Questões de Concurso
Sobre por que- porque/ porquê/ por quê em português
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Texto:
Entrevista com Maria Silvia Bolguese e Ricardo Moreno
Maria Silvia Bolguese, psicanalista e membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae
CULT – O que é a depressão?
Maria Silvia Bolguese – Em relação à psicanálise, quero destacar que a depressão pode ser compreendida considerando-se um espectro que vai desde os estados depressivos considerados normais, ou seja, reações de recolhimento do sujeito frente a dificuldades da vida, por um lado, ou angústias e desequilíbrios advindos de instabilidades internas; até as manifestações melancólicas graves, que impedem, inibem as possibilidades do existir.
CULT – Por que a depressão pode ser considerada um sintoma social?
Maria Silvia Bolguese – Sujeitos deprimidos e medicados são os sujeitos conformados à lógica dominante, que visam apenas a partir de si mesmos corrigir seu mal-estar. A passividade contemporânea em relação às condições sociais e políticas é decorrência dessa ideologia da culpabilização e responsabilização dos sujeitos. Claro está que os estados depressivos graves e melancólicos devem ser tratados pelo que produzem de sofrimento a seus portadores, mas não se pode deixar de considerar em nenhum caso as condições de vida a que esses mesmos sujeitos estão submetidos.
Ricardo Moreno, psiquiatra e coordenador do Programa de Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPQ)
CULT – Sob o ponto de vista da psiquiatria, o que é a depressão?
Ricardo Moreno – Depressão é uma doença que tem como base uma disfunção química do cérebro, ou seja, os sistemas de neurotransmissão são comprometidos. Ela se caracteriza por uma série de sinais e sintomas. Ela tende a recorrer ao longo da vida e tem uma série de prejuízos em vários níveis. Depressão não é tristeza, não é uma reação emocional a um evento qualquer.
CULT – A depressão pode ser motivada por fatores sociais?
Ricardo Moreno – Não. Isso é uma coisa que se fala há muito tempo, principalmente algumas vertentes interpretativas, mas a depressão não pode ser causada por fatores sociais. O que nós sabemos das causas da depressão: primeiro, há uma causa genética – 40% dos pacientes com depressão têm um fator genético envolvido. Mas não é somente o componente genético, tem de haver um componente psicossocial e psicológico. O que se sabe é que indivíduos que têm predisposição a ter depressão, quando submetidos a estresse, físico ou psicológico, podem ou não desenvolver a doença, dependendo da vulnerabilidade genética que eles têm e a capacidade psicológica de lidar com o estresse.
Adaptado de:
https://revistacult.uol.com.br/home/entrevista__trashed/. Acesso
em: 14 jan 2021.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao
longo do texto estão citados nas questões.
“Não preciso de mais explicações, ___________ já entendi.”
Não haverá mais a festa _________ está chovendo.
Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:
Ignoro completamente o ____________ de sua partida.
( ) As três lacunas do primeiro parágrafo (l.01, 03 e 06) ficam corretamente preenchidas por ‘têm', tendo em vista a correção gramatical dos períodos. ( ) Na linha 32, a lacuna fica corretamente preenchida por ‘ascensão’, levando em conta a grafia da palavra. ( ) Na linha 48, a lacuna fica corretamente preenchida por ‘porque’, visto fazer-se necessário um pronome relativo ali.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
TEXTO III
Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto.
Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem.
A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam.
No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece.
De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.
Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas.
Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável
da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o
gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer
coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta
numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós
mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu
mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da
loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.
Quanto ao uso dos porquês, assinalar a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas abaixo:
A casa não foi vendida ainda. ________?
Me calo ________ não tenho nada para falar.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI245598-15257,00.html – texto especialmente
adaptado para esta prova.
“Queria entender a razão por que se pegava parada em frente a um armário sem saber o que tinha ido buscar.” (l. 22 e 23).
Marte tem pouco mais de um terço da gravidade terrestre, então é provável que você consiga usar a caneta no início. Logo, porém, ela começaria a falhar. ___________________ esse nem é o principal problema. Sabe aquele furinho presente na lateral da caneta? Pois é. Ele permite que o ar entre no tubo e ________________ que se forme um vácuo à medida que a tinta sai. Sem________________________, a caneta começaria a vazar. Isso só acontece ________________________ a pressão atmosférica da Terra é grande o suficiente para fazer o ar _________________________ o tubo. Em Marte, a pressão do ar é quase 170 vezes menor do que na Terra. Mesmo que __________________ possível escrever com a caneta normal, ela causaria uma bela lambança.
Fonte: https://super.abril.com.br/blog/oraculo/uma-caneta-esferografica-funcionaria-em-marte/
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/ - texto adaptado especialmente para esta prova).