Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Ano: 2022 Banca: CESGRANRIO Órgão: ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR Provas: CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Administrador | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Assistente Social | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Biólogo | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Contador | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Economista | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Advogado | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro de Análise Probabilística de Segurança | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Civil | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Ambiental | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Designer | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Analista - Comunicação Social | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro de Produção | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro de Segurança do Trabalho | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Eletrônico | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Mecânico | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro de Telecomunicações | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Nuclear | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Eletricista | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Metalúrgico | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Arquivista | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Analista de Sistemas - Aplicação e Segurança de TIC | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Engenheiro Químico | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Físico - A | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Pedagogo | CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Químico |
Q1915131 Português
O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exigências da norma-padrão da Língua Portuguesa em: 
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Q1914588 Português
É proibido chorar 

        Em um dos meus textos em que eu falava sobre as dificuldades de lançar meu livro e, ao mesmo tempo, de suportar as dores diárias da sobrevivência, muita gente se identificou com a minha luta.   
           
         Nenhuma surpresa nisso, pois desde que nascemos as pedras espreitam nosso caminho. 
           
         E a briga pelo leite, o choro, já era o nosso grito de que não aceitaríamos tudo calados.   
         
        Infelizmente, alguns deixaram de gritar, por isso, choram até hoje. Não tenho dó de quem sofre, tenho raiva de quem faz sofrer.   
       
        Sei de vários que estão na luta e merecem o meu e o nosso respeito: são os quixotes da periferia.   

       Não só os da periferia geográfica, mas todos os que vivem no centro do esquecimento da humanidade, quer seja artista (?), ou não. Aliás, ser artista neste país não é um privilégio, e sim um castigo, não sei por que tem tanta gente metida a besta só por conta disso.   
   
         Tristes figuras. Às vezes, os vejo por aí, os guerreiros, correndo atrás de sonhos e também me vejo neles, sou um deles também, nunca deixei de sonhar, coleciono pedras, mas também semeio quimeras. Vejo e me identifico com a luta, outras vezes, observo-os em silêncio e penso no que será que eles estão pensando, ou como deve ser a casa deles, e, na maioria das vezes, quantos inimigos devem ter. E a única coisa da qual tenho certeza e sei é sobre o que eles comem: poeira e lama. Seja procurando um emprego no centro da cidade, um CD demo debaixo do braço, uns poemas numas folhas de sulfite amareladas e sujas ou um simples bico de pedreiro, boa parte desses guerreiros passa a vida lutando e não se importa com as portas pesadas que cada vez se fecham mais para a nossa gente, que nasce sem as chaves certas e programadas.   

           A chave de tudo é não desistir, não há outra saída que não a ousadia, a perseverança e a teimosia. [...]

(VAZ, Sérgio. Literatura, pão e poesia: histórias de um povo lindo e inteligente. São Paulo: Global Editora, 2020, p. 39-40)
Em “Não tenho dó de quem sofre, tenho raiva de quem faz sofrer.” (4º§), a vírgula separa duas ideias que se relacionam sem uma conjunção explícita. Caso fosse explicitada, não haveria alteração de sentido com a presença do seguinte conectivo:
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Q1914413 Português

          A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social, desordem e violência.

         Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

          A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.

         Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

          Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração, apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)


Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.


A supressão da vírgula empregada logo após “ambições” (segundo período do terceiro parágrafo) não prejudicaria a correção gramatical e a coerência do texto.

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Q1914411 Português

          A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social, desordem e violência.

         Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

          A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.

         Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

          Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração, apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)


Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.


As vírgulas que isolam a expressão “ou seja” (primeiro parágrafo) poderiam ser suprimidas, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

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Q1914282 Português

Texto para o item.




Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

Quanto a aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


Caso a oração “que não tinham um lugar adequado para trabalhar em casa” (linhas 17 e 18) estivesse isolada entre vírgulas, não haveria prejuízo para a correção gramatical, mas o sentido do período seria alterado e o seu teor se tornaria implausível. 

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Q1914179 Português

Disponível em: https://gq.globo.com/Corpo/Saude/noticia/2018/08/o-que-acontece-com-seu-corpo-quando-voce-para-defumar.html. Acesso em: 24 jan. 2022.

Com base no texto 2 e na norma padrão escrita, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
( ) Em “Apague o cigarro e...” o sentido denotativo aponta para o pressuposto de que o cigarro está aceso.
( ) Está implícito que o enunciado do cartaz toma o interlocutor como fumante.
( ) A gradação do tempo sem o uso do cigarro obedece sempre a mesma proporcionalidade.
( ) Quem fica 15 anos sem fumar passa a ter saúde equivalente à de quem nunca fumou.
( ) O nível de oxigênio aumenta em apenas 8 horas sem cigarro, mas para a função pulmonar melhorar em até 30% são necessários até 3 meses.
( ) Depois de 15 anos sem cigarro, os riscos de câncer de pulmão chegam a zero.
( ) Em “Apague o cigarro e...” o uso de reticências indica a necessidade da complementação de ideia. 
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Q1914125 Português

O limite do humor


O humor é subjetivo, e não há uma linha exata para definir quais são os limites. Dentro da sociologia, o consenso é de que a comédia é produzida e interpretada a partir de contextos específicos, condutas sociais acordadas entre os grupos com quem o humor dialoga e um senso de identidade compartilhado.

A partir desses elementos, o humor produz o riso majoritariamente pela subversão de expectativas. De acordo com a neurociência, a reação automática do cérebro na maioria dos casos é rir quando as expectativas são subvertidas.

Uma “regra não escrita” do humor é de que não há tema “proibido” na comédia, mas que os comediantes devem escolher seus alvos a fim de não reforçar estruturas de preconceito e opressão – afinal, reforçar sistemas que já estão consolidados não é subverter expectativas, mas reproduzi-las. Nessa linha de pensamento, é válido fazer uma piada com racismo, por exemplo, desde que o alvo da gozação seja o racista e não a vítima.

Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2022/03/29/- A profusão de interpretações sobre o tapa no Oscar. Acesso em: 02 abr.2022.


O emprego de aspas no termo “proibido” tem a finalidade de

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Q1913979 Português
Em relação ao emprego dos sinais de pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:
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Ano: 2022 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 2022 - UFSCAR - Médico do Trabalho |
Q1913411 Português
Dentre as várias regras de pontuação, anacoluto refere-se ao período iniciado por uma palavra ou locução, seguida de pausa (vírgula), que tem como continuação uma oração em que essa palavra ou locução não se integra sintaticamente, embora esteja integrada pelo sentido. Com o entendimento desta regra, assinale a alternativa que apresenta a forma correta de representação de ‘anacoluto’ na língua portuguesa. 
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Q1913360 Português
Imagem associada para resolução da questão



Com base no texto 2 e na norma padrão escrita, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
(   ) A informação principal noticiada pelo texto é a morte de George Floyd, por asfixia, causada por um policial. (   ) Em síntese, o texto denuncia os abusos e a violência policial.
(   ) O foco da notícia é traçar um perfil daqueles que participam dos protestos antirracistas nos Estados Unidos. (   ) As expressões entre aspas marcam os dizeres produzidos pelos protestantes. (   ) O pronome “se” (linha 03) faz referência às pessoas que morreram pela brutalidade policial. 
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Q1913271 Português
Texto para a questão. 

A gestão pública municipal e a relação com a população 

A relação com a população é provavelmente o aspecto mais desafiador de qualquer setor da gestão pública municipal. Não somente em entregar o que ela precisa, mas literalmente em manter uma relação positiva e próximas a ela.

O eleitor tem mudado cada vez mais. A sociedade, felizmente, busca estar ainda mais integrada na gestão pública, participando mais ativamente dos processos de decisão, querendo conhecer mais sobre os funcionários públicos que trabalham para ele. Os sistemas de transparência contribuem muito ativamente para isso, visto que o público cada vez mais possui mais informação.

Por isso, o primeiro desafio é trabalhar na relação e na comunicação com o público. Isso parte da primeiramente de aspectos bem óbvios, como o atendimento. Este, precisa ser rápido, eficiente e satisfatório. Uma das principais reclamações da população e uma das maiores fontes de sua frustração, é quando eles sentem que não são ouvidos. 

(Texto publicado em 27 de janeiro de 2022, disponível em: https://cr2.co/desafios-dagestao-publicamunicipal/#:~:text=Gest%C3%A3o%20p%C3%BAblica%20municipal%20%C3%A9%20o ,da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20dos%20munic%C3%ADpios%20brasileiros.)
Ao observarmos o emprego da vírgula no último período do texto, pode-se afirmar que, segundo a Gramática Normativa,: 
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Q1913150 Português

Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


A oração que segue o termo “consenso” (linha 1) classifica-se como subordinada adjetiva restritiva, por isso não está separada por vírgula. 

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Q1912867 Português
Leia o enunciado a seguir, extraído de O Livro da História (Globo Livros, 2017, p. 147):      O feito de Colombo em 1492 é com frequência descrito como a “descoberta” europeia da América. Essa é uma alegação problemática, não apenas porque Colombo pensou que havia chegado à Ásia, mas também porque os vikings da Escandinávia já haviam chegado à América do Norte quase quinhentos anos antes – vestígios arqueológicos revelam que eles até tiveram um assentamento lá. No entanto, o povoamento viking não durou muito e era desconhecido de Colombo e seus contemporâneos.       Porém, a jornada de Colombo em 1492 de fato inaugurou um contato duradouro entre as Américas e a Europa. A terrível destruição que ele e seus homens trouxeram aos povos indígenas das Índias Ocidentais que encontrou quando de sua primeira chegada às Américas também iniciou um processo de dizimação das populações americanas nativas que continuaria por um século.
Sobre o texto, as ideias nele contidas e seus aspectos linguísticos, considere as seguintes afirmativas:
I. As aspas em “descoberta” se justificam porque realçam o fato de a palavra possuir outro sentido que não o usual, um sentido de certa maneira irônico.
II. O autor desmerece o navegador Colombo, tratandoo como um genocida, em virtude da destruição de populações da América.
III. Se os vikings tivessem continuado com assentamentos na América, nossa realidade social teria sido diferente.
IV. O vocábulo “que”, em “que continuaria por um século” exerce a função de sujeito e se refere ao “processo de dizimação”.
V. No mesmo enunciado, deveria haver vírgula após “nativas” (“processo de dizimação das populações americanas nativas que continuaria por um século”), em virtude de a última oração ser coordenada explicativa.
Assinale a alternativa CORRETA:
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Q1912864 Português
Leia o texto a seguir. Para fins de elaboração da questão, ele foi dividido em seis trechos, mas a sua sequência forma um enunciado coerente. Foi retirado e adaptado do livro Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda (Companhia das Letras, 2016, p. 61-62):
I. Pioneiros da conquista do trópico para a civilização, tiveram os portugueses, nessa proeza sua maior missão histórica. Apesar de tudo quanto se possa alegar contra sua obra, forçoso é reconhecer que foram não somente os portadores efetivos como os portadores naturais dessa missão.
II. Nenhum outro povo do Velho Mundo achou-se tão bem armado para se aventurar à exploração regular e intensa das terras próximas à linha equatorial, onde os homens depressa degeneram, segundo o conceito generalizado na era quinhentista.
III. Essa exploração dos trópicos não se processou, em verdade, por um empreendimento metódico e racional, não emanou de uma vontade construtora e enérgica fez-se antes com desleixo e certo abandono.
IV. Dir-se-ia mesmo que se fez apesar de seus autores. E o reconhecimento desse fato não constitui desprezo, à grandeza do esforço português se o julgarmos conforme os critérios morais e políticos nele dominantes, pois encontraremos muitas e sérias falhas.
V. Nenhuma, porém, que leve com justiça à opinião extravagante defendida por um número não pequeno de detratores da ação dos portugueses no Brasil, muitos dos quais optariam, de bom grado, pelo triunfo da colonização holandesa, convictos de que nos teria levado a melhores e mais gloriosos rumos.
VI. No entanto antes de abordar esse tema, é preferível encarar certo aspecto, que parece singularmente instrutivo das determinantes psicologias do movimento de expansão colonial portuguesa pelas terras de nossa América.
Assinale as alternativas que apresentam os trechos CORRETAMENTE pontuados: 
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Q1912753 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Grande Barreira de Corais da Austrália sofre 'branqueamento massivo' 


Reconhecida como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Grande Barreira de Corais da Austrália está sofrendo um "branqueamento massivo", devido às altas temperaturas do mar - alertou o órgão que administra a reserva marinha.

Uma inspeção aérea mostrou que esse fenômeno tem ocorrido em vários recifes, "confirmando um episódio massivo de branqueamento, o quarto desde 2016", anunciou a Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais. 

Os cientistas afirmam que a mudança climática e o consequente aquecimento dos oceanos estão entre as principais causas do branqueamento dos corais, que acontece quando esses organismos, submetidos ao estresse térmico, expulsam as algas que vivem em seus tecidos e dão a eles suas cores brilhantes.

Os corais podem se recuperar desse branqueamento, embora precisem de tempo e de temperaturas mais moderadas, disse este órgão. 

"Os padrões climáticos nas próximas duas semanas continuam sendo críticos para determinar o alcance global e a severidade do branqueamento de coral no Parque Marinho", afirmou.

Lar de cerca de 1.500 espécies de peixes e 4.000 tipos de moluscos, a Grande Barreira de Corais da Austrália é o maior sistema de recifes do mundo, com uma extensão de mais de 2.300 quilômetros ao longo da costa nordeste da Austrália.

Esta notícia surge quatro dias depois do início de uma missão da Unesco para determinar se este ecossistema listado como Patrimônio da Humanidade está sendo suficientemente protegido pelo governo australiano da mudança climática.

Este relatório deve servir ao Comitê do Patrimônio Mundial para decidir, em junho, se deve colocar este ecossistema na lista de lugares "ameaçados".

De acordo com a diretora-executiva do órgão australiano de ação climática Climate Council, Amanda McKenzie, os oceanos do mundo atingiram temperaturas recordes no ano passado. Para ela, a única maneira de enfrentar o problema é combater a mudança climática.

Um aumento médio de +1,5°C acima dos níveis pré-industriais deixaria mais de 99% dos recifes de coral do mundo sem condições de se recuperarem das ondas de calor marinhas cada vez mais frequentes, como advertiu um grupo de pesquisadores, no mês passado, no periódico PLOS Climate.


(Disponível em: https://www.msn.com/pt-br/noticias/meio-ambiente/grande-barreira-de-corais-da-austr%C3%A1lia-sofre-branqueamento-massivo/arAAVu8F6?ocid=winp1taskbar. Adaptado.)

'Os corais podem se recuperar desse branqueamento, embora precisem de tempo e de temperaturas mais moderadas, disse este órgão'.
Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação sem alterar o sentido da frase.
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Q1912449 Português
 A questão refere-se ao texto abaixo.

Hoje talvez não seja tão intenso, pois, se o celular pegar, distraímo- -nos com ele. Mas antes, ao esperar o elevador, nada havia a fazer senão ler e reler aquele aviso, em letras brancas sobre fundo preto, ou vice-versa, coberto por uma moldura de acrílico – “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Assombrado, ameaçador, algo ininteligível pesava sobre a duração daquela espera, acompanhando até o “térreo” (outra palavra estranha) quem afinal se aventurar a entrar.

O Mesmo. Aqui, neste andar. Sim, antes de entrar. Verifique. A imprecisão em relação ao sujeito da frase (o elevador ou o “mesmo”?); o fato de que coisas demais são ditas sobre um maquinismo (“verifique se está parado” é quase temer que fuja de repente); a linguagem burocrática, sem molejo, mas em situação privada, onde estávamos quase sempre sozinhos, ou seja: dirigida, como em alguns textos de Kafka, diretamente a você; a lembrança mórbida de acidentes horrorosos (de gente que caiu em poços de elevador, como Anecy Rocha) – tudo isso dava um tom zicado à espera. Reproduzida por força da lei estadual de 11 de março de 1997, presente portanto em todos os andares de inúmeros prédios do estado de São Paulo, a própria repetição infindável alavancava o mistério e “mesmidade” da frase, gerando aos poucos um longo histórico de debates e comentários na internet, e até uma comunidade virtual – “Eu tenho medo do Mesmo” (com maiúscula).

Pessoalmente, tenho mesmo muito medo dele. Não sei onde começa nem onde termina, e detesto, particularmente, sua potência de disfarce, infiltrando-se em tudo como um penetra de festas profissional, sem nunca dizer o nome. [...]. Confunde-se, nesse sentido, com o tema, provavelmente complementar, da espera – o tenente Giovanni Drogo, em O deserto dos tártaros, de Dino Buzzati [...]. Ou, ainda, Bill Murray, no Feitiço do tempo (Groundhog day, 1993), em que a personagem fica presa num dia infindável, repetido a cada manhã, e do qual não consegue escapar nem sequer através do suicídio (suicida-se, de fato, dezenas de vezes) – até apaixonar-se (e ser correspondido) por sua colega de trabalho (Andie MacDowell).

RAMOS, Nuno. Verifique se o mesmo. São Paulo: Todavia, 2019 (adaptado).
No primeiro parágrafo, o uso do recurso gráfico dos parênteses em “(outra palavra estranha)” foi usado com a mesma finalidade em
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Q1912409 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

SE ÉS CAPAZ

(1º§) A longa lista de desafios - Se és capaz, se és capaz, se és capaz - intimidava-me e, ao mesmo tempo, exercia sobre mim o maior dos fascínios. E, muitas vezes, ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários: o próximo me julgaria com crueldade e eu teria para ele o melhor dos pensamentos. Se me batessem num lado da face, imediatamente ofereceria outro...
(2º§) E quando estourassem aquelas greves políticas que eu tanto amava - a escola ferveria em pleno clima revolucionário sob o tacão da ditadura - eu teria que ficar à margem, porque estava escrito que, quando todos em redor perdessem a cabeça, eu devia conservar serenamente a minha.
(3º§) Estava escrito. E foi daí por diante que eu comecei a perceber então que de nada vale decorar máximas que ficam gravadas na memória, mas não ficam no coração.
(4º§) Sim, diariamente, eu lia poemas antes de sair. Para ir fazendo tudo ao contrário em seguida: se me atacavam, eu respondia, se me faziam esperar, eu me desesperava, se me odiavam, eu odiava mais ainda, e no dia em que o meu professor de latim me deu zero, porque pensou que eu colara na prova, fui falar com ele em meio dos maiores protestos, ai! - A cólera da injustiça doendo na carne, embora me lembrasse muito bem que colara no exame anterior e que, portanto, o castigo viera meio fora de tempo, mas merecido.
(5º§) Isso vai valer para quando eu for mais velha, pensei, tirando o poema da parede. E até hoje ainda o conservo no fundo da minha gaveta, um belo trabalho literário e tipográfico, sem dúvida alguma.
(6º§) Mas quando eu topo com ele, não posso deixar de sorrir. Mas então, senhor Kipling? De que material somos feitos? Hein?
(7º§) Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana, não, não somos deuses, nem semideuses, nem santos. A gente faz o que pode. E embora nossa alma - que tem o toque de Deus - continue intacta, apesar de tudo, intacta, no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis que nós somos tão vulneráveis, tão sem defesa.
(8º§) Se nós somos capazes de tantas maravilhas? Não, não somos. Às vezes, temos gestos e pensamentos de anjo. Mas eu disse, às vezes!

(Lygia Fagundes Telles. "Se és capaz" Apud Wagner Ribeiro. Antologia Luso-brasileira. Editora FTD. 1964. São Paulo.)
Analise as assertivas seguintes:

I.O período: "Se me batessem num lado da face, imediatamente ofereceria outro" - enuncia ideia hipotética através dos tempos verbais: "batessem" (imperfeito do modo subjuntivo) e "ofereceria" (futuro do pretérito do modo indicativo).
II.O (4º§) inicia com um advérbio que faz antônimo com "Não".
III.A palavra destacada na frase: "E, muitas vezes, ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários" - tem o mesmo sentido de "atitudes", "condutas", "práticas", "façanhas".
IV.A oração: "Mas eu disse, às vezes!" - é simples, tem os termos essenciais dispostos na ordem direta, inicia com conjunção coordenativa adversativa, tem pontuação exclamativa e expressão adverbial de tempo.
V.As palavras: "injustiça", "políticas", "serenamente" - se identificam por terem a mesma quantidade de sílabas gramaticais, por todas serem escritas com derivação prefixal e por pertencerem à mesma classe morfológica.
VI.No (6º§), temos frases pontuadas com exclamação e frase pontuada com ideia de questionamento.

Estão CORRETAS, apenas:
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Q1912256 Português
Assinale a alternativa CORRETA com relação ao emprego da pontuação:
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Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2022 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q1911785 Português
Leia o texto para responder à questão.

   Aspas têm sido úteis no decorrer da minha vida e, imagino, na de inúmeras pessoas também. Na escola, ao usá-las pela primeira vez numa redação, provoquei até emoção na professora. Ganhei elogios. Coisa de que nunca se esquece.
   Utilizar aspas em uma palavra ou expressão não significa perdão ou redenção. É falso, também, dizer que amenizam o próprio conteúdo ou o impacto dessas expressões. Ao contrário, todo pensamento escrito, sinalizado ou falado “entre aspas” vale mais ainda, e por duas razões.
   Primeiro: usar aspas é uma escolha consciente. Não decidimos abrir aspas pela ameaça de um revólver na cabeça, por chantagem emocional ou financeira. Palavras e expressões entre aspas são selecionadas com autonomia e independência e, assim, refletem e registram opiniões e intenções.
   Segundo, ao usar aspas, a pessoa faz uma denúncia de si mesma. Algo do inconsciente humano vive precisamente entre o abre aspas e o fecha aspas. Ao utilizá-las, revelamos um pouquinho do que habitualmente escondemos ou contamos só pela metade, devagarinho, de modo a ir calibrando a reação da sociedade, de quem amamos, de qualquer pessoa ou grupo que nos afete.
   Apenas nos últimos dias ecoou dentro de mim um alerta sobre o uso das aspas, pois me dei conta de que esse sinal gráfico em forma de pequenas alças – como as aspas são descritas nos dicionários – é de uso arriscado, enganoso e potencialmente danoso. Seu uso, hoje deduzo, não é tão inofensivo.

(Cláudia Werneck. Aspas nunca mais. www1.folha.uol.com.br, 08.09.2021. Adaptado)
Um trecho do texto que poderia receber aspas, devido às funções que tais sinais gráficos possuem, preservando- -se o sentido original, é:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2022 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q1911784 Português
Leia o texto para responder à questão.

   Aspas têm sido úteis no decorrer da minha vida e, imagino, na de inúmeras pessoas também. Na escola, ao usá-las pela primeira vez numa redação, provoquei até emoção na professora. Ganhei elogios. Coisa de que nunca se esquece.
   Utilizar aspas em uma palavra ou expressão não significa perdão ou redenção. É falso, também, dizer que amenizam o próprio conteúdo ou o impacto dessas expressões. Ao contrário, todo pensamento escrito, sinalizado ou falado “entre aspas” vale mais ainda, e por duas razões.
   Primeiro: usar aspas é uma escolha consciente. Não decidimos abrir aspas pela ameaça de um revólver na cabeça, por chantagem emocional ou financeira. Palavras e expressões entre aspas são selecionadas com autonomia e independência e, assim, refletem e registram opiniões e intenções.
   Segundo, ao usar aspas, a pessoa faz uma denúncia de si mesma. Algo do inconsciente humano vive precisamente entre o abre aspas e o fecha aspas. Ao utilizá-las, revelamos um pouquinho do que habitualmente escondemos ou contamos só pela metade, devagarinho, de modo a ir calibrando a reação da sociedade, de quem amamos, de qualquer pessoa ou grupo que nos afete.
   Apenas nos últimos dias ecoou dentro de mim um alerta sobre o uso das aspas, pois me dei conta de que esse sinal gráfico em forma de pequenas alças – como as aspas são descritas nos dicionários – é de uso arriscado, enganoso e potencialmente danoso. Seu uso, hoje deduzo, não é tão inofensivo.

(Cláudia Werneck. Aspas nunca mais. www1.folha.uol.com.br, 08.09.2021. Adaptado)
Para a autora do texto, um certo uso específico das aspas 
Alternativas
Respostas
2781: A
2782: D
2783: C
2784: E
2785: C
2786: C
2787: B
2788: A
2789: E
2790: B
2791: C
2792: E
2793: A
2794: D
2795: B
2796: A
2797: E
2798: C
2799: A
2800: B