Questões de Concurso Sobre regência em português

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Ano: 2019 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2019 - IF-PE - Nível Médio |
Q1325439 Português

Leia o TEXTO 2 para responder a questão..

TEXTO 2

EDUCAÇÃO E COOPERAÇÃO: PRÁTICAS QUE SE RELACIONAM

  A educação e a cooperação são duas práticas sociais em que, sob certos aspectos, uma contém a outra. Na educação, podem-se identificar práticas cooperativas; na cooperação, podem-se identificar práticas educativas. Entrelaçam-se e potencializam-se como processos sociais. A organização da cooperação exige de seus atores uma comunicação de interesses, de objetivos, a respeito dos quais precisam falar, argumentar e decidir. Nesse processo de interlocução de saberes, acontece a educação. , portanto, uma estreita relação entre esses dois fenômenos: na prática cooperativa, para além de seus propósitos e interesses específicos, produz-se conhecimento, aprendizagem, educação; na prática educativa, como um processo complexo de relações humanas, produz-se cooperação. Assim, as práticas cooperativas na escola podem constituir-se em privilegiados "espaços pedagógicos", através dos quais os seus sujeitos tomam consciência das diferentes dimensões da vida social.

FRANTZ, Walter. Educação e cooperação: práticas que se relacionam. Sociologias [online]. 2001, n.6, pp.242- 264. ISSN 1517-4522. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200011. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200011> . Acesso em: 27 nov. 2019 (adaptado)

Observe a forma verbal destacada no TEXTO 2 e assinale a alternativa cuja explicação justifica CORRETAMENTE sua flexão no singular.
Alternativas
Q1323821 Português
Em relação à regência de certas palavras presentes no texto, analise as assertivas que seguem:
I. Na linha 19, caso a expressão ‘seu papel profissional’ fosse alterada por ‘sua identidade profissional’, o uso do acento de crase seria facultativo. II. Caso a palavra ‘responder’ (l.20) fosse alterada por ‘entender’, haveria necessidade de retirar a preposição ‘a’ (l.20). III. Caso a expressão ‘mais importante’ (l.47- 48) fosse alterada por ‘preferível’, não haveria necessidade de ajustes sintáticos.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1323273 Português
Escreva V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações sobre os recursos linguísticos empregados no texto.
( ) “Muitas adolescentes ficam grávidas porque querem...” (linha 2). A autora, ao empregar “querem”, no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso pelo verbo. ( ) “...os adolescentes a refletirem sobre as mudanças resultantes de uma gravidez na adolescência (linha 17). O uso do artigo “as” revela uma referência imprecisa ao substantivo “mudanças”. ( ) “Invariavelmente, descobrimos que o motivo que levou à gravidez está ligado à falta de perspectiva...” (linha 09). O sujeito sintático do verbo destacado é classificado como indeterminado. ( ) “apenas uma pequena fração engravida por acidente.” (linha 3). O verbo destacado é classificado como intransitivo.
A sequência CORRETA é
Alternativas
Q1323248 Português
Assinale a alternativa que apresenta regências verbais e nominais corretas, de acordo com as normas da língua portuguesa:
Alternativas
Q1322588 Português
Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/
Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida.
O verbo ganhar nas orações anteriores se classifica, respectivamente, como:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2014 - UFC - Técnico em Arquivo |
Q1320401 Português
Apresenta a mesma regência de “fabricar” (linha 02) o verbo sublinhado na alternativa:
Alternativas
Q1320042 Português
Na frase: “Há algumas semanas, fomos procurados por representantes das prefeituras de Recife e São Paulo,...” (linhas 21-22), o verbo haver é:
Alternativas
Q1319989 Português

Ladrões podem roubar sua impressão digital a

partir de fotos




A mente criminosa não tem limites. Desta vez, os ladrões estão usando uma nova tecnologia para roubar impressões digitais de fotografias. Detalhe: as imagens em que as pessoas aparecem fazendo o simpático símbolo de “paz e amor” são os principais alvos.

O alerta foi feito por uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Informática do Japão que afirmou que as técnicas de reconhecimento de digitais estão se tornando cada vez mais comuns – seja para logar em smartphones e tablets, seja para verificar identidades. E isso está começando a ser explorado pelos criminosos.

As câmeras de alta qualidade dos smartphones e as redes sociais têm aumentado o risco de vazamento de informações pessoais. Os cientistas japoneses copiaram impressões digitais com base em fotos tiradas por uma câmera digital a 3m de distância do indivíduo.

“Fazer um sinal de paz na frente da câmera, por exemplo, pode tornar as impressões amplamente disponíveis”, explicou o pesquisador Isao Echizen ao jornal Sankei Shimbun que publicou a pesquisa. Segundo ele, os golpistas nem precisariam de equipamentos avançados para recriar os traços dos dedos – principalmente se a área da digital estiver iluminada.

O mesmo instituto desenvolveu um filme transparente, à base de óxido de titânio, que pode ocultar as impressões digitais em fotografias. Essa seria uma alternativa para confundir os larápios virtuais. O problema é que os cientistas vão levar, pelo menos, dois anos para aperfeiçoar a técnica antes de lançá-la. Até lá, esconda os dedos.


HIRATA, Gisele. Ladrões podem roubar sua impressão digital a partir de fotos. Revista Super

Interessante. São Paulo: Abril, 2017. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/ladroespodem-roubar-sua-impressao-digital-a-partir-defotos/>.

Assinale a alternativa CORRETA sobre a regência verbal da seguinte oração: “A mente criminosa não tem limites.”
Alternativas
Q1319982 Português
Assinale a alternativa que apresente um caso CORRETO de regência verbal.
Alternativas
Q1319981 Português
Assinale a alternativa que apresente um caso CORRETO de regência nominal.
Alternativas
Q1319913 Português
A classificação, quanto à transitividade, do verbo destacado em “A aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto que terceiriza todas as atividades de uma empresa (...)” se repete em:
Alternativas
Q1319877 Português
Identifique a alternativa onde ocorre erro de regência verbal:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2016 - IF-MA - Nível Médio |
Q1319764 Português
Em: “Foi um erro e eu assumo a responsabilidade”, afirma-se que nesse trecho:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2016 - IF-MA - Nível Médio |
Q1319754 Português
As relações lógico-sintáticas estabelecidas pelos pronomes são fundamentais para dar clareza e coesão ao texto, por menor que ele seja. Considerando a frase: “A pessoa que você telefonou para ela ontem ela ainda não entrou em contato”, aponte a alternativa em que se encontra a MELHOR sugestão de REESCRITA para o enunciado que segue:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: SELECON Órgão: IF-RJ Prova: SELECON - 2018 - IF-RJ - Nível Médio |
Q1318959 Português


Adaptado de: <https://www.brasildefato.com.br/node/7045/> Último acesso em 06/09/2018.

No fragmento [...] o monopólio dos meios de comunicação usados para propaganda das “verdades” que interessam às elites(3º parágrafo), verifica-se o uso do sinal gráfico da crase. A justificativa para este emprego é o fato de que o verbo interessar exige a preposição a e a palavra elites é um substantivo feminino que exige artigo. A crase deve ser empregada por esta mesma regra em:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2018 - IF-MA - Nível Médio |
Q1318762 Português
Leia a tirinha abaixo para responder à questão.
Imagem associada para resolução da questão

Fonte: https://queropassar.net/tirinhas acesso 20/09/2018
A partir do diálogo das personagens na tirinha acima, qual opção aponta um desvio de regência verbal, considerando a norma padrão da língua portuguesa?
Alternativas
Q1318334 Português

Leia o texto para responder à questão.


Apostas contra depressão e fobias


    A realidade virtual, conhecida pelo uso na indústria de games, tem sido cada vez mais utilizada para recriar situações de trauma ou medo e, assim, permitir que o paciente seja exposto a uma situação de risco, de forma controlada e com auxílio profissional. Medo de avião, pavor de aranhas ou insetos e fobia de lugares fechados são alguns dos problemas na mira.

    Para isso, programadores de games têm sido contratados por médicos e psicólogos para criar os cenários para pacientes interagirem com as situações que os aterrorizam.

    Em clínica especializada em realidade virtual, em São Paulo, uma equipe de programadores trabalhou, com detalhamento impressionante, nas versões mais recentes das experiências de imersão. No cenário de fobia de aranha, o paciente não só observa o comportamento do animal como pode interagir usando as próprias mãos, inseridas no cenário por meio de um sensor. No cenário da fobia de avião, a imersão é ainda maior. Além dos óculos de realidade virtual, há duas poltronas de avião posicionadas sobre uma plataforma móvel que simula os vários momentos – decolagem, pouso e turbulências.

    Antes mesmo de “entrar” na aeronave, o paciente em tratamento passa, dentro da experiência de realidade virtual, por check-in, raios X e fila de embarque. Em todas as situações, ele tem os batimentos cardíacos e a respiração monitorados constantemente pela equipe de psicólogos.

    Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) e chefe da clínica, a abordagem é eficaz visto que trabalha três dimensões: pensamento, emoção e comportamento. “Para quem tem medo de avião, não adianta você só trazer estatísticas.”

    O especialista explica que, ainda que o paciente tenha consciência de que aquela é uma simulação, o cérebro acaba “sendo enganado”.

    Já a realidade virtual aliada ao tratamento com choques elétricos tem sido estudada para casos como os de dependência química, manias e compulsões. O tratamento com choques elétricos no cérebro nada tem a ver com as terapias obsoletas praticadas nos antigos manicômios.

    Hoje, a corrente elétrica é usada em baixíssima intensidade, de forma não invasiva, para estimular ou inibir áreas do cérebro afetadas por alguns transtornos. Estudos publicados em renomadas revistas médicas já comprovaram a eficácia do tratamento para pacientes com depressão grave que não demonstravam uma boa resposta aos remédios. Nos últimos anos, a técnica começou a ser estudada também para condições de dependência química, autismo, transtorno obsessivo- -compulsivo e compulsão alimentar.

    Para os especialistas, evidentemente tanto a realidade virtual quanto a estimulação transcraniana são parte do tratamento e precisam ser associadas a psicoterapias e a medicações.

(Fabiana Cambricoli. O Estado de S. Paulo, 08.09.2019. Adaptado)

Os trechos destacados em – os cenários para pacientes interagirem com as situações que os aterrorizam (2o parágrafo) – e – o paciente tenha consciência de que aquela é uma simulação (6o parágrafo) – estão reescritos em conformidade com a regência verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão na alternativa:
Alternativas
Q1318019 Português
Sobre os verbos preferir e perdoar, assinale a frase CORRETA de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q1317954 Português

    Quando veem a própria imagem refletida, os adolescentes se sentem cada vez mais diante daquele brinquedo do espelho mágico, que lhes acentua as bochechas, infla o aro da barriga e expande a curvatura dos braços e coxas, aproximando-os da figura de um pequeno barril. É o que se pode concluir com base nos dados de uma pesquisa conduzida pela psicanalista Mara Cristina de Lucia, diretora de psicologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. De cada dez adolescentes, pelo menos quatro acham que têm excesso de peso e precisam fazer regime, mesmo que a balança registre adequação aos padrões de saúde, revela a pesquisadora.

    Foram entrevistados 588 estudantes de São Paulo, entre 11 e 18 anos, nas diversas faixas de renda, até abril deste ano. Em porcentagens expressivas ainda em fase final de tabulação, esses adolescentes contaram que já fizeram algum tipo de dieta, praticaram exercícios com o objetivo de emagrecer ou se submeteram a tratamento estético. Houve até casos de entrevistados que tomaram remédios sem conhecimento dos pais, experimentaram laxantes e diuréticos ou induziram o vômito, práticas condenadas pelos médicos. Da amostra de estudantes, 10,7% já fizeram de dois a quatro regimes, 13,6% de cinco a oito e nada menos que 47,4% passaram dessa casa e perderam a conta. “É um cenário preocupante porque eles mergulham em dietas radicais, não conseguem manter o ritmo e depois recuperam todo o peso de volta”, avalia Mara Cristina.

    Esses números confirmam para o Brasil uma tendência já cristalizada nos Estados Unidos, conforme estudo apresentado no começo do mês pela epidemiologista Alison Field, da Faculdade de Medicina de Harvard. Ela participou do encontro anual da Associação Americana para o Estudo da Obesidade, na Califórnia, e apresentou um relato sobre um questionário aplicado a pré-adolescentes e adolescentes (de 9 a 14 anos de idade, 5.865 do sexo feminino e 4.322 do masculino, entre 1996 e 1997). Ficou comprovado que as garotas têm uma propensão muito mais acentuada do que os garotos a se considerarem acima do peso, embora a realidade mostre o inverso, isto é, quem aparece realmente com quilinhos a mais é o sexo masculino.

Há uma espécie de novo rito de passagem para as adolescentes, admitiu Alison Field na semana passada. Antes era a menstruação, hoje inclui fazer dieta. “O círculo de amizades e a mídia difundem o modismo de mulheres cada vez mais magras, e as adolescentes querem seguir esses padrões desde cedo.” No sexo masculino, a inclinação pelo regime era menos evidente, mas o comportamento está mudando. Segundo a médica, a imagem negativa associada às pessoas gordas já se sedimentou inclusive na pré-escola. Outro resultado importante do levantamento de Harvard indica que as garotas que faziam regimes frequentes tinham aproximadamente cinco vezes mais probabilidades de ficar com sobrepeso do que as que nunca aderiam a dietas. Poucas pessoas conseguem embarcar em redução da ingestão de alimentos por um longo período, e os dados de Alison Field apontam que a turma que sempre fecha a boca com mais determinação é também a mais propensa a episódios de comilança desenfreada em seguida.

(Os falsos gordos. Veja. Ed. 1679, 13 de dezembro de 2000. Disponível em: Acesso em 7 de junho de 2011.

“Houve até casos de entrevistados que tomaram remédios sem conhecimento dos pais, experimentaram laxantes e diuréticos ou induziram o vômito, práticas condenadas pelos médicos.”

Entre as modificações impostas a essa frase do texto, há erro de regência verbal em:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-SC Órgão: IF-SC Prova: IF-SC - 2019 - IF-SC - Nível Médio |
Q1317777 Português

Cientistas também lutam contra as notícias falsas

    Teorias da conspiração: o perigo destas teorias cientificamente invalidadas é que às vezes são aceitas por parte do grande público. A internet contribuiu também para propagar notícias científicas falsas, como dizer que a Terra é plana, que os americanos jamais pisaram na Lua e que o homem não é responsável pelas mudanças climáticas, alertam os cientistas. O perigo destas teorias cientificamente invalidadas é que às vezes são aceitas por parte do grande público, como acontece com as “fake news” em geral.

    Um estudo recente na França mostrou que 79% dos cidadãos acreditam em ao menos uma teoria da conspiração. Por exemplo, 16% pensam que o homem não chegou à Lua e 9% acham “possível” que nosso planeta seja plano. No âmbito climático, “enfrentamos uma vontade deliberada de manipular a opinião pública e os que decidem”, disse a climatologista ValérieMasson-Delmotte, convidada recentemente a participar de um colóquio em Paris. Aqueles que Masson-Delmotte, membro do grupo de especialistas da ONU sobre o clima (IPCC), chama de “comerciantes da dúvida” buscam essencialmente, segundo ela, limitar a regulação ambiental.

    Mas as motivações dos propagadores das notícias falsas não são só econômicas: podem ser religiosas, ideológicas ou às vezes mais pessoais, como a busca de visibilidade. Para o jornalista especializado Nicolas Chevassus-au-Louis, as notícias falsas, científicas ou não, “procedem de uma mesma retórica”: “Se começa suscitando uma dúvida. O método mais eficaz consiste em ressaltar as supostas incoerências da versão oficial, aferrar-se a um detalhe e insistir ao máximo sobre ele”, explica. Por exemplo, uma pergunta recorrente é: “Você não acha estranho que a Antártica não pareça estar derretendo?”. Depois se apresentam “versões alternativas”, como a ideia de que as mudanças climáticas poderíam estar ligadas à atividade solar e não à do homem, como foi estabelecido cientificamente. Com testemunhos de personalidades e publicações apresentadas como científicas, tenta-se convencer finalmente sobre a veracidade da versão alternativa, segundo Chevassus-au-Louis.

Fatos X opinião

    Discernir entre uma informação rigorosa e verificável e uma opinião pode ser, além disso, mais difícil para o público quando se trata de temas científicos. “Todos temos uma responsabilidade, o ensino, os meios, os pesquisadores e os organismos, por não termos conseguido mostrar essa diferença”, explica Masson-Delmotte. Paralelamente, os especialistas ressaltam que a ciência esbarra em outras dificuldades para chegar ao grande público. No ano passado, “33% dos artigos sobre clima na imprensa anglo-saxã mais populares na internet continham informações falsas”, embora não fossem mal intencionadas, afirma o climatologista Emmanuel Vincent. Masson-Delmotte explica que a internet aumentou a discrepância entre os ritmos da atualidade e o conhecimento científico. Por exemplo, quando vários furacões afetaram o Atlântico em setembro passado, os meios se perguntaram se estes fenômenos extremos estavam ligados ao aquecimento global, uma resposta impossível de se dar imediatamente, para os especialistas. Estes resultados científicos estiveram disponíveis vários meses depois, “mas só obtiveram um lugar muito limitado nos meios”, lamenta Masson-Delmotte.

Fonte: https://exame.abril.com.br/ciencia/cientistas-tambem-lutam-contra-as-noticias-falsas/. Acesso em: 23 abr. 2019. (adaptado).

Leia com atenção o excerto a seguir e assinale V para VERDADEIRO e F para FALSO:

Paralelamente, os especialistas ressaltam que a ciência esbarra em outras dificuldades para chegar ao grande público. No ano passado, “33% dos artigos sobre clima na imprensa anglo-saxã mais populares na internet continham informações falsas”, embora não fossem mal intencionadas, afirma o climatologista Emmanuel Vincent.

( ) “anglo-saxã” tem papel de substantivo na frase.

( ) “esbarrar” é um verbo transitivo direto.

( ) O verbo “continham” concorda com “informações falsas” e por isso está no plural.

( ) “Paralelamente” pertence à classe dos advérbios.

( ) “embora” pertence à classe das conjunções.

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Respostas
2261: A
2262: D
2263: C
2264: A
2265: C
2266: B
2267: B
2268: A
2269: C
2270: B
2271: D
2272: A
2273: A
2274: A
2275: D
2276: D
2277: C
2278: D
2279: A
2280: A