Questões de Português - Preposições para Concurso

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Q1324157 Português
Os vocábulos sublinhados apresentam o mesmo valor semântico em
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Q1323817 Português
Considere a frase a seguir, retirada do texto, e analise as afirmações abaixo, assinalando V, para as verdadeiras, ou F, para as falsas.
“Isso ajuda a tomar uma decisão que seja mais sólida para você e sua família. Talvez seja mais importante ter um trabalho mais tranquilo do que ganhar mais.” (l.47-48).
( ) A palavra ‘a’, na primeira linha, é classificada como preposição. ( ) ‘sua’, na segunda linha, é um pronome pessoal oblíquo. ( ) A palavra ‘mais’, quarta linha, é classificada como adjetivo.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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Q1321857 Português
O Texto exposto abaixo, corresponde ao trecho de um diálogo oral, numa interação espontânea entre crianças.
Imagem associada para resolução da questão
A função exercida pela palavra “aí”, nas ocorrências em destaque, é, respectivamente de
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Ano: 2014 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2014 - UFC - Técnico em Arquivo |
Q1320404 Português
Assinale a alternativa em que a preposição até está empregada com o mesmo sentido que assume em: “Até nave espacial vira sucata” (linha 15).
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Ano: 2017 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2017 - TJ-DFT - Estágio - Direito |
Q1320125 Português
"Fui ao shopping para encontrá-lo, MAS ele não apareceu". Na frase, a palavra destacada é caracterizada como um (a):
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Ano: 2018 Banca: SELECON Órgão: IF-RJ Prova: SELECON - 2018 - IF-RJ - Nível Médio |
Q1318959 Português


Adaptado de: <https://www.brasildefato.com.br/node/7045/> Último acesso em 06/09/2018.

No fragmento [...] o monopólio dos meios de comunicação usados para propaganda das “verdades” que interessam às elites(3º parágrafo), verifica-se o uso do sinal gráfico da crase. A justificativa para este emprego é o fato de que o verbo interessar exige a preposição a e a palavra elites é um substantivo feminino que exige artigo. A crase deve ser empregada por esta mesma regra em:
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Ano: 2018 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2018 - TJ-DFT - Estágio - Nível Médio |
Q1318794 Português
Na frase “Chegamos até a esquina”, a palavra sublinhada é:
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Q1317783 Português

A bola

Luis Fernando Veríssimo

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

– Como é que liga? – perguntou.

– Como, como é que liga? Não se liga.

O garoto procurou dentro do papel de embrulho. – Não tem manual de instrução?

O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.

– Não precisa manual de instrução.

– O que é que ela faz?

– Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.

– O quê?

– Controla, chuta...

– Ah, então é uma bola.

– Claro que é uma bola.

– Uma bola, bola. Uma bola mesmo.

– Você pensou que fosse o quê?

– Nada, não.

O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de bip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina.

O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto. – Filho, olha. O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.

Extraído de: Veríssimo, Luis Fernando. A bola. Comédias da vida privada; edição especial para as escolas. Porto Alegre: L&PM, 1996. pp. 96-97

Na oração “Que os tempos são decididamente outros.”, a palavra grifada é classificada como: 
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Q1317645 Português

Leia a tira para responder à questão.




(Mort Walker, “Recruta Zero”. Em: https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos, 06.11.2019. Adaptado)

Na frase – Passei o dia inteiro em pé –, a preposição destacada forma uma expressão de mesmo sentido que a destacada em:
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Q1317248 Português

   Leia o texto para responder à questão


 Considerando-se que a vida social é fundamental à existência dos seres humanos, é na família que se dá início ao processo de socialização, educação e formação para o mundo. Os grupos familiares caracterizam-se por vínculos biológicos, mas sua constituição não se limita apenas ao aspecto da procriação e da preservação da espécie, pois é um fenômeno social.

    As famílias são grupos primários, nos quais as relações entre os indivíduos são baseadas na força dos sentimentos entre as pessoas, o que justifica, muitas vezes, o amor existente entre pais e filhos adotivos, logo sem relação consanguínea.

    Assim, laços que unem os indivíduos em família não são sustentados pela lógica da troca, a partir de um cálculo racional. Ao contrário, a família é um grupo informal, ao qual as pessoas estão ligadas por afeto e afinidade e, por conta desses sentimentos, criam vínculos que garantem a convivência, além da cooperação econômica.

    Mesmo que por motivos quaisquer os indivíduos venham a se separar não mais residindo no mesmo local, obviamente continuam a constituir uma família, principalmente no aspecto legal.

    Embora seja um fenômeno social presente em todas as culturas, os grupos familiares e as relações de parentesco manifestam-se de formas peculiares, dependendo dos costumes de um determinado povo ou sociedade, podendo sofrer alterações como consequência direta das transformações sociais, econômicas e políticas, dentro de uma mesma cultura.

(brasilescola.uol.com.br/sociologia/família-não-apenas-um-grupo-mas-um-fenomeno-social.htm. Acesso em 21.10.2019. Adaptado)

Considere a passagem:


    As famílias são grupos primários, nos quais as relações entre os indivíduos são baseadas na força dos sentimentos entre as pessoas, o que justifica, muitas vezes, o amor existente entre pais e filhos adotivos, logo sem relação consanguínea.


Nesse trecho, o vocábulo destacado que expressa o sentido de ausência e privação é:

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Q1317145 Português

eia o texto para responder à questão.


Confiando no vento


    Naquele dia, Leila se lembrou do avô distante que os irmãos mais velhos o descrevem como um homem franzino, sempre de boina e chupando balas. O menino estrangeiro, o clandestino, interno do abrigo de menores, o alfaiate no lombo do burro com sua máquina, o tocador de bandolim que falava uma língua só dele, mistura de português, francês e árabe.

    A lembrança do avô veio à memória de Leila, especialmente se recordou de uma história com as peras do quintal dele. Ele estava já com setenta e muitos anos quando, pela primeira vez, começou a ter problemas de saúde. Cada dia uma coisa, aquele varejo implacável do envelhecer. O filho e a nora quiseram levá-lo ao médico, mas ele se recusou. O médico foi até sua casa e ele não quis recebê-lo. Remédios, nem pensar. E o avô de Leila só definhando, recusando qualquer tipo de tratamento.

    Até que um dia, provavelmente para se livrar da insistência da família, ele, homem de pouquíssimas palavras, deu uma explicação definitiva para seu comportamento:

    − Sabem aquelas peras lá do quintal? Quando estão muito maduras, elas caem com o vento. Vocês já viram alguém amarrar alguma delas no galho para durar mais tempo? Não, porque a gente confia no vento. Ele sabe a hora certa. Então, por favor, não queiram me amarrar na árvore. Me deixem em paz. Eu estou esperando o vento.

    Poucos dias depois, uma brisa levou sem alarde o alfaiate. Numa cultura que nega a existência da velhice, ora admite que ela existe, mas a promove artificialmente à condição de melhor etapa da vida, saber respeitar a direção e a intensidade dos ventos, ao que tudo indica, é algo que ninguém quer.

    As árvores estão cheias de peras amarradas que lutam, não só para não caírem, mas para não demonstrarem que amadureceram. O avô de Leila, que tanta estranheza causou com sua teimosia contra os homens e sua obediência à natureza, provavelmente iria se assustar com os pomares de hoje.

(Leila Ferreira. Viver não dói. São Paulo: Globo, 2013. Adaptado) 

No trecho do 3º parágrafo – Até que um dia, provavelmente para se livrar da insistência da família, ele, homem de pouquíssimas palavras, deu uma explicação definitiva... – a palavra destacada estabelece sentido de
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Q1315900 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Esperança: o impulso para melhorar
Por Eduardo Araia

















(Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/esperanca-o-impulso-para-melhorar 13/10/2017 - fragmento adaptado)
Analise as afirmações que seguem:
I. Poderíamos reescrever a oração “Sente-se sufocado e quer mudar de ares?” retirada do texto, sem provocar erro – segundo a norma culta formal – ou alteração de sentido, da seguinte maneira: Sufoco é sentido, mesmo assim quer mudanças no ar. II. Poderíamos substituir a preposição em, na frase “e vão em frente” (l. 17), por na, sem que isso provocasse erro à estrutura frasal ou alteração de sentido. III. Caso suprimíssemos a preposição por em “Ela está por trás das inúmeras voltas por cima.” (l. 19)”, não ocorreria nenhuma alteração no sentido da oração.
Quais estão INCORRETAS?
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Q1312990 Português

O Texto 4, exposto abaixo, corresponde ao trecho de um diálogo oral, numa interação espontânea entre crianças. 

A função exercida pela palavra “aí”, nas ocorrências em destaque, é, respectivamente de
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Q1312988 Português
No enunciado “Nós vamos encontrá-lo, para que ele responda pelos crimes que ele está sendo acusado” (policial, em entrevista ao JPB 1ª. Edição – 05/07/2015), registra-se um desvio da norma gramatical em relação:
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Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES Provas: IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Psicólogo | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista 20h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista 40h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista - Endodontia | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista - Paciente PNE | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista - Odontopediatria | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista - Periodontista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Enfermeiro 30h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Enfermeiro 40h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Farmacêutico 30h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Farmacêutico Bioquímico | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Fisioterapeuta | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Fonoaudiólogo | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Cardiologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Clínico Geral 20h | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Dermatologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico do Trabalho | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Endócrino Metabologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Gastroenterologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Geriatra | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Medico Ginecologista Obstetra | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Cirurgião Dentista - Cirurgia e Traumatologia Bucomaxiofacial | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Infectologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Oftalmologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Pediatra | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Otorrinolaringologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Pneumologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Neurologista Adulto | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Neurologista Infantil | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Reumatologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico da Família e Comunidade | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Psiquiatra Adulto | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Nutricionista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Psiquiatra Infantil | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Médico Urologista | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Técnico Esportivo | IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Terapeuta Ocupacional |
Q1312157 Português

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.


Higiene bucal


A higiene bucal é um componente fundamental da higiene corporal das pessoas. Talvez você não saiba, mas os seus hábitos e estilo de vida impactam diretamente a saúde dos seus dentes.

A obesidade, por exemplo, pode aumentar o risco de doença periodontal. Outro fator é o cigarro. Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com doenças periodontais avançadas do que quem não fuma. Além de aumentar as chances de desenvolver uma doença gengival, fumar também torna o tratamento muito mais demorado e complicado por dificultar o processo de recuperação.

Infecções bucais são comuns, mas elas também podem contribuir para dentes quebrados ou lascados. O uso de piercing na região bucal também pode causar uma retração da gengiva, que pode levar os dentes a amolecerem e caírem. Apesar desses dados, o grande vilão dos dentes é o açúcar, por promover o desenvolvimento de placas nos dentes. Essas placas causam acúmulo de ácido, que desmineraliza o esmalte do dente, causando cárie. Sem tratamento, a cárie pode penetrar fundo no dente provocando dor ou, em casos mais graves, a perda do dente.

(www.unimed.com.br)

Considere as afirmações abaixo sobre aspectos da construção linguística:

I- Em “Vossa Senhoria vos enganastes no tratamento daquela questão.”, o verbo e o pronome (vos)deveriam estar na terceira pessoa do singular, conforme recomenda a norma culta da língua.

II- Em “Porque não queria ir ao dentista, o menino apanhou de chinelo.”, a preposição destacada expressa relação de meio.

III- No segundo parágrafo do texto, (L 2), em “Outro fator é o cigarro.”, o elemento destacado exerce função anafórica.

Está correto apenas o que se afirma em:

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Q1311800 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.

O Homem Nu 


Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscarse a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...

Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: 

— Maria, por favor! Sou eu! 

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso. 

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha! 

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão. 

Assinale a alternativa CORRETA para a classe de palavras dos termos sublinhados.

“ Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava”.

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Q1311755 Português
Há casos em que verbos transitivos diretos levam preposição como meio de evitar ambiguidade. Marque a opção em que a preposição foi utilizada com essa finalidade.
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Q1311541 Português
Produção de combustíveis fósseis excederá 120% do
limite seguro em 2030

     Apesar dos frequentes (e intensos) efeitos das mudanças climáticas, a humanidade segue investindo na principal causa dessa ameaça para a vida no planeta: a exploração dos combustíveis fósseis. A queima deles em usinas, fábricas e carros é responsável por 90% das emissões de dióxido de carbono – e sua produção segue crescendo em ritmo alarmante. É o que mostra um relatório inédito feito pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, o UNEP.
     O relatório mostra uma grande discrepância entre expectativa e realidade – o que os especialistas chamam de “lacuna de produção”. Vamos por partes. A expectativa são as metas de redução de emissões que cada país submeteu por meio do Acordo de Paris, em 2015, com o objetivo de impedir que o aquecimento global ultrapasse 2°C acima dos níveis pré-industriais – e, se possível, manter o aumento em 1,5°C.
     Esses são os níveis considerados seguros pela comunidade científica para evitar grandes catástrofes. Mas, mesmo dentro desses limites, centenas de milhões de pessoas vão sofrer graves consequências.
    Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações, trarão impactos indesejados na economia e sociedade. De acordo com o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, as emissões de CO2 geradas pela queima de combustíveis fósseis teriam de ser reduzidas em 6% ao ano para seguirmos pelo caminho seguro no rumo dos 2°C. Em vez disso, o consumo e a produção só aumentam.
     Vale frisar que, mesmo com as metas de redução do Acordo de Paris, a temperatura da Terra vai subir entre 3 e 4°C, segundo a própria ONU. Será preciso fazer mais – e melhor.
     Muito se discute sobre como reduzir as emissões de CO2 – e isso se reflete nos planos nacionais de mitigação do tratado e nas diversas legislações. Mas a grande maioria sequer menciona o outro lado da moeda: a produção. E há um motivo para isso. Mesmo os países mais comprometidos em atenuar a ameaça da crise climática ainda continuam oferecendo subsídios, incentivos e financiamento a projetos de infraestrutura para combustíveis fósseis.
   Mas, por que não cortar isso de uma vez? Acontece que quando as estruturas bilionárias de exploração estão prontas, simplesmente abandoná-las se torna bem mais complicado e economicamente desvantajoso. Quem ostenta a maior lacuna de produção é o carvão. 
    Para reverter essas projeções preocupantes, a única saída é parar de vez de investir. “Mesmo com mais de duas décadas de adoção de políticas climáticas, os níveis de produção de combustíveis fósseis estão mais altos que nunca”, disse em comunicado Måns Nilsson, diretor do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), que colaborou com o estudo. 

https://super.abril.com.br... - adaptado.
Considerando-se o texto, analisar os itens abaixo:
I. Em “as emissões de CO2 geradas pela queima de combustíveis fósseis teriam de ser reduzidas em 6% ao ano para seguirmos pelo caminho seguro no rumo dos 2°C”, o termo sublinhado poderia ser substituído por “a” sem alteração de sentido. II. Em “Mas, por que não cortar isso de uma vez?”, o termo sublinhado poderia ser substituído por “por que razão” sem alteração de sentido.
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Q1307580 Português

Leia a crônica de Ivan Angelo para responder à questão.



Janelas e varandas


      Varandas e janelas podem ser um campo interessante para observação nas metrópoles. Contribuições pessoais de moradores para a decoração da cidade. Espaços de expressão. Vitrines individuais.

      É da sacada do prédio que o morador da metrópole confere a paisagem, o tempo e a vida lá fora. Janelas separam o íntimo e o público, mas algumas pessoas não se importam de botar no espaço público um pouco do que é do íntimo.

       Rede estendida já vi mais de uma vez, em exíguas varandas, uma até com um homem em descuidada sesta. Nostalgia do Nordeste? De algum sítio? De uma minivaranda da Bela Vista1 , moça sentada de toalha nos ombros nus sob um secador de cabelos daqueles de pé e capacete, lendo revista. Casa dela ou salão de beleza improvisado? Em uma janela que dá para o Minhocão2 , uma gaiola com passarinho. Ave presidiária, condenada à feiura e ao barulho humanos. Será que canta? 

     Nesses espaços “públicos”, os ricos diferenciam-se principalmente pelas plantas, alguns com verdadeiras florestas. O povão ousa mais no pessoal. Como se fosse um quintal, lá põe rede, casa de cachorro, fogão quebrado, poleiro de papagaio, latão com planta, pendura bicicleta, monta churrasqueira...

    Mas, em certas ocasiões, como Natal e Copa do Mundo, todos se igualam e botam luzes piscantes ou bandeiras.

    É o que basta para pensarmos neles com uma distante camaradagem – oi, oi, estou aqui, sou um ser humano e cuido de um passarinho.



(VEJA SP, 05.10.2005. Adaptado)




1. Bela Vista: bairro paulistano.

2. Minhocão: famoso viaduto na cidade de São Paulo.

Considere as frases.


•  As varandas e janelas, ____quais o cronista descreve, são vitrines do comportamento humano.

•  O passarinho, ______quem o dono submete ao barulho e à feiura, aparece na janela de um edifício no Minhocão.


Para que as frases elaboradas a partir do texto estejam de acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por

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Q1306033 Português
INSTRUÇÃO: James Heckman, cientista, economista e estudioso da primeira infância, foi o entrevistado das páginas amarelas da revista Veja, ed. 2549. Leia atentamente trechos da entrevista e responda às questão.  

1 - Por que os estímulos nos primeiros anos de vida são tão decisivos para o sucesso na vida adulta?
É uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja maleável. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde. Se essa base for frágil, as chances de sucesso cairão; se ela for sólida, vão disparar na mesma proporção. Por isso, defendo estímulos desde muito cedo.

2 - O senhor pode soar fatalista: ou bem a criança é estimulada cedo ou terá perdido uma oportunidade única para o aprendizado?
A discussão realmente abre margem para essa interpretação, mas não é bem isso. A mensagem jamais pode ser: depois dos cinco anos, já era. Desde que a criança esteja vivendo em sociedade, ela vai aprender. Existe na espécie humana uma extraordinária capacidade de se beneficiar do ambiente. Só não podemos deixar de encarar o fato de que uma criança que tenha sido alvo de elevados incentivos conquistará uma vantagem para o resto da vida. De outro lado, quanto mais uma criança fica para trás, mais dificuldade ela terá para preencher as lacunas do princípio.  
A respeito de recursos linguísticos empregados nos trechos acima, analise as afirmativas.
I - Em tem um enorme poder de absorção, como uma esponja maleável. (trecho 1), o termo como apresenta função de preposição e pode, em outros contextos, pertencer a outra categoria gramatical. II - Em não podemos deixar de encarar (trecho 1), a palavra denota exclusão, assim como jamais em A mensagem jamais pode ser. III - O operador argumentativo De outro lado (trecho 2) dá início a uma contraposição a algo dito anteriormente: a criança que teve grandes incentivos tem vantagens na vida. IV - As conjunções Se (trecho 1) e mas (trecho 2) apresentam valor semântico de condição e de oposição respectivamente às orações às quais se relacionam. V - As palavras tão (trecho 1) e bem (trecho 2) exercem a função de advérbio, de intensidade e de modo, respectivamente.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Respostas
1641: D
1642: A
1643: E
1644: C
1645: B
1646: D
1647: C
1648: D
1649: A
1650: E
1651: B
1652: E
1653: E
1654: B
1655: B
1656: C
1657: B
1658: C
1659: C
1660: A