Questões de Português - Pronomes pessoais oblíquos para Concurso

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Q2507321 Português
Qual das seguintes alternativas apresenta a colocação correta do pronome oblíquo átono?
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Q2506821 Português

         

Márcio S. Vieira. Muito além de uma paixão. Escrita Viva, ano 8, ed. 103, Editora Escala, 2023 (com adaptações)

O pronome “lhes” (linha 57) retoma
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Ano: 2024 Banca: Quadrix Órgão: CRP-MS Prova: Quadrix - 2024 - CRP-MS - Serviços Gerais |
Q2505174 Português

Texto para o item.



Acerca do poema, julgue o item abaixo.
A forma “roê‑los”, no décimo segundo verso, apresenta um verbo e um pronome.
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Q2504840 Português
Após a leitura da crônica abaixo, responda à questão.

Um pé de milho

    Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.
    Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.
    Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento – e em outra madrugada, parecia um galo cantando.
    Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.
(BRAGA, Rubem, Melhores crônicas - Seleção Carlos Ribeiro. São Paulo: Global, 2013)
Analise as proposições abaixo, que versam sobre os recursos morfossintáticos e sua relação com o sentido do texto.
I- “Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu.” - Período formado por três orações, que estão coordenadas - as primeiras assindéticas, e a última sindética. Das duas primeiras depreende-se o sentido de adição e da última em relação à anterior, de adversidade. II- “Sou um ignorante, um pobre homem da cidade [...] Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua [...]” - Nesse fragmento, o uso dos adjetivos antepostos aos nomes leva à perda da função descritiva e ganho da função valorativa, com os respectivos sentidos (homem simples, homem comum e lavrador importante) III- “Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa”; “Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda; “tal como o vi numa noite de luar” veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem”. - Todas as formas referenciais em destaque classificam-se morfologicamente como pronomes oblíquos e, quanto ao mecanismo de remissão, como anafóricas. IV- No texto, algumas formas referenciais presentes têm interpretação dependente da situação extralinguística. Assim, caracterizamse como dêiticas as seguintes formas: Eu nunca tinha visto (pronome pessoal); no meu quintal (pronome possessivo); Tinha visto centenas de milharais (verbo) e declarou desdenhosamente que aquilo era capim (pronome demonstrativo).
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q2497106 Português
Leia com atenção o texto a seguir para responder à questão.

Texto 1

Tentação 

       Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
       Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
       Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
       Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.
       A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
       Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
       Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
       Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
       No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
       Mas ambos eram comprometidos.
       Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
       A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.
       Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.

Fonte: (LISPECTOR, Clarice. Tentação. In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 46-48.) 
Os termos em destaque: “Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. [...] ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo” pertencem a classe de palavras pronomes e, neste contexto, são usados para:
Alternativas
Respostas
26: A
27: C
28: C
29: C
30: A