Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso

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Q2171279 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere. 

Texto 01


Quanto tempo a gente tem?  

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Disponível em: https://vidasimples.com/vida-emocional. Acesso em: 14 fev. 2023. Adaptado. 
Considere o trecho: ‘“Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira. Quando se vê, já é Natal. Quando se vê, já terminou o ano.’” (Linhas 9-10)
I. Os termos “seis horas”, “sexta-feira”, “Natal” e “terminou o ano” formam um recurso de expressão denominado gradação. II. O termo “quando” poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por “mal”, também com função de conjunção subordinativa temporal. III. A palavra “quando” em “quando se vê” é atrativa, por isso se verifica a ocorrência da próclise obrigatória, de acordo com a norma. IV. O verbo “são” encontra-se no plural, concordando com o termo “seis horas”, mas poderia ter sido usado, com igual correção, no singular. V. A vírgula que separa a oração “Quando se vê” é facultativa, de acordo com a norma, para separar oração adverbial antecipada.
Estão CORRETAS as afirmativas
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Q2171002 Português

Leia a fábula “O leão enamorado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.


        Um leão enamorou-se da filha de um lavrador e foi pedi-la em casamento. E o lavrador, que não suportava a ideia de entregar a filha a uma fera e, por medo, também não conseguia dizer não, fez o seguinte. Visto que o leão insistia em pressioná-lo, ele disse que o reputava um noivo digno de sua filha, mas que não podia conceder-lhe sua mão, a menos que ele extraísse as presas e aparasse as garras, que amedrontavam a mocinha. O leão, por amor, sujeitou-se com facilidade a todas as exigências e o lavrador, já sem nenhum receio dele, escorraçou-o a porretadas quando ele veio à sua casa.


(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)  

Em mas que não podia conceder-lhe sua mão, a menos que ele extraísse as presas e aparasse as garras, que amedrontavam a mocinha, a expressão sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
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Q2171001 Português

Leia a fábula “O leão enamorado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.


        Um leão enamorou-se da filha de um lavrador e foi pedi-la em casamento. E o lavrador, que não suportava a ideia de entregar a filha a uma fera e, por medo, também não conseguia dizer não, fez o seguinte. Visto que o leão insistia em pressioná-lo, ele disse que o reputava um noivo digno de sua filha, mas que não podia conceder-lhe sua mão, a menos que ele extraísse as presas e aparasse as garras, que amedrontavam a mocinha. O leão, por amor, sujeitou-se com facilidade a todas as exigências e o lavrador, já sem nenhum receio dele, escorraçou-o a porretadas quando ele veio à sua casa.


(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)  

Em Visto que o leão insistia em pressioná-lo, ele disse que o reputava um noivo digno de sua filha, o trecho sublinhado expressa, em relação ao trecho que o sucede, ideia de
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Q2169502 Português
Considere a crônica de Machado de Assis, publicada em 09 de fevereiro 1896, para responder à questão.

        Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos nossos diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não publica o nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira ideia do ex-secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício que não traga louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido nada, nem por furto, nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante, mas aproveito esta coluna para recomendá-los aos meus amigos e leitores.

        Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não aproveitá-lo. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se sabe quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio, mas suicídio, o dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre mulher trabalhadeira, com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos fundos de uma estalagem da rua da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a fazer flores... Não sei se te lembras do acontecimento: tais são os casos de sangue destes dias que é natural vir o fastio e ir-se a memória. Pois fica lembrado.

        A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo de homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova de amizade... É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você deixa de sofrer.” Você é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga da morta. Segundo a carta, a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de mistura com um casamento que lhe queriam impor.

        O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era diariamente espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da vítima − “tudo por causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina buscou um veneno, meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos. “Adeus, Matilde; recebe o meu último suspiro”.

        Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria a amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre isto era o ex-secreta de Londres e de New York, onde a polícia pode ser que penetre além do delito e suas provas, e passeie na alma da gente, como tu, por tua casa.


* secreta: agente secreto.

** valetudinário: que ou o que é de constituição física débil, doentia, sempre sujeito a enfermidades.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Crônicas escolhidas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013)
Em Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. (2º parágrafo), a oração sublinhada expressa, em relação à oração que a sucede, ideia de 
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Q2166575 Português

Leia  o texto para responder a questão.

    Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de suas terras e chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa não saber em que ano nasceu: “Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca de 30 anos, seu único documento, traz uma data fictícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo rumo”.

    Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando retorna, acende o fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que são suas únicas companhias. “Também tinha alguns cachorros, mas a onça comeu”, informa, acrescentando que “também caçava, matava e vendia o couro de onças, que valia muito, mas agora não pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas a onça-pintada, típica do Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.

    Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido falar a língua se estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com a esposa Kristina Balykowa, também linguista, esteve com Vicente várias vezes.

    Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira, falecida no ano passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de Vicente, André, e Dalva Maria de Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató não falante e que aprendeu a língua com a sogra e amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.

    Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua, onde enterrou a mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com quem eu falava já morreram”.

(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató. www.estadao.com.br, 16.12.2022. Adaptado)

No trecho – “Ele acha que só faz sentido falar a língua se estiver ensinando alguém”... (3° parágrafo) –, a palavra se exerce a mesma função gramatical da palavra destacada em:
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Respostas
481: A
482: D
483: D
484: E
485: E