Questões de Português - Pronomes pessoais oblíquos para Concurso
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A fórmula chinesa
A China vai virar uma democracia? Liberais, especialmente os da vertente institucionalista, apostam que ou ela se transforma numa sociedade aberta ou verá o fim de sua pujança econômica. Pequim, porém, parece empenhada em desmentir os liberais.
Um resumo rápido do último quinquênio sob a liderança de Xi Jinping é que o dirigente, que acaba de ser escolhido para permanecer mais cinco anos à frente do Partido Comunista chinês, conseguiu concentrar poderes e sufocar as tímidas tentativas de abertura, tudo isso sem ameaçar o crescimento.
Os liberais, porém, não precisam, por enquanto, atirar a toalha. Como nunca deram um prazo preciso para que sua profecia se concretizasse, não foram formalmente contraditados. É até possível que tenham razão e que, em horizontes mais dilatados, a China ou promova uma abertura ou sofra um apagão econômico.
O pressuposto teórico dessa tese é bastante razoável. A prosperidade sustentável, afinal, depende de um fluxo constante de inovações e ganhos de produtividade que são coibidos quando indivíduos não podem trocar ideias livremente.
Dá para construir uma boa argumentação mostrando que esse foi um grande problema na antiga URSS e contribuiu para seu ocaso* econômico.
O ponto central é descobrir se a liberdade é condição necessária para o desenvolvimento científico e econômico ou só um tempero desejável. Gostaria de acreditar na primeira alternativa, mas receio que ela não passe de um desejo liberal. Não me parece “a priori” impossível criar um sistema fortemente autoritário na política e suficientemente liberal nas áreas científicas. A China pelo menos tem conseguido.
(Hélio Schwartsman. Folha de São Paulo. 27.10.2017. Adaptado)
* enfraquecimento que leva à destruição; perda de influência, de poder; decadência.
Considere o seguinte trecho do texto:
“Os liberais, porém, não precisam, por enquanto, atirar a toalha. Como nunca deram um prazo preciso…”
Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões destacadas têm emprego e colocação de acordo com a norma-padrão da língua.
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Assembleia Geral da ONU reconhece saneamento como
direito humano distinto do direito à água potável
Uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada recentemente, reconheceu o saneamento básico como um direito humano separado do direito à água potável. A decisão pretende chamar a atenção para a situação de mais de 2,5 bilhões de pessoas que vivem sem acesso a banheiros e sistemas de esgoto adequados no mundo todo.
De acordo com o relator especial da ONU sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento básico, o brasileiro Léo Heller, a deliberação “dá para as pessoas uma percepção mais clara do direito ao saneamento, fortalecendo sua capacidade de reivindicá-lo quando o Estado falha em prover os serviços ou quando eles não são seguros, são inacessíveis ou sem a privacidade adequada”. A resolução da Assembleia reconheceu a natureza distinta do saneamento em relação à água potável, embora tenha mantido os direitos juntos.
Para Heller, a ausência de estruturas sanitárias adequadas tem um “efeito dominó”, prejudicando a busca e o usufruto de outros direitos humanos, como o direito à saúde, à vida e à educação. A falta de saneamento favorece a transmissão de doenças infecciosas, como cólera, hepatite e febre tifoide. Segundo estudo recente realizado pela ONU, somadas as abstenções escolares de todos os alunos no mundo, problemas ligados à falta de saneamento e água fazem com que 443 milhões de dias letivos sejam perdidos todos os anos.
(Adaptado de: https://nacoesunidas.org/assembleia-geral-da-onu-reconhece-saneamento-como-direito-humano-distinto-do-direito-a-agua-potavel)
Para Heller, a ausência de estruturas sanitárias adequadas tem um “efeito dominó”, prejudicando a busca e o usufruto de outros direitos humanos, como o direito à saúde, à vida e à educação. A falta de saneamento favorece a transmissão de doenças infecciosas, como cólera, hepatite e febre tifoide. (3° parágrafo)
Os complementos verbais estão substituídos por pronomes, em conformidade com a norma-padrão da língua, na ordem dada, em:
Falso mar, falso mundo
O mundo anda cada vez mais complicado, o que não é bom. O frágil corpo humano não foi feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado.
Mas nesta semana vi na TV uma reportagem que me horrorizou como prova de que, a cada dia, mais renunciamos às nossas prerrogativas de seres vivos e nos tornamos robotizados. Foi a “praia artificial” no Japão (logo no Japão, arquipélago penetrado e cercado de mar por todos os lados!).
É um galpão imenso, maior que qualquer aeroporto, coberto por uma espécie de cúpula oblonga, de plástico. E filas à entrada, lá dentro um guichê, o pessoal paga a entrada, que é cara, e some. Deve entrar no vestiário, ou antes, no despiário, pois surgem já convenientemente seminus, como se faz na praia. Pois que debaixo daquele imenso teto de plástico está um mar, com a sua praia. Mar que, na tela, aparece bem azul com ondas de verdade, coroadas de espuma branca; ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas e sobre as quais jovens atletas surfam e rebolam. E um falso sol, de luz e calor graduáveis; e a praia é de areia composta por pedrinhas de mármore.
Não sei se pelo comportamento dos figurantes, a gente tinha a impressão absoluta de que assistia a uma cena de animação figurada em computador. A única presença viva, destacando-se no elenco de bonecos, era a repórter, apresentadora do espetáculo. Já se viu! Se fosse uma honesta piscina de água morna, tudo bem. Mas fingir as ondas, falsificar um sol bronzeando, de trinta e cinco graus, e toda aquela gente se deitando com a simulação e depois voltando para a rua vestida nos seus casacos! Me deu pena, horror, sei lá. Aquilo não pode deixar de ser pecado. Falsificar com tanta impudência as criações da natureza, e pra quê!
(Adaptado de: QUEIROZ, Rachel. Melhores crônicas. São Paulo: Global Editora, 1994, edição digital)
O frágil corpo humano não foi feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado. (1° parágrafo)
Os elementos sublinhados acima constituem, respectivamente:
Considerando a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir.
Se o ser humano entendesse que cuidar do ambiente
garante a própria sobrevivência, teria outro comportamento.
___________ as mudanças climáticas não ________ .