Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso
Foram encontradas 9.446 questões
Julgue o item seguinte, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente.
Os sentidos e a correção gramatical do texto estariam
preservados caso o trecho “o surgimento da escrita não foi
apenas a aquisição de mais um modo de expressão, mas
também uma revolução” (primeiro período do primeiro
parágrafo) fosse assim reescrito: o surgimento da escrita
não foi a aquisição de mais um modo de expressão, mas
sim uma revolução.
Por que cada vez mais sul-coreanas optam por não ter filhos
Por que cada vez mais sul-coreanas optam por não ter filhos Dados mostram queda na natalidade no país, chegando ao seu mínimo histórico. Mulheres culpam pressão social por serem as únicas responsáveis pelos cuidados com os filhos e os desafios de conciliar família e carreira. Quando ela era mais jovem, Hyobin Lee tinha o desejo de ser mãe. Mas, chegou a um ponto em que teve que tomar uma difícil decisão – e acabou optando por sua carreira em vez de uma família. Agora, é uma acadêmica de sucesso na cidade sul-coreana de Daejeon.
Lee, de 44 anos, é apenas uma entre milhões de mulheres sul-coreanas que decidiram conscientemente não ter filhos – levando a taxa de natalidade do país para um novo mínimo histórico.
A taxa de natalidade – o número médio de nascimentos por mulher – diminuiu para 0,72 no ano passado, de acordo com estatísticas preliminares divulgadas pelo governo da Coreia do Sul nesta semana. O número é abaixo dos 0,78 do ano anterior e dá seguimento a um declínio anual gradual desde 2015.
O índice está bem abaixo das 2,1 crianças necessárias para manter a população do país. Com apenas 230 mil nascimentos no ano passado, os números sugerem que a população pode cair para cerca de 26 milhões até 2100 na Coreia do Sul – metade da atual.
“Quando era jovem, sonhava em ter um filho que se parecesse comigo”, conta Lee à DW. “Eu queria brincar com ele, que lêssemos juntos e gostaria de lhe mostrar muito do mundo. Mas percebi que a realidade não é tão simples.”
“Escolhi não ter filhos por causa da minha carreira”, diz. “Ter e criar um filho causaria problemas para minha carreira e temo que ficaria ressentida com a criança por esse motivo. E, como consequência, tanto a criança quanto eu ficaríamos infelizes”, analisa.
Uma carreira de sucesso na sociedade coreana dominada por homens é uma das razões pelas quais muitas mulheres optam por não ter filhos. Mas há muitas outras, salienta Lee.
“As questões econômicas desempenham um papel significativo e, apesar de várias políticas de nascimento concebidas para apoiar as mulheres, elas não funcionam como o planejado”, destaca.
A licença parental, por exemplo, por lei, está disponível tanto para homens quanto para mulheres. No entanto, é esmagadoramente utilizada apenas pelas mulheres.
Somente 1,3% dos homens sul-coreanos utilizam o direito à licença parental, em comparação com uma média de 43,4% nos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As empresas coreanas são relutantes em contratar mulheres jovens, pois temem investir na formação de um novo membro para a equipe que poderia deixar o cargo depois de engravidar e, quem sabe, se concentrar em tempo integral à maternidade em vez de regressar ao mercado de trabalho.
“Na Coreia, ainda existe uma cultura predominante de que ter filhos e todos os aspectos do cuidado deles são responsabilidade exclusiva das mulheres”, acrescenta Lee. “O desafio de gerir simultaneamente o nascimento e o cuidado dos filhos é tão assustador que muitas mulheres optam por não ter filhos. Isto também vale para mim”.
Jungmin Kwon, professora associada da Universidade Estadual de Portland, no Oregon (EUA), especialista em cultura popular do Leste Asiático, concorda que as pressões da sociedade sul-coreana podem ser sufocantes.
“De acordo com muitos estudos, fatores significativos incluem o custo e o esforço envolvido no cuidado infantil”, diz.
“A Coreia é famosa pelo seu extenso mercado de educação privada e é difícil ir contra uma atmosfera na qual se assume como certo que os pais gastarão muito dinheiro em vários programas de educação privada desde muito cedo, a fim de que seus filhos possam competir com outras crianças”.
“Mais importante ainda, na atual cultura patriarcal, onde se espera que as mulheres suportem a maior parte da energia mental e física necessária para criar os filhos, o nascimento e o cuidado dos filhos são escolhas desafiadoras para as mulheres”, destaca Kwon, salientando que as estatísticas mostram que as mulheres ainda fazem cinco vezes mais tarefas domésticas e de cuidado com os filhos do que os homens.
“Numa situação em que o respeito e a consideração pelas mulheres que trabalham em toda a sociedade ainda não se enraizaram, gerir bem a casa e a carreira é uma tarefa desafiadora e estressante para as mulheres.”
E a consequência disso, salienta ela, é que, à medida que os níveis de educação de gênero se tornam mais igualitários e as mulheres têm mais recursos econômicos e escolhas na profissão do que no passado, elas estão descobrindo muitas formas de viver sem depender dos homens.
“Muitas mulheres não querem restringir suas vidas e escolhem não só não ter filhos, como também não se casar”, explica Kwon.
Os esforços agressivos dos recentes governos sul-coreanos para aumentar a taxa de natalidade – incluindo benefícios adicionais para famílias com vários filhos e apoio a famílias monoparentais – claramente não conseguiram virar a maré, salienta Lee, e ainda tiveram a consequência imprevista de alimentar o ressentimento entre os homens.
“Eles sentem-se preteridos por terem de cumprir o serviço militar obrigatório e argumentam que não existe uma regra equivalente para as mulheres, que ainda se beneficiam de inúmeras políticas de apoio”, comenta.
Foi esse filão que garantiu, em parte, a vitória de Yoon Suk Yeol nas eleições presidenciais de maio de 2022, depois de ele prometer abolir o Ministério da Igualdade de Gênero e Família.
Tanto Lee como Kwon são pessimistas quanto à possibilidade de superar a crise populacional da Coreia do Sul. Para Lee, as mulheres jovens parecem não ter interesse em responder às necessidades do país.
“Há uma crença generalizada de que as questões das taxas de natalidade e da pressão social não são da conta delas”, diz. “O individualismo predominante da geração mais jovem significa que é pouco provável que as pressões sociais ajudem a melhorar as taxas de natalidade”, destaca.
“As mulheres jovens de hoje têm perspectivas diferentes sobre família, casamento, nascimento, comunidade e Estado- -nação do que as das gerações anteriores”, explica. “Elas estão menos aprisionadas pelas ‘obrigações de ser mulher’ impostas pelos Estados, sociedades e famílias patriarcais.”
“Atualmente não é viável que as estruturas patriarcais mudem da noite para o dia e, consequentemente, também é pessimista pensar que as mulheres terão filhos para aumentar a taxa de natalidade na Coreia”, conclui a professora.
Na linha 16, o vocábulo “pois” transmite o sentido de ___________. Por isso, pode ser substituído, sem alteração de sentido no trecho, por ___________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Texto CB2A1
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um locaute, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que, obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido, conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
— Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque, no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas.
Rubem Braga. O padeiro (com adaptações).
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB2A1, julgue o item que se segue.
Estariam mantidos os sentidos do segundo período do
primeiro parágrafo caso se deslocasse o termo “alguma” para
imediatamente depois de “coisa”.
Texto para o item.
Por que cientistas estão congelando animais de espécies ameaçadas
Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item.
A forma verbal “É” (linha 26) poderia ser substituída
por “Trata‑se de”, sem prejuízo ao sentido original
do texto.
Texto para a questão.
Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro. O mistério do efeito placebo. Su-
perinteressante, ed. 458, Editora Abril, dez./2023 (com adaptações).
Um balanço feito pelo Instituto Sou da Paz e pelo INSPER mostrou que, em 2021, o Distrito Federal registrou a menor taxa de homicídios dos últimos 45 anos, mesmo com o aumento da população. Em Alagoas, os indicadores do mesmo crime caíram 14,8%. De acordo com o Segundo Balanço das Políticas de Gestão para Resultados na Segurança Pública, em São Paulo reduziu-se em 49% o roubo de veículos entre 2014 e 2021.
O documento evidencia iniciativas estaduais que representam boas práticas na área de segurança pública. Segundo a diretora executiva do Instituto Sou da Paz, a pesquisa encontrou 11 estados com programas de gestão de resultado. O destaque é o Espírito Santo, que tem uma ação mais longeva e consegue manter um programa central que envolve as polícias com resultados importantes na redução dos homicídios. “São programas que, embora não sejam uma panaceia, conseguem contribuir muito para a integração das polícias, dão uma ferramenta para o secretário de segurança coordenar, dão uma visão de longo prazo para a segurança pública nos estados, o que não é algo trivial”, disse a diretora.
“O estabelecimento de diretrizes baseadas em evidências é essencial para a promoção de melhorias na segurança pública dos estados brasileiros”, afirmou um professor do Centro de Gestão e Políticas Públicas do INSPER. Ele acrescentou que o balanço apresentado pelo instituto e pelo Sou da Paz buscou analisar o que funciona para a área, quais estados alcançaram sucesso nos últimos anos e como os gestores podem orientar propostas para conseguir os melhores resultados possíveis.
Internet: <https://agenciabrasil.ebc.com.br> (com adaptações).
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto,
o trecho ‘essencial para a promoção’ (primeiro período do
último parágrafo) poderia ser reescrito como essencial à
promoção.
A respeito de aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
Não haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso se
suprimissem as vírgulas que delimitam o trecho “inserida no
contexto do programa Pró-Equidade de Gênero” (primeiro
período do primeiro parágrafo), embora tal supressão
alterasse as relações sintáticas no período.
A respeito de aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
Estaria mantida a correção gramatical do segundo período do
primeiro parágrafo caso o segmento “para mães servidoras”
fosse reescrito como à mães servidoras, visto que o termo
“mães” está especificado.
Julgue o item subsequente, em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
No início do texto, a substituição da forma verbal “Há” por
Existe manteria os sentidos do texto, seu grau de
formalidade e sua correção gramatical.
Com relação a propriedades morfossintáticas do texto CG1A1, julgue o item que se segue.
No último período, a substituição de “está relacionada” por
estão relacionados manteria a correção gramatical do texto,
sem necessidade de outros ajustes no período.
Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Sem alteração do sentido do segundo período do texto, ele
poderia ser reescrito da seguinte forma: Entre os principais
municípios brasileiros, seria impossível encontrar outro que,
não sendo interiorano, tenha gerado tantas figuras
importantes para o país.
Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
No primeiro período do texto, a forma verbal “levaria”
poderia ser substituída por ganharia, sem prejuízo dos
sentidos do texto.
Acerca das ideias veiculadas no texto anterior e de seus aspectos linguísticos, julgue o item subsequente.
No trecho “democracia é o regime político em que o povo
exerce o poder” (segundo período do primeiro parágrafo), a
omissão da preposição “em” não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Acerca das ideias veiculadas no texto anterior e de seus aspectos linguísticos, julgue o item subsequente.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a forma
verbal “têm” (último período do texto) fosse grafada sem o
acento circunflexo — tem.
Julgue o próximo item, que dize respeito às ideias do texto precedente e à sua estrutura linguística.
A expressão “lançado em” (primeiro período) poderia ser
substituída, mantendo-se a correção gramatical do texto, por
publicado apartir de.