em direção a uma sociedade mais inclusiva e mais justa.

       Assim, segundo os especialistas, os alunos poderiam ter abordado temas como:


· programas de primeiro emprego e incentivos para contratação;

· apoio à saúde mental e combate à dependência;

· programas de capacitação e qualificação profissional;

· campanhas de conscientização para a mudança de percepção social dessa inclusão ativa.


         A reaplicação do Enem ocorreu nos dias 12 e 13 de dezembro, mesmas datas da aplicação do Enem PPL, para pessoas privadas de liberdade, em todos os estados e no Distrito Federal. Participaram da reaplicação os candidatos que precisaram faltar porque estavam com alguma doença infecciosa prevista no edital ou tiveram algum problema de logística ou foram alocados para fazer o exame em locais distantes por um erro da organização.


(Fonte: G1 — adaptado.)
Sobre a estruturação do pensamento abaixo, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

“A ninguém prejudicou ter-se calado, e sim ter falado.” (Dionísio Catão)

( ) O termo “a ninguém” exerce função sintática de objeto direto.
( ) O pronome oblíquo “se” tem função expletiva ou de realce.
( ) A conjunção coordenativa “e” tem valor aditivo.
( ) Essa máxima é confirmada pelo dito popular: “Pela boca, morre o peixe.” 
Alternativas
Q2443377 Português
O homem biologicamente incapaz de sonhar


"Sonhar não custa nada". Esta expressão popular soa para a maioria como uma verdade incontestável.

Afinal, quem nunca fechou os olhos deitado sobre o travesseiro, em sua mesa de trabalho ou no ônibus e se viu transportado, como num passe de mágica, para uma praia paradisíaca ou marcando um gol na Copa do Mundo ao lado de um ídolo? Também acontece de se encontrar em situações assustadoras, estranhas ou até incompreensíveis.

Mas há uma porcentagem da população para a qual o mundo dos sonhos, entendido como aquele território em que a mente cria histórias com imagens, sons e até cheiros enquanto dormimos ou até mesmo estamos acordados, é algo desconhecido. O motivo? Eles têm afantasia.

"A afantasia é a ausência de visão mental ou a incapacidade de visualizar". É assim que o neurologista britânico Adam Zeman define a condição, da qual apenas se começou a falar nas últimas duas décadas, em grande parte por causa de suas pesquisas sobre imagens mentais.

"Para a maioria de nós, se nos disserem 'mesa de cozinha' ou 'árvore de maçãs', seremos capazes de reproduzir em nosso cérebro ambas as imagens. Pessoas com afantasia, no entanto, são incapazes de fazer isso", acrescentou o professor da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

O médico venezuelano Guillermo Antonio Acevedo pertence ao grupo ao qual o especialista se refere. "Meu cérebro é como um computador com o monitor desligado ou que só armazena arquivos txt (de texto) e não suporta arquivos jpg, png ou nenhuma imagem", ilustrou.

Foi por acaso que Acevedo descobriu que pertence aos 4% da população que, segundo especialistas, não visualizam imagens mentais.

"Eu trabalhava em um hospital psiquiátrico, comecei a mergulhar mais em temas de neurologia e doenças mentais e me deparei com um artigo de Zeman, que falava sobre a mente cega", contou por telefone, da cidade espanhola de San Sebastián, onde vive e trabalha há seis anos. "Esse artigo descreve como as pessoas que têm afantasia pensam e explica que essas pessoas não conseguem imaginar coisas, ou seja, não veem imagens em sua mente. E foi aí que eu disse a mim mesmo: mas será que as pessoas podem realmente fazer isso?", continuou ele. "O meu choque foi que havia pessoas dizendo que podiam imaginar coisas na sua mente.

Hoje, com trinta e cinco anos, Acevedo passou trinta e um anos de sua vida acreditando que, quando as pessoas diziam ter sonhado, não visualizavam o que contavam. "Até eu descobrir que tinha afantasia, pensava que os desenhos animados colocavam a nuvenzinha nos personagens para que pudéssemos entender a história", explicou ele.



https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1418120qwqo.adaptado.

'Pessoas com afantasia, no entanto, são incapazes' de fazer isso.


A expressão destacada trata-se de uma oração:

Alternativas
Q2442647 Português
A frase O cachorro latiu muito durante a noite, porque estava assustado com os fogos de artifício consiste em uma oração coordenada:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-AM Prova: Quadrix - 2024 - CRESS-AM - Agente Fiscal |
Q2441835 Português
Texto para o item.

 
Maria Carmelita Yazbek. Os fundamentos históricos e
teórico‑metodológicos do serviço social brasileiro
na contemporaneidade. 


Em relação a aspectos gerais do texto, julgue o item. 


No segundo parágrafo, a conjunção “e” antes de “que persistem” liga a oração que se inicia nesse ponto ao trecho “a ação profissional do serviço social em sua trajetória”.

Alternativas
Q2441262 Português
Qual dos períodos  indicados a seguir apresenta uma oração coordenada adversativa? 
Alternativas
Q2441197 Português
Todos os pensamentos abaixo são compostos de dois segmentos, separados por um ponto. A relação lógica entre esses segmentos que é corretamente indicada, é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IDECAN Órgão: CAERN Prova: IDECAN - 2024 - CAERN - Engenheiro Civil |
Q2440244 Português

Memória muscular: saiba quanto tempo o corpo leva para esquecer o treino






Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/memoria-muscular-saiba-quanto-tempo-o-corpo-leva-para-esquecer-o-treino/

“Quando nunca treinamos, é difícil começar; mas, quando retornamos à academia após um tempo parado, a sensação é de que o corpo responde melhor e mais rápido (...)”.
Assinale a alternativa que contém a correta classificação das orações presentes no período acima:
Alternativas
Q2436040 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.


UM ARRISCADO ESPORTE NACIONAL


(1º§) Os leigos sempre se medicaram por conta própria, já que de médico e louco todos temos um pouco, mas esse problema jamais adquiriu contornos tão preocupantes no Brasil como atualmente. Qualquer farmácia conta hoje com um arsenal de armas de guerra para combater doenças de fazer inveja à própria indústria de material bélico nacional. Cerca de 40% das vendas realizadas pelas farmácias nas metrópoles brasileiras destinam-se a pessoas que se automedicam. A indústria farmacêutica de menor porte e importância retira 80% de seu faturamento da venda "livre" de seus produtos, isto é, das vendas realizadas sem receita médica.

(2º§) Diante desse quadro, o médico tem o dever de alertar a população para os perigos ocultos em cada remédio, sem que, necessariamente, faça junto com essas advertências uma sugestão para que os entusiastas da automedicação passem a gastar mais em consultas médicas. Acredito que a maioria das pessoas se automedica por sugestão de amigos, leitura, fascinação pelo mundo maravilhoso das drogas "novas" ou simplesmente para tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os resultados podem ser danosos.

(3º§) É comum, por exemplo, que um simples resfriado ou uma gripe banal leve um brasileiro a ingerir doses insuficientes ou inadequadas de antibióticos fortíssimos, reservados para infecções graves e com indicação precisa. Quem age assim está ensinando bactérias a se tornarem resistentes a antibióticos. Um dia, quando realmente precisar de remédio, este não funcionará. E quem não conhece aquele tipo de gripado que chega a uma farmácia e pede ao rapaz do balcão que lhe aplique uma "bomba" na veia, para cortar a gripe pela raiz? Com isso, poderá receber, na corrente sanguínea, soluções de glicose, cálcio, vitamina C, produtos aromáticos − tudo sem saber dos riscos que corre pela entrada súbita destes produtos na sua circulação.


(MEDEIROS, Geraldo. − Revista VEJA − dezembro de 2005.) - (armazemdetexto.blogspot.com))

Sobre a estrutura textual, marque a alternativa com análise incorreta.

Alternativas
Q2436031 Português

Sobre o fragmento do texto de Guimarães Rosa, marque a alternativa com análise incorreta.


O bom escritor é um descobridor; (...). Considero a língua como meu elemento metafísico: escrevo para me aproximar de Deus, estou sempre buscando o impossível, o infinito. (...) Sou místico: posso permanecer imóvel durante longo tempo, pensando em algum problema a esperar. (...)


(Guimarães Rosa)

Alternativas
Q2435917 Português

Sobre a estrutura dos períodos: "Modesto, pouco prático, por que tantas pessoas amam o livro, então? Justamente por isso: porque é um objeto modesto, pouco prático", analise as assertivas com o código V (Verdadeiro) ou F (Falso):


(__)Ambos os períodos estão escritos com coerência e coesão textual.

(__)A grafia de "por que" separado, no primeiro período, está correta e justificada por se tratar da posição que está escrito em frase interrogativa.

(__)A grafia do "porque" no segundo período identifica um elemento coesivo conjuntivo e coordenativo explicativo.

(__)O verbo: "amam" enuncia ideia presente do modo indicativo na terceira do plural.


Marque a alternativa com a sequência CORRETA:

Alternativas
Q2435912 Português

Sobre o poema "Do bem e do mal" autoria de Mário Quintana, marque a alternativa com análise INCORRETA:


Do bem e do mal

Todos têm seu encanto: os santos e os corruptos.

Não há coisa na vida inteiramente má.

Tu dizes que a verdade produz frutos...

Já viste as flores que a mentira dá?


(Mário Quintana).

Alternativas
Q2435911 Português

Analise o texto abaixo:


"Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala à chefia, e foi desta época que a Cidade começou a ouvir falar nos Capitães da Areia, crianças abandonadas que viviam do furto. Nunca ninguém soube o número exato de meninos que assim viviam. Eram bem uns cem e destes mais de quarenta dormiam nas ruínas do velho trapiche".


(Jorge Amado. Capitães da Areia. Editora Record).


Após análise, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Q2433738 Português

O texto contextualiza as questões de 01 a 12. Leia-o atentamente.

A metamorfose


Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e descobriu que só tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Acionou suas antenas e não tinha mais antenas. Quis emitir um pequeno som de surpresa e, sem querer, deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu primeiro pensamento humano foi: que vergonha, estou nua! O seu segundo pensamento humano foi, que horror! Preciso me livrar dessas baratas!

Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia o seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma espécie de manto da cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa, caminhando junto à parede, porque os hábitos morrem devagar. Encontrou um quarto, um armário, roupa de baixo, um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquilou-se. Todas as baratas são iguais, mas uma mulher precisa realçar a sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe pertencia? Tinha educação? Referências? Conseguiu, a muito custo, um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas, era uma boa faxineira.

Difícil era ser gente. As baratas comem o que encontram pela frente. Vandirene precisava comprar sua comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os seres humanos não. Se conhecem, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. A primeira noite. Vandirene e seu torneiro mecânico. Difícil. Você não sabe nada, bem? Como dizer que a virgindade é desconhecida entre as baratas? As preliminares, o nervosismo. Foi bom? Eu sei que não foi. Você não me ama. Se eu fosse alguém você me amaria. Vocês falam demais, disse Vandirene. Queria dizer, vocês, os humanos, mas o marido não entendeu; pensou que era vocês, os homens. Vandirene apanhou. O marido a ameaçou de morte. Vandirene não entendeu. O conceito de morte não existe entre as baratas. Vandirene não acreditou. Como é que alguém podia viver sabendo que ia morrer?

Vandirene teve filhos. Lutou muito. Filas do INPS. Creches. Pouco leite. O marido desempregado. Finalmente, acertou na esportiva. Quase quatro milhões. Entre as baratas, ter ou não ter quatro milhões não faria diferença. A barata continuaria a ter o mesmo aspecto e a andar com o mesmo grupo. Mas Vandirene mudou. Empregou o dinheiro. Trocou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer e dar de comer de tudo, a cuidar onde colocava o pronome. Subiu de classe. (Entre as baratas, não existe o conceito de classe.) Contratou babás e entrou na PUC. Começou a ler tudo o que podia. Sua maior preocupação era a morte. Ela ia morrer. Os filhos iam morrer. O marido ia morrer ― não que ele fizesse falta. O mundo inteiro, um dia, ia desaparecer. O sol.

O Universo. Tudo. Se espaço é o que existe entre a matéria, o que é que fica quando não há mais matéria? Como se chama a ausência do vazio? E o que será de mim quando não houver mais nem o nada? A angústia é desconhecida entre as baratas.

Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado de novo numa barata. Seu penúltimo pensamento humano foi, meu Deus, a casa foi dedetizada há dois dias! Seu último pensamento humano foi para o seu dinheiro rendendo na financeira e o que o safado do marido, seu herdeiro legal, faria com tudo. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu em cinco minutos, mas foram os cinco minutos mais felizes da sua vida. Kafka não significa nada para as baratas.

. (VERÍSSIMO, Luís Fernando. A metamorfose. In: _____________. Ed Morte e outras histórias. Porto Alegre: L&PM Editores, 1997, p. 32-33.)

Considere o período: “Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado de novo numa barata.” (6º§). Sobre a relação entre as orações que o compõem, pode-se afirmar que há

Alternativas
Respostas
181: C
182: B
183: D
184: E
185: D
186: A
187: C
188: C
189: A
190: C
191: E
192: B
193: A
194: D
195: E
196: B
197: B
198: C
199: A
200: D