Questões de Português - Preposições para Concurso

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Q1347321 Português
No trecho: “Se eles soubessem o que realmente importa, eles parariam de se importar com coisas tão sem importância. Mas, além da mentalidade fútil, há também muita falta de comunicação e interpretação”. Os termos sublinhados acima têm, respectivamente, a equivalência de:
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Q1345855 Português

Leia o texto a seguir:

A CEBOLA

PEGUE UMA cebola e corte ao meio. Então olhe bem para ela com olhos de criança. Se você não sabe o que é o olhar de uma criança, leia o poeta Alberto Caeiro para aprender...

Uma paciente minha, dos tempos em que eu exercia a psicanálise, olhou com olhos de criança para uma cebola cortada ao meio e ficou tão espantada com o que viu que pensou que estava ficando louca. 

Uma cebola cortada é mesmo um espanto. Pablo Neruda, olhando para uma cebola, escreveu: "Rosa de água com escamas de cristal...".

Agora, figure que uma cebola cortada é um modelo do mundo. Bem no centro, lá onde o primeiro anel é tão pequeno que não chegou a ser anel, ponha uma criança. Imagine que os anéis são os mundos que ela precisa conhecer para viver.

Mas não é possível comer o que está longe. Não é possível pular anéis. Só se pode comer o quarto anel depois que se comeu o primeiro, o segundo e o terceiro anéis.

A cebola cortada me sugeriu a forma como o primeiro currículo deveria ser organizado: como os anéis de uma cebola, na ordem certa. O que estaria contido no primeiro anel? A resposta é fácil: o primeiro anel que abraça a criança é a sua casa.

Não fui ousado ao ponto de sugerir a construção de uma casa de tijolo e cimento. Mas é a imaginação que faz o que não existe existir! Pensei que a casa onde uma criança mora, o primeiro anel da sua cebola, é um universo imenso, cheio de provocações ao conhecimento. Primeiro, a casa como objeto matemático: ângulos, triângulos, linhas horizontais, verticais e paralelas, proporções e simetrias.

Depois, como objeto da física: a composição de forças no travamento do telhado, o prumo, o nível, as caixas de ferramentas, o martelo, o serrote, a pua, a física dos materiais, a madeira, o vidro, a cerâmica, o plástico, a eletricidade que esquenta e que esfria, a eletricidade que faz girar, que ilumina e produz música.

Esse laboratório de química chamado cozinha: o fogo, os alimentos, os temperos.

O mundo das coisas vivas: as baratas, as traças, os tatuzinhos, os piolhos, os pássaros, as aranhas, os cachorros, os gatos, os peixes, os pernilongos, os mosquitos da dengue, os caramujos.

O mundo das doenças e da saúde. Os primeiros-socorros. O lixo, as privadas... Ouse imaginar quantas toneladas de cocô por ano os humanos colocam na nossa Terra...

E, ao tomar o seu branco e puro leitinho, imagine quantas toneladas de bosta de vaca e quantos metros cúbicos de gases fétidos são lançados na atmosfera diariamente pelos bovinos inocentes.

O mundo da cultura: as revistas, os livros, a televisão, o jardim, os quadros.

Gostaria de conhecer a casa em que moro, mas não conheço. Aperto uma infinidade de botões que fazem as coisas acontecerem, mas não sei por que elas acontecem, e, quando não acontecem, fico perdido e tenho de chamar um técnico.

Pensei que as crianças gostariam da ideia assim como eu gostei. Aprendendo sobre a casa aprendemos sobre o mundo todo. Pois o mundo todo é a grande casa em que moramos, o último anel da cebola...


Fonte: ALVES, Rubem, Folha de São Paulo

Disponível em:<http://www.institutorubemalves.org.br/rubem-alves/carpe-diem/cronicas/a-cebola/>  Acesso em:

18 maio 2018

Assinale a opção que completa adequadamente os espaços pontilhados: Duvidar de minhas teorias é um direito que ...... assiste e ......... não se deve abrir mão.
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Q1343787 Português
Assinale a opção que apresenta somente classes de palavras variáveis.
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Q1338939 Português
Leia o texto para responder à questão.

Os empregos nos quais os mentirosos se dão bem

Uma nova pesquisa indica que uma das razões pelas quais a mentira persiste em certas profissões é a crença de que pessoas com atitudes "flexíveis em relação à verdade" são realmente melhores nesses empregos
    
    Eu tenho uma confissão: eu minto. Muito. Eu minto para interromper ou iniciar conversas, para poupar os sentimentos dos outros, ou os meus, e simplificar a vida social ou profissional de milhões de maneiras.
     Até certo ponto, sabemos que as pessoas com quem trabalhamos estão mentindo para nós. Eles não podem estar sempre tendo um bom dia, estarem animados com o trabalho ou ficarem completamente felizes com um colega que foi promovido no lugar deles.
     Mas e quando a mentira não é apenas sobre humor dos funcionários, mas é também incorporada à rotina da profissão?
    Uma nova pesquisa indica que uma das razões pelas quais a mentira persiste em certas profissões é a crença de que pessoas com atitudes "flexíveis em relação à verdade" são realmente melhores nesses empregos.
Atitudes em relação aos mentirosos no local de trabalho
    Em geral, uma mentira no ambiente de trabalho é vista de forma negativa - se alguém precisa recorrer à mentira, provavelmente não é muito boa em seu emprego.
    E a mentira pode ser tóxica para uma cultura de confiança e trabalho em equipe. Mas, de acordo com uma pesquisa recente dos acadêmicos americanos Brian C. Gunia e Emma E. Levine, há uma exceção para empregos que são majoritariamente focados nas vendas.
     No estudo de marketing, o relacionamento com o cliente é voltado completamente para satisfazer as necessidades de um consumidor, enquanto o relacionamento de venda se relaciona com o cumprimento das metas do vendedor.
    Certas profissões, como vendas ou orientação de investimento bancário, são estereotipadas por serem pesadamente orientadas pela venda - embora, na prática, é claro, os vendedores podem ser profundamente carinhosos e os profissionais de saúde, ranzinzas.
Mentir é natural, até certo ponto
    Os pesquisadores Gunia e Levine pediram aos participantes do estudo - que incluía mais de 500 estudantes de negócios e pesquisadores do site de crowdsourcing americano Mechanical Turk, da Amazon - para classificarem certos empregos em termos de orientação de vendas e classificassem indivíduos hipotéticos de acordo com a competência que eles percebiam.
    Os participantes tiveram cenários como os seguintes: quando registrava suas despesas, "Julie" afirmou que uma corrida de táxi custava mais do que realmente foi; "James" finge gostar de velejar para se aproximar do chefe entusiasta da vela. 
    Em última análise, os entrevistados acreditavam que as pessoas que haviam mentido seriam mais bem-sucedidas em empregos relacionados a vendas e priorizariam a contratação. Por exemplo, 84% dos participantes optaram por contratar mentirosos para uma tarefa com alta orientação de vendas, enquanto 75% optaram por contratar pessoas honestas para uma tarefa com baixo relacionamento com vendas.
     Os resultados são interessantes, mas não definitivos. Por um lado, os participantes da pesquisa recebiam muito pouco; mercados de pesquisa como o Mechanical Turk são apontados por pagarem baixas remunerações e receberam acusações de exploração.
    Também não é certo se as crenças dos entrevistados da pesquisa se traduzem nas ações dos gerentes de contratação.
    Há evidências conflitantes sobre se o relacionamento com o cliente ou se a relação de vendas é mais eficaz na prática, embora o relacionamento com o cliente pareça ser uma vantagem em termos de fechamento de vendas.
    No recente estudo sobre a ligação entre a mentira percebida e a competência percebida, "nós recrutamos estudantes de negócios intencionalmente para que pudéssemos ter certeza de que os estereótipos que examinamos são realmente mantidos por futuros profissionais", explica Levine, da University of Chicago Booth School of Business.
    Alunos que pretendem ocupar cargos de gesstão "podem realmente acreditar que o engano sinaliza competência nessas ocupações e, portanto, importam essas crenças em práticas futuras de contratação".
[...]

Disponível em https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2019/08/

Analise: “Eles não podem estar sempre tendo um bom dia” e assinale a alternativa que apresenta a classe de palavras dos vocábulos sublinhados.
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Q1338428 Português

(Texto 01)  

A expressão “...sobre como as (...)” (linha 10) apresenta, na ordem em que os termos aparecem:
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Q1337501 Português




                                     

Sobre o estudo das classes gramaticais, é CORRETO afirmar que a palavra “a” (linha 27) exerce a mesma função morfológica que o seguinte termo do Texto 01:
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Q1337297 Português
Leia o texto abaixo para responder a questão

HINO DE VOTORANTIM

Minha terra tem encantos
tem belezas naturais,
tem jardins, fluviais recantos
e riquezas minerais...
Nas indústrias tem potência;
tem igrejas para os fiéis,
tem escolas, luz da ciência,
nos esportes tem lauréis
O seu solo é um manancial
fonte de riquezas mil,
o seu clima é tropical
é um pedaço do Brasil,
e por isso com fervor
hei de amar até o fim
essa terra de esplendor
este meu Votorantim
Sons de máquinas, usinas
e de águas a rolar.
em sussurros de surdinas
pelo espaço a reboar;
são acordes de vitória
num arcano musical,
proclamando a sua glória
e pujança sem igual
Chaminés que, fumegantes
estão sempre a evidenciar
as indústrias operantes
que engrandecem o lugar,
onde um povo exuberante
que labuta sem cessar,
construiu esse gigante
portentoso e singular.



Letra e música: Lecy de Campos 
Todas as alternativas abaixo apresentam preposições em sua composição, exceto:
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Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: ABEPRO Prova: FEPESE - 2019 - ABEPRO - Pós-Graduação |
Q1336697 Português
Texto 1

Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade

A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma articulação com a educação ambiental, numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, priorizando um novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental. Leff (2001) fala sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento.

A realidade contemporânea exige uma reflexão cada vez menos linear, e isso se produz na inter-relação dos saberes e das práticas coletivas que criam identidades e valores comuns e ações solidárias diante da reapropriação da natureza, com vistas a um desenvolvimento sustentável. A complexidade do processo de transformação de um planeta, não apenas crescentemente ameaçado, mas também diretamente afetado pelos riscos socioambientais e seus danos, é cada vez mais notória. A concepção “sociedade de risco”, de Beck (1992), amplia a compreensão de um cenário marcado por nova lógica de distribuição dos riscos. Os riscos atuais caracterizam-se por ter consequências, em geral de alta gravidade, desconhecidas a longo prazo e que não podem ser avaliadas com precisão, como é o caso dos riscos ecológicos, químicos, nucleares e genéticos.

O tema da sustentabilidade confronta-se com o paradigma da “sociedade de risco”. Isso implica a necessidade de se multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma perspectiva integradora. E como se relaciona educação ambiental com a cidadania? Cidadania tem a ver com a identidade e o pertencimento a uma coletividade. A educação ambiental como formação e exercício de cidadania refere-se a uma nova forma de encarar a relação do homem com a natureza, baseada numa nova ética, que pressupõe outros valores morais e uma forma diferente de ver o mundo e os homens. A educação ambiental deve ser vista como um processo de permanente aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com consciência local e planetária.

O desafio político da sustentabilidade, apoiado no potencial transformador das relações sociais que representam o processo da Agenda 21 – plano abrangente de ação para o desenvolvimento sustentável no século XXI –, encontra-se estreitamente vinculado ao processo de fortalecimento da democracia e da construção da cidadania, baseado em valores éticos como fundamentais para fortalecer a complexa interação entre sociedade e natureza.

JACOBI, Pedro. Cadernos de Pesquisa, n. 118, p. 189-205, março/2003. Disponível em: Acesso em 18 de fevereiro de 2019. [Adaptado]


TEXTO 2

Entrevista: um dos maiores especialistas em sustentabilidade, Ricardo Young, comenta os benefícios de incluir essa estratégia nos negócios da empresa

Na sua opinião, qual seria o balanço da discussão sobre sustentabilidade nas empresas, na primeira década do século XXI?

Ricardo Young A década de 2000 representou um grande salto das empresas em relação à Responsabilidade Social Empresarial, porque foi quando se criaram os mecanismos para essa gestão, com destaque para o GRI 4, o Global Compact, o ISO 26000 e indicadores Ethos. Além disso, tivemos um salto de governança graças ao novo patamar de transparência criado pelo IBGC e pela Bolsa de Valores. Quais serão, na sua visão, as megatendências da gestão sustentável para os próximos anos? Ricardo Young A precificação do carbono e a penalização das empresas que forem perdulárias no uso de água e energia, uma vez que os recursos ficam mais escassos. Outro desafio é a intensificação das pesquisas tecnológicas, na busca de novos materiais para indústrias como a da informática, automobilística e também da construção civil.

Em sua opinião, qual o papel das empresas na construção de uma sociedade melhor?

Ricardo Young As empresas são gestoras de recursos e ao mesmo tempo supridoras de necessidades. As empresas podem criar condições para a sociedade caminhar na direção da sustentabilidade, conforme se mostram capazes de entregar um produto com custo ambiental cada vez menor, compensando sua pegada ecológica com criação de serviços ambientais. A Política de Resíduos Sólidos foi importante para isso, porque nos obrigou a pensar o consumo do berço ao berço.

Qual conselho você deixaria aos novos “líderes sustentáveis” que estão começando agora?

Ricardo Young As melhores habilidades de um líder sustentável são compreender para qual direção o mundo está mudando e quais suas necessidades. O pensar sistêmico, a gestão muktistakeholder, a ética e transparência como balizadoras da melhor revelação dos talentos de uma empresa, a mobilização da inteligência coletiva, o entendimento de processos caóticos e, por fim, a capacidade de gerir planejamentos dinâmicos fazem parte dos requisitos que um líder deve ter.

O conceito de Bauman de que tudo se torna líquido não é diferente para as empresas: elas precisam ser fluidas. Sua resiliência não pode se dar na direção da rigidez, mas justamente da fluidez. Afinal, diante de cenários novos e desafiadores, é preciso ter capacidade de ajustes rápidos e com baixo impacto ambiental. Isso só pode acontecer com a mobilização da inteligência coletiva de equipes conectadas e engajadas.

SILVEIRA, Karen Pegorari. Disponível em: <https://www.fiesp.com. br/indices-pesquisas-e-publicacoes/entrevista-um-dos-maiores-especialistas-em-sustentabilidade-ricardo-young-comenta-os-beneficios-de-incluir-essa-estrategia-nos-negocios-da-empresa>. Acesso em 18 de fevereiro de 2019. [Adaptado]
Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto 2.
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Q1335596 Português

Texto para responder à questão.


O Búfalo


    Mas era primavera. Até o leão lambeu a testa glabra da leoa. Os dois animais louros. A mulher desviou os olhos da jaula, onde só o cheiro quente lembrava a carnificina que ela viera buscar no Jardim Zoológico. Depois o leão passeou enjubado e tranquilo, e a leoa lentamente reconstituiu sobre as patas estendidas a cabeça de uma esfinge. “Mas isso é amor, é amor de novo”, revoltou-se a mulher tentando encontrar-se com o próprio ódio mas era primavera e dois leões se tinham amado. Com os punhos nos bolsos do casaco, olhou em torno de si, rodeada pelas jaulas, enjaulada pelas jaulas fechadas. Continuou a andar. Os olhos estavam tão concentrados na procura que sua vista às vezes se escurecia num sono, e então ela se refazia como na frescura de uma cova.
    Mas a girafa era uma virgem de tranças recém-cortadas. Com a tola inocência do que é grande e leve e sem culpa. A mulher do casaco marrom desviou os olhos, doente, doente. Sem conseguir — diante da aérea girafa pousada, diante daquele silencioso pássaro sem asas — sem conseguir encontrar dentro de si o ponto pior de sua doença, o ponto mais doente, o ponto de ódio, ela que fora ao Jardim Zoológico para adoecer. Mas não diante da girafa que mais era paisagem que um ente. Não diante daquela carne que se distraíra em altura e distância, a girafa quase verde. Procurou outros animais, tentava aprender com eles a odiar. [...]
    “Eu te odeio”, disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. “Eu te odeio”, disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma? Andou pelo Jardim Zoológico entre mães e crianças. Mas o elefante suportava o próprio peso. Aquele elefante inteiro a quem fora dado com uma simples pata esmagar. Mas que não esmagava. Aquela potência que no entanto se deixaria docilmente conduzir a um circo, elefante de crianças. E os olhos, numa bondade de velho, presos dentro da grande carne herdada. O elefante oriental. Também a primavera oriental, e tudo nascendo, tudo escorrendo pelo riacho.
    [...]
    O búfalo voltou-se, imobilizou-se, e a distância encarou-a.
    Eu te amo, disse ela então com ódio para o homem cujo grande crime impunível era o de não querê-la. Eu te odeio, disse implorando amor ao búfalo.
    Enfim provocado, o grande búfalo aproximou-se sem pressa.
    Ele se aproximava, a poeira erguia-se. A mulher esperou de braços pendidos ao longo do casaco. Devagar ele se aproximava. Ela não recuou um só passo. Até que ele chegou às grades e ali parou. Lá estavam o búfalo e a mulher, frente à frente. Ela não olhou a cara, nem a boca, nem os cornos. Olhou seus olhos.
    E os olhos do búfalo, os olhos olharam seus olhos. E uma palidez tão funda foi trocada que a mulher se entorpeceu dormente. De pé, em sono profundo. Olhos pequenos e vermelhos a olhavam. Os olhos do búfalo. A mulher tonteou surpreendida, lentamente meneava a cabeça. O búfalo calmo. Lentamente a mulher meneava a cabeça, espantada com o ódio com que o búfalo, tranquilo de ódio, a olhava. Quase inocentada, meneando uma cabeça incrédula, a boca entreaberta. Inocente, curiosa, entrando cada vez mais fundo dentro daqueles olhos que sem pressa a fitavam, ingênua, num suspiro de sono, sem querer nem poder fugir, presa ao mútuo assassinato. Presa como se sua mão se tivesse grudado para sempre ao punhal que ela mesma cravara. Presa, enquanto escorregava enfeitiçada ao longo das grades. Em tão lenta vertigem que antes do corpo baquear macio a mulher viu o céu inteiro e um búfalo.
LISPECTOR, Clarice. O búfalo . In: Laços de família. Rio: José Olympio, 1982. p.149.
“Não diante daquela carne que se distraíra em altura e distância, a girafa quase verde.”
Com relação aos componentes destacados do trecho, é correto afirmar que:
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Q1333978 Português


Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/08/130829_demografia_ibge_

Texto adaptado especialmente para esta prova.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna pontilhada da linha 27.
Alternativas
Q1332273 Português

* COP 21 – Conferência, ocorrida em dezembro de 2015, em Paris, em que os 196 países integrantes da ONU discutiram sobre como lidar com as mudanças climáticas.

http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/uma-terra-mais-quente-e-desigual

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 06 e 31.
Alternativas
Q1330598 Português

Num hospital público, estava afixado o seguinte cartaz:


Não morra de dengue.

Viagens durante as férias exigem cuidados especiais com os vasos de plantas.


As preposições destacadas possuem valor, respectivamente, de

Alternativas
Q1330212 Português
Identifique as LOCUÇÕES PREPOSITIVAS nas frases abaixo:
I. Passamos através de mata cerrada. II. Esse perfume é enjoativo. III. Não nos atendeu, não obstante nossa insistência. IV. Em atenção à sua idade, não lhe batemos.
A assertiva é:
Alternativas
Q1329639 Português


Fonte: Anna Raquel - http://revistaescola.abril.com.br/blogs/leitura - Adaptação

Considerando o Acordo Ortográfico promulgado pelo Decreto nº 583/2008 e as regras que determinam o uso de acento gráfico em vocábulos da Língua Portuguesa, analise as afirmações que seguem, relativamente a determinados vocábulos do texto:
I. O uso do trema em frequente (l. 02) é opcional. II. Na linha 21, a palavra história, considerando o referido Acordo, deverá ser grafada sem o acento gráfico, sendo seu sentido determinado pelo contexto. III. O vocábulo para (l. 04 e 09) não recebe acento gráfico em nenhuma das ocorrências, visto tratar-se de uma preposição. Segundo o Acordo, mesmo que representasse um verbo, não seria acentuado.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1329637 Português


Fonte: Anna Raquel - http://revistaescola.abril.com.br/blogs/leitura - Adaptação

Sobre o uso de pronomes, analise a frase que segue e as afirmações subsequentes:
Nenhum de nós o conhecia. (l. 18).
I. Na frase, há três pronomes, sendo que todos têm o mesmo referente. II. A expressão Nenhum de nós, sintaticamente, é sujeito da oração; morfologicamente, constitui-se de dois pronomes e de uma preposição. III. O pronome oblíquo “o” constitui uma ênclise, devido à ocorrência do pronome pessoal nós.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1329634 Português


Fonte: Anna Raquel - http://revistaescola.abril.com.br/blogs/leitura - Adaptação

Analise as afirmações que seguem em relação ao preenchimento de lacunas do texto:
I. A lacuna da linha 02 deve ser preenchida obrigatoriamente pela preposição de, atendendo à regência do substantivo títulos. II. Na linha 20, atendendo à regência do vocábulo ansiosa, a lacuna poderia ser preenchida por para ou por. III. Atendendo à regência do verbo assistir (l. 27), a lacuna deve ser preenchida por à.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q1326567 Português

INSTRUÇÃO: O trecho a seguir traz os dois primeiros parágrafos do artigo de J. R. Guzzo, colunista da revista Veja, intitulado Artigo de imitação. Leia o trecho e responda à questão.


A democracia no Brasil lembra uma dessas fotografias antigas de reis africanos que de vez em quando ilustram livros de história. Muitos deles, ouvindo oficiais do Império Britânico ou outros figurões europeus da época colonial que lhes davam lições de civilização, progresso e bons modos, parecem encantados. Acreditavam, como lhes era dito, que a Europa e as coisas europeias representavam o máximo a ser sonhado por um ser humano – e em geral chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar transformando a si próprios em soberanos civilizados o mais depressa possível. O meio prático de fazer isso, em sua maneira de ver as coisas, era imitar os trajes, jeitos e enfeites dos peixes graúdos que lhes falavam das maravilhas da rainha Vitória ou do imperador Napoleão III. Que atalho melhor para atingir esse estágio superior na evolução das sociedades humanas? O resultado aparece nas fotografias. As mais clássicas mostram uns negros magros, ou gordíssimos, com uma cartola de segunda mão na cabeça, ou um desses capacetes de caçador inglês, calças rasgadas aqui e ali, pés descalços – ou calçados com uma bota só, velha e sem graxa. Uns aparecem com casacas usadas, uma fileira de medalhas no peito e três ou quatro relógios saindo dos bolsos. Outros fazem questão de exibir-se para a câmera segurando um guarda-chuva aberto. É triste. Imaginavam-se nobres, modernos e iguais aos seus pares europeus. Eram apenas uns pobres coitados.

O problema é que nada tinha mudado na vida real. Junto com as novas roupas e os acessórios, as fotos mostram que os retratados conservavam, como sempre, seus colares com ossos, pulseiras de metal e argolas nas orelhas ou no nariz – e a história iria provar com fatos, em seguida, quanto foi inútil todo esse esforço de imitação. Das nações mais evoluídas, suas majestades copiavam os trajes. Não aprenderam as virtudes. Continuaram desgraçando a si e a seu país enquanto eram roubados até o último papagaio pelos que vieram ensiná-los a ter valores cristãos, avançados e democráticos.

(Revista Veja, ed. 2542.) 

Tome o fragmento: Muitos deles, ouvindo oficiais do Império Britânico ou outros figurões europeus da época colonial que lhes davam lições de civilização, progresso e bons modos, parecem encantados. Acreditavam, como lhes era dito, que a Europa e as coisas europeias representavam o máximo a ser sonhado por um ser humano – e em geral chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar transformando a si próprios em soberanos civilizados o mais depressa possível.
Sobre recursos expressivos usados, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A expressão Muitos deles, formada por pronome indefinido + pronome pessoal preposicionado, retoma o sentido de reis africanos, na primeira linha do texto. ( ) O pronome oblíquo lhes, nas duas ocorrências, funciona como elemento coesivo referencial anafórico. ( ) Em si próprios, o adjetivo funciona como reforço à ação reflexiva expressa pelo pronome. ( ) Em chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar, o uso da preposição de deve-se à regência do verbo chegar. ( ) A forma verbal parecem no presente e a forma verbal acreditavam no pretérito imperfeito, ambas referindo-se a reis africanos, marcam falta de coerência textual por não estarem no mesmo tempo verbal.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Q1325559 Português

Texto

Por que a gente é assim?

Quem nunca questionou por que algumas pessoas pensam e agem de certa forma, geralmente em momentos de total oposição aos nossos pensamentos e certezas? A questão é que essa pergunta é sempre feita em relação ao outro, àquele que não é igual a nós. Mas e quando a pergunta é direcionada para o próprio umbigo: por que a gente é assim?

Há dois anos, vivo a aventura de pensar e produzir o projeto transmídia “Por que a gente é assim?”, uma tentativa tão ousada quanto exaustiva de mapear os comportamentos e os valores dos brasileiros hoje.

Nossa proposta foi ter três frentes de comunicação: mídia digital, televisão e teatro de rua - todos desenvolvidos num processo de criação colaborativa. No site do projeto e no Facebook, reunimos artigos e imagens de blogueiros e fotógrafos convidados a refletir sobre os temas Sexo, Autoridade, Fé, Preconceito, Consumo e Educação. [...]

Mas afinal, por que a gente é assim? Para onde queremos ir com este Brasil? Quais legados queremos deixar como sociedade? Em alguns países, como os Estados Unidos, esta discussão está mais articulada. [...]

Por aqui, talvez o único valor cristalizado nos últimos 50 anos (com orgulho ou desprezo) seja o “jeitinho brasileiro”, a tal malandragem que resolve tudo - não sem consequências. No entanto, é evidente que este Brasil está mudando e, em alguns aspectos, vertiginosamente.

Nos últimos 18 anos, o Brasil se institucionalizou e mostrou que boa regulamentação é possível, além de absolutamente necessária. Hoje, a implantação das UPPs no Rio é uma parte evidente e concreta disso.

Muito se tem falado - e o assunto é de extremo interesse e relevância - sobre a mudança demográfica que vivemos hoje com um novo paradigma: nos tornamos um país majoritariamente de classe média. Mas o que quer e como se comporta esta classe média? Com mais gente e mais consumo, como vamos solucionar os desafios de vivermos juntos nas grandes cidades? Daremos, de fato, importância à inclusão via educação pública, ou manteremos um regime de “reserva de mercado” ao deixarmos grande parte da população alijada de educação de qualidade? Continuaremos fingindo que as pessoas não são discriminadas por conta da sua classe social, da sua origem geográfica e da cor de sua pele?

Enfim, algumas perguntas que devemos nos fazer ao tentarmos trazer para o presente o país do futuro que acreditamos merecer. O que queremos de nós?

Guilherme Coelho – O Globo – publicado em 21/07/2011

[adaptado]

No uso do pronome relativo, é necessário observar se há ou não necessidade de colocar-se antes dele uma preposição. Sob esse aspecto, está INCORRETA a frase:
Alternativas
Q1324976 Português
Considerando a circunstância expressa pelos termos em detaque, numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
(1) fim (2) modo (3) tempo (4) afirmação (5) intensidade
( ) Sempre sorria. ( ) Ela se expressa bem. ( ) Realmente, ela chorou. ( ) A noite esta muito fria. ( ) Estudou para o concurso. ( ) Ela caminhou depressa pela rua escura.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q1324711 Português

Leia o texto e o infográfico a seguir e responda à questão.


Desocupação cai graças à informalidade

A taxa de desemprego no país ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados são parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), pesquisa oficial cuja abrangência é nacional e engloba postos de trabalho formais e informais.

A taxa de desemprego, que bateu recordes em função da crise, vem em trajetória de queda em razão do aumento de vagas informais de trabalho. Muitos desempregados estão conseguindo empregos informais e com salários mais baixos. O trimestre fechou com 13,3 milhões de desocupados no país - pessoas sem emprego que estão em busca de oportunidade. Houve queda de 5,1% de indivíduos na fila - 721 mil pessoas deixaram a condição no período.

Na divulgação anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, houve aumento do emprego informal enquanto havia queda na geração de vagas de trabalho com carteira assinada. Vale destacar, porém, que a comparação é feita com o trimestre imediatamente anterior para evitar distorções nos dados. Desta vez, contudo, os postos com carteira pararam de cair. O indicador teve estabilidade no trimestre encerrado em julho (0,2%), com 54 mil novos postos formais no período.

No trimestre encerrado em 2016, a taxa de desemprego era de 11,6%, percentual que é 1,2 ponto percentual menor que o verificado em período equivalente deste ano. Na ocasião, 11,8 milhões de pessoas estavam desempregadas - 1,5 milhão de pessoas a menos do que o registrado nos dados mais recentes. 



(Adaptado de: VETTORAZZO, L. Desocupação cai graças à informalidade. Folha de Londrina. Londrina, 1 de set 2017, Folha Economia e Negócios, p. 3.)

Em relação aos recursos linguísticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir.


I. Em “Desta vez, contudo, os postos com carteira pararam de cair”, o termo grifado apresenta valor semântico de tempo e proporção.

II. O verbo “cai”, empregado no título do texto, está flexionado no presente, mas indica tempo passado.

III. Na oração “pessoas sem emprego que estão em busca de oportunidade”, a preposição “em” é uma exigência feita pelo verbo, segundo as regras gramaticais.

IV. Em “Houve queda de 5,1%”, o verbo “haver” está sendo usado no sentido de “ocorrer”.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
1621: C
1622: A
1623: A
1624: B
1625: C
1626: D
1627: D
1628: D
1629: A
1630: C
1631: C
1632: B
1633: B
1634: C
1635: B
1636: E
1637: A
1638: C
1639: D
1640: D