Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso
Foram encontradas 9.446 questões
O Texto II serve de base para as questões de 04 a 07.
TEXTO II
Julián Fuks
Colunista do UOL
21/01/2023 06h00
Era a primeira noite franca depois de muitos dias de chuva. Casualmente, olhamos para o alto e surpreendemos as estrelas, um céu tão cheio de astros quanto estávamos cheios de desejos. As meninas decidiram fazer pedidos, e Penélope, a menor, tomou a dianteira: quero todo mundo em casa. Pensei no ano duro que deixamos para trás, feito de pressas, fugas, perdas, e senti seu anseio justo e certeiro. Tulipa, a maior, sem baixar a cabeça, mas fechando os olhos com força, não fez bem um pedido, e sim uma exigência para si mesma: quero aprender logo, hoje, amanhã ou depois de amanhã, a escrever todas as palavras. Nada pude responder, não me cabia invadir a intimidade de seu pedido, ouvi-lo era já um excesso. Mas pensei no que havia de ternura e beleza naquela vontade, e na avidez com que ela tem delineado letras em qualquer papel, ou soletrado nomes em sussurros para ninguém. Está começando a aprender a escrever, e já entendeu que as palavras podem ser estranhas, esquivas, insensatas, incertas, que é preciso olhá-las com desconfiança, que podem se reger por leis obscuras que nunca conhecemos por completo. Nada pude dizer, mas pensei naquele momento que essa é também a minha ânsia, que quero aprender logo a escrever todas as palavras. Que essa é tarefa para muitos amanhãs, e que será sorte se ela e eu preservarmos tal desejo a vida inteira.
[...]
Você, Tulipa, já conhece essa vastidão do tempo, e por isso posso escrever este texto confiando que você o lerá amanhã, aos seus quinze, ou vinte, ou trinta anos. Talvez eu não tenha nada a lhe oferecer num amanhã tão longínquo, talvez não lhe interesse amanhã nenhum conselho, mas ainda assim o ofereço, como um pai envelhecido. Paciência, fi lha, é preciso paciência para chegar a escrever todas as palavras. Calma, filha, é possível ter calma porque as palavras não têm pressa, não fogem, não se perdem.
Disponível em: <https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/01/21/sobre-criancas-palavras-estrelas-conselho-a-quem-comeca-a-escrever.htm>. Acesso em: 21 jan 2023. (Fragmento).
No trecho: “Tulipa, a maior, sem baixar a cabeça, mas fechando os olhos com força, não fez bem um pedido, e sim uma exigência para si mesma: quero aprender logo, hoje, amanhã ou depois de amanhã, a escrever todas as palavras”, sem que haja prejuízo ao sentido do texto, os termos em destaque podem ser substituídos, respectivamente, por:
TEXTO I - base para responder às questões de 01 a 06
Tratamento de dados pessoais pelo poder público
Apresentação
O tratamento de dados pessoais pelo Poder Público possui muitas peculiaridades, que decorrem, em geral, da necessidade de compatibilização entre o exercício de prerrogativas estatais típicas e os princípios, regras e direitos estabelecidos na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 - LGPD).
Diante desse cenário, o desafio posto é o de estabelecer parâmetros objetivos, capazes de conferir segurança jurídica às operações com dados pessoais realizadas por órgãos e entidades públicos. Trata-se de assegurar a celeridade e a eficiência necessárias à execução de políticas e à prestação de serviços públicos com respeito aos direitos à proteção de dados pessoais e à privacidade.
Entre outros aspectos relevantes, muitos órgãos e entidades públicos têm questionado a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) sobre (i) o âmbito de incidência da LGPD e a aplicação de seus conceitos básicos ao setor público; (ii) a adequada interpretação das bases legais que autorizam o tratamento de dados pessoais; (iii) os requisitos e as formalidades a serem observados nas hipóteses de uso compartilhado de dados pessoais; e (iv) a relação entre as normas de proteção de dados pessoais e o acesso à informação pública.
Considerando essas questões, o presente Guia Orientativo busca delinear parâmetros que possam auxiliar entidades e órgãos públicos nas atividades de adequação e de implementação da LGPD. As orientações apresentadas constituem um primeiro passo no processo de delimitação das interpretações sobre a LGPD aplicáveis ao Poder Público. Por isso, a versão publicada ficará aberta a comentários e contribuições de forma contínua, com o fim de atualizar o Guia oportunamente, à medida que novas regulamentações e entendimentos forem estabelecidos, a critério da ANPD. As sugestões podem ser enviadas para a Ouvidoria da ANPD, por meio da Plataforma Fala.BR (https://falabr.cgu.gov.br/).
Cumpre enfatizar que não é objeto deste Guia a definição de conceitos básicos previstos na LGPD. Em caso de dúvida, sugere-se consultar a página de documentos e publicações da ANPD, na qual estão disponíveis orientações mais específicas sobre esses conceitos, a exemplo do Guia Orientativo para Definições dos Agentes de Tratamento de Dados Pessoais e do Encarregado.
O Guia inicia com uma breve explanação sobre a LGPD, o conceito de Poder Público e as competências da ANPD. A seguir, são apresentadas orientações sobre as bases legais mais comuns e os mais relevantes princípios que devem nortear o tratamento de dados pessoais por entidades e órgãos públicos. Na parte final, serão abordadas duas operações específicas de tratamento de dados pessoais pelo Poder Público: o compartilhamento e a divulgação de dados pessoais, sempre sob o enfoque da conformidade do tratamento com a LGPD. Os Anexos | e |l trazem, respectivamente, um sumário das recomendações apresentadas na análise dos dois casos específicos mencionados.
A LGPD, o poder público e as competências da ANPD
A LGPD foi promulgada em 2018 e tem como objetivo regulamentar o tratamento de dados pessoais para garantir o livre desenvolvimento da personalidade e a dignidade da pessoa humana. Para isso, a lei estabelece uma série de regras a serem seguidas pelos agentes de tratamento, incluindo o Poder Público.
O termo “Poder Público” é definido pela LGPD de forma ampla e inclui órgãos ou entidades dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), inclusive das Cortes de Contas e do Ministério Público. Assim, os tratamentos de dados pessoais realizados por essas entidades e órgãos públicos devem observar as disposições da LGPD, ressalvadas as exceções previstas no art. 4º da lei.
Também se incluem no conceito de Poder Público: (i) os serviços notariais e de registro (art. 23, §4º); e (ii) as empresas públicas e as sociedades de economia mista (art. 24), neste último caso, desde que (ii.i.) não estejam atuando em regime de concorrência; ou (ii.ii) operacionalizem políticas públicas, no âmbito da execução destas.
A LGPD visa, ainda, assegurar que dados pessoais sejam utilizados de forma transparente e com fins legítimos, ao mesmo tempo garantindo os direitos dos titulares. Especificamente em relação ao Poder Público, a LGPD (art. 55-J, Xl e XVI) prevê que a ANPD pode solicitar informe específico sobre o âmbito, a natureza dos dados e demais detalhes envolvidos na operação, bem como realizar auditorias sobre o tratamento de dados pessoais. O art. 52, § 3º, estabelece quais sanções podem ser aplicadas às entidades e aos órgãos públicos, com expressa exclusão das penalidades de multa simples ou diária previstas na LGPD.
Importante ressaltar que a ANPD é o órgão central de interpretação da LGPD e do estabelecimento de normas e diretrizes para sua implementação, no que se inclui a deliberação administrativa, em caráter terminativo, sobre a interpretação da lei e sobre as suas próprias competências e casos omissos (art. 55-K, parágrafo único; art. 55-J, XX). Além disso, a autoridade nacional detém competência exclusiva para aplicar as sanções administrativas previstas na LGPD, com prevalência de suas competências sobre outras correlatas de entidades e órgãos da administração pública no que se refere à proteção de dados pessoais (art. 55-K).
Assim, a ANPD possui competência originária, específica e uniformizadora no que concerne à proteção de dados pessoais e à aplicação da LGPD, previsão legal que deve ser interpretada de forma a se compatibilizar com a atuação de outros entes públicos que possam eventualmente tratar sobre o tema. A esse respeito, a LGPD (art. 55-J, § 3º) estabelece que à ANPD deve atuar em coordenação e articulação com outros órgãos e entidades públicos, visando assegurar o cumprimento de suas atribuições com maior eficiência e promover o adequado funcionamento dos setores regulados.
Importante ressaltar, por fim, que o servidor público que infrinja a LGPD também é passível de responsabilização administrativa pessoal e autônoma, conforme o art. 28 do Decreto Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro). Dessa forma, tratar dados pessoais indevidamente, como, por exemplo, vendendo banco de dados, alterando ou suprimindo cadastros de forma inadequada ou usando dados pessoais para fins ilegítimos pode levar à responsabilização do servidor público que praticou o ato ilegal.
Fonte: https://www.gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf (adaptado). Acesso em: 19 ago. 2022.
Observe novamente o seguinte parágrafo do Texto I:
"Também se incluem no conceito de Poder Público: (i) os serviços notariais e de registro (art. 23, § 4º); e (ii) as empresas públicas e as sociedades de economia mista (art. 24), neste último caso, desde que (ii.i.) não estejam atuando em regime de concorrência; ou (ii.ii) operacionalizem políticas públicas, no âmbito da execução destas”.
Qual das alternativas abaixo apresenta uma proposta de alteração no texto que NÃO acarreta infração às regras da norma culta?
Conheça tudo sobre o Chat GPT; saiba como funciona
Por Delmo Menezes
- As novas tecnologias estão impactando cada vez mais o dia a dia das pessoas e podem ser
- uma aposta transformadora também para os pequenos negócios. Dessa vez, a sensação do
- momento é o Chat GPT, um algoritmo baseado em inteligência artificial que oferece ao usuário
- uma forma simples de conversar e obter respostas sobre os mais diversos assuntos.
- A ferramenta foi criada por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos EUA
- chamado OpenAI, com sede em San Francisco. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative
- Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”. Basicamente o
- recurso é capaz de realizar infinitas tarefas, desde escrever artigos e notícias e redações
- escolares até criar códigos inteiros de programação ou ajudar ... encontrar erros e bugs em
- códigos, traçar estraté_ias de vendas, compor músicas e produzir teses acadêmicas.
- Se engana quem pensa que essa inovação só pode ser usada por grandes empresas com
- nomes reconhecidos no mercado. Ao contrário, a facilidade de acesso e a possibilidade de
- consultar de temas simples até questões mais complexas tra_ uma gama de oportunidades para
- as micro e pequenas.
- O algoritmo do Chat GPT teve seu desenvolvimento pautado em redes neurais e machine
- learning, tendo sido criado com foco em diálogos virtuais. A ideia é que ele pudesse aprimorar a
- experiência e os recursos oferecidos por assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistente.
- O sucesso da ferramenta está em oferecer ao usuário uma forma simples de conversar e obter
- respostas. A arquitetura do Chat GPT se baseia em uma rede neural chamada Transformer,
- projetada especialmente para lidar com textos. O modelo de inteligência artificial tem várias
- camadas que permitem ... plataforma prestar atenção nas palavras-chave, ao contexto e aos
- diferentes significados que as palavras podem ter. Trata-se de um modelo extremamente
- avançado de geração de texto.
- Como acessar o Chat GPT?
- É simples e rápido. Acesse a página https://chat.openai.com/chat, através do navegador e
- faça login com a sua conta Google ou Facebook.
- E quem é o dono do Chat GPT
- A organização OpenAI, criada em 2015, em tese é sem fins lucrativos, e vem recebendo
- aporte financeiro de diversas empresas com objetivo de desenvolver a tecnologia. Elon Musk,
- criador da Tesla e da SpaceX, é também um dos cofundadores da OpenAI, mas deixou a empresa.
- Além dele, estão na lista Sam Altman, que está ... frente das operações; Peter Thiel, cofundador
- do PayPal; e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, entre outros.
- Aspectos positivos que podemos aproveitar:
- A inteligência artificial desse novo recurso tecnológico está bem afinada, e com ela é
- possível realizar conversas otimi_adas. As respostas que ele nos oferece a cada uma de nossas
- dúvidas e perguntas são precisas, com bons detalhes, além de respeitosas.
(Disponível em: https://agendacapital.com.br/conheca-tudo-sobre-o-chat-gpt-saiba-como-funciona/
– texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que poderia substituir, sem prejudicar o sentido do texto, a palavra “objetivo” (l. 29).
Leia o texto II e responda às questões de 6 a 10.
Nunes Marques pede 'empatia' a mulheres; Cármen responde: 'Não somos coitadas, precisamos é de respeito'
A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divergiu nesta quinta-feira (27) dos argumentos do ministro Nunes Marques, também integrante da Corte, durante um julgamento sobre uma suposta fraude em cota de gênero nas eleições de 2020. Em determinado momento, ele pediu "empatia" às mulheres. Cármen afirmou que as mulheres não são "coitadas" e precisam de "respeito", não de empatia.
O TSE analisava se o partido Cidadania teria lançado candidaturas femininas fictícias para cumprir o requisito de ao menos 30% de candidatas mulheres nas eleições para o cargo de vereador em Itaiçaba (CE).
Na discussão do caso, Nunes Marques avaliou que não seria possível classificar o caso como fraude e pediu mais “empatia” com mulheres em disputas eleitorais. O ministro avaliou que “não é fácil para uma mulher do povo, simples, se candidatar e ter 9 votos numa cidade”.
“Há uma tentativa republicana de cumprimento da norma eleitoral [a cota de gênero], na busca de pessoas do gênero feminino que se disponham a se candidatar. No entanto, a partir do momento que ela se filia e há um completo abandono, a gente precisa ter um pouco de empatia com essas mulheres”, disse.
“Elas nunca participaram de nada, de campanha, não sabem como percorrer esse caminho durante o pleito. Devemos ter empatia porque não é fácil para uma mulher do povo, simples, se candidatar e ter 9 votos numa cidade dessa”, acrescentou o ministro.
Cármen Lúcia respondeu então que a discussão não passava por ter “empatia” com mulheres em disputas políticas.
“A Justiça Eleitoral tem a tradição de reconhecer como pessoa dotada de autonomia, e não precisar de amparo. Isso é o que nós não queremos, ministro. E eu entendo quando o senhor afirma, de uma forma que soa paternal, dizendo que haja empatia. É preciso, na verdade, que haja educação cívica”, afirmou. A ministra ainda argumentou que é necessário “dar efetividade jurídica” à regra constitucional que exige um mínimo de candidaturas femininas.
“Não acho que é uma questão de empatia, é uma questão de constitucionalidade. Não é constitucional ter no Brasil um dispositivo que não é cumprido. Tem uma legislação que, desde 1996, estabelece uma cota. Mais de 30% dos casos que nos chegam nesta Corte são de descumprimento da lei. Temos de dar efetividade jurídica e social com igualdade”, disse.
“O que a gente quer, nós, mulheres, não é empatia da Justiça, é respeito aos nossos direitos. É preciso que tenha educação cívica para todos os brasileiros igualmente participarem livremente, autonomamente, com galhardia, das campanhas eleitorais e da vida política de um país”, concluiu.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/04/27
“É preciso que tenha educação cívica para todos os brasileiros igualmente participarem livremente, autonomamente, com galhardia, das campanhas eleitorais”
Assinalar a alternativa em que a palavra substitui o termo sublinhado sem alterar o sentido do texto:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os atrativos da formação técnica profissionalizante
Por Sônia Christo Aleixo Brito e Talisson de Sousa Lopes
.
1 ............O ensino é fundamental para a formação de um bom profissional. É através dos estudos que
2 o aluno obtém conhecimento e prática para enfrentar os desafios da carreira. São várias opções
3 de ensino para quem quer seguir uma profissão: cursos de graduação, técnicos e tecnólogos são
4 algumas delas. Com um período menor do que um curso superior, porém apresentando um
5 conteúdo e prática voltados diretamente para o mercado de trabalho, os cursos técnicos
6 ganharam espaço entre os alunos que buscam uma carreira profissional, mas não querem
7 esperar tanto tempo para começar a trabalhar. Há muito tempo, o ensino superior não é o único
8 caminho para o desenvolvimento de uma nova carreira. Hoje, os cursos técnicos qualificam os
9 estudantes em diversas habilidades técnicas, acadêmicas e de empregabilidade.
10 Independentemente de o estudante desejar seguir para uma faculdade ou para um emprego,
11 esse tipo de educação o ajudará na preparação para o futuro, um futuro em que o mercado de
12 trabalho estará cada vez mais exigente, competitivo e mutável. A certificação técnica é um
13 grande chamariz para qualquer currículo. Os cursos técnicos têm duração média de um ano
14 meio, o que garante um acesso mais rápido a um diploma em diversas áreas que apresentam
15 carência de profissionais. A educação técnica também pode ser realizada durante o ensino médio
16 ou logo após a sua conclusão. Com isso, quem busca um curso técnico demonstra que se
17 preocupa com a sua carreira, estando disposto a gastar tempo, dinheiro e esforço para maximizar
18 os seus conhecimentos, habilidades e competências.
19 O investimento em educação profissional é imprescindível para o aumento da competitividade
20 do país, para a retomada do crescimento da economia num ritmo mais vigoroso e para a criação
21 de melhores oportunidades de emprego. A qualificação técnica adequada se torna ainda mais
22 importante no momento em que uma série de adaptações são exigidas das empresas e dos
23 trabalhadores. O ensino técnico permite que os estudantes sejam protagonistas de seu futuro,
24 com a escolha do caminho que mais atenda às suas necessidades. Com a recente reforma do
25 ensino médio, iniciou-se um longo processo para alinhar o sistema educacional às melhores
26 experiências internacionais, com a flexibilização e a diversificação do currículo regular. Nações
27 desenvolvidas perceberam essa necessidade há muito tempo e partiram na frente, investindo
28 pesadamente em educação profissional. Os países da União Europeia têm, em média, 50,4% dos
29 estudantes do ensino médio também matriculados em cursos profissionalizantes. Na Áustria,
30 esse coeficiente é de 69,8%; na Finlândia, de 70,4%. No Brasil, o indicador é de apenas 11,1%,
31 proporção que dificulta a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho.
32 A formação técnica tem claros efeitos na renda. Um curso profissionalizante pode ser o
33 primeiro passo de um plano de carreira que não exclua a obtenção de um diploma universitário.
34 Para alguns jovens, a inserção rápida no mercado de trabalho é o passaporte para a conquista
35 da cidadania e a continuação dos estudos. A educação profissional no Brasil é uma das principais
36 apostas para melhoria da competitividade da indústria brasileira.
37 Diante dos desafios que temos pela frente, urge preparar jovens e adultos para um mercado
38 em profunda mutação tecnológica e de cultura organizacional. A educação profissional deve ser
39 vista como fator de desenvolvimento e fortalecida como um investimento do país no futuro. Os
40 cursos técnicos podem transformar a vida de um jovem. Com eles, o aluno pode conquistar seu
41 espaço e abrir várias portas no mercado de trabalho. As escolas técnicas oferecem uma grande
42 variedade de cursos técnicos para quem sonha ingressar no mercado com rapidez e qualidade.
43 Um dos grandes benefícios que o curso técnico pode trazer é o aluno aprender a profissão, já
44 que o conteúdo será voltado para a área profissional e suas principais funções. Com essas
45 qualificações, ele ganha experiência e tem mais facilidade de entrar no mercado de trabalho.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2021/– texto adaptado especialmente para esta prova).
No excerto “Um dos grandes benefícios que o curso técnico pode trazer é o aluno aprender a profissão, já que o conteúdo será voltado para a área profissional e suas principais funções” (l. 43-44). Para que seja preservado o sentido original da mensagem, é possível substituir a locução conjuntiva sublinhada por:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os atrativos da formação técnica profissionalizante
Por Sônia Christo Aleixo Brito e Talisson de Sousa Lopes
.
1 ............O ensino é fundamental para a formação de um bom profissional. É através dos estudos que
2 o aluno obtém conhecimento e prática para enfrentar os desafios da carreira. São várias opções
3 de ensino para quem quer seguir uma profissão: cursos de graduação, técnicos e tecnólogos são
4 algumas delas. Com um período menor do que um curso superior, porém apresentando um
5 conteúdo e prática voltados diretamente para o mercado de trabalho, os cursos técnicos
6 ganharam espaço entre os alunos que buscam uma carreira profissional, mas não querem
7 esperar tanto tempo para começar a trabalhar. Há muito tempo, o ensino superior não é o único
8 caminho para o desenvolvimento de uma nova carreira. Hoje, os cursos técnicos qualificam os
9 estudantes em diversas habilidades técnicas, acadêmicas e de empregabilidade.
10 Independentemente de o estudante desejar seguir para uma faculdade ou para um emprego,
11 esse tipo de educação o ajudará na preparação para o futuro, um futuro em que o mercado de
12 trabalho estará cada vez mais exigente, competitivo e mutável. A certificação técnica é um
13 grande chamariz para qualquer currículo. Os cursos técnicos têm duração média de um ano
14 meio, o que garante um acesso mais rápido a um diploma em diversas áreas que apresentam
15 carência de profissionais. A educação técnica também pode ser realizada durante o ensino médio
16 ou logo após a sua conclusão. Com isso, quem busca um curso técnico demonstra que se
17 preocupa com a sua carreira, estando disposto a gastar tempo, dinheiro e esforço para maximizar
18 os seus conhecimentos, habilidades e competências.
19 O investimento em educação profissional é imprescindível para o aumento da competitividade
20 do país, para a retomada do crescimento da economia num ritmo mais vigoroso e para a criação
21 de melhores oportunidades de emprego. A qualificação técnica adequada se torna ainda mais
22 importante no momento em que uma série de adaptações são exigidas das empresas e dos
23 trabalhadores. O ensino técnico permite que os estudantes sejam protagonistas de seu futuro,
24 com a escolha do caminho que mais atenda às suas necessidades. Com a recente reforma do
25 ensino médio, iniciou-se um longo processo para alinhar o sistema educacional às melhores
26 experiências internacionais, com a flexibilização e a diversificação do currículo regular. Nações
27 desenvolvidas perceberam essa necessidade há muito tempo e partiram na frente, investindo
28 pesadamente em educação profissional. Os países da União Europeia têm, em média, 50,4% dos
29 estudantes do ensino médio também matriculados em cursos profissionalizantes. Na Áustria,
30 esse coeficiente é de 69,8%; na Finlândia, de 70,4%. No Brasil, o indicador é de apenas 11,1%,
31 proporção que dificulta a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho.
32 A formação técnica tem claros efeitos na renda. Um curso profissionalizante pode ser o
33 primeiro passo de um plano de carreira que não exclua a obtenção de um diploma universitário.
34 Para alguns jovens, a inserção rápida no mercado de trabalho é o passaporte para a conquista
35 da cidadania e a continuação dos estudos. A educação profissional no Brasil é uma das principais
36 apostas para melhoria da competitividade da indústria brasileira.
37 Diante dos desafios que temos pela frente, urge preparar jovens e adultos para um mercado
38 em profunda mutação tecnológica e de cultura organizacional. A educação profissional deve ser
39 vista como fator de desenvolvimento e fortalecida como um investimento do país no futuro. Os
40 cursos técnicos podem transformar a vida de um jovem. Com eles, o aluno pode conquistar seu
41 espaço e abrir várias portas no mercado de trabalho. As escolas técnicas oferecem uma grande
42 variedade de cursos técnicos para quem sonha ingressar no mercado com rapidez e qualidade.
43 Um dos grandes benefícios que o curso técnico pode trazer é o aluno aprender a profissão, já
44 que o conteúdo será voltado para a área profissional e suas principais funções. Com essas
45 qualificações, ele ganha experiência e tem mais facilidade de entrar no mercado de trabalho.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2021/– texto adaptado especialmente para esta prova).
O termo “mutável” (l. 12) pode ser substituído, sem que haja alteração no sentido original da mensagem, por:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os atrativos da formação técnica profissionalizante
Por Sônia Christo Aleixo Brito e Talisson de Sousa Lopes
.
1 ............O ensino é fundamental para a formação de um bom profissional. É através dos estudos que
2 o aluno obtém conhecimento e prática para enfrentar os desafios da carreira. São várias opções
3 de ensino para quem quer seguir uma profissão: cursos de graduação, técnicos e tecnólogos são
4 algumas delas. Com um período menor do que um curso superior, porém apresentando um
5 conteúdo e prática voltados diretamente para o mercado de trabalho, os cursos técnicos
6 ganharam espaço entre os alunos que buscam uma carreira profissional, mas não querem
7 esperar tanto tempo para começar a trabalhar. Há muito tempo, o ensino superior não é o único
8 caminho para o desenvolvimento de uma nova carreira. Hoje, os cursos técnicos qualificam os
9 estudantes em diversas habilidades técnicas, acadêmicas e de empregabilidade.
10 Independentemente de o estudante desejar seguir para uma faculdade ou para um emprego,
11 esse tipo de educação o ajudará na preparação para o futuro, um futuro em que o mercado de
12 trabalho estará cada vez mais exigente, competitivo e mutável. A certificação técnica é um
13 grande chamariz para qualquer currículo. Os cursos técnicos têm duração média de um ano
14 meio, o que garante um acesso mais rápido a um diploma em diversas áreas que apresentam
15 carência de profissionais. A educação técnica também pode ser realizada durante o ensino médio
16 ou logo após a sua conclusão. Com isso, quem busca um curso técnico demonstra que se
17 preocupa com a sua carreira, estando disposto a gastar tempo, dinheiro e esforço para maximizar
18 os seus conhecimentos, habilidades e competências.
19 O investimento em educação profissional é imprescindível para o aumento da competitividade
20 do país, para a retomada do crescimento da economia num ritmo mais vigoroso e para a criação
21 de melhores oportunidades de emprego. A qualificação técnica adequada se torna ainda mais
22 importante no momento em que uma série de adaptações são exigidas das empresas e dos
23 trabalhadores. O ensino técnico permite que os estudantes sejam protagonistas de seu futuro,
24 com a escolha do caminho que mais atenda às suas necessidades. Com a recente reforma do
25 ensino médio, iniciou-se um longo processo para alinhar o sistema educacional às melhores
26 experiências internacionais, com a flexibilização e a diversificação do currículo regular. Nações
27 desenvolvidas perceberam essa necessidade há muito tempo e partiram na frente, investindo
28 pesadamente em educação profissional. Os países da União Europeia têm, em média, 50,4% dos
29 estudantes do ensino médio também matriculados em cursos profissionalizantes. Na Áustria,
30 esse coeficiente é de 69,8%; na Finlândia, de 70,4%. No Brasil, o indicador é de apenas 11,1%,
31 proporção que dificulta a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho.
32 A formação técnica tem claros efeitos na renda. Um curso profissionalizante pode ser o
33 primeiro passo de um plano de carreira que não exclua a obtenção de um diploma universitário.
34 Para alguns jovens, a inserção rápida no mercado de trabalho é o passaporte para a conquista
35 da cidadania e a continuação dos estudos. A educação profissional no Brasil é uma das principais
36 apostas para melhoria da competitividade da indústria brasileira.
37 Diante dos desafios que temos pela frente, urge preparar jovens e adultos para um mercado
38 em profunda mutação tecnológica e de cultura organizacional. A educação profissional deve ser
39 vista como fator de desenvolvimento e fortalecida como um investimento do país no futuro. Os
40 cursos técnicos podem transformar a vida de um jovem. Com eles, o aluno pode conquistar seu
41 espaço e abrir várias portas no mercado de trabalho. As escolas técnicas oferecem uma grande
42 variedade de cursos técnicos para quem sonha ingressar no mercado com rapidez e qualidade.
43 Um dos grandes benefícios que o curso técnico pode trazer é o aluno aprender a profissão, já
44 que o conteúdo será voltado para a área profissional e suas principais funções. Com essas
45 qualificações, ele ganha experiência e tem mais facilidade de entrar no mercado de trabalho.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2021/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise as seguintes propostas de substituição da conjunção “porém” (l. 04) que preservam o sentido original da mensagem.
I. Contudo.
II. Porquanto.
III. Não obstante.
Quais estão corretas?
Leia o texto e responda as questões de 01 a 05.
O comércio digital está mudando (...). O tokengated commerce transcende a simples intersecção de tecnologia e comércio. Ele representa uma confluência de exclusividade, pertencimento e inovação. Através dos NFTs (sigla em inglês para non-fungible token, que em português é token* não fungível) ou ativos digitais, as marcas podem proporcionar experiências ou produtos exclusivos aos detentores de um token específico. Mas, mais do que exclusividade, há a promessa de uma jornada de compra mais envolvente e personalizada.
Historicamente, o comércio se resumia a transações diretas: dinheiro em troca de bens ou serviços. O tokengated commerce, no entanto, adiciona uma dimensão adicional de complexidade e valor. Plataformas de e-commerce convencionais geralmente requerem um e-mail e senha para que os usuários acessem suas contas. No entanto, o tokengated commerce vai além, permitindo que os usuários vinculem suas carteiras digitais, onde seus ativos digitais são armazenados.
Se você é novo no assunto, pense na carteira digital como uma conta especializada para guardar seus "bens digitais". O avanço notável aqui é que várias empresas de tecnologia estão simplificando essa etapa. Agora, em vez de passar pelo processo de criar uma carteira do zero, existem soluções que tornam essa integração tão fácil quanto usar um login social.
Em breve, você poderá aproveitar em mais plataformas todos os benefícios de uma carteira digital sem se aprofundar nos detalhes técnicos de sua criação. Com essa conexão estabelecida, a plataforma identifica instantaneamente os tokens ou NFTs que o usuário possui. Isso permite que as marcas ofereçam experiências personalizadas. Um usuário que possui um token específico de uma marca pode, por exemplo, receber acesso a produtos exclusivos ou descontos especiais. Não é apenas uma transação, mas uma forma concreta de valorizar a lealdade e o engajamento do cliente.
*“Um token, no universo das criptomoedas, é a representação digital de um ativo - como dinheiro, propriedade ou obra de arte - registrada em uma blockchain. Exemplo: se uma pessoa tem o token de uma propriedade, significa que tem direito aquele imóvel - ou parte dele.” (https://www.infomoney.com.br/guias/nft-token-nao-fungivel/) [Adaptado] MARQUES, Amanda. Disponível em: https://exame.com/future-of-money/tokengated-commerce-a-revolucao-silenciosa-do-comercio-digital/
O texto apresenta o termo em inglês e-commerce. Na frase: “Plataformas de e-commerce convencionais...”, o termo poderia ser substituído sem prejuízo de sentido por:
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Monteiro Lobato, para responder as próximas questões.
“Um cachorro de má índole acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
- Para que furtaria eu esse osso – alegou ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço
de pau?
- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.
E assim fez. Queixou-se ao gavião e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando
para isso doze urubus esfomeados.
Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito semelhantes às do cordeirinho que o
lobo em tempos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
- Ou entrega o osso já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha a vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, retalhou-a, reservou para si um bom pedaço e dividiu o restante com os
juízes famintos, a título das custas processuais...
Moral da história: Fiar-se na justiça dos poderosos, que tolice!... A justiça deles não vacila em tomar do branco e
solenemente decretar que é preto”. (Texto com adaptações).
No início do texto selecionado, a expressão “de má índole” poderia ser substituída, sem alterar o sentido da história, por:
Leia atentamente o texto a seguir para responder as próximas questões.
“O homem sente estranho prazer inconsciente em dar as notícias tristes. E, inconscientemente, só gosta de dar as notícias realmente tristes que, quanto mais tristes, mais lhe satisfazem. No Brasil e, especialmente, no Rio de Janeiro (onde tudo acontece além da conta), o homem ultrapassou o prazer inconsciente de dar as notícias desagradáveis, para atingir o gozo em cada vez que consegue fazer alguém muito infeliz. A simples explicação do fenômeno talvez não convença o leitor de que estamos falando a sério. Desçamos, portanto, a alguns exemplos. Primeiro: é com certa dificuldade, vencendo vários limites e impedimentos seus, que você consegue fazer qualquer confissão mais agradável a alguém. Pense em quantas vezes você teve que discutir com você mesmo, para dizer que a gravata do seu amigo era bonita. Conseguiu dizer, sim, mas depois de se considerar mesquinho por não ter dito antes, na frase descuidada que lhe veio do coração à boca. Segundo: pense em quantas vezes você disse a alguém que a gravata não lhe ia bem. A gravata aqui vale todas as coisas que você considera e elogia. Pense ainda na hipocrisia dos vários preâmbulos e rodeios que já fez para censurar – uma gravata: ‘Você me desculpe, mas’... ‘Você não me leve a mal, mas’... E sempre esta detestável e mais hipócrita das preparações: ‘Eu vou lhe falar com toda a minha franqueza’. Tenho horror a quem me diz franquezas de bar. Na realidade, só existe uma franqueza, que é a do amor. Não é possível curar a humanidade de sua eterna má vontade. Mas, ao menos aqui no Rio de Janeiro, podia-se organizar a ‘Semana da Felicidade’. O comércio varejista não entraria (como nos dias do Pai e da Mãe) com a sua propaganda ostensiva de rádios e televisores. Não haveria presente na ‘Semana da Felicidade’ para não corromper a constante felicidade, que se estaria oferecendo. Apenas as pessoas, durante sete dias, só iriam dizer coisas agradáveis umas às outras. E dizer coisas agradáveis não seria dizer a Maria que ela é bonita, quando ela é feia; nem a Pedro que ele está mais magro, quando Pedro está visivelmente mais gordo. Não. Sem grande esforço, encontrar-se-á, em cada pessoa, dez valores elogiáveis. E, quando não houver um só, conte-se uma história qualquer, que faça bem. Conte-se, por exemplo, como foi o amanhecer. Como ficou o céu, com os laivos vermelhos do amanhecer. Como estava o mar, na primeira luz sobre o seu brilho baço do amanhecer. Ou se fale de um trecho de canção. Conte-se bem uma cidade inesperada de sua viagem. Como eram as montanhas ou a cor da planície. As pessoas, seus olhos e suas blusas. Na criação da ‘Semana da Felicidade’, não sei para quem deva apelar. Não sei a que governo transmitir a ideia: federal ou municipal. Ou a que departamento de turismo. Não. O apelo tem que ser feito a cada um dos meus possíveis leitores e por cada um transmitido às pessoas de sua sociedade. Quanto a mim, devo dizer que vivo, permanentemente, em semana de felicidade. Quando não posso fazer alguém feliz, com uma confissão ou uma história, não digo nada. Em troca, peço apenas que não me tirem a alegria”. (Seja feliz e faça os outros felizes, de Antônio Maria, com adaptações).
Em dado momento de sua argumentação, o autor do texto trata da “propaganda ostensiva de rádios e televisores”. Marque a alternativa que indica um possível sinônimo do adjetivo “ostensiva”.
Leia atentamente o texto a seguir para responder as próximas questões.
“O homem sente estranho prazer inconsciente em dar as notícias tristes. E, inconscientemente, só gosta de dar as notícias realmente tristes que, quanto mais tristes, mais lhe satisfazem. No Brasil e, especialmente, no Rio de Janeiro (onde tudo acontece além da conta), o homem ultrapassou o prazer inconsciente de dar as notícias desagradáveis, para atingir o gozo em cada vez que consegue fazer alguém muito infeliz. A simples explicação do fenômeno talvez não convença o leitor de que estamos falando a sério. Desçamos, portanto, a alguns exemplos. Primeiro: é com certa dificuldade, vencendo vários limites e impedimentos seus, que você consegue fazer qualquer confissão mais agradável a alguém. Pense em quantas vezes você teve que discutir com você mesmo, para dizer que a gravata do seu amigo era bonita. Conseguiu dizer, sim, mas depois de se considerar mesquinho por não ter dito antes, na frase descuidada que lhe veio do coração à boca. Segundo: pense em quantas vezes você disse a alguém que a gravata não lhe ia bem. A gravata aqui vale todas as coisas que você considera e elogia. Pense ainda na hipocrisia dos vários preâmbulos e rodeios que já fez para censurar – uma gravata: ‘Você me desculpe, mas’... ‘Você não me leve a mal, mas’... E sempre esta detestável e mais hipócrita das preparações: ‘Eu vou lhe falar com toda a minha franqueza’. Tenho horror a quem me diz franquezas de bar. Na realidade, só existe uma franqueza, que é a do amor. Não é possível curar a humanidade de sua eterna má vontade. Mas, ao menos aqui no Rio de Janeiro, podia-se organizar a ‘Semana da Felicidade’. O comércio varejista não entraria (como nos dias do Pai e da Mãe) com a sua propaganda ostensiva de rádios e televisores. Não haveria presente na ‘Semana da Felicidade’ para não corromper a constante felicidade, que se estaria oferecendo. Apenas as pessoas, durante sete dias, só iriam dizer coisas agradáveis umas às outras. E dizer coisas agradáveis não seria dizer a Maria que ela é bonita, quando ela é feia; nem a Pedro que ele está mais magro, quando Pedro está visivelmente mais gordo. Não. Sem grande esforço, encontrar-se-á, em cada pessoa, dez valores elogiáveis. E, quando não houver um só, conte-se uma história qualquer, que faça bem. Conte-se, por exemplo, como foi o amanhecer. Como ficou o céu, com os laivos vermelhos do amanhecer. Como estava o mar, na primeira luz sobre o seu brilho baço do amanhecer. Ou se fale de um trecho de canção. Conte-se bem uma cidade inesperada de sua viagem. Como eram as montanhas ou a cor da planície. As pessoas, seus olhos e suas blusas. Na criação da ‘Semana da Felicidade’, não sei para quem deva apelar. Não sei a que governo transmitir a ideia: federal ou municipal. Ou a que departamento de turismo. Não. O apelo tem que ser feito a cada um dos meus possíveis leitores e por cada um transmitido às pessoas de sua sociedade. Quanto a mim, devo dizer que vivo, permanentemente, em semana de felicidade. Quando não posso fazer alguém feliz, com uma confissão ou uma história, não digo nada. Em troca, peço apenas que não me tirem a alegria”. (Seja feliz e faça os outros felizes, de Antônio Maria, com adaptações).
No trecho “talvez não convença o leitor de que estamos falando a sério”, a expressão “a sério” poderia ser substituída, sem prejuízo ao sentido do texto, por:
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 7, leia o trecho do conto “Sol nascente”
Ainda hoje, quando lanço o olhar ao mar, imagino a vida de meus avós como ilhas distantes, cercadas pela vastidão de um oceano de histórias (muitas delas guardadas na linha de um horizonte que não pode mais ser lido). No alto do Morro de São Sebastião, contemplo o sol nascente e me inspiro a iniciar estas linhas. Talvez elas não contenham toda a verdade, talvez haja imprecisões e deslizes históricos, mas foi assim que eu as recebi, pela boca dos que sobreviveram.
leiri-san inspecionava as conversas dos navios que nasciam no estaleiro que dirigia com disciplina. Há décadas os japoneses iniciaram a colonização da ilha de Taiwan, tomada da China após a guerra sino-japonesa. Para lá a família leiri emigrou para prosperar. Chiyoko, filha do patriarca leiri, cresceu entre finas bonecas de porcelana, tendo os melhores instrutores, tornando-se de pianista a carateca. Sempre ávida por conhecimento, aprendeu com seu tio diversos procedimentos, tais como a realização de partos e, sobretudo, a quiropraxia. Chiyoko se transformou em uma mulher extraordinária, nadando em alto-mar e, apesar de sua compleição esguia, aveniurando-se até a praticar sumô. Após aprender tantas coisas, não poderia ter se tomado outra coisa a não ser professora.
Naquele dia, apesar da triste guerra, Chiyoko estava feliz. Era o dia do aniversário de seu pai. Não importava a ela que seu otosan estivesse em um leito de hospital nem que o medo rondasse cada esquina. Ela tinha conseguido, a grande custo, algumas iguarias que seu pai gostava de comer. Era para comemorar a data, para celebrar a vida. E seus passos eram alegres quando a sirene tocou. E era alegre o dia quando as bombas caíram.
O hospital em que seu pai estava foi atingido. A vida naufragou. [...] Por ter aprendido tantas coisas com o tio médico, Chiyoko auxiliava os feridos durante a guerra, que estava para ser perdida.
(Adaptado de: KONDO, André. Origens. Editora do Brasil, 2019. Edição Eletrônica)
Colocando-se o verbo “existir no lugar do "haver" no trecho talvez haja imprecisões e deslizes históricos (1º parágrafo), a forma verbal resultante será:
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 10.
Luís Bernardo Honwana é um dos precursores da literatura moçambicana e um dos maiores intérpretes da moçambicanidade. Quando tinha 22 anos, em 1964, fez publicar uma obra seminal e fundadora da moderna ficção moçambicana - Nós Matamos o Cão Tinhoso. O início desta obra é um dos mais belos que se podem cotejar entre nós: "O Cão Tinhoso tinha uns olhos azuis que n/lo tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam sempre cheios de lágrimas, que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim tão grandes, a olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer".
O Jovem autor de Nós Matamos o Cão Tinhoso redigira uma nota biográfica Igualmente singular: "Não sei se sou realmente escritor. Acho que apenas escrevo sobre coisas que, acontecendo à minha volta, se relacionem Intimamente comigo ou traduzam fatos que me pareçam decentes. Este livro de histórias é o testemunho em que tento retratar uma série de situações e procedimentos que talvez interesse conhecer".
A realidade que estas histórias narram ultrapassa, em muito, a circunstância da mera biografia. Estes textos denunciavam, de forma resoluta e corajosa, uma realidade social profundamente injusta e desigual. Textos breves, quase todos, à exceção daquele que nomeia o volume. Este livro é uma surpreendente obra literária e é um libelo acusatório virulento. Provavelmente, a grande literatura seja Isso mesmo: a combinação entre as faculdades da arte em si e o poder de esta nos Interpelar com a realidade que ilustra ou denuncia.
(Disponível em: https://opais.co.mz. Adaptado)
Mantendo a correção gramatical e o sentido, o segmento sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
Leia o texto para responder às questões de 1 a 10.
Lei estadual garante suspensão de contrato de
fidelização por má prestação de serviço
O Procon de João Pessoa divulgou, neste sábado (9), o alerta de que a Lei Estadual 11.879/2021 garante ao consumidor paraibano a inclusão de cláusulas liberando a fidelização contratual junto às empresas de telefonia em suas várias modalidades (fixa, móvel e de banda larga), sem nenhum ônus ao cliente, caso fique constatada a má qualidade do serviço nos contratos de adesão a esses serviços.
O assunto costuma gerar dúvidas entre os clientes, conforme aponta o secretário de Proteção e Defesa do Consumidor, Rougger Guerra. Segundo ele, o Procon-JP é acionado com frequência para tratar da execução da lei.
“A lei prevê que o cliente pode questionar o contrato de fidelização caso haja a constatação da má prestação de serviço por parte da empresa concessionária, inclusive com a liberação da fidelização”, crava.
De acordo com a legislação, o atendimento insatisfatório ficará caracterizado quando houver o expresso descumprimento de quaisquer das cláusulas contratuais ou de regras estabelecidas pela agência reguladora competente, no caso a Anatel, para esse tipo de serviço.
A lei diz, textualmente, que a empresa deverá incluir cláusula de rescisão contratual, sem ônus, por má qualidade do serviço, independente dos prazos de fidelização’. A Lei também prevê que caberá às prestadoras de serviços o ônus da prova pelo não descumprimento de qualquer obrigação prevista no contrato ou pela não frustração das legítimas expectativas do contratante quanto à qualidade de prestação do serviço.
Rougger Guerra explica que, apesar da legislação federal considerar que a fidelização por desistência por parte do consumidor é legal e que pode até gerar multa para o cliente caso esteja previsto no contrato, a legislação estadual de 2021 regula que, se houver a constatação de má prestação do serviço, o cliente pode requerer o fim do contrato sem arcar com nenhum ônus.
A legislação estadual também regula as penalidades para a empresa que descumprir o contrato junto ao cliente, indicando o que está previsto na lei 8.078/1999 (Código de Defesa do Consumidor – CDC), pode ir de multas à suspensão temporária dos serviços.
https://portalcorreio.com.br. Em 09/09/2023.
“A lei diz, textualmente, que a empresa deverá incluir cláusula de rescisão contratual, sem ônus, por má qualidade do serviço, independente dos prazos de fidelização. ”
Considerando o fragmento, analise as assertivas a seguir:
( ) “textualmente” pode ser substituído por “metaforicamente”, pois não modifica o sentido do texto.
( ) “má” pode ser substituído por “mal”, pois não compromete a norma gramatical.
( ) “ônus” é acentuado e justificado pela mesma regra de “ônibus”.
( ) “cláusula” têm o mesmo significado de “revogação”.
A sequência CORRETA é:
Viver é um grito
Por Adriana Antunes
01 Pare, observe, escute. Todos os dias pedaços de nós chegam ao fim. Pedaços que, de certa
02 forma, já não são mais nossos. Mudamos. Reparo e, às vezes, os vejo cru...arem a rua e
03 passarem para o outro lado da calçada. Pedaços de mim que partem. O tempo junta e separa
04 pessoas. Junta e separa amores. O tempo é uma espécie de morte. Cada morte chega com um
05 gosto diferente. Há as que causam alegria, alívio. Há as que doem demais. Há as que abrem
06 espaço para outra vida. Há as que aprisionam por um tempo. Algumas têm aquele gosto que
07 resta na boca depois do sono. Outras têm gosto das quatro da tarde com mistura de chá e pão.
08 Já morremos tantas vezes nesta vida. Não sei por que temos tanto medo de falar sobre isso.
09 Viver e morrer é tão assertivo quanto trombarmos, vez por outra, em nossas pequenas mortes
10 cotidianas. O fim de um livro bom, o encontro desmarcado, o telefone não atendido, a louça suja
11 sobre a pia, um velho cartão-postal de um amor já partido, as cartas da juventude, uma foto
12 esquecida e reencontrada, cheia de marcas de outro tempo, nossas pequenas mortes. A cada
13 um desses encontros, ensaiamos uma pequena coreografia de um adeus. É um assombro, a
14 constatação da finitude. Depois, sabemos que a vida continua. Esse reviver é como acordar, abrir
15 a janela e ver o dia lá fora.
16 Viver é um grito. Aquilo que rasga ao meio a apatia dos dias que se sucedem. Repare, tem
17 dias em que há um mundo no fundo da ....ícara. Um mundo que se contrai para dar nascimento
18 à alegria. Uma delicada porcelana que recobre os fatos e nos faz sonhar outra vez.
19 Na dor da morte ficamos com eles. O detalhe do sorriso, do olho que se fecha ao falar, do
20 timbre do oi, do perfume da camisa, das mãos que gesticulam. A imagem nunca vem inteira. É
21 a cor do cabelo, o contorno dos lábios, os botões do casaco. E com o passar do tempo, vai se
22 apagando.
23 Repare: um dia a coisa toda muda, queiramos ou não. Se encerra. Atravessa a rua, passa
24 para o outro lado da calçada. Ficamos machucados, nos recolhemos. Um pedaço da trama
25 começa a desfiar. A vida segue mesmo assim.
(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Qual alternativa a seguir apresenta a correta reescrita da frase “Todos os dias pedaços de nós chegam ao fim” no futuro do indicativo?
Cigarros Eletrônicos: um crime continuado
Por Dráuzio Varella
- No decorrer do século passado, a indústria do fumo investiu bilhões de dólares em
- campanhas publicitárias ao redor do mundo, para associar o cigarro às práticas esportivas, ao
- sucesso profissional, à beleza das mulheres e ao charme dos homens ricos. Com essa estratégia
- traiçoeira, subornos e um lobby político milionário corrompeu autoridades e calou a mídia.
- Qualquer notícia, matéria ou comentário que mencionasse um problema de saúde causado pelo
- fumo era punido com retaliação financeira.
- A ciência provou a associação entre cigarro e câncer ainda nos anos 1950. A pressão das
- companhias, no entanto, impediu que essa informação fosse veiculada pela imprensa por mais
- de três décadas. Quando o mundo se deu conta das inúmeras doenças ligadas ao fumo e dos
- custos para os sistemas de saúde, diversos países iniciaram campanhas educativas e criaram
- leis para proibir a publicidade pelos meios de comunicação de massa.
- Embora anos mais tarde do que os países industrializados, o Brasil adotou uma série de
- medidas de combate ao fumo, consideradas exemplares pelos especialistas da OMS. Como
- consequência, a prevalência de adultos fumantes em nosso país caiu para menos de 10%. Hoje,
- fumamos menos do que os norte-americanos e do que em todos os países da Europa.
- Atenta .... transformações sociais que levaram à diminuição do número de fumantes e às
- perdas provocadas pelas mortes precoces dos consumidores, a indústria criou o cigarro
- eletrônico. Não fiquei surpreso, mais de 30 anos frequentando cadeias me ensinaram a não
- subestimar a perversidade do mundo do crime. Os eletrônicos foram lançados com o pretexto
- de que seriam indicados .... fumantes interessados em vencer a dependência de nicotina. Veja
- se faz sentido, prezado leitor: uma indústria que acumulou lucros astronômicos com a venda de
- cigarros para dependentes de nicotina _________ um dispositivo para inalar nicotina com a
- finalidade de reduzir o número de fumantes. Haja ingenuidade para acreditar nessa gente.
- Tal ação jamais foi comprovada em estudos científicos. Em compensação, o sucesso de
- vendas para o público infanto-juvenil foi avassalador. As crianças e os adolescentes de hoje
- fumam os eletrônicos, como eu e os do meu tempo fumávamos os cigarros convencionais, sem
- ter ideia do mal que faziam. Para eles, como para nós, era apenas uma fumaça inócua que nos
- ajudava a parecer adultos.
- Acontece que os eletrônicos _________ doses altas de nicotina, droga que provoca a mais
- escravizadora das dependências químicas. Já disse várias vezes nesta coluna que é mais fácil
- largar do crack do que da nicotina, como aprendi nas cadeias. Crianças e adolescentes que
- começam a fumar a nicotina presente nos eletrônicos não conseguem parar. O esforço de
- décadas de combate ao fumo está sendo atirado no lixo: criamos uma nova geração de
- dependentes de nicotina que não fumaria cigarros convencionais.
- Neste momento, a indústria movimenta seu lobby de aluguel para que a Anvisa aprove os
- eletrônicos. Com a desculpa de trazer para o controle das autoridades sanitárias .... qualidade
- dos produtos nocivos que comercializam, o que pretendem é conseguir autorização da Agência
- para disseminar a dependência de nicotina no meio da criançada. Exatamente o mesmo crime
- continuado cometido contra a minha e as gerações que me antecederam.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
Na linha 35, a locução conjuntiva “para que” indica _________ e poderia ser substituída por _________, _________ necessárias alterações no período a fim de que se mantenha a correção gramatical do período.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Cigarros Eletrônicos: um crime continuado
Por Dráuzio Varella
- No decorrer do século passado, a indústria do fumo investiu bilhões de dólares em
- campanhas publicitárias ao redor do mundo, para associar o cigarro às práticas esportivas, ao
- sucesso profissional, à beleza das mulheres e ao charme dos homens ricos. Com essa estratégia
- traiçoeira, subornos e um lobby político milionário corrompeu autoridades e calou a mídia.
- Qualquer notícia, matéria ou comentário que mencionasse um problema de saúde causado pelo
- fumo era punido com retaliação financeira.
- A ciência provou a associação entre cigarro e câncer ainda nos anos 1950. A pressão das
- companhias, no entanto, impediu que essa informação fosse veiculada pela imprensa por mais
- de três décadas. Quando o mundo se deu conta das inúmeras doenças ligadas ao fumo e dos
- custos para os sistemas de saúde, diversos países iniciaram campanhas educativas e criaram
- leis para proibir a publicidade pelos meios de comunicação de massa.
- Embora anos mais tarde do que os países industrializados, o Brasil adotou uma série de
- medidas de combate ao fumo, consideradas exemplares pelos especialistas da OMS. Como
- consequência, a prevalência de adultos fumantes em nosso país caiu para menos de 10%. Hoje,
- fumamos menos do que os norte-americanos e do que em todos os países da Europa.
- Atenta .... transformações sociais que levaram à diminuição do número de fumantes e às
- perdas provocadas pelas mortes precoces dos consumidores, a indústria criou o cigarro
- eletrônico. Não fiquei surpreso, mais de 30 anos frequentando cadeias me ensinaram a não
- subestimar a perversidade do mundo do crime. Os eletrônicos foram lançados com o pretexto
- de que seriam indicados .... fumantes interessados em vencer a dependência de nicotina. Veja
- se faz sentido, prezado leitor: uma indústria que acumulou lucros astronômicos com a venda de
- cigarros para dependentes de nicotina _________ um dispositivo para inalar nicotina com a
- finalidade de reduzir o número de fumantes. Haja ingenuidade para acreditar nessa gente.
- Tal ação jamais foi comprovada em estudos científicos. Em compensação, o sucesso de
- vendas para o público infanto-juvenil foi avassalador. As crianças e os adolescentes de hoje
- fumam os eletrônicos, como eu e os do meu tempo fumávamos os cigarros convencionais, sem
- ter ideia do mal que faziam. Para eles, como para nós, era apenas uma fumaça inócua que nos
- ajudava a parecer adultos.
- Acontece que os eletrônicos _________ doses altas de nicotina, droga que provoca a mais
- escravizadora das dependências químicas. Já disse várias vezes nesta coluna que é mais fácil
- largar do crack do que da nicotina, como aprendi nas cadeias. Crianças e adolescentes que
- começam a fumar a nicotina presente nos eletrônicos não conseguem parar. O esforço de
- décadas de combate ao fumo está sendo atirado no lixo: criamos uma nova geração de
- dependentes de nicotina que não fumaria cigarros convencionais.
- Neste momento, a indústria movimenta seu lobby de aluguel para que a Anvisa aprove os
- eletrônicos. Com a desculpa de trazer para o controle das autoridades sanitárias .... qualidade
- dos produtos nocivos que comercializam, o que pretendem é conseguir autorização da Agência
- para disseminar a dependência de nicotina no meio da criançada. Exatamente o mesmo crime
- continuado cometido contra a minha e as gerações que me antecederam.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que poderia substituir corretamente o vocábulo “inócua” (l. 27) sem causar alterações significativas ao trecho em que ocorre.
Abaixo o trote nas universidades
Por Dráuzio Varella
- O objetivo do trote é impor ao novato uma posição subalterna para submetê-lo aos
- caprichos dos já iniciados, tributo a pagar para ser admitido no grupo. O calouro aceita passar
- por essa experiência ve...aminosa por considerá-la parte do ritual para ser aceito pelo grupo. O
- consolo é que, no ano seguinte, ele irá ___ forra, perpetuando a baixaria.
- Como toda imposição autoritária praticada em grupo, a escalada da violência é inevitável
- nessas ocasiões. No meio de brincadeiras aparentemente inocentes, como impedir que um
- veterano imbecil seja mais agressivo? Como evitar a repetição de cenas que mais parecem
- se...ões de tortura? Está certo fecharmos os olhos quando meninas e meninos feridos vão parar
- no pronto-socorro, como tantas vezes acontece?
- No passado, o trote ocorria apenas no primeiro dia de aula. Em muitas escolas, hoje, dura
- meses. No interior, onde muitos moram em “repúblicas”, os abusos não se limitam ao campus
- universitário, são entregues a domicílio no dia ___ dia.
- Embora essa praga esteja espalhada pelo país inteiro nos cursos mais variados, a
- repercussão é maior quando envolve estudantes de Medicina. A sociedade fica revoltada ao
- tomar conhecimento da selva...eria e de atos indecorosos quando praticados por aqueles que
- deveriam ser preparados para aliviar o sofrimento humano, a razão de existir da nossa profissão.
- Que médico será esse que violenta os mais novos? Que não respeita sequer as colegas de
- faculdade?
- Não podemos esquecer que o médico tem acesso ao corpo do outro, relação interpessoal
- que exige respeito máximo. O estudante de Medicina deve ser formado para assumir essa
- responsabilidade desde o dia em que põe os pés na sala de aula. Os professores têm o dever de
- prepará-lo para aprender os aspectos éticos de uma profissão que não é apenas uma ciência,
- mas também uma arte sem a qual formaremos maus profissionais, ainda que conhecedores das
- técnicas.
- As faculdades de Medicina têm que dar fim ___ complacência diante do trote. Não é uma
- brincadeira de crianças, os adultos que abusam dos mais novos sabem muito bem o que estão
- fazendo. Dizer que o trote aconteceu fora do campus não serve de desculpa.
- Medidas educativas são absolutamente necessárias, mas não suficientes: é preciso proibir
- e punir essa indecência que maltrata justamente os que deveriam ser acolhidos de forma
- civilizada no ambiente universitário.
(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica quantas outras alterações seriam necessárias caso a palavra “estudante” fosse substituída por sua forma plural no trecho abaixo:
“O estudante de Medicina deve ser formado para assumir essa responsabilidade desde o dia em que põe os pés na sala de aula”.
Abaixo o trote nas universidades
Por Dráuzio Varella
- O objetivo do trote é impor ao novato uma posição subalterna para submetê-lo aos
- caprichos dos já iniciados, tributo a pagar para ser admitido no grupo. O calouro aceita passar
- por essa experiência ve...aminosa por considerá-la parte do ritual para ser aceito pelo grupo. O
- consolo é que, no ano seguinte, ele irá ___ forra, perpetuando a baixaria.
- Como toda imposição autoritária praticada em grupo, a escalada da violência é inevitável
- nessas ocasiões. No meio de brincadeiras aparentemente inocentes, como impedir que um
- veterano imbecil seja mais agressivo? Como evitar a repetição de cenas que mais parecem
- se...ões de tortura? Está certo fecharmos os olhos quando meninas e meninos feridos vão parar
- no pronto-socorro, como tantas vezes acontece?
- No passado, o trote ocorria apenas no primeiro dia de aula. Em muitas escolas, hoje, dura
- meses. No interior, onde muitos moram em “repúblicas”, os abusos não se limitam ao campus
- universitário, são entregues a domicílio no dia ___ dia.
- Embora essa praga esteja espalhada pelo país inteiro nos cursos mais variados, a
- repercussão é maior quando envolve estudantes de Medicina. A sociedade fica revoltada ao
- tomar conhecimento da selva...eria e de atos indecorosos quando praticados por aqueles que
- deveriam ser preparados para aliviar o sofrimento humano, a razão de existir da nossa profissão.
- Que médico será esse que violenta os mais novos? Que não respeita sequer as colegas de
- faculdade?
- Não podemos esquecer que o médico tem acesso ao corpo do outro, relação interpessoal
- que exige respeito máximo. O estudante de Medicina deve ser formado para assumir essa
- responsabilidade desde o dia em que põe os pés na sala de aula. Os professores têm o dever de
- prepará-lo para aprender os aspectos éticos de uma profissão que não é apenas uma ciência,
- mas também uma arte sem a qual formaremos maus profissionais, ainda que conhecedores das
- técnicas.
- As faculdades de Medicina têm que dar fim ___ complacência diante do trote. Não é uma
- brincadeira de crianças, os adultos que abusam dos mais novos sabem muito bem o que estão
- fazendo. Dizer que o trote aconteceu fora do campus não serve de desculpa.
- Medidas educativas são absolutamente necessárias, mas não suficientes: é preciso proibir
- e punir essa indecência que maltrata justamente os que deveriam ser acolhidos de forma
- civilizada no ambiente universitário.
(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta um pronome relativo que poderia substituir adequadamente a expressão sublinhada no trecho “desde o dia em que põe os pés na sala de aula”.
Abaixo o trote nas universidades
Por Dráuzio Varella
- O objetivo do trote é impor ao novato uma posição subalterna para submetê-lo aos
- caprichos dos já iniciados, tributo a pagar para ser admitido no grupo. O calouro aceita passar
- por essa experiência ve...aminosa por considerá-la parte do ritual para ser aceito pelo grupo. O
- consolo é que, no ano seguinte, ele irá ___ forra, perpetuando a baixaria.
- Como toda imposição autoritária praticada em grupo, a escalada da violência é inevitável
- nessas ocasiões. No meio de brincadeiras aparentemente inocentes, como impedir que um
- veterano imbecil seja mais agressivo? Como evitar a repetição de cenas que mais parecem
- se...ões de tortura? Está certo fecharmos os olhos quando meninas e meninos feridos vão parar
- no pronto-socorro, como tantas vezes acontece?
- No passado, o trote ocorria apenas no primeiro dia de aula. Em muitas escolas, hoje, dura
- meses. No interior, onde muitos moram em “repúblicas”, os abusos não se limitam ao campus
- universitário, são entregues a domicílio no dia ___ dia.
- Embora essa praga esteja espalhada pelo país inteiro nos cursos mais variados, a
- repercussão é maior quando envolve estudantes de Medicina. A sociedade fica revoltada ao
- tomar conhecimento da selva...eria e de atos indecorosos quando praticados por aqueles que
- deveriam ser preparados para aliviar o sofrimento humano, a razão de existir da nossa profissão.
- Que médico será esse que violenta os mais novos? Que não respeita sequer as colegas de
- faculdade?
- Não podemos esquecer que o médico tem acesso ao corpo do outro, relação interpessoal
- que exige respeito máximo. O estudante de Medicina deve ser formado para assumir essa
- responsabilidade desde o dia em que põe os pés na sala de aula. Os professores têm o dever de
- prepará-lo para aprender os aspectos éticos de uma profissão que não é apenas uma ciência,
- mas também uma arte sem a qual formaremos maus profissionais, ainda que conhecedores das
- técnicas.
- As faculdades de Medicina têm que dar fim ___ complacência diante do trote. Não é uma
- brincadeira de crianças, os adultos que abusam dos mais novos sabem muito bem o que estão
- fazendo. Dizer que o trote aconteceu fora do campus não serve de desculpa.
- Medidas educativas são absolutamente necessárias, mas não suficientes: é preciso proibir
- e punir essa indecência que maltrata justamente os que deveriam ser acolhidos de forma
- civilizada no ambiente universitário.
(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra que poderia substituir corretamente a conjunção “Embora” (l. 13) sem causar alteração de sentido ao trecho em que ocorre.