Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q2609960 Português

O Alpinista de cancela


Por Fabrício Carpinejar


  1. Existem os alpinistas das cancelas do shopping. Os que praticam rapel na hora de mostrar
  2. o comprovante de pagamento. Vou explicar. Já testemunhei infindáveis casos.
  3. Na saída do estacionamento, no momento de encostar o tíquete no visor eletrônico, o
  4. motorista faz a proeza de parar o carro longe do token. Falta braço. É um goleiro de braço curto.
  5. Começa o constran....imento público, absolutamente evitável. Ele fica encalacrado no
  6. quase. Estica-se todo pela janela aberta, sem conseguir a validação. É possível escutar, mesmo
  7. à distância, os seus ossos estalarem em forçado alongamento.
  8. Com o fracasso, com o engarrafamento aumentando atrás de si, com o medo da buzinada
  9. contagiosa dos colegas de ocasião, ele é tomado pela pressa, pela ansiedade, e se lança para
  10. uma missão impossível: tirar o cinto e abrir a porta do carro.
  11. Só que tampouco quer ter o trabalho de apagar o veículo e andar, recusa-se a empreender
  12. a tarefa calmamente do lado de fora. Não aceita desligar o motor. Não admite desistências.
  13. Então, vira um Minotauro: metade gente, metade touro. Mantém incrivelmente o pé no
  14. pedal do freio e pisa no chão com o outro, jogando o seu corpo para frente, escalando o topo da
  15. montanha da cancela, tentando inutilmente levantar o código de barras do cartão para liberar o
  16. acesso.
  17. Não é que seja um péssimo motorista, não é que não goste de bali....as. É a crença afoita
  18. de que passará pela cancela, não precisará estacionar na cancela como se fosse uma vaga
  19. provisória. Ele executa uma decisão equivocada, intuitiva. Pensa que será uma transição rápida,
  20. e não capricha. Encalha na passagem.
  21. Nem sempre tem um fiscal por perto para acudir. Nem sempre ocorre a leitura automática
  22. da placa por câmera. Além da coreografia cômica, não há como o espectador da confusão não
  23. temer um desastre.
  24. A cena ilustra nossa resistência ao recuo. Temos uma noção de que recuar é covardia, é
  25. ausência de convic....ão, é derrota moral, e realizamos parvoíces em nossa vida. Avançamos
  26. mesmo estando errados, e apenas acentuamos nossa conduta desfavorável.
  27. Um grande erro já foi ínfimo antes. O exaustivo adiamento até a reparação é que o torna
  28. irreversível. O perigo mora nos detalhes. Retroceda no ato. Desculpe-se enquanto age.


(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/os-alpinistas-das-cancelas-do-shopping-praticam-rapel-no-momento-de-encostar-o-tiquete-no-visor – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta a correta reescrita do trecho abaixo, retirado do texto, alterando-se a conjugação das formas verbais sublinhadas para o pretérito perfeito do indicativo.


“Então, vira um Minotauro: metade gente, metade touro. Mantém incrivelmente o pé no pedal do freio e pisa no chão com o outro, jogando o seu corpo para frente”.

Alternativas
Q2609957 Português

O Alpinista de cancela


Por Fabrício Carpinejar


  1. Existem os alpinistas das cancelas do shopping. Os que praticam rapel na hora de mostrar
  2. o comprovante de pagamento. Vou explicar. Já testemunhei infindáveis casos.
  3. Na saída do estacionamento, no momento de encostar o tíquete no visor eletrônico, o
  4. motorista faz a proeza de parar o carro longe do token. Falta braço. É um goleiro de braço curto.
  5. Começa o constran....imento público, absolutamente evitável. Ele fica encalacrado no
  6. quase. Estica-se todo pela janela aberta, sem conseguir a validação. É possível escutar, mesmo
  7. à distância, os seus ossos estalarem em forçado alongamento.
  8. Com o fracasso, com o engarrafamento aumentando atrás de si, com o medo da buzinada
  9. contagiosa dos colegas de ocasião, ele é tomado pela pressa, pela ansiedade, e se lança para
  10. uma missão impossível: tirar o cinto e abrir a porta do carro.
  11. Só que tampouco quer ter o trabalho de apagar o veículo e andar, recusa-se a empreender
  12. a tarefa calmamente do lado de fora. Não aceita desligar o motor. Não admite desistências.
  13. Então, vira um Minotauro: metade gente, metade touro. Mantém incrivelmente o pé no
  14. pedal do freio e pisa no chão com o outro, jogando o seu corpo para frente, escalando o topo da
  15. montanha da cancela, tentando inutilmente levantar o código de barras do cartão para liberar o
  16. acesso.
  17. Não é que seja um péssimo motorista, não é que não goste de bali....as. É a crença afoita
  18. de que passará pela cancela, não precisará estacionar na cancela como se fosse uma vaga
  19. provisória. Ele executa uma decisão equivocada, intuitiva. Pensa que será uma transição rápida,
  20. e não capricha. Encalha na passagem.
  21. Nem sempre tem um fiscal por perto para acudir. Nem sempre ocorre a leitura automática
  22. da placa por câmera. Além da coreografia cômica, não há como o espectador da confusão não
  23. temer um desastre.
  24. A cena ilustra nossa resistência ao recuo. Temos uma noção de que recuar é covardia, é
  25. ausência de convic....ão, é derrota moral, e realizamos parvoíces em nossa vida. Avançamos
  26. mesmo estando errados, e apenas acentuamos nossa conduta desfavorável.
  27. Um grande erro já foi ínfimo antes. O exaustivo adiamento até a reparação é que o torna
  28. irreversível. O perigo mora nos detalhes. Retroceda no ato. Desculpe-se enquanto age.


(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/os-alpinistas-das-cancelas-do-shopping-praticam-rapel-no-momento-de-encostar-o-tiquete-no-visor – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta a palavra que poderia substituir corretamente o vocábulo “proeza” (l. 04) sem causar alterações significativas ao sentido do trecho em que ocorre.

Alternativas
Q2609954 Português

O Alpinista de cancela


Por Fabrício Carpinejar


  1. Existem os alpinistas das cancelas do shopping. Os que praticam rapel na hora de mostrar
  2. o comprovante de pagamento. Vou explicar. Já testemunhei infindáveis casos.
  3. Na saída do estacionamento, no momento de encostar o tíquete no visor eletrônico, o
  4. motorista faz a proeza de parar o carro longe do token. Falta braço. É um goleiro de braço curto.
  5. Começa o constran....imento público, absolutamente evitável. Ele fica encalacrado no
  6. quase. Estica-se todo pela janela aberta, sem conseguir a validação. É possível escutar, mesmo
  7. à distância, os seus ossos estalarem em forçado alongamento.
  8. Com o fracasso, com o engarrafamento aumentando atrás de si, com o medo da buzinada
  9. contagiosa dos colegas de ocasião, ele é tomado pela pressa, pela ansiedade, e se lança para
  10. uma missão impossível: tirar o cinto e abrir a porta do carro.
  11. Só que tampouco quer ter o trabalho de apagar o veículo e andar, recusa-se a empreender
  12. a tarefa calmamente do lado de fora. Não aceita desligar o motor. Não admite desistências.
  13. Então, vira um Minotauro: metade gente, metade touro. Mantém incrivelmente o pé no
  14. pedal do freio e pisa no chão com o outro, jogando o seu corpo para frente, escalando o topo da
  15. montanha da cancela, tentando inutilmente levantar o código de barras do cartão para liberar o
  16. acesso.
  17. Não é que seja um péssimo motorista, não é que não goste de bali....as. É a crença afoita
  18. de que passará pela cancela, não precisará estacionar na cancela como se fosse uma vaga
  19. provisória. Ele executa uma decisão equivocada, intuitiva. Pensa que será uma transição rápida,
  20. e não capricha. Encalha na passagem.
  21. Nem sempre tem um fiscal por perto para acudir. Nem sempre ocorre a leitura automática
  22. da placa por câmera. Além da coreografia cômica, não há como o espectador da confusão não
  23. temer um desastre.
  24. A cena ilustra nossa resistência ao recuo. Temos uma noção de que recuar é covardia, é
  25. ausência de convic....ão, é derrota moral, e realizamos parvoíces em nossa vida. Avançamos
  26. mesmo estando errados, e apenas acentuamos nossa conduta desfavorável.
  27. Um grande erro já foi ínfimo antes. O exaustivo adiamento até a reparação é que o torna
  28. irreversível. O perigo mora nos detalhes. Retroceda no ato. Desculpe-se enquanto age.


(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/os-alpinistas-das-cancelas-do-shopping-praticam-rapel-no-momento-de-encostar-o-tiquete-no-visor – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta uma possibilidade correta de reescrita do trecho a seguir sem que sejam causadas alterações significativas a ele:


Estica-se todo pela janela aberta, sem conseguir a validação.

Alternativas
Q2609920 Português

Não é justo só chamar de viúvo ou viúva o atual parceiro no momento da partida


Por Fabrício Carpinejar


  1. A morte atin...e toda uma vida.
  2. Se morre quem foi sua ex-esposa ou ex-marido, você será também viúvo ou viúva, mesmo
  3. que não estivessem juntos há muito tempo.
  4. A nomenclatura tradicional é só chamar de viúvo ou viúva o atual parceiro no momento
  5. da partida, o que não é justo.
  6. O fim abole o corpo da cronolo...ia, resgata o espírito das lembranças.
  7. A viuvez não é exclusiva ao estado civil de uma fase da existência, mas envolve as fases
  8. e idades pregre...as.
  9. Não morre unicamente a versão final da pessoa, acontece a despedida de suas diferentes
  10. versões, do passado por completo.
  11. Se _______ cinco casamentos, haverá cinco viúvos ou viúvas. E nenhum é mais ou menos
  12. legítimo do que o outro. Nenhum é mais ou menos valioso do que o outro. As lágrimas não
  13. _______ hierarquia.
  14. Não importam a separação, as brigas, as desavenças, o papel do divórcio diante do bem
  15. inviolável da cumplicidade.
  16. É um choque receber a notícia de adeus de um antigo amor.
  17. Você desmoronará em segundos. Arcará com uma tremedeira das mãos, um baque, um
  18. desconforto, um desespero, como se tivesse dormido ao lado daquela companhia no dia. Como
  19. se tivesse tomado o café da manhã com ela. Como se tivesse recém tocado em seu rosto ausente.
  20. Perderá o ar, o chão, as palavras.
  21. Maior do que a intimidade da paixão que já existiu na convivência é a intimidade da dor
  22. que agora bate a sua porta. Para a dor, não existe ontem.
  23. Demorará para a notícia soar convincente. Você não achará possível, acreditará que é uma
  24. mentira.
  25. Vai doer o futuro abreviado, o que o ente querido não teve chance de viver.
  26. Este é o mais decisivo ponto de virada emocional: você deixa de ser egoísta, de pensar
  27. em si. Não é um arrependimento pelo término da relação, mas um pesar generoso pelo término
  28. de uma vida.
  29. Não significa que continua amando o ex, que reprimiu o seu querer por longo período,
  30. significa que reconhece o quanto ele se mostrou decisivo em sua evolução.
  31. O sofrimento do luto será igual dentro ou fora do casamento. As memórias mais remotas
  32. voltarão à tona: as gargalhadas, as canções, as viagens, as festas, a amizade.
  33. Tudo o que foi ruim desaparecerá, restando apenas a gratidão. Sentirá uma estranha e
  34. extraordinária comoção pela história em comum.
  35. Você se perceberá como uma peça de um desafiador puzzle. E qualquer peça é importante.
  36. Até porque, na hora de montar o quebra-cabeça, aconselha-se começar pelas bordas.
  37. Você é uma das pontas da imagem, fez parte de um sonho. Não se encontra no centro
  38. dos acontecimentos, na cabeceira do velório, segurando a alça do caixão, não se vê como
  39. protagonista da perda, mas está ali, presente no início difícil, nas primeiras descobertas da
  40. silhueta, na composição das cores e de padrões, possibilitando o encaixe do conjunto e a
  41. formação da saudade.


(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/nao-e-justo-so-chamar-de-viuvo-ou-viuva-o-atual-parceiro-no-momento-da-partida – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que poderia substituir o vocábulo “exclusiva” (l. 07).

Alternativas
Q2609494 Português

“Vamos meter o pé”


Por Leandro Prazeres e João da Mata


  1. Odila tem pouco mais de um metro e meio de altura e o cabelo liso e grisalho, preso para
  2. trás. O corpo parece frágil, num contraste com as mãos, grossas e fortes da vida na roça nos
  3. tempos da juventude. Ela diz viver com a pensão equivalente a pouco mais de um salário mínimo,
  4. advinda da morte do marido, há 21 anos.
  5. Ela chegou ___ cidade de Estrela há 30 anos, depois que se casou. Teve quatro filhos 🔷 o
  6. mais novo é Elizandro, que ainda vive com ela. A casa onde criou a família levou décadas para
  7. ficar como ela queria. “Nós tínhamos uma casinha velha, de madeira, que ganhamos da
  8. Prefeitura. Nós fomos construindo. Juntamos uns troquinhos daqui e dali e fizemos uma parte
  9. da casa, em alvenaria”, contou. “A gente foi botando telhado. O piso, fomos pagando em
  10. prestações. Por último foi feita uma área numa parte para fora, com churrasqueira” e, assim,
  11. Odila ia descrevendo a casa.
  12. O bairro Moinhos, onde a casa está localizada, era habitado, em sua maioria, por
  13. trabalhadores de baixa renda, como Odila. ___ ruas eram, inicialmente, cobertas com
  14. paralelepípedos, acentuando o ar bucólico do local. As casas eram cercadas por pequenos jardins
  15. de grama verde e baixa e, nos últimos anos, a prefeitura asfaltou algumas ruas do local. Elizandro
  16. disse ter uma relação especial com a vizinhança: “Ajudei a construir metade dessa vila”, contou
  17. com a voz embargada. O bairro já havia sido severamente atingido pela enchente de setembro
  18. do ano passado. Na ocasião, o Vale do Taquari também foi afetado e, no total, o Rio Grande do
  19. Sul registrou 54 mortes. O trauma de setembro deixou os moradores da região em estado de
  20. alerta. “A gente tem medo. O pessoal começou a dizer: ‘Á água está vindo. Á água está vindo’.
  21. Aí eu disse 🔵 ‘Vamos meter o pé’”, relembrou Odila. Após a decisão de partir, começou outra
  22. fase de angústia. Como sair de um lugar quando todos querem sair ao mesmo tempo?
  23. “Quando começou a enchente, nós começamos a reunir as coisas e esperamos o caminhão.
  24. Ligamos para os caminhões, mas não tinha mais porque eles não podiam socorrer todo mundo.
  25. Estávamos numa aflição porque sabíamos que a água ia tomar conta”, disse ela. Com a ajuda
  26. de vizinhos e dos filhos, Odila conseguiu reunir alguns poucos pertences e documentos e foi
  27. levada para um abrigo improvisado. Elizandro só chegou no abrigo no dia seguinte, pois tentou
  28. ajudar os vizinhos ___ levar móveis para os pisos superiores das casas. Não adiantou. A água
  29. encobriu todas as casas, ele contou.


(Disponível em: www.bbc.com/portuguese/articles/cj554e3zgmyo – texto adaptado especialmente para esta prova).

Leia o trecho a seguir, retirado do texto, e assinale a alternativa que apresenta a melhor reorganização da estrutura de orações e períodos.


“A casa onde criou a família levou décadas para ficar como ela queria. ‘Nós tínhamos uma casinha velha, de madeira, que ganhamos da Prefeitura. Nós fomos construindo. Juntamos uns troquinhos daqui e dali e fizemos uma parte da casa, em alvenaria’, contou. ‘A gente foi botando telhado. O piso, fomos pagando em prestações. Por último foi feita uma área numa parte para fora, com churrasqueira’, e assim Odila ia descrevendo a casa”.

Alternativas
Q2609492 Português

“Vamos meter o pé”


Por Leandro Prazeres e João da Mata


  1. Odila tem pouco mais de um metro e meio de altura e o cabelo liso e grisalho, preso para
  2. trás. O corpo parece frágil, num contraste com as mãos, grossas e fortes da vida na roça nos
  3. tempos da juventude. Ela diz viver com a pensão equivalente a pouco mais de um salário mínimo,
  4. advinda da morte do marido, há 21 anos.
  5. Ela chegou ___ cidade de Estrela há 30 anos, depois que se casou. Teve quatro filhos 🔷 o
  6. mais novo é Elizandro, que ainda vive com ela. A casa onde criou a família levou décadas para
  7. ficar como ela queria. “Nós tínhamos uma casinha velha, de madeira, que ganhamos da
  8. Prefeitura. Nós fomos construindo. Juntamos uns troquinhos daqui e dali e fizemos uma parte
  9. da casa, em alvenaria”, contou. “A gente foi botando telhado. O piso, fomos pagando em
  10. prestações. Por último foi feita uma área numa parte para fora, com churrasqueira” e, assim,
  11. Odila ia descrevendo a casa.
  12. O bairro Moinhos, onde a casa está localizada, era habitado, em sua maioria, por
  13. trabalhadores de baixa renda, como Odila. ___ ruas eram, inicialmente, cobertas com
  14. paralelepípedos, acentuando o ar bucólico do local. As casas eram cercadas por pequenos jardins
  15. de grama verde e baixa e, nos últimos anos, a prefeitura asfaltou algumas ruas do local. Elizandro
  16. disse ter uma relação especial com a vizinhança: “Ajudei a construir metade dessa vila”, contou
  17. com a voz embargada. O bairro já havia sido severamente atingido pela enchente de setembro
  18. do ano passado. Na ocasião, o Vale do Taquari também foi afetado e, no total, o Rio Grande do
  19. Sul registrou 54 mortes. O trauma de setembro deixou os moradores da região em estado de
  20. alerta. “A gente tem medo. O pessoal começou a dizer: ‘Á água está vindo. Á água está vindo’.
  21. Aí eu disse 🔵 ‘Vamos meter o pé’”, relembrou Odila. Após a decisão de partir, começou outra
  22. fase de angústia. Como sair de um lugar quando todos querem sair ao mesmo tempo?
  23. “Quando começou a enchente, nós começamos a reunir as coisas e esperamos o caminhão.
  24. Ligamos para os caminhões, mas não tinha mais porque eles não podiam socorrer todo mundo.
  25. Estávamos numa aflição porque sabíamos que a água ia tomar conta”, disse ela. Com a ajuda
  26. de vizinhos e dos filhos, Odila conseguiu reunir alguns poucos pertences e documentos e foi
  27. levada para um abrigo improvisado. Elizandro só chegou no abrigo no dia seguinte, pois tentou
  28. ajudar os vizinhos ___ levar móveis para os pisos superiores das casas. Não adiantou. A água
  29. encobriu todas as casas, ele contou.


(Disponível em: www.bbc.com/portuguese/articles/cj554e3zgmyo – texto adaptado especialmente para esta prova).

A expressão “uns troquinhos” (l. 08) poderia ser substituída, sem alteração de sentido, pela expressão:

Alternativas
Q2609490 Português

“Vamos meter o pé”


Por Leandro Prazeres e João da Mata


  1. Odila tem pouco mais de um metro e meio de altura e o cabelo liso e grisalho, preso para
  2. trás. O corpo parece frágil, num contraste com as mãos, grossas e fortes da vida na roça nos
  3. tempos da juventude. Ela diz viver com a pensão equivalente a pouco mais de um salário mínimo,
  4. advinda da morte do marido, há 21 anos.
  5. Ela chegou ___ cidade de Estrela há 30 anos, depois que se casou. Teve quatro filhos 🔷 o
  6. mais novo é Elizandro, que ainda vive com ela. A casa onde criou a família levou décadas para
  7. ficar como ela queria. “Nós tínhamos uma casinha velha, de madeira, que ganhamos da
  8. Prefeitura. Nós fomos construindo. Juntamos uns troquinhos daqui e dali e fizemos uma parte
  9. da casa, em alvenaria”, contou. “A gente foi botando telhado. O piso, fomos pagando em
  10. prestações. Por último foi feita uma área numa parte para fora, com churrasqueira” e, assim,
  11. Odila ia descrevendo a casa.
  12. O bairro Moinhos, onde a casa está localizada, era habitado, em sua maioria, por
  13. trabalhadores de baixa renda, como Odila. ___ ruas eram, inicialmente, cobertas com
  14. paralelepípedos, acentuando o ar bucólico do local. As casas eram cercadas por pequenos jardins
  15. de grama verde e baixa e, nos últimos anos, a prefeitura asfaltou algumas ruas do local. Elizandro
  16. disse ter uma relação especial com a vizinhança: “Ajudei a construir metade dessa vila”, contou
  17. com a voz embargada. O bairro já havia sido severamente atingido pela enchente de setembro
  18. do ano passado. Na ocasião, o Vale do Taquari também foi afetado e, no total, o Rio Grande do
  19. Sul registrou 54 mortes. O trauma de setembro deixou os moradores da região em estado de
  20. alerta. “A gente tem medo. O pessoal começou a dizer: ‘Á água está vindo. Á água está vindo’.
  21. Aí eu disse 🔵 ‘Vamos meter o pé’”, relembrou Odila. Após a decisão de partir, começou outra
  22. fase de angústia. Como sair de um lugar quando todos querem sair ao mesmo tempo?
  23. “Quando começou a enchente, nós começamos a reunir as coisas e esperamos o caminhão.
  24. Ligamos para os caminhões, mas não tinha mais porque eles não podiam socorrer todo mundo.
  25. Estávamos numa aflição porque sabíamos que a água ia tomar conta”, disse ela. Com a ajuda
  26. de vizinhos e dos filhos, Odila conseguiu reunir alguns poucos pertences e documentos e foi
  27. levada para um abrigo improvisado. Elizandro só chegou no abrigo no dia seguinte, pois tentou
  28. ajudar os vizinhos ___ levar móveis para os pisos superiores das casas. Não adiantou. A água
  29. encobriu todas as casas, ele contou.


(Disponível em: www.bbc.com/portuguese/articles/cj554e3zgmyo – texto adaptado especialmente para esta prova).

Leia o trecho a seguir, retirado do texto, e assinale a alternativa que apresenta a reescrita correta, mantendo o sentido original e aplicando as normas gramaticais.


“Odila tem pouco mais de um metro e meio de altura e o cabelo liso e grisalho, preso para trás. O corpo parece frágil, num contraste com as mãos, grossas e fortes da vida na roça nos tempos da juventude. Ela diz viver com a pensão equivalente a pouco mais de um salário mínimo, advinda da morte do marido, há 21 anos”.

Alternativas
Q2609415 Português

Ações imediatas no meio ambiente


A tragédia no Sul do país é prova eloquente e dolorosa de que o meio ambiente não pode mais ser tratado como assunto etéreo Correio Braziliense | 02/06/24


A Semana Nacional do Meio Ambiente iniciou-se em 1º de junho sob o impacto de uma tragédia climática no Brasil. Até a tarde de ontem, passava de 170 o número de mortos pelas enchentes que devastam o Rio Grande do Sul há pouco mais de um mês. A força das águas atingiu tamanho grau de destruição que varreu do mapa praticamente cidades inteiras, como Eldorado e Cruzeiro do Sul. Mais de 580 mil pessoas estão desabrigadas, entre 2,4 milhões de gaúchos afetados em mais de 90% dos municípios.

Até o momento, o governo federal dispendeu mais de R$ 60 bilhões na ajuda ao estado. Dentro de suas possibilidades, o governo estadual também ofereceu ajuda, particularmente no pagamento de um auxílio para famílias desabrigadas. Sabe-se, [no entanto], que essas ações são emergenciais. Mal começou o trabalho de reconstrução, e muitos gaúchos nem sequer tiveram condições de assimilar a perda de entes queridos, o que dirá de contabilizar os prejuízos. Mais de 40 pessoas permanecem desaparecidas sob o mar de lama, escombros e tristeza.

A tragédia no Sul do país é prova eloquente e dolorosa de que o meio ambiente não pode mais ser tratado como assunto etéreo. Passou há muito o tempo de restringir o tema a debate em conferências globais ou fóruns de especialistas. É hora de ação. De uma vez por todas, é hora de enfrentar as mudanças climáticas com todos os instrumentos à disposição.

O poder público tem papel preponderante nesse desafio. Cabe ao Estado cumprir acordos internacionais para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Cabe aos governos fiscalizar atividades danosas ao meio ambiente, como desmatamento ilegal e garimpo clandestino. Cabe ainda ao Executivo impedir o crescimento desordenado das cidades, de modo que milhares de famílias fixem residências em encostas ou às margens dos rios.

Em relação ao Legislativo, cumpre aos parlamentares preservar o meio ambiente de interesses diversos que põem em risco a sustentabilidade. Há quem diga que a legislação ambiental brasileira é das mais avançadas, mas a profusão de iniciativas perigosas — da privatização de áreas da União no litoral ao marco temporal de terras indígenas — mina o esforço necessário de tornar o Brasil um país onde a sustentabilidade é levada a sério.

Por fim, o Judiciário, assim como os demais Poderes, precisa dar ao meio ambiente tratamento diferenciado e preventivo, sob o risco de restringir sua atuação à reparação de danos decorrentes de tragédias ambientais. Assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme determina o artigo 225 da Constituição Federal, CONSTITUI/CONSTITUEM missão de enorme valor social para o sistema de Justiça.

A sociedade também tem um papel a cumprir. Não FALTA/FALTAM iniciativas e organizações, algumas de caráter global, que se mobilizam em favor da sustentabilidade. Mas ainda não é possível observar uma consciência ambiental predominante, em parte por causa do negacionismo climático que persiste em diversos setores.

Os alertas da ciência são inequívocos, e a realidade se IMPÕE/IMPÕEM. Não há mais como protelar medidas firmes, constantes e duradouras para evitar novas catástrofes climáticas. Que a Semana do Meio Ambiente, marcada pelo sofrimento de milhares no Rio Grande do Sul, dê início a um despertar em favor da natureza — e do futuro da humanidade.

AÇÕES imediatas no meio ambiente. Correio Braziliense, 02 de junho de 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/06/6869017-visao-do-correio-acoes-imediatas-no-meio-ambiente.html. Acesso em: 02 jun. 2024. Adaptado.

A palavra grifada em “Até o momento, o governo federal dispendeu mais de R$ 60 bilhões na ajuda ao estado.” (2º parágrafo) NÃO pode ser substituída por:

Alternativas
Q2609283 Português

Leia o Texto 2 para responder às questões 04 e 05.

Texto 2

Envelhecer

Mario Quintana Antes, todos os caminhos iam.

Agora todos os caminhos vêm

A casa é acolhedora, os livros poucos.

E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.

Disponível em: <https://revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-de-mario-quintana/.> Acesso em: 25 mar. 2024.

O adjetivo “acolhedora” poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

Alternativas
Q2608693 Português

A beleza na vitória de Alejandra Rodríguez

O reconhecimento da força, da potência e da

beleza dos rostos e corpos maduros

Juraciara Vieira | 25/04/2024

A modelo Alejandra Rodríguez, 60 anos, conta que aprecia a oportunidade de romper estereótipos em concursos de beleza - (crédito: MARCOS GOMEZ / AFP)

Não faz nem um ano que o concurso de beleza mais conhecido do mundo, o Miss Universo, fez história ao eliminar a restrição de idade que vigorava desde sua criação, em 1952. Aproveitando-se dessa nova possibilidade, a argentina Alejandra Rodríguez também fez história ao se tornar a primeira mulher madura, com 60 anos, a vencer uma etapa da edição do Miss Universo, realizada na PROVÍNCIA1 de Buenos Aires.

Atualmente estão em andamento as etapas regionais, e a etapa nacional está programada para o dia 25 de maio. Contudo, se depender da comoção em torno do nome de Alejandra, ela é a favorita para conquistar o título de Miss Argentina. Se isso ocorrer, ela representará a Argentina no icônico concurso que elege a mulher mais bonita do mundo.

Alejandra Rodríguez, que é jornalista e advogada, tornou-se modelo após receber o incentivo da diretora do Miss Universo Buenos Aires para se inscrever no concurso. Em uma entrevista recente, Alejandra declarou que a beleza transcende a estética, estando muito mais ligada a uma postura diante da vida; foi esse motivo que a levou a candidatar-se ao concurso regional, com o objetivo de quebrar ESTEREÓTIPOS2.

A decisão de Alejandra de se candidatar e a repercussão que sua vitória gerou podem sinalizar uma nova maneira de percebermos aquilo que é belo: associando-o à confiança, ao carisma, ao estilo e, acima de tudo, à forma como alguém envelhece com graça e dignidade.

Alejandra nos mostra que a beleza é um conceito FLUIDO3 e multifacetado, que não pode ser limitado apenas por faixas etárias. Assim como existe beleza em uma jovem de 20 anos, há beleza em uma mulher de 40, 60 ou até mesmo 100 anos. Cada estágio da vida traz sua própria singularidade e charme.

A decisão do Miss Universo de abolir a restrição etária, foi vista por nós da Coluna como um potencial ponto de inflexão para uma redefinição dos padrões de beleza. Alguns meses após essa mudança, Alejandra já personifica um novo paradigma que se inicia: o reconhecimento da força, da potência e da beleza dos rostos e corpos maduros.

Essa nova visão sobre o que de fato constitui o belo pode ser de grande valia em uma sociedade que valoriza demasiadamente o jovem e a inovação, encorajando mulheres de todas as idades a verem a si mesmas e suas experiências de vida como valiosas e belas. Isso desafia e expande os tradicionais padrões de beleza, que frequentemente excluem ou minimizam a presença e a visibilidade de mulheres mais velhas em plataformas globais como o Miss Universo.

Não sei se era o objetivo do Miss Universo quando aboliu a restrição etária, mas, ao acolher uma gama maior de candidatas, o concurso também ampliou o espectro de quem pode ser considerado belo nas sociedades modernas. Para aqueles encarregados de eleger a mulher mais bela do mundo, a beleza não é mais um PRIVILÉGIO4 da juventude, mas uma quase virtude, com inúmeras faces.

A história de Alejandra Rodríguez não é somente sobre uma vitória pessoal em um concurso de beleza; é também sobre a redefinição do conceito de beleza, à luz da experiência e da maturidade. Ela nos dá esperança de que, em breve, a beleza será celebrada em todas as suas formas, idades e expressões.

Acompanharei cada uma das etapas do Miss Universo Argentina, torcendo por Alejandra, na certeza de que ela carrega, além de seus sonhos, a esperança de muitas mulheres que, assim como eu, VÊEM5 nela um símbolo de mudança e de inclusão.

(Fonte: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/04/68 45431-a-beleza-na-vitoria-de-alejandra-rodriguez.html. Acesso em: 27 abr. 2024. Adaptado.)

No trecho “Em uma entrevista recente, Alejandra declarou que a beleza transcende a estética, estando muito mais ligada a uma postura diante da vida; foi esse motivo que a levou a candidatar-se ao concurso regional, com o objetivo de quebrar estereótipos.”, a palavra sublinhada pode ser substituída pelo seguinte sinônimo:

Alternativas
Q2608067 Português

Texto 1


A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito). Os vírus dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Flavivirus. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.

As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981- 1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor. Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus. A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.


(https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue Acesso em 20/03/2024)

No período: “Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste.”, o trecho em destaque pode ser reescrito sem prejuízo semântico em:

Alternativas
Q2608022 Português

Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda as questões de 01 a 10:


Brasileira surda defende doutorado em Libras no Rio


A pesquisadora surda defendeu o doutorado em Libras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Foto: Arquivo pessoal.


Uma pesquisadora surda defendeu o doutorado sobre Libras, a Língua Brasileira de Sinais e reivindicou o protagonismo para surdos na academia.

Heloise Gripp Diniz, de 48 anos, inovou e defendeu a tese em Libras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ineditismo da conquista é só mais um que ela venceu durante os estudos.

Agora, a primeira surda a conquistar o título no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade, Heloise quer que mais pessoas com deficiência auditiva liderem a produção de conhecimento sobre si próprias.

Na academia, a pesquisadora formada em Letras-Libras, com mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina, inovou no tema. A tese foi sobre Variação fonológica das letras manuais na soletração manual em Libras. Assim como o português, a língua de sinais também tem suas variações. “Minha pesquisa evidencia que há variação fonológica nas letras manuais de acordo com a soletração manual, destacando a diversidade e a riqueza linguística presente nesse aspecto das libras”, explicou.

Para ela, chegar em uma universidade prestigiada como a UFRJ, e defender a pesquisa acadêmica sobre a língua de sinais por meio dela própria, é um avanço para toda a comunidade. “Este avanço não apenas celebra as conquistas individuais, mas também fortalece o movimento mais amplo em prol dos direitos, inclusão social e reconhecimento dos povos surdos e das comunidades surdas, tanto acadêmicas, quanto não acadêmicas”, destacou.

Heloise fez questão de frisar que a conquista dela avança em direção a uma maior valorização da comunidade. “Essa conquista simboliza um passo significativo rumo à valorização, visibilidade e respeito pelas contribuições e perspectivas únicas dos surdos em todos os aspectos da sociedade”.

A pesquisadora defende que pessoas surdas possam se comunicar sem a necessidade de intérpretes: “Incialmente, os povos surdos eram convidados a participar com informantes em pesquisas, algumas vezes com a presença de intérpretes de libras”, concluiu.


Fonte <https://www.sonoticiaboa.com.br/2024/02/15/brasileira-surda-defende-doutorado-libras-rio-pioneira>.

Acesso em 16/02/2024.

Leia com atenção o título do texto:


Brasileira surda defende doutorado em Libras no Rio


A alteração na ordem de palavras do par destacado:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Araruna - PB Provas: CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Advogado | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Auditor Fiscal | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Assistente Social | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Agente de Contratação | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Veterinário | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Psicólogo Clínico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Psicólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Odontólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Nutricionista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Terapeuta Ocupacional | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Farmacêutico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Enfermeiro | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Educador Social | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Bioquímico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Fonoaudiólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ginecologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Endocrinologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Dermatologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Fisioterapeuta | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Clínico Geral | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Cardiologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Urologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ultrassonografista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Psiquiatra | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ortopedista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Neurologista |
Q2606426 Português
Texto I


Mulheres devem ser maioria entre médicos no País já a partir deste ano


Segundo CFM, médicas são 49,92% dos profissionais e ligeira vantagem masculina deve acabar neste ano; desde 2009, elas lideram entre egressos de cursos de Medicina


Elas representam mais de 49% dos profissionais em atuação no Brasil. Na cidade de São Paulo, já são maioria.


O número de mulheres médicas já é quase metade do total de profissionais no Brasil e elas devem superar a quantidade de homens e se tornar maioria na profissão ainda neste ano, conforme a nova edição do estudo Demografia Médica, divulgada hoje pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


Segundo a pesquisa, que reúne dados atualizados até janeiro deste ano, mulheres representam hoje 49,92% dos profissionais, enquanto os homens são 50,08% do total. Em 1990, só 30% dos médicos no País eram do sexo feminino.


Há localidades do País em que as médicas já são maioria, como na cidade de São Paulo, onde elas representam 51,04% da força de trabalho da profissão, com 39.721 profissionais.


Segundo o CFM, a ligeira vantagem masculina ainda existente no cenário nacional deverá ser superada neste ano porque, desde 2009, as mulheres são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina. Entre os profissionais com menos de 40 anos, elas já são maioria (58%). E só considerando os médicos que ingressaram no mercado em 2023, 60% eram do sexo feminino. “A minha turma da faculdade era composta majoritariamente por mulheres. De 40 alunos, só 7 eram homens”, conta a clínica-geral Laura Gomes Flores, que se formou em 2019.


Especialistas e representantes da categoria destacam que a mudança no perfil dos médicos brasileiros traz repercussões também para os pacientes. No estudo divulgado, o CFM ressalta que a evolução na composição de gênero na Medicina “traz consigo novas perspectivas e abordagens para o atendimento à saúde”.


Quanto às áreas de especialização, embora o País esteja atingindo um equilíbrio de gênero no número total de médicos, há especialidades que ainda mantêm amplo predomínio feminino ou masculino.


Estudo de 2023 da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que, em dermatologia, pediatria, endocrinologia e alergia e imunologia, as mulheres chegam a mais de 70% dos especialistas. Já em áreas como urologia, ortopedia e neurocirurgia, os homens representam mais de 90% dos profissionais. As especialidades cirúrgicas, no geral, têm menos de 25% de mulheres entre seus médicos.


Para Lígia Bahia, médica e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a chamada feminização da Medicina é um fenômeno mundial impulsionado pela maior participação das mulheres no mercado de trabalho como um todo e traz um impacto positivo para o paciente ao elevar o número de profissionais do sexo feminino, que costumam ter mais habilidades relacionais, como a empatia. “Mulheres são dedicadas, costumam privilegiar a solidez e a qualidade do trabalho em detrimento da competição e valores elevados de remuneração. A presença feminina costuma ser acompanhada por compromisso e maior tempo de permanência com os pacientes”, diz a especialista.


Para o CFM, o cenário “desafia as estruturas tradicionais e as normas de gênero na Medicina, abrindo caminho para um ambiente mais inclusivo e diversificado” e “pode servir como um catalisador para abordar questões mais amplas de equidade de gênero no setor de saúde”.


Fonte: CAMBRICOLI, Fabiana. Mulheres devem ser maioria entre médicos no País já a partir deste ano. O Estado de S. Paulo, ano 145, n. 47655, 8 abr. 2024.
Metrópole, p. A12. Disponível em: https://www.pressreader.com/brazil/o-estado-de-s paulo/20240408/page/12. Acesso em: 08 abr. 2024, com adaptações.

Leia o excerto e analise as assertivas que seguem:

“O número de mulheres médicas já é quase metade do total de profissionais no Brasil e elas devem superar a quantidade de homens e se tornar maioria na profissão ainda neste ano, conforme a nova edição do estudo Demografia Médica, divulgada hoje pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).” (2º§).


I- O termo “conforme” pode ser substituído sem alteração de sentido pelo termo “consoante”, mas não pode ser substituído pelo termo “segundo”.

II- Na oração “elas devem superar a quantidade de homens”, o pronome “elas” é empregado como um recurso anafórico, já que retoma um termo anterior.

III- Embora a conjunção “e” seja classificada como uma conjunção aditiva, está sendo empregada com valor adversativo.

É  CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Araruna - PB Provas: CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Advogado | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Auditor Fiscal | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Assistente Social | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Agente de Contratação | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Veterinário | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Psicólogo Clínico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Psicólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Odontólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Nutricionista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Terapeuta Ocupacional | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Farmacêutico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Enfermeiro | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Educador Social | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Bioquímico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Fonoaudiólogo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ginecologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Endocrinologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Dermatologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Fisioterapeuta | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Clínico Geral | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Cardiologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Urologista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ultrassonografista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Psiquiatra | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Ortopedista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Araruna - PB - Médico Neurologista |
Q2606422 Português
Texto I


Mulheres devem ser maioria entre médicos no País já a partir deste ano


Segundo CFM, médicas são 49,92% dos profissionais e ligeira vantagem masculina deve acabar neste ano; desde 2009, elas lideram entre egressos de cursos de Medicina


Elas representam mais de 49% dos profissionais em atuação no Brasil. Na cidade de São Paulo, já são maioria.


O número de mulheres médicas já é quase metade do total de profissionais no Brasil e elas devem superar a quantidade de homens e se tornar maioria na profissão ainda neste ano, conforme a nova edição do estudo Demografia Médica, divulgada hoje pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


Segundo a pesquisa, que reúne dados atualizados até janeiro deste ano, mulheres representam hoje 49,92% dos profissionais, enquanto os homens são 50,08% do total. Em 1990, só 30% dos médicos no País eram do sexo feminino.


Há localidades do País em que as médicas já são maioria, como na cidade de São Paulo, onde elas representam 51,04% da força de trabalho da profissão, com 39.721 profissionais.


Segundo o CFM, a ligeira vantagem masculina ainda existente no cenário nacional deverá ser superada neste ano porque, desde 2009, as mulheres são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina. Entre os profissionais com menos de 40 anos, elas já são maioria (58%). E só considerando os médicos que ingressaram no mercado em 2023, 60% eram do sexo feminino. “A minha turma da faculdade era composta majoritariamente por mulheres. De 40 alunos, só 7 eram homens”, conta a clínica-geral Laura Gomes Flores, que se formou em 2019.


Especialistas e representantes da categoria destacam que a mudança no perfil dos médicos brasileiros traz repercussões também para os pacientes. No estudo divulgado, o CFM ressalta que a evolução na composição de gênero na Medicina “traz consigo novas perspectivas e abordagens para o atendimento à saúde”.


Quanto às áreas de especialização, embora o País esteja atingindo um equilíbrio de gênero no número total de médicos, há especialidades que ainda mantêm amplo predomínio feminino ou masculino.


Estudo de 2023 da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que, em dermatologia, pediatria, endocrinologia e alergia e imunologia, as mulheres chegam a mais de 70% dos especialistas. Já em áreas como urologia, ortopedia e neurocirurgia, os homens representam mais de 90% dos profissionais. As especialidades cirúrgicas, no geral, têm menos de 25% de mulheres entre seus médicos.


Para Lígia Bahia, médica e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a chamada feminização da Medicina é um fenômeno mundial impulsionado pela maior participação das mulheres no mercado de trabalho como um todo e traz um impacto positivo para o paciente ao elevar o número de profissionais do sexo feminino, que costumam ter mais habilidades relacionais, como a empatia. “Mulheres são dedicadas, costumam privilegiar a solidez e a qualidade do trabalho em detrimento da competição e valores elevados de remuneração. A presença feminina costuma ser acompanhada por compromisso e maior tempo de permanência com os pacientes”, diz a especialista.


Para o CFM, o cenário “desafia as estruturas tradicionais e as normas de gênero na Medicina, abrindo caminho para um ambiente mais inclusivo e diversificado” e “pode servir como um catalisador para abordar questões mais amplas de equidade de gênero no setor de saúde”.


Fonte: CAMBRICOLI, Fabiana. Mulheres devem ser maioria entre médicos no País já a partir deste ano. O Estado de S. Paulo, ano 145, n. 47655, 8 abr. 2024.
Metrópole, p. A12. Disponível em: https://www.pressreader.com/brazil/o-estado-de-s paulo/20240408/page/12. Acesso em: 08 abr. 2024, com adaptações.

A oração “desde 2009, as mulheres são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina” (5º§) pode ser reorganizada, com correção gramatical e atenção à delimitação dos constituintes oracionais, em:

I- As mulheres, são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina desde 2009.

II- As mulheres, desde 2009, são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina.

III- As mulheres são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina desde 2009.

IV- As mulheres desde 2009, são maioria entre as egressas das faculdades de Medicina.


Está mantida a correção gramatical e a adequada delimitação dos constituintes oracionais em:
Alternativas
Q2605538 Português
Texto 1

    A cidade de Miraí está enfrentando uma significativa proliferação de moscas e pernilongos, um problema que tem afetado a qualidade de vida dos moradores. Para combater essa situação, a Secretaria Municipal de Saúde e a Equipe de Endemias de Miraí estão trabalhando de forma unida, o que intensifica suas ações em todos os bairros da cidade. Como medida principal, a equipe de Endemias realizará a aplicação de inseticida em todas as regiões de Miraí. Essa ação visa reduzir drasticamente a população de moscas e pernilongos, diminuindo os riscos de doenças transmitidas por esses insetos e melhorando as condições sanitárias do município. Para que o trabalho da equipe seja bem-sucedido, é fundamental a colaboração dos cidadãos. A equipe de Endemias pede que todos deixem suas casas abertas no momento da aplicação do inseticida, permitindo, assim, que o produto alcance todos os ambientes internos e externos das residências.
(Disponível em: https://www.guiamirai.com.br. Acesso em: 07 ago. 2024, com adaptações.)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho “Como medida principal, a equipe de Endemias realizará a aplicação de inseticida em todas as regiões de Miraí. Essa ação visa reduzir drasticamente a população de moscas e pernilongos, diminuindo os riscos de doenças transmitidas por esses insetos e melhorando as condições sanitárias do município” mantendo o sentido e a correção gramatical. 
Alternativas
Q2605471 Português
Texto 2

Um estudo recente trouxe avanços promissores no campo da imunologia, ao desenvolver uma vacina experimental. Os pesquisadores criaram uma dose que não só induziu uma resposta imunológica contra o H1N1, como também mostrou eficácia contra outros subtipos do vírus da gripe, incluindo o H5N1, um dos causadores da gripe aviária atual. O H1N1 de 1918 foi um dos vírus mais letais da história moderna e causou a morte de milhões de pessoas. A descoberta de que essa vacina pode oferecer proteção contra múltiplos subtipos do vírus é um marco significativo, sugerindo a possibilidade de uma vacina universal contra a gripe. Ainda que os resultados sejam encorajadores, os pesquisadores destacam que o estudo está em fase inicial e que mais testes são necessários para confirmar a segurança e a eficácia da vacina em humanos.
(Disponível em: https://www.guiamirai.com.br. Acesso em: 7 ago. 2024, com adaptações.)
Assinale a alternativa em que, ao parafrasear o Texto 2, os sentidos originais e a correção gramatical do trecho “A descoberta de que essa vacina pode oferecer proteção contra múltiplos subtipos do vírus é um marco significativo, sugerindo a possibilidade de uma vacina universal contra a gripe.” são preservados.
Alternativas
Q2594944 Português
    Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 e faleceu em 1908. É o fundador da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
     Filho de um pintor e uma açoriana e sem meios para cursos regulares, estudou como pôde e, com 15 anos, publicou o primeiro trabalho literário, o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres. Em 1856, foi aprendiz de tipógrafo. Dois anos depois, era revisor e colaborador no Correio Mercantil e, em 1860, passou a pertencer à redação do Diário do Rio de Janeiro. Escrevia regularmente também para a revista O Espelho, onde estreou como crÌtico teatral.
     O primeiro livro publicado por Machado foi a tradução de “Queda que as mulheres têm para os tolos” (1861), e seu primeiro livro de poesias saiu em 1864. Em 1881 saiu o livro que daria uma nova direção ___ carreira literária de Machado de Assis — “Memórias póstumas de Brás Cubas”. Revelou-se também __________ contista em “Papéis avulsos” (1882) e nas várias coletâneas de contos que se seguiram.
     Do grupo de intelectuais que se reunia na redação da Revista, e principalmente de Lúcio de Mendonça, partiu a ideia da criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início. Comparecia às reuniıes preparatórias e, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, à qual ele se devotou até o fim da vida.
     A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. A poesia, o indianismo e o parnasianismo, as coletâneas de contos e os romances. A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das __________, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de língua portuguesa. 

Academia Brasileira de Letras. Adaptado.
A palavra “abrange”, presente no último parágrafo, poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por: 
Alternativas
Q2594858 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Meu ideal seria escrever

     Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa (que não sai de casa), enlutada (profundamente triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”.
     Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
    Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário (autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce autoridade administrativa, judicial, fiscal ou policial), depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
      E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa (habitante da antiga Pérsia, atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin (capital da Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou (introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
     E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”
     E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

(BRAGA, Rubem. Meu ideal seria escrever. In.: A traição das elegantes, Rio de Janeiro, 1967.)
No trecho “Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; [...] (3º§), a expressão em destaque NÃO pode ser rescrita da seguinte maneira: 
Alternativas
Q2593857 Português

Texto para as questões 1 a 10:


Oceanos batem recorde de calor em meio à falta de ações


1Recorde de temperaturas, ondas de calor cada vez mais frequentes e acidificação acelerada: o mais recente relatório

da OMM (Organização Meteorológica Mundial) confirmou uma série de indicadores negativos para os oceanos.

As águas, que cobrem mais de 70% da superfície da Terra, têm um papel importante na regulação do clima. A maior

parte da energia acumulada no sistema atmosférico vai para os oceanos, que foram fundamentais para que as temperaturas

5 globais não se elevassem ainda mais nas últimas décadas.

Os dados mais recentes evidenciam, contudo, uma rápida degradação das condições dos mares. Ano mais quente da

história da humanidade, 2023 ficou marcado também por um aumento sem precedentes das ondas de calor marinhas, que

chegaram a uma cobertura média diária de 32% dos oceanos. No recorde anterior, em 2016, as cifras eram de 23%.

A situação mereceu um alerta especial da OMM, que é vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas). “A escala

10 de tempo dos oceanos não é tão rápida quanto a da atmosfera. Mas, uma vez que a mudança está estabelecida, eu diria que

é quase irreversível”, avaliou a secretária-geral da entidade, Celeste Saulo.

“A tendência é realmente muito preocupante. E isso se deve às características da água, que retém o calor por mais

tempo do que a atmosfera. É por isso que estamos prestando cada vez mais atenção ao que está acontecendo nos oceanos.”

As ondas de calor marinhas têm grande influência também no processo de branqueamento de corais, ecossistemas

15 essenciais para o equilíbrio da vida marinha. Nos últimos meses, diversas instituições, incluindo a Noaa (agência atmosférica

e oceânica americana), emitiram alertas para o risco de episódios de grandes proporções.

Nesse processo, desencadeado pelo estresse térmico, os corais expulsam as algas que vivem em seus tecidos, ficando

assim mais vulneráveis a diversos problemas, incluindo a falta de nutrientes e a doenças.

“Temos o risco de uma espécie de desertificação [da vida] dos oceanos quando esse branqueamento de corais se

20 expande muito amplamente”, disse o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour.

Os níveis recordes de acidificação dos oceanos, resultado da absorção dos níveis sem precedentes de dióxido de

carbono, contribuem para deteriorar ainda mais os ecossistemas marinhos.

Diante desse cenário, cientistas de todo o mundo têm elevado os alertas para reforçar a proteção dos oceanos.

Em 2023, após mais de uma década de negociações, a comunidade internacional concordou com um tratado no âmbito

25 da ONU para a preservação do chamado “alto-mar”, as águas que se estendem para além do limite de 370 km da costa das

atuais jurisdições nacionais.

Até agora, os compromissos internacionais de preservação se enquadravam nas águas nacionais. Ainda que o alto-

mar tenha sido de certa forma mais preservado historicamente, a situação se alterou nas últimas décadas.

O aumento da regulação nos mares mais próximos, combinado à crescente exaustão de recursos naturais nessas

30 regiões, tem expandido rapidamente as “fronteiras” marítimas. Além dos danos trazidos pelas mudanças climáticas, as águas

mais afastadas tornaram-se frequentemente exploradas por atividades intensivas que se aproveitam das lacunas legais.

No tratado, os países assumem o compromisso com a preservação de pelo menos 30% dos oceanos até 2030.

Atualmente, apenas cerca de 3% dos oceanos do globo estão sob proteção total ou muito elevada.

Apesar de ter sido classificado como histórico por ambientalistas, o acordo só entra em vigor quando pelo menos 60

35 países o tiverem ratificado. Até agora, apenas Palau, um Estado insular do Pacífico, e o Chile cumpriram esse requisito.

“O tratado foi um avanço muito grande na perspectiva da governança global dos oceanos. Estamos fechando uma

lacuna importante, porém ainda é necessário que os países se comprometam e ratifiquem o documento no seu cenário

doméstico”, destaca Leandra Gonçalves, doutora em relações internacionais e professora do Instituto do Mar da Unifesp

(Universidade Federal de São Paulo).

40 “O Brasil, por exemplo, ainda não ratificou”, completou a bióloga.

A necessidade dos processos de ratificação foi um dos temas debatidos na Cúpula Mundial dos Oceanos, realizada em

março em Lisboa. Diretor científico e administrador da Fundação Oceano Azul, Emanuel Gonçalves destacou a importância da

proteção dos ecossistemas marinhos.

“Nós levamos 300 anos para proteger 3% dos oceanos da pesca extrativa. Se fizermos agora a mesma coisa, vamos

45 levar mais 300 anos. Temos de fazer diferente. Precisamos acelerar os processos e garantir a proteção baseada na melhor

evidência científica”, diz o pesquisador.

A falta de financiamento para medidas de preservação tem sido historicamente um dos principais entraves ao

estabelecimento das zonas protegidas. Além de cobrar mais recursos para a implementação das áreas de proteção, Gonçalves

diz que os oceanos merecem mais espaço na agenda internacional.

50 “A relação entre o oceano e o clima tem sido algo negligenciado no âmbito das convenções das alterações climáticas

[as COPs]”, avaliou.

Para Leandra Gonçalves, embora o tema venha ganhando espaço desde a Rio+20, realizada em 2012, ainda é preciso

garantir que as discussões se transformem em medidas concretas

“Os oceanos estão ocupando um espaço maior na agenda internacional, e isso tem se refletido na agenda doméstica

55 dos países, em especial daqueles que têm grandes zonas costeiras. Mas ainda está muito tímida a prática desses países para

as questões das mudanças climáticas, da conservação da biodiversidade e da poluição”, enumerou. “Precisamos aproximar

o discurso da prática.”


Giuliana Miranda. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 28 mar. 2024.

Até agora, os compromissos internacionais de preservação se enquadravam nas águas nacionais. Ainda que o alto-mar tenha sido de certa forma mais preservado historicamente, a situação se alterou nas últimas décadas. (linhas 27 e 28)


A alternativa que poderia substituir o segmento destacado no período acima, sem provocar grave alteração de sentido, seria

Alternativas
Q2591038 Português

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://www.instagram.com/p/Cwx00nHunk7/ ?igsh=NGJkM3lrZWs1NW91>. Acesso em: 5 maio 2024.


Na figura apresentada, manteria o sentido original do texto caso fosse realizada a substituição do vocábulo

Alternativas
Respostas
821: A
822: A
823: C
824: D
825: C
826: A
827: B
828: B
829: C
830: A
831: E
832: A
833: D
834: B
835: D
836: D
837: A
838: B
839: D
840: C