Questões de Português - Por que- porque/ porquê/ por quê para Concurso

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Q1252127 Português
Para responder a questão, considere o texto abaixo.

    Acredito que o leitor já deva ter ouvido, em alguma ocasião, esta frase: “Parem o mundo, que eu quero descer!”
    Talvez porque essas últimas décadas tenham sido − e continuarão a ser − de congestionamento dos sentidos. Há uma sensação de que não se sabe muito bem o que está acontecendo.
   Fazendo parte dos quadros de uma escola de Comunicação, muitas vezes tive de lembrar a mim mesmo, aos meus pares e alunos que, por mais complexa, tecnologicamente, que se tenha tornado a intermediação entre os indivíduos e a realidade externa, nada mudou, essencialmente, nas relações interpessoais: entre eu e o(s) outros(s). Essa é apenas uma das razões pelas quais os especialistas em psicologia continuam a explicar os conflitos da alma humana a partir das mesmas lendas da civilização grega de três mil anos atrás.
   Identidade e cultura sempre estiveram relacionadas. A identidade de cada um é moldada, socialmente, pelas influências culturais, por meio da comunicação. Simbolicamente, é como se alguém só se reconhecesse como indivíduo ao ver o seu reflexo no espelho da sociedade. Isso é válido para os mais diversos aspectos identitários, tais como etnia, gênero, religião, idioma etc.
   Na época dos festejos do bicentenário da Revolução Francesa, assisti a um programa de debates da TV em que, para definir igualdade, o sociólogo Alain Touraine ironizou: “Qualquer francês lhe dirá que é o direito que têm todas as pessoas do mundo de serem iguais a ele!”
    Descobri, então, que diversidade era exatamente o contrário. Deve ser a percepção de que existem “lá fora” seres que não são iguais a mim − seja eu francês, hotentote, homem, mulher, destro ou canhoto − e que pode haver algo em relação a esses entes diversos que possa me afetar − positiva ou negativamente.

(Adaptado de: PENTEADO, José Roberto Whitaker. “A comunicação intercultural: nem Eco nem Narciso”. In: SANTOS, Juana Elbein dos (org.). Criatividade: Âmago das diversidades culturais − A estética do sagrado. Salvador: Sociedade de Estudo das Culturas e da Cultura Negra no Brasil, 2010, p. 204-205) 
Um segmento textual está corretamente substituído em:
Alternativas
Q1244291 Português
     (1) Podemos começar pensando na seguinte questão: O que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela possui suas particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos.
     (2) A cultura brasileira em sua essência seria composta por uma diversidade cultural, fruto dessa aproximação que se desenvolveu desde os tempos de colonização, a qual, como sabemos, não foi, necessariamente, um processo amistoso entre colonizadores e colonizados, entre brancos e índios, entre brancos e negros. Se é verdade que portugueses, indígenas e africanos estiveram em permanente contato, também é fato que essa aproximação foi marcada pela exploração e pela violência impostas a índios e negros pelos europeus colonizadores, os quais, a seu modo, tentavam impor seus valores, sua religião e seus interesses.
     (3) Ao retomarmos a ideia de cultura, podemos afirmar que, apesar desse contato hostil num primeiro momento entre as etnias, o processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade da cultura brasileira, no que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que poderiam compor o que alguns autores chamam de ‘caráter nacional’.
     (4) A culinária africana misturou-se à indígena e à europeia; os valores do catolicismo europeu fundiram-se às religiões e aos símbolos africanos, configurando o chamado sincretismo religioso; as linguagens e vocabulários afros e indígenas somaram-se ao idioma oficial da coroa portuguesa, ampliando as formas possíveis para denominarmos as coisas do dia a dia; o gosto pela dança, assim como um forte erotismo e apelo sexual juntaram-se ao pudor de um conservadorismo europeu. Assim, do vatapá ao chimarrão, do frevo à moda de viola caipira, da forte religiosidade ao carnaval e ao samba, tudo isso, a seu modo, compõe aquilo que conhecemos como cultura brasileira. Ela seria resultado de um Brasil-cadinho (aqui se fazendo referência àquele recipiente, geralmente de porcelana, utilizado em laboratório para fundir substâncias), no qual as características das três “raças” teriam se fundido e criado algo novo: o brasileiro. [...]
     (5) Ainda hoje há quem acredite que nossa mistura étnica tenha promovido uma democracia racial ao longo dos séculos, com maior liberdade, respeito e harmonia entre as pessoas de origens, etnias e cores diferentes. Contudo, não são poucos os autores que já apontaram a questão da falsidade dessa democracia racial, defendendo a existência de um racismo velado, implícito, muitas vezes, nas relações sociais. Dessa forma, o discurso da diversidade, do convívio harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social. Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho.
     (6) Como sugere o antropólogo Darcy Ribeiro, mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros um forte preconceito de classe social. Dessa forma, o Brasil da diversidade é, ao mesmo tempo, o país da desigualdade. Por isso tudo, é importante que, ao iniciarmos uma leitura sobre a cultura brasileira, possamos ter um senso crítico mais aguçado, tentando compreender o processo histórico da formação social do Brasil e seus desdobramentos no presente para além das versões oficiais da história.
Disponível em: http://www.clic101.com.br/ver/133/O-Brasil-da-diversidade-e-ao-mesmo-tempo-o-pais-da-desigualdade. Acesso em: 29/10/18. Adaptado. 
Assinale a alternativa em que as palavras ou expressões destacadas estão CORRETAMENTE grafadas.
Alternativas
Q1243843 Português
A leitura é objeto historicamente reconhecido de aprendizagem em Língua Portuguesa. Se para outros componentes curriculares ela é instrumento, em Língua Portuguesa é tema central. Nesta perspectiva, a alternativa que responde CORRETAMENTE esta assertiva é:
Alternativas
Q1243741 Português

A luta solitária de uma jovem para salvar corais no Caribe


          Yassandra Marcela Barrios Castro conversa com um pequeno grupo de pescadores no litoral de Tierra Bomba, uma ilha próxima à costa de Cartagena, no norte da Colômbia. É a única mulher do grupo – e os homens, gesticulam freneticamente para ela. Mas a jovem de 19 anos permanece calma enquanto explica o quão destrutiva é a pesca com explosivos que eles praticam – tanto para os corais quanto para os habitantes da área.

        Os pescadores de Tierra Bomba usam dinamite para pescar ____ décadas – e é difícil para eles ouvir que estão agindo de maneira errada. Especialmente quando a crítica ______ de uma adolescente.

         “É muito fácil os homens me desvalorizarem por eu ser uma menina”, diz Yassandra. “E a idade é algo que é respeitado por aqui. Portanto, para uma jovem mulher se levantar e dizer que uma antiga tradição é errada e que está destruindo o oceano... não é tarefa fácil”, diz.

          Yassandra vive em Boca Chica, no litoral sul de Tierra Bomba. A ilha é rodeada de recifes de coral, e seus nove mil habitantes dependem maciçamente do oceano para se alimentar. Mas a pesca com explosivos e a de arrasto estão destruindo os ecossistemas que são fonte de renda para a comunidade.

          Muitos dos habitantes da ilha lutam para sobreviver, e há poucas oportunidades de educação. A bióloga Valéria Pizarro diz que isso dificulta o engajamento da população em questões ambientais. Isso faz com que Yassandra, que estuda Biologia Marinha na Universidade Sinu, em Cartagena, seja uma __________. “Quero saber o que está acontecendo nos oceanos de forma mais profunda”, afirma. “O curso me dá uma perspectiva diferente.”

         Ela quer dividir o que aprende com aqueles que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal. Assim, organiza discussões na comunidade para fazer com que os habitantes locais se informem sobre as ameaças ambientais que enfrentam.

         “Estou tentando explicar que, se protegermos os recifes e o nosso oceano, mais pessoas virão para vê-lo, e isso pode trazer algum dinheiro para a nossa ilha”, raciocina. “E também, se destruirmos completamente os recifes, não teremos nada para pescar”, conclui.

https://www.dw.com... - adaptado

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:


- Você sabe ______ Francisco não foi ao casamento?

- O ______ eu não sei, mas é possível que não tenha ido ______ ficou preso no trânsito. ______?

- ______ queria entregar a ele uma lembrança.

Alternativas
Q1243206 Português
Por que alguns especialistas defendem que é incorreto
dizer que alguém é inteligente 

     Se você já falou que alguém é inteligente, talvez devesse parar e pensar o que realmente quis dizer com isso – não por associar esse adjetivo a uma pessoa específica, mas pelo próprio conceito de inteligência em si. É um mito acreditar que a inteligência é algo único e universal, explicam especialistas no tema. Há muitas maneiras de compreendê-la e defini-la, e estudiosos inclusive defendem que a frase “tal pessoa é inteligente” deve ser aposentada.
     Mas, afinal, o que é inteligência? Os especialistas em Psicologia não estão todos de acordo com os significados que constam no dicionário, como “destreza mental” ou “faculdade de compreender”. “Os conceitos criados são tentativas de explicar e organizar um grupo complexo de fenômenos. Mas nenhum responde ___ todas as perguntas importantes ou tem um caráter universal”, destaca a Associação Americana de Psicologia.
     “De fato, quando se pediu a uma dezena de teóricos que definissem inteligência, eles deram duas dezenas de definições diferentes”. A psicóloga Susana Urbina, que participou desse estudo, diz que “havia um anseio para definir a inteligência como um conceito que todos entendessem. Talvez, no século passado, isso tenha sido possível. Hoje, não é mais assim. Não é um conceito simples”, diz ela.
     “Infelizmente, nós psicólogos fomos os culpados por termos criado testes de inteligência”, reconhece Urbina, professora da Universidade do Norte da Flórida, nos Estados Unidos. Ela diz que estes testes não são determinantes: “Na verdade, são testes que estimam os diferentes tipos de habilidades que as pessoas têm”.
     Além disso, Urbina defende que há conceitos diferentes sobre o que é sucesso. “Em nossa sociedade, valoriza-se muito a riqueza e a inteligência, no sentido de que a acumulação de títulos universitários e postos de trabalho importantes significa que você é inteligente”, diz.
     Ambos os especialistas concordam que a inteligência racional e lógica medida pelos testes não é importante na vida. “Ela ajuda em pouquíssimas coisas. Mas as inteligências que o ajudam no mundo concreto, cotidiano, prático, para resolver problemas do dia ___ dia, são decisivas”, opina De Zubiría. Para Urbina, “a compaixão, a compreensão, a ternura e a honestidade são valores que podemos colocar ___ frente da inteligência. Não quero dizer que a inteligência ou os testes não têm valor, mas não devemos supervalorizálos”.

http://www.bbc.com/... - adaptado.
Quanto ao emprego de “Por que” (separado e sem acento) no título do texto, pode-se afirmar que:
Alternativas
Respostas
526: A
527: B
528: C
529: A
530: A