Questões de Português - Pontuação para Concurso

Foram encontradas 8.351 questões

Q1892232 Português
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
   As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
    As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
      A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/>  (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas como sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto. 
Alternativas
Q1892018 Português

Leia o texto, para responder à questão.


   Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.


    O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.


     A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.


    Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.


  Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador.


   Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano.


    Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.


(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto de acordo com a norma-padrão de concordância, emprego de pronomes, pontuação e regência.
Alternativas
Q1891539 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Ser escritora no Brasil significa enfrentar desafios simultâneos. O primeiro deles é a entrada no campo literário dominado historicamente por homens brancos, héteros e de classe média. Esse é o obstáculo cultural e social que, ao longo dos anos e de forma lenta, vai sendo superado com o surgimento de mais e mais autoras. Ao mesmo tempo, existe no plano estético o peso da figura de Clarice Lispector, a “poeta forte” na literatura brasileira contemporânea, para usar uma ideia de Harold Bloom.[...]

    Carola Saavedra refletiu recentemente sobre o fantasma clariceano nas letras brasileiras e sobre a existência ou não da “escrita feminina”. É um debate reivindicado por quem está em busca de novos olhares no campo literário, mas que atiça o conservadorismo assustado com as mudanças. Homens temem a perda do lugar de fala, o monopólio da ideia de universal, de escrever para todos.

    “O conceito de escrita feminina parte de uma premissa essencialista ao enxergar na produção de autoras um estilo próprio feminino, isto é, as mulheres escreveriam como mulheres por possuírem um corpo de mulher e terem uma experiência única ligada a esse corpo”, nota a autora “Com armas sonolentas — um romance de formação” (2018). “A teoria da escrita feminina acabou se tornando por muito tempo o grande calcanhar de Aquiles das escritoras, porque, ao se pressupor a existência de uma escrita feminina, dava-se a toda a sua produção um caráter de literatura inferior, de menor qualidade. O outro da norma, o segundo sexo.” [...]

    Como leitor interessado e não especialista em questões femininas, fico pensando se um homem teria condições de enxergar, de absorver e de interpretar o mundo para escrever o romance “Conto da Aia”, de Margaret Atwood, ou a análise histórica “Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva”, de Silvia Federici. Tampouco consigo imaginar um escritor construindo a intricada amizade de Lila e Lenu nos quatros livros da série napolitana de Elena Ferrante, com os jogos de ciúme, de disputas, de solidariedade e de laços que parecem indestrutíveis entre as personagens.


VIEIRA, Enio. Disponível em: https://www.revistabula.com/43439-clarices-carolinas-e-hildas-um-mapa-das-escritoras-brasileirascontemporaneas/. Acesso em: 31 ago. 2021. (Fragmento)
Em todo o texto, as aspas só NÃO foram utilizadas para
Alternativas
Q1891537 Português
    Em sistemas planetários formados por estrelas semelhantes ao Sol, mas que apresentam processos dinâmicos severos que causam reconfigurações em sua arquitetura, alguns planetas podem ter sido “devorados” pela estrela hospedeira.
    Uma equipe internacional de astrônomos — liderada por Lorenzo Spina, do Istituto Nazionale di Astrofisica (INAF), de Pádua, Itália, e incluindo Jorge Meléndez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) — estudou a composição química de estrelas de tipo solar em mais de cem sistemas binários, a fim de identificar assinaturas de planetas eventualmente “engolidos”.

ARANTES, José Tadeu. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2021/08/estrelas-semelhantes-ao-sol-devoramplanetas-em-sua-orbita-indica-estudo.shtml. Acesso em 31 ago. 2021. (Fragmento)

Analise o uso dos termos “devorados” e “engolidos” no texto apresentado e assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2021 Banca: UFU-MG Órgão: UFU-MG Prova: UFU-MG - 2021 - UFU-MG - Nutricionista |
Q1891496 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.



      O futuro é uma ideia nova na humanidade. Nós nunca tivemos futuro.[...]


      O tempo é um conceito que se declina de várias formas. Física, biológica — envelhecimento celular —, cosmológica, histórica, mitológica, estética, a duração da autopercepção subjetiva — o tempo existencial —, social, enfim, muitas formas.


      Aqui me interessa apenas uma dessas formas: o tempo sociológico, aquele que nasce das interações sociais e materiais que vão submetendo o cotidiano a esse processo.[...]


      Durante milênios, “nada” aconteceu em termos de tempo sociológico porque o tempo social era parado. Nenhuma grande mudança tirava o homo sapiens da sua condição prioritariamente natural.


      Para o tempo social acontecer, se fazem necessárias transformações relevantes nos âmbitos da técnica e da gestão da vida, da sobrevivência e da reprodução. E isso demorou muito a ocorrer em nossa pré-história e história. Sem o fogo de Prometeu, não teríamos o tempo social de fato. [...]


      Mas, mesmo nossa experiência concreta da natureza hoje é mediada pelo tempo social. O debate sobre sustentabilidade e sofrimento do planeta é um debate sobre nossa natureza social e técnica em interação com a natureza do planeta. Aquilo que os estoicos chamavam de logos.


      Nunca tivemos futuro. Caçávamos, plantávamos, nos reproduzíamos, adorávamos divindades, mas nada disso implica um futuro concreto como pensamos hoje. [...] 


      O tempo social só passa quando se impõe como cotidiano. Na modernidade, esse processo se acelerou. Nos últimos anos, mais ainda.


      Isso nos causa vertigem e abre o mercado para todo tipo de picaretagem: inovação, quebra de paradigmas, dirupção, como se tudo isso ocorresse no plano de um encontro corporativo num resort. 


     Não. A aceleração social da vida, fruto da agressividade crescente da técnica, nos faz sangrar.


      Dito de forma metafórica, o futuro é o resultado da técnica socialmente engajada, como um avião, um celular, uma vacina, um projeto de democracia.


      A clássica divisão de história e pré-história, marcada pelo surgimento da escrita e da possibilidade de ler o que nossos antepassados escreviam, e, portanto, saber como viviam no sentido mais largo da expressão anuncia o nascimento do tempo histórico — porque nos apropriamos do que já foi vivido, ou seja, do passado —, mas isso, por si só, não é suficiente para entendermos de modo mais claro o nascimento do futuro.


      O futuro só nasce quando a ideia de progresso se impõe como mais significativa do que a de passado. E isso é moderno, não é bíblico ou milenarista.


      Não evoluímos num ambiente em que existisse futuro à vista. Quem fazia guerra faria guerra sempre, quem dava à luz daria à luz sempre, quem caçava caçaria sempre. Nesse ambiente, não existe futuro.


      O futuro é uma ideia nova na experiência do sapiens. Tão nova que não temos clareza de que ela só existe quando existe a possibilidade mesma do progresso técnico.


      Ainda que esse progresso não seja o controle absoluto do nosso destino, tampouco da natureza, da contingência, nem do Sistema Solar, nosso tempo contemporâneo é devorado pela crença de que o futuro nos espera no horizonte como um dado da própria natureza das coisas.


      O ser do universo é indiferente ao nosso tempo e para ele não existe o nosso futuro. O futuro da natureza das coisas não é o mesmo que o nosso futuro. O nosso é efêmero como tudo o que criamos ao longo de um tempo maior que, de certa forma, nunca passa porque nos ultrapassa.



PONDÉ, Luiz Felipe. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2021/02/o-futuro-e-uma-ideia-nova-e-a-eternidade-e-indiferente-ao-sofrimento-humano.shtml>. Acesso em: 17 maio 2021. (Fragmento)

Em “Aqui me interessa apenas uma dessas formas: o tempo sociológico, aquele que nasce das interações sociais e materiais que vão submetendo o cotidiano a esse processo.”, o uso dos dois pontos tem por função
Alternativas
Ano: 2021 Banca: UFU-MG Órgão: UFU-MG Prova: UFU-MG - 2021 - UFU-MG - Nutricionista |
Q1891494 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.



      O futuro é uma ideia nova na humanidade. Nós nunca tivemos futuro.[...]


      O tempo é um conceito que se declina de várias formas. Física, biológica — envelhecimento celular —, cosmológica, histórica, mitológica, estética, a duração da autopercepção subjetiva — o tempo existencial —, social, enfim, muitas formas.


      Aqui me interessa apenas uma dessas formas: o tempo sociológico, aquele que nasce das interações sociais e materiais que vão submetendo o cotidiano a esse processo.[...]


      Durante milênios, “nada” aconteceu em termos de tempo sociológico porque o tempo social era parado. Nenhuma grande mudança tirava o homo sapiens da sua condição prioritariamente natural.


      Para o tempo social acontecer, se fazem necessárias transformações relevantes nos âmbitos da técnica e da gestão da vida, da sobrevivência e da reprodução. E isso demorou muito a ocorrer em nossa pré-história e história. Sem o fogo de Prometeu, não teríamos o tempo social de fato. [...]


      Mas, mesmo nossa experiência concreta da natureza hoje é mediada pelo tempo social. O debate sobre sustentabilidade e sofrimento do planeta é um debate sobre nossa natureza social e técnica em interação com a natureza do planeta. Aquilo que os estoicos chamavam de logos.


      Nunca tivemos futuro. Caçávamos, plantávamos, nos reproduzíamos, adorávamos divindades, mas nada disso implica um futuro concreto como pensamos hoje. [...] 


      O tempo social só passa quando se impõe como cotidiano. Na modernidade, esse processo se acelerou. Nos últimos anos, mais ainda.


      Isso nos causa vertigem e abre o mercado para todo tipo de picaretagem: inovação, quebra de paradigmas, dirupção, como se tudo isso ocorresse no plano de um encontro corporativo num resort. 


     Não. A aceleração social da vida, fruto da agressividade crescente da técnica, nos faz sangrar.


      Dito de forma metafórica, o futuro é o resultado da técnica socialmente engajada, como um avião, um celular, uma vacina, um projeto de democracia.


      A clássica divisão de história e pré-história, marcada pelo surgimento da escrita e da possibilidade de ler o que nossos antepassados escreviam, e, portanto, saber como viviam no sentido mais largo da expressão anuncia o nascimento do tempo histórico — porque nos apropriamos do que já foi vivido, ou seja, do passado —, mas isso, por si só, não é suficiente para entendermos de modo mais claro o nascimento do futuro.


      O futuro só nasce quando a ideia de progresso se impõe como mais significativa do que a de passado. E isso é moderno, não é bíblico ou milenarista.


      Não evoluímos num ambiente em que existisse futuro à vista. Quem fazia guerra faria guerra sempre, quem dava à luz daria à luz sempre, quem caçava caçaria sempre. Nesse ambiente, não existe futuro.


      O futuro é uma ideia nova na experiência do sapiens. Tão nova que não temos clareza de que ela só existe quando existe a possibilidade mesma do progresso técnico.


      Ainda que esse progresso não seja o controle absoluto do nosso destino, tampouco da natureza, da contingência, nem do Sistema Solar, nosso tempo contemporâneo é devorado pela crença de que o futuro nos espera no horizonte como um dado da própria natureza das coisas.


      O ser do universo é indiferente ao nosso tempo e para ele não existe o nosso futuro. O futuro da natureza das coisas não é o mesmo que o nosso futuro. O nosso é efêmero como tudo o que criamos ao longo de um tempo maior que, de certa forma, nunca passa porque nos ultrapassa.



PONDÉ, Luiz Felipe. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2021/02/o-futuro-e-uma-ideia-nova-e-a-eternidade-e-indiferente-ao-sofrimento-humano.shtml>. Acesso em: 17 maio 2021. (Fragmento)

Em “Durante milênios, ‘nada’ aconteceu em termos de tempo sociológico porque o tempo social era parado.”, as aspas no termo negritado indiciam sentido
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890990 Português
      Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto.

      O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem. 

      O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.


Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações). 
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo antes da preposição “sem” (terceiro parágrafo), haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, embora seu sentido original fosse mantido.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890980 Português
      Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade pessoal.


 Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com adaptações).  
No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o ponto final empregado logo após “ela é mínima” (penúltimo período do texto) poderia ser corretamente substituído por ponto e vírgula.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890972 Português
      O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.”. 

      De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo.


 Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).  
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo.

A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “Assim”, que inicia o segundo período do segundo parágrafo, manteria a correção gramatical, embora alterasse o sentido original do texto.
Alternativas
Q1890301 Português

Em entrevista à CNN Fernanda Magnotta professora de Relações Internacionais explica que a invasão russa é motivada por aliança militar.


Disponível em:https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/possibilidade-de

-enfrentamento-e-real-diz-especialista-sobre-tensao-na-ucrania/. Adaptado. 



Marque a opção CORRETA quanto ao uso da pontuação.

Alternativas
Q1887335 Português
Leia o texto para responder à questão.


     Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.

     Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade de Oregon.

    Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato, os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.

    Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.


(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic, 11/10/2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho apresentado foi alterado em concordância com as normas de emprego da vírgula.
Alternativas
Q1886881 Português

A questão a seguir refere-se ao texto abaixo:

Adaptado de: MORENO, C. Despiorando. Disponível em: . Acesso em: 26 nov. 2021.

Considere as seguintes afirmações sobre o uso de aspas no texto.

I - As aspas presentes em “Antes de enriquecer o país, é preciso desempobrecer o seu povo” (l. 41-43) indicam o discurso de um locutor distinto do autor do texto.

II - As aspas em “fazer retroceder as melhorias que se vinham processando” (l. 52-53) indicam uma citação.


III - As aspas em “Trás um bom rei, que melhorou a fortuna, os costumes e as artes de sua nação, sucede outro, desleixado, o desmelhorador de tudo isso” (l. 55-58) indicam discurso indireto.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1886746 Português

Leia o texto, para responder à questão. 



      Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina.


      Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.


      Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. 


      O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.


      Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.


      Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus.


      O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.


(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)

Para responder à questão, considere a seguinte passagem.

Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.

As afirmações entre parênteses consistem em intervenções do autor pontuando 
Alternativas
Q1886695 Português

Leia o texto para responder à questão.



Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)


Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se aproximar.



      “Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.


      O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.


      Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.


      Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.


      Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.” 


      “Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”


(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Leia a seguinte frase formulada a partir do texto para responder à questão.

      Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais aprenderam novos modos de se aproximar.

Assinale a alternativa em que a frase reescrita respeita a norma-padrão de emprego da vírgula, mantendo o mesmo sentido do trecho original.
Alternativas
Q1886658 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.



      Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. A vida já é um caos, e por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia a dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos, e de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse.

      Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente é ele, pobre dele! Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e ponto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

      Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm porque se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo o que é mais difícil é mais gostoso, mas ... a realidade já é dura, piora se for densa. Dura, densa e bem ruim.

      Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir ... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios, por isso, cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche.



(JABOR, Arnaldo. A idiotice é vital para a felicidade. Adaptado). 

As frases abaixo são transcrições livres do texto. De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q1886440 Português
De acordo com a norma-padrão de Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa INCORRETA
Alternativas
Q1885059 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Nesta quinta-feira, dia 9, ____14h, a Secretaria da Família (Pró-família) faz a doação de mais de 50 produtos, entre bonecas de panos e naninhas (travesseirinhos), ____ integrantes do Clube de Mãe da Hermann Barthel, na Associação de Moradores da Rua Hermann Barthel, no bairro Velha Central.

O objetivo é de contemplar as crianças em situação de vulnerabilidade social e que residem na região com os produtos doados. De acordo com a Pró-família, o próprio Clube de Mãe do local fará a entrega ____ população, em um evento programado para ser realizado já no sábado, dia 11, ____ 16h.

A confecção das bonecas de pano contou com a participação de idosas assistidas pela Pró-família, incluindo integrantes de Clubes de Mães e voluntárias da comunidade. Além de ajudar quem precisa de atenção, tem como objetivo também de resgatar ____ tradição cultural da confecção de bonecas de pano, que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por empresas parceiras. [...]


Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-pro-familia/ pro-familia/secretaria-da-famailia-faz-doaacaao-de-bonecas-de-pano-ao-clubede-maae-da-hermann-barthel17 Acesso em: 07/dez/2021. [adaptado]

A vírgula usada no trecho "Nesta quinta-feira, dia 9... " serviu para separar:
Alternativas
Q1883771 Português
      Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna, das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?


George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com adaptações). 
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.

No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para isolar uma digressão feita pelo autor do texto.
Alternativas
Q1883191 Português

Sobre pontuação, avalie as afirmações que seguem à luz do que preconiza Bechara:


I. Pontuação é um ‘sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas.

II. Pode-se entender a pontuação de duas maneiras: uma acepção larga e noutra restrita. A primeira abarca não só os sinais de pontuação propriamente ditos, mas de realce e valorização do texto: títulos, rubricas, margens, escolha de espaços e de caracteres e, indo mais além, a disposição dos capítulos e o modo de confecção do livro. Segundo a concepção restrita, a pontuação é constituída por muitos sinais gráficos, como vírgula, ponto de exclamação, aspas, dentre outros.

III. O enunciado não se constrói como um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios. Os sinais de pontuação procuram garantir no texto escrito esta solidariedade sintática e semântica.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q1882878 Português
Leia o texto.

(…) era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas.

Aluísio Azevedo. O cortiço – fragmento
Assinale a alternativa em consonância com nossa gramática normativa.
Alternativas
Respostas
2861: C
2862: E
2863: A
2864: C
2865: D
2866: C
2867: E
2868: C
2869: C
2870: B
2871: A
2872: D
2873: D
2874: C
2875: C
2876: B
2877: B
2878: E
2879: E
2880: C