Questões de Concurso
Sobre paralelismo sintático e semântico em português
Foram encontradas 591 questões
Considere as seguintes afirmações sobre a palavra descentralizada (l. 38).
I. Seu prefixo tem o mesmo sentido que o prefixo da palavra desrespeitado (l. 20).
II. Seu sufixo forma adjetivos a partir de verbos.
III. Ela significa o mesmo que descentrada.
Quais estão corretas?
Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados quatro verbos do texto; na coluna da direita, sinônimos de três daqueles quatro verbos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, considere o texto abaixo.
Criadores e legados
Dando alguns como aceitável que a nossa vida possa ser considerada um absurdo, já que ela existe para culminar na morte, parece-lhes ainda mais absurda quando se considera o caso dos grandes criadores, dos artistas, dos pensadores. Eles empregam tanta energia e tempo para reconhecer, formular e articular linguagens e ideias, tanto esforço para criar ou desafiar teorias e correntes do pensamento, é-lhes sempre tão custoso edificar qualquer coisa a partir da solidez de uma base e com vistas a alguma projeção no espaço e no tempo – que a morte parece surgir como o mais injusto e absurdo desmoronamento para quem justamente mais se aplicou na engenharia de toda uma vida.
Por outro lado, pode-se ponderar melhor: se o legado é grande, e não morre tão cedo, a desaparição de quem o construiu em nada reduz a atualização de sentido do que foi deixado. O criador não testemunhará o desfrute, mas quem recolher seu legado reconhecerá nele a força de um sujeito, de uma autoria confortadora para quantos que se beneficiam da obra deixada, e que dela assim compartilham. Sem sombra de rancor, uma sonata de Beethoven modula-se no dedilhar de uma sucessão de pianistas e por gerações de ouvintes, a cada vez que é interpretada e renovada. Na onda ecoante, no papel, no celuloide, no marfim, no mármore, no barro, no metal, na voz das palavras, é o tempo da vida e da arte, não o da morte, que se celebra no Feito.
O legado teimoso das obras consumadas parece contar com o fundamento mesmo da morte para reafirmar a cada dia o tempo que lhes é próprio. Essa é a sua riqueza e o seu desafio. Sempre alguém poderá dizer, na voz do poeta Manuel Bandeira: “ tenho o fogo das constelações extintas há milênios”, ecoando tanto uma verdade da astrofísica como a poesia imensa do nosso grande lírico.
(Justino de Azevedo, inédito)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de uma expressão do texto em:
O sequestro das palavras
Gregório Duvivier
___Vamos supor que toda palavra tenha uma vocação primeira. A palavra mudança, por exemplo, nasceu filha da transformação e da troca, e desde pequena servia para descrever o processo de mutação de uma coisa em outra coisa que não deixou de ser, na essência, a mesma coisa – quando a coisa é trocada por outra coisa, não é mudança, é substituição. A palavra justiça, por exemplo, brotou do casamento dos direitos com a igualdade (sim, foi um ménage): servia para tornar igual aquilo que tinha o direito de ser igual, mas não estava sendo tratado como tal.
___No entanto as palavras cresceram. E, assim como as pessoas, foram sendo contaminadas pelo mundo à sua volta. As palavras, coitadas, não sabem escolher amizade, não sabem dizer não. A liberdade, por exemplo, é dessas palavras que só dizem sim. Não nasceu de ninguém. Nasceu contra tudo: a prisão, a dependência, o poder, o dinheiro – mas não se espante se você vir a liberdade vendendo absorvente, desodorante, cartão de crédito, empréstimo de banco. A publicidade vive disso: dobrar as melhores palavras sem pagar direito de imagem. Assim, você verá as palavras ecologia e esporte juntarem-se numa só para criar o EcoSport – existe algo menos ecológico ou esportivo que um carro? Pobres palavras. Não têm advogados. Não precisam assinar termos de autorização de imagem. Estão aí, na praça, gratuitas.
___Nem todos aceitam que as palavras sejam sequestradas ao bel prazer do usuário. A política é o campo de guerra onde se disputa a posse das palavras. A "ética", filha do caráter com a moral, transita de um lado para o outro dos conflitos, assim como a Alsácia-Lorena, e não sem guerras sanguinárias. Com um revólver na cabeça, é obrigada a endossar os seres mais amorais e sem caráter. A palavra mudança, que sempre andou com as esquerdas, foi sequestrada pelos setores mais conservadores da sociedade – que fingem querer mudar, quando o que querem é trocar (para que não se mude mais). A Justiça, coitada, foi cooptada por quem atropela direitos e desconhece a igualdade, confundindo-a o tempo todo com seu primo, o justiçamento, filho do preconceito com o ódio.
___Já a palavra impeachment, recém-nascida, filha da democracia com a mudança, está escondida num porão: emprestaram suas roupas à palavra golpe, que desfila por aí usando seu nome e seus documentos. Enquanto isso, a palavra jornalismo, coitada, agoniza na UTI. As palavras não lutam sozinhas. É preciso lutar por elas.
Observação: Após a coluna "O Sequestro das Palavras" ter sido publicada no jornal impresso, na segunda-feira, 21/3 de 2016, o colunista modificou seu texto e pediu para atualizá-lo na versão on-line.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/03/1752170-o-sequestro-das-palavras.shtml
palavra
substantivo feminino
1.
unidade da língua escrita, situada entre dois espaços em branco, ou entre espaço em branco e sinal de pontuação.
2.
gram unidade pertencente a uma das grandes classes gramaticais, como substantivo, verbo, adjetivo etc., não levando em conta as modificações que nela ocorrem nas línguas flexionais, e sim, somente, o significado; vocábulo.
www.google.com.br
A definição de palavra do dicionário do Google considera:
I. Somente a modalidade escrita da língua.
II. Os valores semânticos e morfossintáticos das palavras.
III. As questões ortográficas das palavras.
Está CORRETO o que se afirma em:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Largar as redes sociais?
- Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
- delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
- 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
- já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
- que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro, dá
- motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
- pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
- propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
- 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
- pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
- comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
- escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
- enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
- Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
- encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
- objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
- estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
- de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
- irritadas, obcecadas e divididas”.
- 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
- possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
- cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
- e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
- segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
- publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
- na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
- amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
- trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
- Facebook e no Google.
- 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
- loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
- eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
- 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
- principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
- aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
- também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
- frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
- com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
- ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
- as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
- mais difícil.
- 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
- negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
- não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
- problema.
- Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
- autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
- “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
- podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
- Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
- de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
- oferecer.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html
Considerando o contexto, assinale a alternativa que apresenta um sinônimo da palavra ‘díspares’ (l.22).
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:
A Trump o que é de César.
Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma . montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um pais que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fás do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual-masse o figurino cai bem, porque não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)
A relação do vocábulo e seu sinônimo está indevida no seguinte contexto:
“Ao contrário do que foi pedido, o jogo foi prorrogado.” Indique a alternativa em que há o sinônimo da expressão em destaque.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.
Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.
A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.
A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.
Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente
(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)
Uma expressão do texto encontra seu equivalente de sentido em:
Crianças e adolescentes na Internet: a responsabilidade dos pais ou responsáveis
Muito se discute sobre os eventuais benefícios ou malefícios às crianças e adolescentes decorrentes do uso da Internet. No Brasil, a preocupação justifica-se pelo número crescente de acesso desses jovens à rede mundial de computadores. Embora não se tenham dados estatísticos sobre o acesso dessa camada da população brasileira, acredita-se que eles sejam responsáveis pela maioria dos acessos à rede mundial de computadores. Dados recentes demonstram que mais de 20 milhões de pessoas acessam diariamente a Internet com os mais variados interesses e necessidades, uma vez que ela acabou se tornando a intermediária de relações pessoais e comerciais.
Quando a Internet é utilizada para obter-se informação com vista a pesquisas, estudos, conversas entre amigos, notadamente, concluir-se-ia que ela é um bem. Mas, ainda assim, teríamos que especular sobre a fonte de informação e com quem se relacionam esses jovens. Seria essa fonte segura? Seria essa fonte capaz de prover informações confiáveis para contribuir com o processo educacional? Seriam esses relacionamentos estabelecidos com pessoas confiáveis? [...]
Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/criancas-adolescentes-na-internet-responsabilidade.html>. Acesso em: 10 fev. 2017.
Dadas as afirmativas sobre o texto,
I. O elemento articulador destacado Embora atribui ao contexto uma relação semântica de concessão.
II. O vocábulo destacado que inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
III. As palavras destacadas Internet, informação, pesquisas, estudos e conversas representam mecanismos de coesão semântica, já que exemplificam relação de hiperonímia e hiponímia.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Disponível em: <http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2012/03/regencia-verbal-i.html>. Acesso em: 08 fev. 2017.
No que concerne aos aspectos morfossintáticos usados na construção da primeira fala da tira, dadas as afirmativas,
I. O pronome lhe encontra-se enclítico por não haver palavras que o atraiam para antes da locução verbal.
II. Na utilização prática da língua, a colocação dos pronomes oblíquos é determinada pela eufonia. Considerando o contexto em que se encontra, a posição do pronome lhe poderia ser alterada, sem prejuízos à norma gramatical.
III. No contexto referente, o pronome oblíquo lhe desempenha função sintática de adjunto adnominal.
IV. No contexto referente, o verbo ensinar tem sentido de doutrinar. Assim, quanto à regência, ensinar é verbo intransitivo.
verifica-se que estão corretas apenas
Qual a diferença entre robô, androide e ciborgue?
Robôs são máquinas que fazem tarefas pré-programadas de forma autônoma. Quando o robô tem aspecto humano é um androide. Já os ciborgues são híbridos: parte humanos, parte máquinas.
Disponível em: <super.abril.com.br/blog/oraculo/qual-a-diferenca-entre-robo-androide-e-ciborgue>. Acesso em: 04 abr. 2017.
No contexto, os verbos destacados possuem valores semânticos do presente do indicativo e sugerem noções
Leia os textos 2, 3 e 4 para responder às questões de 08 a 10.
TEXTO 2
Receita de se olhar no espelho
Roseana Murray
“Se olhe de frente
De lado
De costas
De cabeça para baixo
5 Pinte o espelho
De azul dourado vermelho
Faça caretas ria sorria
Feche os olhos abra os olhos
E se veja sempre surpresa
10 Quem é você?”
Disponível em: <http://poemandopq.pensamentosvalemouro.com.br/2012/02/receita-de-se-olhar-noespelho.html>. Acesso em 11 nov. 2016
TEXTO 3
Quem é você?
Detonautas
[...]
A gente acha como se por um milagre
Deus, no auge da bondade, fosse um
dia interceder
Enquanto esse dia não chega, a
05 gente vai aceitando
E esperando alguma coisa acontecer
Mas
Quem é você?
Quem é você?
10 Me diz
Quem é você?
Quem é você?
O teu avô que trabalhou a vida inteira
Dia e noite, noite e dia, até se
15 aposentar
Recebe agora uma miséria de salário
Fica 10 horas na fila esperando e não
pode reclamar [...]
Disponível em:
<https://www.vagalume.com.br/detonautasroque-clube/quem-e-voce.html>. Acesso em 12
nov. 2016
TEXTO 4
Noite dos Mascarados
Chico Buarque
Quem é você, adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus
namorados perguntando assim
Quem é você, diga logo que eu quero saber
05 o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco, que eu
quero me arder no seu fogo
[...]
Mas é carnaval, não me diga mais quem é
10 você
Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa
acabar, deixa o barco correr
Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira
que vo...cê me quer
15 O que você pedir eu lhe dou, seja você
quem for
Seja o que Deus quiser
Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chicobuarque/noite-dos-mascarados.html>. Acesso em: 12 nov. 2016
Analise o conteúdo semântico dos trechos do texto 2.
I: “Se olhe de frente” (linha 1) e “de costas” (linha 3).
II: “feche os olhos abra os olhos” (linha 8).
As palavras destacadas estabelecem, respectivamente, entre si a relação de
Leia as afirmativas a seguir:
I. O acervo lexical da Língua Portuguesa é constituído em sua maioria por vocábulos herdados do latim, aos quais se acrescentaram outros emprestados de idiomas diversos.
II. A flexão dos pronomes se realiza de modo totalmente distinto da flexão dos nomes.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. Um morfema é a unidade mínima no sistema de expressão que pode ser correlacionada diretamente com alguma parte do sistema do conteúdo.
II. Sílaba é a unidade formal da linguagem que, sozinha, pode constituir um enunciado.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. O número é uma noção gramatical que distingue um elemento (singular) e mais de um elemento (plural).
II. Os morfemas são os elementos mínimos das emissões linguísticas que contêm um significado individual.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. Os morfemas são as menores unidades significativas que podem constituir vocábulos ou partes de vocábulos.
II. Os pronomes representam as coisas e ideias (são símbolos), os nomes indicam a situação espacial (são sinais).
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. Morfema é a menor parte indivisível da palavra que, por sua vez, tem uma relação direta ou indireta com a significação.
II. Os pronomes, ao contrário dos nomes, se submetem aos processos derivacionais.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 ao 10.
“Após quase desistir da agricultura por causa da seca....”
O ANTÔNIMO da palavra destacada é:
Corpos emancipados, mentes subjugadas
1 _____ A indústria cultural, tão bem dissecada pela Escola de Frankfurt, retarda a emancipação humana ao
2 _ introduzir a sujeição da mente no momento em que a humanidade se livrava da sujeição do corpo. É longa a
3 _ história da sujeição do corpo, a começar pela escravidão que durou séculos, inclusive no Brasil, onde foi
4 _ considerada legal e legítima por mais de 358 anos.
5 _____ Não apenas escravos tiveram seus corpos sujeitados. Também mulheres. Faz menos de um século
6 _ que elas iniciaram o processo de apropriação do próprio corpo. A dominação sofrida pelo corpo feminino era
7 _ endógena e exógena. Endógena porque a mulher não tinha nenhum controle sobre o seu organismo, encarado
8 _ como mera máquina reprodutiva e, com frequência, demonizado. Exógena pelas tantas discriminações
9 _ sofridas, da proibição de votar à castração do clitóris, da obrigação de encobrir o rosto em países
10 _ muçulmanos à exibição pública de sua nudez como isca publicitária nos países capitalistas de tradição cristã.
11 _____ No momento em que o corpo humano alcançava sua emancipação, a indústria cultural introduziu a
12 _ sujeição da mente. A multimídia é como um polvo cujos tentáculos nos prendem por todos os lados. Tente
13 _ pensar diferente da monocultura que nos é imposta via programas de entretenimento! Se a sua filha de 20
14 _ anos disser que permanece virgem, isso soará como ridículo anacronismo; se aparecer no Big Brother
15 _ transando via satélite para o onanismo visual de milhões de telespectadores, isso faz parte do show.
16 _____ O processo de sujeição da mente utiliza como chibatas o prosaico, o efêmero, o virtual, o fugidio. E
17 _ detona progressivamente os antigos valores universais. Ética? Ora, não deixe escapar as chances de ter
18 _ sucesso e ficar rico, desde que sua imagem não fique mal na foto... Agora, tudo é descartável, inclusive os
19 _ valores. E todos somos impelidos à reciclagem perpétua - na profissão, na identidade, nos relacionamentos.
20 _____Nossos pais aposentavam-se num único emprego. Hoje, coitado do profissional que, ao oferecer-se
21 _ a uma vaga, não apresentar no currículo a prova de que já trabalhou em pelo menos três ou quatro empresas
22 _ do ramo! Eis a civilização intransitiva, desistorizada, convencida de que nela se esgota a evolução do ser
23 _ humano e da sociedade. Resta apenas dilatar a expansão do mercado.
24 _____ A tecnologia multimídia sujeita-nos sem que tenhamos consciência dessa escravidão virtual. Pelo
25 _ contrário, oferece-nos a impressão de que somos “imperadores de poltrona”, na expressão cunhada por
26 _ Robert Stam. Temos tanto “poder” que, monitor à mão, pulamos velozmente de um canal de TV a outro,
27 _ configurando a nossa própria programação. Já não estamos propensos a suportar discursos racionais e
28 _ duradouros. Pauta-nos a vertiginosa velocidade tecnológica, que nos mantém atrelados às conveniências do
29 _ mercado.
30 _____ Nossa boia de salvação reside, felizmente, na observação de Jean Baudrillard, de que o excesso de
31 _ qualquer coisa gera sempre o seu contrário. É o caso da obesidade. O alimento é imprescindível à vida, mas
32 _ em excesso afeta o sistema cardiovascular e produz outros defeitos colaterais.
33 _____ Há tanta informação que preferimos não mais prestar atenção nelas. A comunicação torna-se
34 _ incomunicação. Ou comunicassão, pois cassa-nos a palavra, tornando-nos meros receptores da avassaladora
35 _ máquina publicitária.
36 _____ Essa sujeição da mente vem no bojo da crise da modernidade que, desmistificada pela barbárie -
37 _ duas guerras mundiais, a incapacidade de o capitalismo distribuir riquezas, o fracasso do socialismo
38 _ soviético etc. -, passa a rejeitar todos os “ismos”. Os espaços da expressão da cidadania, como a política e o
39 _ Estado, caem em descrédito.
40 _____ Tudo e todos prestam culto a um único soberano: o mercado. É ele a Casa Grande que nos mantém
41 _ na senzala do consumo compulsivo, do hedonismo desenfreado, da dessolidariedade e do egoísmo.
42 _____ Felizmente iniciativas como o Fórum Social Mundial rompem o monolitismo cultural e abrem
43 _ espaço à consciência crítica e novas práticas emancipatórias.
BETTO Frei. Corpos emancipados, mentes subjugadas. Correio da Cidadania. http://www.correiocidadania.com.br/antigo/ed437/betto.htm
No texto, a expressão “do ser humano” (L.22/23) exerce a mesma função sintática que a expressão