Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q2053871 Português

                                

Cada uma das alternativas a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o trecho “O acaso, já dizia Pasteur, só favorece os espíritos preparados e não prescinde da observação” (linhas 2 e 3). Assinale a alternativa em que a reescrita apresentada mantém os sentidos e a correção gramatical do trecho. 
Alternativas
Q2053484 Português
Considere o texto abaixo:
Não posso ficar nem mais um minuto com você Sinto muito amor, mas não pode ser Moro em Jaçanã Se eu perder esse trem Que sai agora às onze horas Só amanhã de manhã Além disso, mulher Tem outra coisa Minha mãe não dorme Enquanto eu não chegar Sou filho único Tenho minha casa para olhar E eu não posso ficar
(Trem das Onze, Adoniran Barbosa)
O termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo ao sentido, por
Alternativas
Q2052458 Português
Ordem, progresso e desenrascanço
Gregório Duvivier*

Os portugueses, levaram pro Brasil, por exemplo, pelo menos 100 mil palavras. Tenho pena que tenham esquecido em casa algumas das minhas preferidas. Talvez não tenha sido esquecimento, mas ciúmes: gostavam tanto delas que não queriam vê-las em nossas bocas. Há, definitivamente, todo um rol de palavras que nunca atravessaram o Atlântico.

Gosto em especial da palavra ronha – e de praticá-la. A palavra parece outra coisa, e de fato já foi: uma espécie de sarna, e, também, uma doença de plantas. Ninguém mais usa nesse sentido. A expressão "ficar na ronha" se refere à prática de abrir os olhos, mas permanecer na cama. Não imaginam minha excitação ao descobrir que existe uma palavra pro meu esporte preferido.

A arte da ronha consiste em acordar sem, no entanto, se levantar. Trata-se do primeiro trambique do dia: a procrastinada inaugural de todas as manhãs. "Dormi pouco", dizem, "mas fiquei duas horas na ronha" – e pode parecer que ronha equivale à função soneca. Não, durante a soneca voltamos a dormir. E na ronha permanecemos naquele meio termo que Proust demorou dez páginas pra descrever, mas aos portugueses bastaram cinco letras.

Tenho muita pena de não usarmos a palavra javardo. Trata-se de um sinônimo pra javali, mas que nunca será usado pra designar o animal propriamente dito. Chamam de javardo alguém que se comporta como um javali, ou melhor, que se comporta como imaginamos que um javali se comportaria: de forma grosseira, estúpida, abjeta. Gosto porque a palavra soa precisamente o que ela significa.

Da mesma forma, não há xingamentos bons como "aldrabão", termo que designa com especial precisão um farsante muito específico, algo entre o trapaceiro e o impostor, que comete aldrabices, pequenas fraudes – não confundir com batotas, outra palavra que não viajou, que se refere às trapaças vultosas quando cometidas dentro de um jogo, por exemplo, embora algumas sem grande importância.

De todas as palavras esquecidas, tenho uma predileta, aquela que designa a solução que resolve um problema de maneira temporária, mas não em definitivo: desenrascanço. Trata-se de uma gambiarra, mas não necessariamente mecânica – pode ser qualquer coisa que nos safe, como um papelão que faz às vezes de guarda-chuva. Gambiarra é um achado importante e gambiarra se aceita nesse contexto.

Nunca ouvi essa palavra em nossas bandas, e ao mesmo tempo nunca uma palavra definiu tão bem a atividade diária do brasileiro, esse desenrascado. Queria essa palavra em nossa bandeira: ordem, progresso e desenrascanço.

* É ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.
Folha de São Paulo, Ilustrada, 01 dez. 2021. Adaptado
Avalie as afirmações a seguir que discutem aspectos da coerência e da coesão textuais.
De acordo com a norma-padrão, o trecho “Gambiarra é um achado importante e gambiarra se aceita nesse contexto.” está adequadamente reescrito em
I - Se aceita gambiarra nesse contexto devido à sua importância.
II - Gambiarra é um achado importante cujo aceita-se nesse contexto.
III - Gambiarra é um achado importante que se aceita nesse contexto.
IV - Como a gambiarra é um importante achado, o contexto lhe aceita.

Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q2052457 Português
Ordem, progresso e desenrascanço
Gregório Duvivier*

Os portugueses, levaram pro Brasil, por exemplo, pelo menos 100 mil palavras. Tenho pena que tenham esquecido em casa algumas das minhas preferidas. Talvez não tenha sido esquecimento, mas ciúmes: gostavam tanto delas que não queriam vê-las em nossas bocas. Há, definitivamente, todo um rol de palavras que nunca atravessaram o Atlântico.

Gosto em especial da palavra ronha – e de praticá-la. A palavra parece outra coisa, e de fato já foi: uma espécie de sarna, e, também, uma doença de plantas. Ninguém mais usa nesse sentido. A expressão "ficar na ronha" se refere à prática de abrir os olhos, mas permanecer na cama. Não imaginam minha excitação ao descobrir que existe uma palavra pro meu esporte preferido.

A arte da ronha consiste em acordar sem, no entanto, se levantar. Trata-se do primeiro trambique do dia: a procrastinada inaugural de todas as manhãs. "Dormi pouco", dizem, "mas fiquei duas horas na ronha" – e pode parecer que ronha equivale à função soneca. Não, durante a soneca voltamos a dormir. E na ronha permanecemos naquele meio termo que Proust demorou dez páginas pra descrever, mas aos portugueses bastaram cinco letras.

Tenho muita pena de não usarmos a palavra javardo. Trata-se de um sinônimo pra javali, mas que nunca será usado pra designar o animal propriamente dito. Chamam de javardo alguém que se comporta como um javali, ou melhor, que se comporta como imaginamos que um javali se comportaria: de forma grosseira, estúpida, abjeta. Gosto porque a palavra soa precisamente o que ela significa.

Da mesma forma, não há xingamentos bons como "aldrabão", termo que designa com especial precisão um farsante muito específico, algo entre o trapaceiro e o impostor, que comete aldrabices, pequenas fraudes – não confundir com batotas, outra palavra que não viajou, que se refere às trapaças vultosas quando cometidas dentro de um jogo, por exemplo, embora algumas sem grande importância.

De todas as palavras esquecidas, tenho uma predileta, aquela que designa a solução que resolve um problema de maneira temporária, mas não em definitivo: desenrascanço. Trata-se de uma gambiarra, mas não necessariamente mecânica – pode ser qualquer coisa que nos safe, como um papelão que faz às vezes de guarda-chuva. Gambiarra é um achado importante e gambiarra se aceita nesse contexto.

Nunca ouvi essa palavra em nossas bandas, e ao mesmo tempo nunca uma palavra definiu tão bem a atividade diária do brasileiro, esse desenrascado. Queria essa palavra em nossa bandeira: ordem, progresso e desenrascanço.

* É ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.
Folha de São Paulo, Ilustrada, 01 dez. 2021. Adaptado
Para se falar de texto é preciso considerar vários fatores que o complementam. Entre os vários aspectos mobilizados na sua construção, os linguísticos se voltam para o funcionamento da língua quanto a sua sistematização, conforme se aponta nos textos a seguir.
Texto I
“Da mesma forma, não há xingamentos bons como 'aldrabão', termo que designa com especial precisão um farsante muito específico, algo entre o trapaceiro e o impostor, que comete aldrabices, pequenas fraudes – não confundir com batotas, outra palavra que não viajou, que se refere às trapaças vultosas quando cometidas dentro de um jogo, por exemplo, embora algumas sem grande importância”.
Texto II Imagem associada para resolução da questão
Isto É, n. 2715, 09 fev. 2022, p. 12
A esse respeito, avalie as afirmações seguintes.
I - Na expressão “trapaças vultosas” (Texto I), o adjetivo pode ser substituído por “vultuosas” sem prejuízo para o sentido do texto.
II - No Texto II há uma inadequação quanto à grafia de uma das palavras usadas para reproduzir, na escrita, a fala do tenista Rafael Nadal.
III - Em “que se refere às trapaças” (Texto I), o sinal indicativo de crase foi indevidamente assinalado, pois não se verifica a contração da preposição “as” com o artigo feminino “as”.
IV - Na frase “... não há xingamentos bons como "aldrabão" (Texto I), o verbo “haver” pode ser trocado por “existir”, sem prejuízo de sentido e de acordo com a norma-padrão, assim: “... não existe xingamentos bons como 'aldrabão'...”
V - No Texto II se identifica a presença de monossílabos tônicos, acentuados por terminarem em vogais, e de monossílabos átonos, assim considerados pelo fato de não possuírem autonomia fonética e por dispensarem acentuação.

Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q2049587 Português
“Não haverá paz neste planeta enquanto, algures no mundo, os direitos humanos forem violados.”

Neste Dia Internacional da Paz, as palavras de René Cassin, um dos artesãos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, relembram-nos que a paz continua a ser um ideal inalcançável enquanto os direitos humanos fundamentais não forem respeitados. São, pois, a condição primordial de uma sociedade pacífica em que a dignidade de todos os indivíduos é respeitada e onde todos podem usufruir de direitos iguais e inalienáveis.

Estas palavras também nos relembram do nosso dever de solidariedade para com os nossos semelhantes; a paz é imperfeita e frágil se não beneficiar a todos e a todas. Os direitos humanos ou são universais ou não são. Esta ligação intrínseca entre paz e respeito pelos direitos fundamentais constitui o tema desta nova edição do Dia Internacional da Paz, no momento em que se celebra o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Os ideais de paz e de direitos universais são, todos os dias, contestados e violados. Existem vários obstáculos para a sua realização. A nossa capacidade em edificarmos um mundo feito de harmonia, de compreensão e de coexistência pacífica é posta à prova pelos mais diversos desafios: desigualdades sociais e econômicas que causam sofrimento e pobreza; alterações climáticas que geram novos conflitos; explosão demográfica que cria novas tensões… Por outro lado, propagam-se também novas formas de populismo e de extremismo em todo o mundo.

Para vencermos estes desafios, temos de agir de forma coletiva e construir, passo a passo, o edifício da paz. Este é o objetivo do Programa da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que apela a uma ação concentrada para alcançarmos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável do milênio, que contribuem para um mundo mais justo e mais pacífico – luta contra a pobreza, contra a fome, contra as desigualdades de gênero, promoção da educação, defesa da justiça, compromisso em favor de um ambiente saudável…

Todos os dias, a UNESCO, através dos seus programas e das suas ações em campo, reafirma o seu compromisso original, consagrado no seu Ato Constitutivo: erguer os baluartes da paz no espírito das mulheres e dos homens. Líder da Década Internacional para a Aproximação das Culturas (2013-2022), a UNESCO investe-se totalmente no desenvolvimento de uma cultura de prevenção a nível mundial através da educação, da cooperação internacional e do diálogo intercultural.

O caminho para a paz é longo, mas cabe a todos e a cada um de nós influenciar o seu rumo ao comprometermo-nos, diariamente, em prol de uma sociedade mais inclusiva, mais tolerante e mais justa.

(Mensagem de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Paz, 21 de setembro de 2018).

UNESCO. Mensagem da UNESCO para o Dia Internacional da Paz. 19.09.2018 - UNESCO Office in Brasilia. Disponível em:< http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/unesco_message_ for_the_ international_day_of_peace/> Acesso: 02 nov. 2018

A expressão sublinhada em “Não haverá paz neste planeta enquanto, algures no mundo, os direitos humanos forem violados.”, PODE ser substituída, sem que ocorra alteração do sentido expresso no texto, em:
Alternativas
Q2048589 Português
Entre as modalidades para o ensino da produção escrita está a do reconto.
Sobre esse processo didático, assinale a afirmativa incorreta.
Alternativas
Q2048587 Português
Nas frases a seguir foram realizadas estratégias para se evitar a repetição de palavras.
Assinale a frase em que essa estratégia está identificada corretamente.
Alternativas
Q2048582 Português
Um dos problemas encontrados nos textos de redações é o emprego inadequado de expressões da oralidade.
Assinale a frase que mostra a inclusão indevida de uma dessas expressões.
Alternativas
Q2047948 Português
Entre os critérios necessários para o diagnóstico de TPAS há o item 6 “irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou de honrar obrigações financeiras. (l.21-22)” Assinale a única alternativa que reescreve este critério sem alterar seu sentido: 
Alternativas
Q2047871 Português
Para responder a essa questão, assinale APENAS UMA ÚNICA alternativa correta e marque o número correspondente na Folha de Respostas.   


A forma verbal transcrita à esquerda que pode ser substituída, mantendo-se o seu sentido original, pela expressão indicada á direita é
Alternativas
Q2046998 Português
Escrever
[...]        Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos. Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.
LISPECTOR, Clarisse. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. Dadas as frases,
Dadas as frases, I. Lembro-me agora com saudade a dor de escrever livros. II. Lembro agora com saudade da dor de escrever livros. III. Lembro agora com saudade a dor de escrever livros.
verifica-se que é(são) reescrita(s) correta(s) da sentença destacada no texto
Alternativas
Q2046594 Português
Passagem pela adolescência

    "Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.
    Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.
    Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.
    Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na vida escolar - sua primeira e exclusiva responsabilidade -, quando se envolve em conflitos, comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma, poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a ideia de que eles não existem por muito mais tempo.
    É bom lembrar que a escola - no ciclo fundamental - deveria ser a primeira grande batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.
    Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo, felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam para conversar?
    Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador. Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do que eles mesmos.
    Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade, drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles convivem.
     Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida, mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem que merecem nossa companhia, não?

SAYÃO, Rosely. “As melhores crônicas do Brasil”. In cronicasbrasil.blogspot.com/search/label/Adolescência.
Dos períodos abaixo, aquele que corresponde semanticamente ao período do ditado popular "Filho criado, trabalho redobrado" é:
Alternativas
Q2046443 Português
Analise as seguintes propostas de substituição de palavras do texto:

  I. Uso de ‘reúne’ em lugar de ‘engloba’ (l. 06).  II. Substituição de ‘diz respeito’ (l. 21) por ‘está relacionado’. III. Troca de ‘explorar os’ (l. 24) por ‘exploração dos’.


Quais das propostas provocam necessidade de ajustes estruturais nos respectivos contextos de ocorrência?
Alternativas
Q2045718 Português
O pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros; e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(BRAGA, Rubem. 200 Crônicas escolhidas. São Paulo: Record, 2013.)
Releia o trecho Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. Qual reescrita desse trecho, com ou sem alterações, pode ser considerada coesa, coerente e gramaticalmente correta, sem alterar o sentido?
Alternativas
Q2045712 Português

Dois tipos de ideias

        Há dois tipos de ideias: ideias inertes e ideias com poder gravitacional. As ideias inertes, como o nome está dizendo, são destituídas de poder. Estão onde estão e isso é tudo. Como pedras. A maior parte das ideias que se ensinam nas escolas pertence a essa categoria. Um bom exemplo se encontra naquele parágrafo do livro de biologia que minha neta tinha de aprender. Via de regra, essas ideias são logo esquecidas. A memória as deleta e joga na lixeira. Algumas permanecem na memória consciente como lixo. Por exemplo, aprendi no curso de admissão que a ilha de Tupinambarana é a segunda maior ilha fluvial do mundo. Essa informação não fez nada com a minha cabeça. Note-se que as ideias inertes, frequentemente, possuem os critérios cartesianos de clareza e distinção. As ideias com poder gravitacional são aquelas que têm o poder de chamar outras. Elas nunca estão sozinhas. São sóis do sistema solar que é a nossa mente. Elas produzem big bangs na cabeça dos quais nascem universos. É assim que acontecem a poesia, a literatura, a música: uma única ideia explode e eis a obra.

(ALVES, R. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta, 2008.)
Assinale a alternativa que apresenta substituições adequadas às expressões adverbiais da frase Via de regra, essas ideias são logo esquecidas.
Alternativas
Q2045467 Português
É uma afirmativa verdadeira sobre o texto a que está expressa na alternativa
Alternativas
Q2045343 Português
URUBUS E SABIÁS
(Rubem Alves)

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores.

E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...”.

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.
Considerando a relação de sinonímia entre as palavras, no trecho “E as pobres aves se olharam perplexas...”, a frase também poderia ser escrita da seguinte forma, sem alterar o sentido do texto: 
Alternativas
Q2044972 Português
Leia o texto seguinte e responda a questão.

O presente artigo aborda a realidade social e respectivo campo normativo de regulamentação das relações conjugais na sociedade contemporânea, global, plural e complexo, tudo ao mesmo tempo. Partindo da ideia geracional passada de quase modelo único de família para o sistema de variadas formas de associação e convívio conjugal e suas consequências com o Direito em vigor, expectativas de câmbios ou manutenção de status jurídicos, o estudo apresenta o problema em meio à realidade que ferve por respostas mais seguranças e garantistas de tamanha diversidade cultural, não necessariamente absorvida por leis e códigos. Ao final algumas considerações formais são postas à prova do leitor com a certeza única de que a regulação das relações conjugais demanda mais do que simples análise de correspondência cultural ou jurídica aos modelos tradicionalmente ofertas pelos países no mundo.

(Lucas, I. P. “o problema da regulamentação das relações conjugais na atualidade”. In: Revista da Graduação em Direito Estácio, nº1 Vº1 ANO 2019)
Sobre o texto lido, assinale a alternativa CORRETA, no que se refere às características linguístico-discursivas de sua composição:
Alternativas
Q2044970 Português
Leia o texto e responda a questão.


Os anjos
(Legião Urbana)

“(...) Hoje não dá
Hoje não dá
A maldade humana agora não tem nome
Hoje não dá

Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espírito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça (...)”.
O fenômeno recursivo que se manifesta na produção do texto lido é denominado:
Alternativas
Q2044861 Português
Assinale a opção em que houve a transformação inadequada de uma oração por uma forma nominal.
Alternativas
Respostas
2181: D
2182: A
2183: A
2184: B
2185: B
2186: D
2187: C
2188: B
2189: D
2190: B
2191: B
2192: C
2193: C
2194: C
2195: D
2196: C
2197: C
2198: E
2199: C
2200: E